BR112021000401B1

BR112021000401B1 - Sola de sapato e sapato

Info

Publication number: BR112021000401B1
Application number: BR112021000401-7A
Authority: BR
Inventors: Masanori Sakaguchi; Seigo Nakaya; Kenta Moriyasu; Shingo Takashima; Yuya KOZUKA; Tomoki Ishizashi; Akihisa Sugifune; Hiroaki Nishimura; Takayuki Kogure
Original assignee: Asics Corporation
Priority date: 2018-12-28
Filing date: 2018-12-28
Publication date: 2023-01-24
Also published as: BR112021000401A2; WO2020136916A1; EP3797631A4; JPWO2020136916A1; AU2018454873A1; EP3797631A1; US11825903B2; US20210267306A1; CN112292053B; CN112292053A; JP7544600B2

Abstract

SOLA DE SAPATO E SAPATO. A presente invenção refere-se a sola de sapato 1 que inclui uma parte de superfície inferior traseira 24 e uma porção de dedo do pé 26. A parte de superfície inferior traseira 24 é formada para se estender de uma porção de retropé até uma porção de mediopé e, quando a sola do sapato 1 for colocada em uma superfície virtual plana S, a parte de superfície inferior traseira 24 ficará em contato com a superfície virtual S. Uma altura L3 da porção de dedo do pé 26 da superfície virtual S é ajustada em 170% ou mais e 250% ou menos com relação a uma dimensão de espessura na parte de superfície inferior traseira 24.

Description

CAMPO TÉCNICO

[0001] A presente invenção refere-se a solas de sapato e a sapatos usados para esportes ou similares.

TÉCNICA ANTECEDENTE

[0002] Sapatos usados para esporte ou similares são desejados para seguir o movimento das partes dos pés do usuário e apoiar firmemente os pés durante a caminhada, a corrida ou em exercícios, por exemplo, e também para reduzir a fadiga dos pés.

[0003] Por exemplo, a Literatura de Patente 1 descreve uma sola de sapato que inclui uma porção curva que se estende entre um ponto mais anterior disposto na região de um antepé e um ponto mais posterior disposto mais perto de uma região do calcanhar do que o ponto mais anterior. A porção curva tem um raio de curvatura constante em uma região do ponto mais anterior até um ponto metatarsofalan- geano (ponto MP).

DOCUMENTO DA TÉCNICA RELACIONADA LITERATURA DE PATENTE

[0004] Literatura de Patente 1: Tradução japonesa da Publicação de Pedido Internacional PCT No. 2018-529461.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO PROBLEMA A SER SOLUCIONADO PELA INVENÇÃO

[0005] Na Literatura de Patente 1, a sola de sapato da região do antepé é curvada para reduzir o comprimento do braço de alavanca em torno do tornozelo, reduzindo assim a tensão na articulação do tornozelo; contudo, a dissipação de energia causada pelo movimento da própria articulação do tornozelo não é considerada. No que diz respeito à dissipação de energia causada pelo movimento da própria articulação do tornozelo, os inventores chegaram às seguintes conclusões.

[0006] O alcance de movimento do ângulo de articulação do tornozelo no plano sagital varia de acordo com as relativas posições de altura do calcanhar e do dedo do pé. Por exemplo, em uma situação em que uma pessoa caminha ou corre, quando as alturas do calcanhar e do dedo do pé forem quase iguais, o movimento da articulação do calcanhar que acompanha o deslocamento para a frente do centro de gravidade se tornará maior antes de o movimento de rotação dos pés ser iniciado, sendo assim aumentada a tensão devido à dissipação de energia causada pelo movimento da própria articulação do tornozelo. Na sola de sapato descrita na Literatura de Patente 1, a espessura da sola de sapato na porção de calcanhar, isto é, a altura da porção de calcanhar, é quase igual à altura da ponta do pé, conforme ilustrado na Figura 3 da Literatura de Patente 1, por exemplo, e o ângulo da articulação do tornozelo no plano sagital não é considerado.

[0007] A presente invenção foi criada em vista de tal problema, e uma finalidade da mesma é a de prover uma sola de sapato e um sapato que possam restringir o movimento da articulação do tornozelo e reduzir a energia gerada na articulação do tornozelo.

MEIO PARA SOLUCIONAR O PROBLEMA

[0008] Um aspecto da presente invenção refere-se a uma sola de sapato. A sola de sapato inclui uma parte de superfície inferior traseira formada para se estender de uma porção de retropé para uma porção de mediopé e para ficar em contato com a superfície virtual, quando a sola de sapato for colocada em uma superfície virtual como a superfície plana; e uma porção de dedo do pé da qual uma altura da superfície virtual é ajustada em 170% ou mais e 250% ou menos em relação a uma dimensão de espessura na parte de superfície inferior traseira.

[0009] Outro aspecto da presente invenção refere-se a um sapato. O sapato inclui a sola de sapato, conforme descrito acima, e uma parte superior disposta sobre a sola de sapato.

[0010] Combinações opcionais dos elementos componentes acima mencionados, e a implementação da presente invenção, incluindo os elementos componentes e as expressões, na forma de métodos ou aparelhos podem também ser praticadas como modos adicionais da presente invenção.

EFEITO DA INVENÇÃO

[0011] A presente invenção pode restringir o movimento da articulação do tornozelo e reduzir a energia gerada na articulação do tornozelo.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0012] As concretizações serão agora descritas, por meio de exemplo apenas, com referência aos desenhos anexos que são considerados exemplificativos, e não limitativos, e em que elementos similares são numerados da mesma forma nas diversas Figuras, nas quais:

[0013] a Figura 1 é uma vista em perspectiva explodida que ilustra uma vista externa de um sapato de acordo com uma primeira concretização;

[0014] a Figura 2 é um diagrama esquemático no qual um modelo do esqueleto de um pé humano é sobreposto em uma vista plana de uma sola de sapato;

[0015] a Figura 3 é uma vista em perspectiva explodida da sola de sapato;

[0016] as Figuras 4A, 4B, 4C e 4D são vistas em seção de uma porção de calcanhar, que se intersectam em uma direção longitudinal;

[0017] a Figura 5A é uma vista lateral que ilustra um lado lateral da sola de sapato, e a Figura 5B é uma vista em seção vertical da sola de sapato, que inclui uma linha de centro N mostrada na Figura 2;

[0018] as Figuras 6A e 6B são diagramas esquemáticos usados para descrever uma superfície superior da sola de sapato;

[0019] a Figura 7 é um gráfico usado para descrever o movimento de rotação da articulação do tornozelo em uma direção longitudinal;

[0020] a Figura 8 é um gráfico como um exemplo que mostra o consumo de energia na articulação do tornozelo;

[0021] a Figura 9 é uma vista em perspectiva que ilustra uma vista externa de uma sola de sapato de acordo com uma segunda concretização;

[0022] a Figura 10 é uma vista em perspectiva explodida da sola de sapato;

[0023] a Figura 11A é uma vista em perspectiva que ilustra uma vista externa de uma sola de sapato de acordo com uma terceira concretização vista a partir do lado lateral, e a Figura 11B é uma vista em perspectiva que ilustra uma vista externa da sola de sapato de acordo com a terceira concretização vista a partir do lado medial;

[0024] a Figura 12 é uma vista em perspectiva explodida da sola de sapato;

[0025] a Figura 13 é uma vista em seção, intersectando uma direção longitudinal, da sola de sapato incluindo uma parte recortada; e

[0026] a Figura 14 é uma vista em perspectiva que ilustra uma vista externa de uma sola de sapato de acordo com uma modificação vista a partir de um lado da porção inferior.

