Filipos
Sítio Arqueológico de Filipos ★
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Ruínas em Filipos | |
Tipo | Cultural |
Critérios | iii, iv |
Referência | 1517 |
Região ♦ | Europa e América do Norte |
País | Grécia |
Coordenadas | 41° 00′ 53″ N, 24° 17′ 07″ L |
Histórico de inscrição | |
Inscrição | 2016 |
★ Nome usado na lista do Património Mundial ♦ Região segundo a classificação pela UNESCO |
Filipos (em grego: Φίλιπποι; romaniz.: Philippoi) foi uma cidade importante do Império Romano, considerada uma porta de entrada da Europa em relação aos visitantes provenientes da Ásia. Era Localizada no leste da antiga província da Macedônia, a 13 km do mar Egeu, no topo de uma colina. Abaixo dela estavam o rio Gangites e a via Egnácia, que ligava a Europa e a Ásia.
Foi inscrito como Patrimônio Mundial da UNESCO em 2016 por "constituir um testemunho excepcional do início do estabelecimento do Cristianismo".[1]
História
[editar | editar código-fonte]Sua origem remonta aos trácios, povo conquistado em 358 a.C. pelo rei Filipe II da Macedônia. A cidade recebeu esse nome em homenagem ao seu conquistador. Em 108 a.C. passou ao controle romano. Em 42 a.C., foi palco da batalha de Marco Antônio e Otávio, que buscavam vingar a morte de Júlio César, contra Bruto e Cássio - da qual o poeta Horácio diz ter participado (Ode 2.7. v. 2 e 9-16). Nove anos depois, Otávio, futuro Augusto, venceu Marco Antônio e Cleópatra.
Os veteranos dessas batalhas instalaram-se em Filipos, e a cidade acabou ganhando status de colônia romana (Colônia Júlia Augusta Filipense; em latim: Colonia Iulia Augusta Philippensis) e o Ius Italicum, o que a tornava uma réplica menor de Roma. Seus cidadãos tinham cidadania romana e possuíam inclusive direitos de propriedade equivalentes aos de uma terra em solo italiano. Os oficiais políticos eram descendentes dos soldados romanos, o que reforçava ainda mais o caráter latino da cidade, refletindo também seu pensamento e religião. Eram frequentes os cultos às divindades romanas, como Júpiter, Juno e Marte, e aos antigos deuses itálicos. As divindades gregas não tinham muito destaque. Persistia porém a adoração a deuses trácios.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Batalha de Filipos
- Epístola aos Filipenses — livro do Novo Testamento
- Epístola de Policarpo aos Filipenses — livro apócrifo do Novo Testamento
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- TOGNINI, Enéas. Geografia das Terras Bíblicas. Campo Grande: Imprensa da Fé, 1980.
- STAMBAUGH, John E. & BALCH, David L. O Novo Testamento em seu ambiente social. São Paulo: Paulus, 1996.
- Grande Enciclopédia Cultural Larrousse. São Paulo: Nova Cultural, 1998.