MODO PARA EXECUTAR A INVENÇÃO

[0027] A seguir, a presente invenção será descrita com base nas concretizações preferidas com referência às Figuras de 1 a 14. Caracteres de referência similares indicam membros e elementos componentes similares ou correspondentes em cada desenho, e a descrição repetitiva será omitida, conforme apropriado. Também, as dimensões de um membro podem ser apropriadamente alargadas ou reduzidas em cada desenho a fim de facilitar o entendimento. Além disso, em cada desenho, pode ser omitida parte de um membro menos relevante na descrição das concretizações.

Primeira Concretização

[0028] A Figura 1 é uma vista em perspectiva explodida que ilustra uma vista externa de um sapato 100 de acordo com uma primeira concretização. O sapato 100 inclui uma parte superior 9 e uma sola de sapato 1. A parte superior 9 é unida ou costurada a uma parte de borda circunferencial da sola de sapato 1 para cobrir o lado superior de um pé. A sola de sapato 1 inclui uma sola externa 10 e uma entressola 20, por exemplo, e é configurada pela laminação da entressola 20 na sola externa 10 e pela laminação adicional de uma palmilha ou similar na mesma, que não é ilustrada. Na entressola 20, é formada uma parte de orifício de passagem 40 que penetra em uma direção da largura.

[0029] A Figura 2 é um diagrama esquemático no qual um modelo de esqueleto de um pé humano é sobreposto em uma vista plana de uma sola de sapato 1. Um pé humano é principalmente constituído por ossos cuneiformes Ba, um osso cuboide Bb, um osso navicular Bc, um tálus Bd, um calcâneo Be, ossos metatarsais Bf, e falanges Bg. As articulações de um pé incluem articulações Mp Ja, articulações de Lisfranc Jb, e uma articulação de Chopart Jc. A articulação de Chopart Jc inclui uma articulação calcaneocuboide Jc1 formada pelo osso cuboide Bb e pelo calcâneo Be, e uma articulação talocalcaneonavicular Jc2 formada pelo osso navicular Bc e pelo tálus Bd.

[0030] Na presente invenção, uma linha de centro N de um pé é representada por uma linha reta que conecta um ponto médio N3 entre o centro N1 da eminência tenar e o centro N2 da eminência hipotenar, e o centro N4 do calcanhar. Por exemplo, uma direção longitudinal Y está em paralelo com a linha de centro N, e uma direção de largura X é perpendicular à linha de centro N. Uma linha P representa uma linha resta que se estende ao longo de uma direção de largura X, que é a direção perpendicular à linha de centro N, e que é assumida como passando através da extremidade do lado do calcanhar das articulações MP Ja. Também, uma linha Q representa uma linha reta que se estende ao longo de uma direção de largura X e que é assumida como passando através da extremidade do lado do dedo do pé da articulação de Chopart Jc do usuário. Adiante, uma região da linha P para o dedo do pé é referida como uma porção de antepé, uma região da linha P para a linha Q é referida a uma porção de mediopé, e uma região da linha Q para o calcanhar é referida como uma porção de retropé. Levando em conta a relação entre as linhas P, Q e o sapato 100, a linha P é posicionada dentro de uma faixa de 40% a 75% de todo o comprimento M do sapato 100 da extremidade traseira no lado do calcanhar em uma direção ao longo da linha de centro N, por exemplo. Mais preferivelmente, a linha P é posicionada dentro de uma faixa de 55% a 70% a partir da extremidade traseira. Também, a linha Q é posicionada dentro de uma faixa de 20% a 45% de todo o comprimento M do sapato 100 a partir da extremidade traseira no lado de calcanhar em uma direção ao longo da linha de centro N. Mais preferivelmente, a linha Q é posicionada dentro de uma faixa de 25% a 40% a partir da extremidade traseira.

[0031] A Figura 3 é uma vista em perspectiva explodida da sola de sapato 1. A sola externa 10 inclui uma superfície de porção inferior, que entra em contato com uma superfície da estrada, formada ao longo de todo o comprimento do pé em uma direção longitudinal Y. O lado do dedo do pé é posicionado mais alto do que o lado do calcanhar de modo que o movimento de um pé da aterrissagem até o impulso possa ser suavemente executado. A sola externa 10 é formada de um material de borracha ou similar de modo a absorver lombadas e depressões em uma superfície da estrada e ter resistência à abrasão e durabilidade.

[0032] A entressola 20 é disposta na sola externa 10 e formada ao longo de todo o comprimento do pé em uma direção longitudinal Y. A entressola 20 inclui uma entressola inferior 21, uma entressola superior 23 e um membro de amortecimento 22. Na entressola inferior 21, uma parte de retropé 21a e uma parte de antepé 21b são continuamente formadas, e, na porção de entressola, é provido um rebaixo 21c de tal forma a perfurar a parte de retropé 21a descendentemente. O rebaixo 21c forma uma superfície interna no lado inferior da parte de orifício de passagem 40 ilustrada na Figura 1, e uma superfície interna 23c no lado superior da parte de orifício de passagem 40 é formada pela porção de mediopé da entressola superior 23. Também, uma ranhura 21d é provida de tal modo a se estender em uma direção longitudinal da porção de retropé até a porção de mediopé da entressola inferior 21.

[0033] O membro de amortecimento 22 de uma forma de chapa é disposto em uma porção de calcanhar e inclui uma parte de amortecimento lateral 22a e uma parte de amortecimento medial 22b. A dureza do membro de amortecimento 22 é inferior àquela da entressola inferior 21 e da entressola superior 23. A parte de amortecimento lateral 22a é provida no lado lateral para se estender de uma parte traseira da porção de calcanhar até a porção de mediopé. A parte de amortecimento medial 22b é provida na porção de calcanhar para se estender de uma parte traseira em direção ao lado medial. A parte de amortecimento medial 22b apresenta uma dimensão de comprimento menor do que a parte de amortecimento lateral 22a para restringir a inclinação medial do calcanhar. Entretanto, a parte de amortecimento medial 22b pode ter uma dimensão de comprimento similar àquela da parte de amortecimento lateral 22a e pode ser provida para se estender em direção ao lado lateral. As Figuras 4A, 4B, 4C e 4D são vistas em seção da porção de calcanhar, que se intersectam em uma direção longitudinal. A Figura 4A ilustra uma seção transversal da porção de calcanhar da sola de sapato 1 de acordo com a presente concretização, e as Figuras 4B, 4C e 4D ilustram modificações. Na porção de calcanhar da presente invenção ilustrada na Figura 4A, a parte de amortecimento lateral 22a é mostrada na seção transversal, conforme descrito anteriormente. Na modificação ilustrada na Figura 4B, as partes de amortecimento são igualmente providas no lado medial e no lado lateral. Na modificação ilustrada na Figura 4c, a entressola superior 23 é mais grossa no lado medial para restringir a inclinação medial do tornozelo. Na modificação ilustrada na Figura 4D, o membro de amortecimento 22 é provido apenas no lado lateral. Também, uma ranhura 21e, que corresponde à ranhura 21d ilustrada na Figura 4A, é provida no lado de superfície inferior da entressola inferior 21 e facilita a junção entre a entressola inferior 21 e a entressola superior 23, de modo que o processo de fabricação possa ser simplificado.

[0034] A entressola superior 23 inclui uma parte de retropé 23a e uma parte de antepé 23b, que respectivamente correspondem à parte de retropé 21a e à parte de antepé 21b da entressola inferior 21. A entressola superior 23 é unida de tal modo que as superfícies inferiores da parte de retropé 23a e da parte de antepé 23b sejam laminadas nas superfícies superiores da parte de retropé 21a e da parte de antepé 21b da entressola inferior 21. O membro de amortecimento 22 é provido na porção de calcanhar entre a entressola inferior 21 e a entressola superior 23. No estado em que a entressola inferior 21 e a entressola superior 23 são laminadas, a ranhura 21d da entressola inferior 21 penetra para trás. Na direção da frente, a ranhura 21d da entressola inferior 21 continua até um orifício de passagem que penetra na direção vertical, que é provida em uma região da porção de mediopé até a porção de antepé da entressola inferior 21. A ranhura 21d também continua até um orifício de passagem formado em uma parte do meio em uma direção da largura da sola externa 10.

[0035] A Figura 5A é uma vista lateral que ilustra o lado lateral da sola de sapato 1, e a Figura 5B é uma vista em seção vertical da sola de sapato, que inclui a linha de centro N mostrada na Figura 2. Quando a sola de sapato 1 for colocada em uma superfície virtual plana S, tal como uma superfície do solo, uma parte de superfície inferior traseira 24 que se estende da porção de mediopé até a porção de retropé está em contato com a superfície virtual S. A parte de superfície inferior traseira 24 pode estar em contato com a superfície virtual S inteiramente em uma direção longitudinal, ou pode ser parcialmente espaçada da superfície virtual S, tal como na parte traseira da porção de calcanhar. Para aperfeiçoar a estabilidade em uma região da porção de calcanhar até a porção de mediopé no momento de aterrissagem, a porção a ficar em contato de superfície da parte de superfície inferior traseira 24 na porção de calcanhar e na porção de mediopé pode ser preferivelmente provida em uma faixa de 20% ou mais de todo o comprimento M da sola de sapato 1, e ser provida mais preferivelmente em uma faixa de 35% ou mais do mesmo. Com relação ao contato de superfície, quando asperezas finas forem providas na parte de superfície inferior traseira 24, uma superfície que passa através das superfícies mais baixas das asperezas poderá ser considerada como uma parte de superfície inferior traseira 24.

[0036] Uma parte de superfície inferior dianteira 25 é provida para continuar até a parte dianteira da parte de superfície inferior traseira 24 e também para se estender até a porção de dedo do pé 26 de tal modo a ficar afastada da superfície virtual S. A parte de superfície inferior dianteira 25 se estende para cima em direção ao lado dianteiro e alcança a porção de dedo do pé 26. A parte de superfície inferior dianteira 25 é formada apenas por uma superfície curva e uma superfície linear e não inclui uma porção que se estende para baixo em direção ao lado dianteiro. A fronteira entre a parte de superfície inferior traseira 24 e a parte de superfície inferior dianteira 25 é posicionada entre a posição de 50% de todo o comprimento M da sola de sapato 1 a partir da extremidade dianteira e um ponto P0 correspondendo a uma articulação MP (todo o comprimento M é assumido como sendo idêntico a todo o comprimento do sapato 100, e o mesmo se aplica adiante). A parte de superfície inferior traseira 24 e a parte de superfície inferior dianteira 25 formam uma parte de superfície inferior 60. O ponto P0 correspondendo a uma articulação MP pode ser uma posição correspondendo à eminência tenar na superfície superior da entressola 20, conforme mostrado na Figura 5B, ou pode ser uma posição correspondendo à eminência hipotenar entre as articulações MP. Em outras palavras, P0 pode ser posicionado dentro de uma faixa de 55% a 75% de todo o comprimento M da sola de sapato 1 a partir da extremidade traseira.

[0037] Uma altura L3 da porção de dedo do pé 26 é definida como uma altura da superfície virtual até um ponto P3 no qual uma porção de borda 26a, que é unida com a parte superior 9 na superfície superior da entressola 20 (uma superfície do lado interno do sapato 100), se estende para cima, conforme ilustrado na Figura 5B. A altura L3 da porção de dedo do pé 26 pode ser também definida como uma altura da superfície virtual até um ponto P4, que é a ponta da forma externa da porção de dedo do pé 26. Na seguinte descrição, a altura da superfície virtual até o ponto P3 é usada como a altura L3 da porção de dedo do pé 26.

[0038] A espessura do lado da parte de superfície inferior traseira 24 da sola de sapato 1 é considerada com base em uma espessura L1 da sola de sapato 1 em um ponto P1 na porção de calcanhar e uma espessura L2 da sola de sapato 1 em um ponto P2 na porção de mediopé. A altura L3 da porção de dedo do pé 26 é ajustada em 170% ou mais e 250% ou menos da espessura L1 da sola de sapato 1 no ponto P1 na porção de calcanhar. A altura L3 da porção de dedo do pé 26 é também ajustada em 170% ou mais e 250% ou menos da espessura L2 da sola de sapato 1 no ponto P2 na porção de mediopé. A posição do ponto P2 na porção de mediopé pode ser definida como uma posição na parte mais grossa dentro de uma faixa de cerca de 30% a 40% de todo o comprimento M da sola de sapato 1 a partir da extremidade traseira. Quando a altura L3 da porção 26 for definida como a altura no ponto P4, a altura L3 será ajustada em 150% ou mais e 250% ou menos da espessura L1 da sola de sapato 1 no ponto P2 na porção de mediopé.

[0039] A posição do ponto P1 na porção de calcanhar pode ser definida como uma posição na parte mais grossa na porção de calcanhar (uma faixa de 15% a 30% de todo o comprimento M da sola de sapato 1 a partir da extremidade traseira), e a dimensão de espessura da sola de sapato 1 no ponto P1 pode ser ajustada em 20 mm ou mais, por exemplo. A rigidez de flexão em uma direção de extensão da sola de sapato 1 correspondendo a uma parte de articulação MP, obtida pelo teste de flexão de três pontos, pode ser de 20 N/mm ou maior, por exemplo. No teste de flexão de três pontos, um comprimento de 8 centímetros em uma direção longitudinal que cruza a parte de articulação MP é suportado em ambas as extremidades, uma parte do meio entre ambas as extremidades é pressionada para baixo para obter a relação entre o deslocamento e a carga, sendo obtida a inclinação da curva de carga de deslocamento em uma faixa do deslocamento de 5 a 6 mm. Também, a diferença entre a espessura da sola de sapato 1 na porção de calcanhar em um estado não carregado onde um pé não é colocado na sola de sapato 1 e a espessura da sola de sapato 1 em uma posição correspondendo à parte de articulação MP pode ser ajustada em 5 mm ou menos, por exemplo.

[0040] As Figuras 6A e 6B são diagramas esquemáticos usados para descrever uma parte de superfície superior 61 da sola de sapato 1. Cada uma das Figuras 6A e 6B ilustra uma vista em seção similar àquela na Figura 5B. Uma primeira parte de superfície superior 27 é formada para se estender da porção de retropé até a porção de mediopé e corresponde a uma superfície incluída em condições paralelas predeterminadas com relação à superfície virtual S em um estado não carregado. A superfície incluída em condições paralelas predeterminadas significa uma superfície posicionada entre um plano virtual SU1 e um plano virtual SU2. O plano virtual SU1 é a superfície mais alta dentro de uma região que inclui uma extremidade dianteira da primeira parte de superfície superior 27 (parte dianteira), que será descrita posterior, e uma posição de 15% de todo o comprimento M da sola de sapato 1 da extremidade traseira (parte traseira), e o plano virtual SU2 é a superfície mais baixa na região. A superfície incluída em condições paralelas predeterminadas é também localizada dentro de uma região onde a diferença de altura entre SU1 e SU2 é de 12 mm ou menos e formada para ser paralela com a superfície virtual S ou para se inclinar para baixo da parte traseira até a parte dianteira. A Figura 6A ilustra o caso em que a primeira parte de superfície superior 27 é paralela com a superfície virtual S. A Figura 6B ilustra a primeira parte de superfície superior 27 formada para se inclinar para baixo da parte traseira até a parte dianteira com um grau de redução de altura de 5 mm. Para menos incongruência no fundo de um pé, a primeira parte de superfície superior 27 pode ser adequadamente plana com menos asperezas; contudo, a primeira parte de superfície superior 27 pode ter algumas asperezas, apresentar uma diferença de altura em uma direção da largura, ou ter uma torção, por exemplo.

[0041] Uma segunda parte de superfície superior 28 continua até a extremidade dianteira da primeira parte de superfície superior e se estende para cima em direção ao lado dianteiro para alcançar a porção de dedo do pé 26. A segunda parte de superfície superior 28 é formada apenas por uma superfície curva e uma superfície linear que se estende para cima em direção ao lado dianteiro e que não inclui uma porção que se estende para baixo a partir do lado dianteiro. Conforme ilustrado nas Figuras 6A e 6B, a segunda parte de superfície superior 28 é curvada para ser rebaixada com relação ao lado superior. A fronteira (extremidade dianteira) entre a primeira parte de superfície superior 27 e a segunda parte de superfície superior pode ser posicionada dentro de uma faixa de 25% a 45% de todo o comprimento M da sola de sapato 1 a partir da extremidade dianteira, por exemplo.

[0042] A superfície superior da entressola 20 na sola de sapato 1 foi descrita com referência às Figuras 6A e 6B. No entanto, quando uma sola interna, omitida nos desenhos, for provida na entressola 20, a primeira parte de superfície superior e a segunda parte de superfície superior 28, conforme descrito acima, poderão ser ajustadas na superfície superior da sola interna.

[0043] Para a sola externa 10, borracha, espuma de borracha, poliuretano termoplástico (TPU), e elastômeros termoplásticos e termoendurecíveis podem ser usados, por exemplo. Na entressola 20, a entressola inferior 21 pode ser formada de espuma de resina, por exemplo. Como uma resina, pode ser usada uma resina de poliolefina, copolímero de acetato-vinilo de etileno (EVA), ou um elastômero de estireno, por exemplo, e a resina pode conter outros componentes arbitrários, tal como fibra, conforme apropriado. Para a entressola superior 23, pode ser usada espuma de resina usando uma resina de poliolefina, EVA, ou um elastômero de estireno, por exemplo, e a espuma de resina pode conter outros componentes arbitrários, tal como nanofibra de celulose ou outra fibra, conforme apropriado. O membro de amortecimento 22 é formado em um estado de gel ou similar usando elastômeros termoplásticos ou termoendurecíveis, por exemplo. Alternativamente, como com a entressola 20, o membro de amortecimento 22 pode ser formado de um material de espuma, tal como para ser oco.

[0044] A dureza da sola externa 10 pode ser ajustada em HA70, por exemplo. Também, na entressola 20, a dureza da entressola inferior 21 pode ser ajustada em HC55, a dureza da entressola superior 23 pode ser ajustada em HC67, e a dureza do membro de amortecimento 22 pode ser ajustada em HC47, por exemplo.

[0045] Agora, serão descritas as funções do sapato 100. A Figura 7 é um gráfico usado para descrever o movimento de rotação da articulação do tornozelo em uma direção longitudinal. Uma coluna A na Figura 7 mostra um caso em que a superfície inferior da sola de sapato 1 é quase plana, e o movimento de rotação da articulação do tornozelo em uma direção longitudinal é grande. Na coluna A, o peso do corpo é deslocado para frente depois da aterrissagem e a articulação do tornozelo é dobrada para frente, de modo que o ângulo α (α2) e a articulação do tornozelo se torne menor. Tal movimento de rotação da articulação do tornozelo ocasiona o movimento de estiramento de músculos do pé. Em seguida, o ângulo α (α3) na articulação do tornozelo inversamente se torna maior até o impulso.

[0046] Entrementes, uma coluna B na Figura 7 mostra um caso em que a sola de sapato 1 inclui a parte de superfície inferior dianteira 25 descrita acima, e o movimento de rotação da articulação do tornozelo em uma direção longitudinal é pequeno. Na coluna B, quando o peso do corpo for deslocado para frente depois da aterrissagem, a sola de sapato 1 será girada de tal modo que a parte de superfície inferior dianteira 25 entre em contato com uma superfície da estrada. Consequentemente, o movimento de rotação dianteiro é restringido, de modo que a alteração do ângulo α (α2) na articulação do tornozelo seja pequena. Em seguida, a alteração do ângulo α (α3) na articulação do tornozelo permanece pequena até o impulso.

[0047] A Figura 8 é um gráfico como um exemplo que mostra o consumo de energia na articulação do tornozelo. Na Figura 8, o eixo horizontal representa tempo, e o eixo vertical representa o consumo de energia na articulação do tornozelo, e o consumo de energia é comparado entre os casos das colunas A e B na Figura 7. Embora o consumo de energia seja, em geral, um valor positivo, o caso em que os músculos se contraem é indicado na direção positiva, e o caso em que os músculos se estiram é indicado na direção negativa, para fins de conveniência.

[0048] O consumo de energia no momento de aterrissagem é maior no caso da sola de sapato na coluna A, comparado ao caso da sola de sapato 1 na coluna B. O consumo de energia no momento de aterrissagem é reduzido principalmente pelo membro de amortecimento 22 provido na porção de calcanhar da sola de sapato 1. Até o impulso depois da aterrissagem, o movimento de rotação da articulação do tornozelo α pode se tornar menor no caso da coluna B comparado ao caso da coluna A, conforme descrito com referência à Figura 7. Consequentemente, o consumo de energia se torna menor no caso da coluna B.

[0049] Com a parte de superfície inferior traseira 24 provida, a estabilidade no momento de aterrissagem de um pé pode ser assegurada na sola de sapato 1 do sapato 100. Também, uma vez que a porção de dedo do pé 26 é posicionada mais alta do que a parte de superfície inferior traseira 24, o movimento de rotação da articulação do tornozelo em uma direção longitudinal durante a caminhada e a corrida é reduzido e o consumo de energia é restringido, de modo que a tensão sobre o pé possa ser reduzida. Com referência à Figura 5B, com a definição da altura L3 na porção de dedo do pé 26 a partir da superfície virtual S em 170% ou mais com relação à dimensão de espessura L1 da parte de superfície inferior traseira 24 na porção de calcanhar, pode ser conseguido o efeito de reduzir o consumo de energia. Também, com a definição da altura L3 da porção de dedo do pé 26 da superfície virtual S para 250% ou menos com relação à dimensão de espessura L1 na porção de calcanhar, o ângulo de flexão na parte de articulação MP do pé pode ser mantido dentro de uma certa faixa.

[0050] Com a definição da altura L3 da porção de dedo do pé 26 da superfície virtual S baseada na dimensão de espessura L1 na porção de calcanhar, depois da aterrissagem da porção de calcanhar, pode ser reduzida a tensão na articulação do tornozelo imposta durante o movimento de rotação da sola de sapato 1 em direção à porção de dedo do pé. Também, a altura L3 da porção de dedo do pé 26 da superfície virtual S pode ser definida em 170% ou mais e 250% ou menos com relação à dimensão de espessura L2 na porção de mediopé. Neste caso, considera-se que, pelo menos depois da aterrissagem da porção de mediopé, a tensão sobre a articulação do tornozelo imposta durante o movimento de rotação em direção à porção dedo do pé 26 na sola de sapato 1 possa ser reduzida.

[0051] Com referência às Figuras 6A e 6B, a primeira parte de superfície superior 27 é formada como uma superfície incluída nas condições paralelas predeterminadas, conforme descrito previamente. A segunda parte de superfície superior 28 é formada para continuar até a extremidade dianteira da primeira parte de superfície superior 27 e se estende para cima em direção ao lado dianteiro. Mantendo a inclinação descendente da primeira parte de superfície superior 27 em direção ao lado dianteiro dentro de uma certa faixa, pode ser suavizada a inclinação ascendente da segunda parte de superfície superior 28 em direção do lado dianteiro. Com a inclinação ascendente da segunda parte de superfície superior 28 em direção ao lado dianteiro suave, o aumento do ângulo de flexão ascendente pode ser restringido na parte de articulação MP do pé.

[0052] Uma vez que a parte de superfície inferior traseira 24 inclui uma porção a estar em contato de superfície com a superfície virtual S na porção de retropé e na porção de mediopé, a estabilidade no momento de aterrissagem da parte de superfície inferior traseira 24 pode ser aumentada. Também, uma vez que a parte de superfície inferior dianteira 25 continua até a parte dianteira da parte de superfície inferior traseira 24 e também curvamente se estende até a porção de dedo do pé 26, o movimento de rotação do pé pode ser suavemente realizado. Na parte de superfície inferior dianteira 25, em fazendo com que um raio de curvatura R1 na parte traseira que continua até a parte de superfície inferior traseira seja menor do que um raio de curvatura R2 na porção de dedo do pé, o movimento de rotação da sola de sapato 1 depois da aterrissagem da porção de mediopé pode ser forçado a funcionar com maior facilidade. O raio de curvatura R1 menor do que o raio de curvatura R2 pode ser posicionado ao longo da parte de articulação MP do lado medial até o lado lateral, por exemplo. Quando R1 for ajustado em 85% ou menos de R2, o efeito de um movimento de rotação mais suave poderá ser obtido.

[0053] Também, a parte de superfície inferior dianteira 25 inclui, dentro de sua região, a ponta P0 voltada para a parte de articulação MP de um pé. Consequentemente, enquanto o movimento de rotação da sola de sapato 1 procede depois da aterrissagem da porção de mediopé até a aterrissagem da porção de dedo do pé 26, o movimento da parte de articulação MP do pé se torna menor. Com tal movimento menor da parte de articulação MP do pé, o consumo de energia da articulação MP é reduzido, podendo ser reduzida a tensão causada por estiramento e contração na parte de articulação MP.

[0054] A entressola superior 23 apresenta uma maior dureza do que a entressola inferior 21 e funciona como uma parte de restrição de deformação para restringir a deformação da sola de sapato 1 ou do pé, mantendo assim mais facilmente uma forma de pé constante. Tal parte de restrição de deformação pode ser formada para cruzar pelo menos uma porção de cada da parte, a parte de superfície inferior traseira 24 ou a parte de superfície inferior dianteira 25. Quando a dureza da entressola superior 23 for ajustada mais baixa, a parte de restrição de deformação poderá ser substituída por um membro de placa, omitido nos desenhos, apresentando uma dureza relativamente alta, por exemplo.

[0055] A entressola inferior 21 apresenta uma menor dureza do que a entressola superior 23 e funciona como uma parte de tolerância de deformação na sola de sapato 1 para absorver o impacto no momento da aterrissagem ou lombadas e depressões em uma superfície da estrada. Também, a parte de orifício de passagem 40 provida na entressola 20 reduz impulsos ascendentes originários de lombadas e depressões em uma superfície da estrada na porção de mediopé e funciona como uma parte de tolerância de deformação similarmente à entressola inferior 21. Além disso, o membro de amortecimento também reduz o impacto no momento de aterrissagem e impulsos ascendentes originários de lombadas e depressões em uma superfície da estrada na porção de retropé e funciona como uma parte de tolerância de deformação similarmente à entressola inferior 21.

[0056] Conforme ilustrado na Figura 5B, uma relação da dimensão de espessura da entressola superior 23 - dimensão de espessura da entressola inferior 21 na porção de antepé e na parte dianteira de uma parte do meio na porção de mediopé é maior do que aquela na porção retropé e na parte traseira da porção de mediopé. Consequentemente, em uma região de uma parte do meio da porção de mediopé até a porção de dedo do pé 26 da sola de sapato 1, o efeito de restringir a deformação da sola de sapato 1 é maior.

[0057] A rigidez de flexão no momento de dobrar um material de uma forma de chapa é, em geral, determinada com base no módulo de Young e no segundo momento de área do material. Se as propriedades físicas do material, incluindo a dureza, forem iguais e a largura for também a mesma, a rigidez de flexão será proporcional ao cubo da espessura do material. Consequentemente, quando a sola de sapato 1 for formada mais fina, as propriedades físicas do material precisarão ser suplementadas pela inserção de um membro de alta resistência, tal como um plástico reforçado por fibra de carbono, ou por um aumento da dureza da sola externa 10, por exemplo. A sola externa 10 também funciona como uma parte de restrição de deformação.

[0058] Quando a porção de dedo do pé 26 da sola de sapato 1 se estender para cima de tal modo que a altura da porção de dedo do pé 26 seja 150% ou mais da dimensão de espessura L1 da sola de sapato 1 na porção de calcanhar ou dimensão de espessura L2 da sola de sapato 1 na porção de mediopé (em uma posição de 30% de todo o comprimento M da extremidade traseira, por exemplo) quando a rigidez de flexão em uma direção de eixo mais longo na porção antepé da sola de sapato 1 (a rigidez em uma posição correspondendo à parte de articulação MP) for três ou mais vezes maior do que a rigidez de sapatos de corrida comuns (3 N/mm como um valor de referência), a deformação da sola de sapato 1 será restringida, e o efeito de reduzir a tensão na articulação do tornozelo pode ser conseguido.

[0059] Quando a altura da porção de dedo do pé 26 que se estende para cima for baixa, ela será ineficaz mesmo que a sola de sapato 1 seja dura. Uma vez que a alteração do ângulo na articulação do tornozelo pode ser formada pequena e a velocidade angular pode ser reduzida enquanto o pé está em contato com o solo durante a caminhada ou a corrida, a carga de trabalho da articulação do tornozelo é reduzida, podendo ser permitida a corrida com menos esforço.

Segunda Concretização

[0060] A Figura 9 é uma vista em perspectiva que ilustra uma vista externa de uma sola de sapato 1 de acordo com uma segunda concretização, e a Figura 10 é uma vista em perspectiva explodida da sola de sapato 1. Para a sola de sapato 1, a parte superior 9, conforme ilustrado na Figura 1, é unida de tal modo a configurar um sapato. Como é o caso na primeira concretização, a sola de sapato 1 de acordo com a segunda concretização também inclui a sola externa 10 e a entressola 20. A entressola 20 não é dividida entre a entressola inferior e a entressola superior e é integralmente formada. Uma parte de ponta 10a da porção de dedo do pé 26 da sola externa 10 é enroscada ao longo da parte superior 9.

[0061] O material, a forma e similar da entressola 20 da sola de sapato 1 podem ser determinados de modo que, enquanto a sola de sapato 1 apresenta propriedades de amortecimento, a rigidez de flexão da sola de sapato 1 está garantida, por exemplo. A entressola 20 pode ser ajustada entre a dureza da entressola inferior 21 (C55) e a dureza da entressola superior 23 (HC67) descritas na primeira concretização, por exemplo.

[0062] A relação entre a dimensão de espessura L1 na porção de calcanhar, a dimensão de espessura L2 na porção de mediopé, e a altura L3 na porção de dedo do pé 26 da superfície virtual S na sola de sapato 1 de acordo com a segunda concretização são idênticas àquelas descritas na primeira concretização com base nas Figuras 5A e 5B. A parte de superfície inferior traseira 24, a parte de superfície inferior dianteira 25, a primeira parte de superfície superior 27, a segunda parte de superfície superior 28, e similar são também idênticas àquelas descritas na primeira concretização com base nas Figuras 6A e 6B.

[0063] A porção de dedo do pé 26 na sola de sapato 1 é provida em uma posição alta, de modo que o movimento de rotação da articulação do tornozelo seja restringido e o consumo de energia seja reduzido, reduzindo assim a tensão no pé, como é o caso na primeira concretização. Também, a parte de superfície inferior traseira 24, a parte de superfície inferior dianteira 25, a primeira parte de superfície superior 27, a segunda parte de superfície superior 28, e similar funcionam similarmente àquelas na primeira concretização.

[0064] Se a dureza da entressola 20 da sola de sapato 1 for ajustada a menor, o impacto no momento de aterrissagem e os impulsos ascendentes originários de lombadas e depressões em uma superfície da estrada poderá ser reduzido, mas a restrição sobre o movimento de rotação da articulação do tornozelo será limitativa por causa da deformação de flexão permitida. Consequentemente, tal sola de sapato é melhor adequada para esportes que aplicam cargas relativamente pequenas aos sapatos, tais como caminhada e corrida como exercícios leves.

[0065] Se a dureza da entressola 20 da sola de sapato 1 for ajustada a maior, a deformação de flexão da sola de sapato 1 será reduzida e o movimento de rotação da articulação do tornozelo será restringido, de modo que a tensão sobre o pé poderá ser reduzida. Entretanto, será permitido o impacto no momento de aterrissagem e os impulsos ascendentes originários de lombadas e depressões em uma superfície de estrada. Neste caso, para impedir o impacto no momento de aterrissagem e os impulsos ascendentes originários de lombadas e depressões sobre uma superfície da estrada, poderá ser provido um material de amortecimento ou similar, conforme apropriado.

Terceira Concretização

[0066] A Figura 11A é uma vista em perspectiva que ilustra uma vista externa de uma sola de sapato 1 de acordo com uma terceira concretização vista a partir do lado lateral, e a Figura 11B é uma vista em perspectiva que ilustra uma vista externa da sola de sapato 1 de acordo com a terceira concretização vista a partir do lado medial. A Figura 12 é uma vista explodida da sola de sapato 1. Para a sola de sapato 1, a parte superior 9, conforme ilustrado na Figura 1, é unida de tal modo a configurar um sapato. Como no caso da primeira concretização, a sola de sapato 1 de acordo com a terceira concretização também inclui a sola de sapato 10 e a entressola 20, e um membro de placa 50 é ainda provido entre a sola externa 10 e a entressola 20. A sola externa 10 inclui uma parte de sola do dedo do pé 11 disposta em uma parte de dedo do pé, e um corpo principal de sola 12 que continua até a parte traseira da parte de sola do dedo do pé 11. A parte de ponta 10a da porção de dedo do pé 26 da sola externa 10 é enroscada ao longo da parte de cima 9.

[0067] Em uma região a partir da porção de antepé até a porção de mediopé da entressola 20, um rebaixo 20a (vide Figura 2) é formado de tal modo a perfurar a superfície superior. No rebaixo 20a, é ajustado um membro de amortecimento 29 apresentando uma forma que corresponde ao rebaixo 20a. O membro de amortecimento 29 se estende ao longo de toda a largura em uma direção da largura X para corresponder às articulações MP Ja de um pé e também se estende para trás no lado lateral. Alternativamente, a sola de sapato 1 pode ser configurada para não incluir o rebaixo 20a e o membro de amortecimento 29, e uma porção correspondendo ao membro de amortecimento 29 pode ser formada do mesmo material como a entressola 20 e integralmente formada.

[0068] No lado medial da porção de mediopé da entressola 20, é formada uma parte recortada 20b. A parte recortada 20b é formada de tal modo a perfurar o lado medial da porção de mediopé e é aberta no lado medial e no lado inferior. A Figura 13 é uma vista em seção, intersectando uma direção longitudinal, da sola de sapato 1 incluindo a parte recortada 20b. O lado inferior da parte recortada 20b é fechado pelo membro de placa 50 disposto ao longo da superfície inferior da entressola 20. O lado interno da parte recortada 2020 é fechado na parte do meio em uma direção de direção X. Também, um orifício de ventilação 20c é formado para perfurar através da entressola 20 a partir da superfície interna superior da parte recortada 20b em direção ao lado superior, permitindo assim que o ar passe facilmente pelo interior do sapato.

[0069] O membro de placa 50 é formado de um material apresentando uma maior rigidez do que as outras porções de sola de sapato. Também, o membro de placa 50 apresenta uma forma de placa fina da qual a dimensão externa em uma direção da largura X é maior na porção de mediopé e se estende para ser mais estreita em direção à porção de antepé e à porção de retropé. O membro de placa 50 ilustrado na Figura 12 apresenta uma forma que inclui orifícios de passagem que perfuram verticalmente na porção de mediopé; contudo, o membro de placa 50 pode ter uma forma que não inclui os orifícios de passagem.

[0070] Para a parte de sola do dedo do pé 11 da sola externa 10, podem ser usados borracha, espuma de borracha, e elastômeros termoplásticos e termoendurecíveis, por exemplo. Para a o corpo principal da sola 12, podem ser usados borracha, espuma de borracha, e elastômeros termoplásticos e termoendurecíveis, por exemplo, podendo ser também incluída uma resina termoplástica, tal como poliuretano termoplástico (TPU). A entressola 20 pode ser formada de espuma de resina, por exemplo. Como uma resina, pode ser usada uma resina termoplástica, tal como uma resina de poliolefina e copolímero de acetato-vinilo de etileno (EVA), por exemplo, e a resina pode conter outros componentes arbitrários, tal como fibra, conforme apropriado. O membro de amortecimento 29 pode ser formado de espuma de resina, por exemplo. Para o membro de amortecimento 29, pode ser usado um corpo de espuma usando uma resina de poliolefina, EVA, ou um elastômetro de estireno, por exemplo. Para o membro de placa 50, podem ser usados um plástico reforçado por fibra de vidro ou outro plástico reforçado por fibra, e elastômeros termoplásticos e termoendurecíveis. Para o membro de amortecimento 29, pode ser usado um corpo de espuma usando uma resina de poliolefina, EVA ou um elastômero de estireno, por exemplo. Para o membro de placa 50, pode ser usado um plástico reforçado por fibra de vidro ou outro plástico reforçado por fibra, e podem ser usados elastômeros termoplásticos e termoendurecíveis.

[0071] Na sola externa 10, a dureza da parte de sola do dedo do pé 11 pode ser ajustada em HA62, e a dureza do corpo principal da sola 12 pode ser ajustada em HA70, por exemplo. Também, a dureza da entressola 20 pode ser ajustada em HC57, e a dureza do membro de amortecimento 29 pode ser ajustada em HB50, por exemplo. Para o membro de placa 50, uma alta rigidez é assegurada com o ajuste do módulo elástico em 2,87 GPa, por exemplo, e a dureza do membro de placa 50 é ajustada maior do que aquela da entressola 20.

[0072] A relação entre a dimensão de espessura L1 na porção de calcanhar, a dimensão de espessura L2 na porção de mediopé, e a altura L3 na porção dedo do pé 26 da superfície virtual S na sola de sapato 1 de acordo com a terceira concretização é idêntica àquela descrita na primeira concretização com base nas Figuras 5A e 5B. A parte de superfície inferior traseira 24, a parte de superfície inferior dianteira 25, a primeira parte de superfície superior 27, a segunda parte de superfície superior 28 e similar são também idênticas àquelas descritas na primeira concretização com base nas Figuras 6A e 6B.

[0073] A porção de dedo do pé 26 na sola de sapato 1 é provida em uma posição alta, de modo que o movimento de rotação da articulação do calcanhar seja restringida e o consumo de energia seja reduzido, reduzindo assim a tensão no pé, como é o caso na primeira concretização. Também, e a parte de superfície inferior traseira 24, a parte de superfície inferior dianteira 25, a primeira parte de superfície superior 27, a segunda parte de superfície superior 28 e similar funcionam similarmente àquelas na primeira concretização.

[0074] A dureza da entressola 20 pode ser ajustada em HC57, conforme descrito acima, por exemplo, que é similar à dureza da entressola inferior 21 na primeira concretização (HC55). Consequentemente, a rigidez de flexão da entressola 20 se torna mais baixa. O membro de placa 50 provido entre a entressola 20 e a sola externa 10 suplementa a rigidez de flexão da entressola 20 e funciona como uma parte de restrição de deformação para restringir a deformação da sola de sapato 1. Com o membro de placa 50 provido, a deformação de flexão da sola de sapato 1 é reduzida e o movimento de rotação da articulação do tornozelo é restringida, de modo que a tensão sobre o pé possa ser reduzida.

[0075] Na sola de sapato 1, a dureza da entressola 20 é ajustada em um valor similar à dureza da entressola inferior 21 na primeira concretização, restringindo assim o impacto no momento de aterrissagem e os impulsos ascendentes originários de lombadas e depressões em uma superfície da estrada. A provisão do membro de amortecimento 29 na sola de sapato 1 também restringe o impacto no momento de aterrissagem e os impulsos ascendentes originários de lombadas e depressões em uma superfície da estrada.

[0076] A parte recortada 20b provida na entressola 20 reduz o abaixamento do arco longitudinal medial de um pé. Quando uma pessoa apertar um cadarço ou algo similar para calçar um sapato, às vezes, ocorrerá o abaixamento do arco longitudinal medial do pé. Com a provisão da parte recortada 20b no lado medial da porção de mediopé da entressola 20, quando uma pessoa usar o sapato, a entressola 20 será deformada de tal modo a levantar o lado medial da porção de mediopé para que o abaixamento do arco longitudinal medial do pé possa ser reduzido.

[0077] O orifício de ventilação 20c é provido para perfurar através da entressola 20 da superfície interna superior da parte recortada 20b em direção ao lado superior, restringindo assim a entrada de água no sapato. Também, uma vez que o orifício de ventilação 20c é provido em uma parte do meio em uma direção da largura da parte recortada 20b, um espaço da parte recortada 20b ficará localizado abaixo do orifício de ventilação 20c. Consequentemente, a água que entra no orifício de ventilação 20c é deixada cair no espaço, de maneira que a entrada de água no sapato possa ser restringida.

Modificação

[0078] A Figura 14 é uma vista em perspectiva que ilustra uma vista externa de uma sola de sapato 1 de acordo com uma modificação vista a partir de um lado da porção inferior. Na modificação ilustrada na Figura 14, o rebaixo 13 é formado no lado lateral da porção de mediopé da parte de superfície inferior traseira 24 de modo a perfurar a superfície inferior em direção ao lado superior. O rebaixo 13 restringe impulsos ascendentes originários de lombadas e depressões na superfície de uma estrada na porção de mediopé. O rebaixo 13 não precisa ser necessariamente provido na superfície inferior da sola de sapato 1.

[0079] No exemplo ilustrado na Figura 14, o rebaixo 13 é provido no lado lateral da porção de mediopé; contudo, o rebaixo 13 pode ser provido no lado medial da porção de mediopé, conforme indicado por uma linha de pontos e traços, ou pode ser provido em cada lado, o lado lateral ou o lado medial. Também, o rebaixo 13 pode ser provido ao longo de toda a largura do lado medial para o lado lateral na porção de mediopé. Quando o rebaixo 13 for provido, a altura da superfície virtual S até a superfície superior da entressola 20 pode ser usada como um substituto para uma dimensão de espessura L12 da sola de sapato 1 na porção de mediopé descrita com referência à Figura 5B.

[0080] Agora, serão descritas as características da sola de sapato 1 e do sapato 100 de acordo com as concretizações e a modificação.

[0081] A sola de sapato 1 inclui a parte de superfície inferior traseira 24 e a porção de dedo do pé 26. A parte de superfície inferior traseira 24 é formada para se estender da porção de retropé até a porção de mediopé e, quando a sola de sapato for colocada em uma superfície virtual plana S, a parte de superfície inferior traseira 24 ficará em contato com a superfície virtual S. A altura L3 da porção de dedo do pé 26 da superfície virtual S será ajustada em 170% ou mais e 250% ou menos com relação a uma dimensão de espessura na parte de superfície inferior traseira 24. Consequentemente, a sola de sapato 1 pode assegurar a estabilidade de aterrissagem da parte de superfície inferior traseira 24 e também reduzir a tensão sobre a articulação do tornozelo durante a caminhada e a corrida.

[0082] A sola de sapato 1 também inclui a primeira parte de superfície superior 27 e a segunda parte de superfície superior 28. A primeira parte de superfície superior 27 é formada para se estender da porção de retropé até a porção de mediopé e é formada como uma superfície incluída em condições paralelas predeterminadas, conforme descrito anteriormente. A segunda parte de superfície superior 28 continua até a extremidade dianteira da primeira parte de superfície superior 27 e se estende em direção ao lado dianteiro para alcançar a porção de dedo do pé 26. Consequentemente, a sola de sapato 1, uma vez que a inclinação descendente da primeira parte de superfície superior 27 em direção ao lado dianteiro é mantida dentro de uma certa faixa, a inclinação ascendente da segunda parte de superfície superior em direção ao lado dianteiro pode se tornar suave, de modo que uma flexão ascendente excessiva do dedo do pé possa ser restringida.

[0083] Como uma dimensão de espessura da sola de sapato 1, é usada uma dimensão na porção de calcanhar (a dimensão de espessura L1). Consequentemente, na sola de sapato 1, a altura L3 da porção de dedo do pé 26 da superfície virtual S é ajustada com base na espessura da porção de calcanhar, de modo que, depois da aterrissagem da porção de calcanhar, possa ser reduzida a tensão sobre a articulação do tornozelo imposta durante o movimento de rotação em direção da porção de dedo do pé.

[0084] Como uma dimensão de espessura da sola de sapato 1, também é usada uma dimensão na porção de mediopé (a dimensão de espessura L2). Consequentemente, na sola de sapato 1, a altura L3 da porção de dedo do pé 26 da superfície virtual S é ajustada com base na espessura da porção de mediopé, de modo que, pelo menos depois da aterrissagem da porção de mediopé, a energia gerada na articulação do tornozelo imposta durante o movimento de rotação em direção à porção de dedo do pé possa ser reduzida.

[0085] A parte de superfície inferior traseira 24 inclui uma porção a ficar em contato de superfície com a superfície virtual S, em uma faixa de 20% ou mais de toda a sola de sapato na porção de retropé e na porção de mediopé. Isto aumenta a estabilidade no momento da aterrissagem da parte de superfície inferior traseira 24 na sola de sapato 1.

[0086] A sola de sapato 1 também inclui a parte de superfície inferior dianteira 25 que continua até a parte dianteira da parte de superfície inferior traseira 24 e também curvamente se estende até a porção de dedo do pé 26 de tal modo a ser afastada da superfície virtual. Isto pode fazer com que o movimento de rotação de um pé seja mais suave na sola de sapato 1.

[0087] Na parte de superfície inferior dianteira 25, o raio de curvatura R1 na parte traseira que continua até a parte de superfície inferior traseira 24 é menor do que o raio de curvatura R2 em uma parte intermediária que continua até a parte traseira. Consequentemente, na sola de sapato 1, o movimento de rotação da sola de sapato 1 depois da aterrissagem da porção de mediopé pode vir a funcionar com maior facilidade.

[0088] A parte de superfície inferior dianteira 25 inclui uma porção (ponto P0) voltada para a parte de articulação MP de um pé. Consequentemente, na sola de sapato 1, enquanto o movimento de rotação da sola de sapato 1 procede até a aterrissagem da porção de dedo do pé 26, o movimento da parte de articulação MP do pé se torna menor.

[0089] A sola de sapato 1 também inclui a entressola superior 23 como uma parte de restrição de deformação formada para cruzar pelo menos uma porção de cada parte, a parte de superfície inferior traseira 24 ou a parte de superfície inferior dianteira 25. Consequentemente, com a sola de sapato, uma forma de pé constante pode ser mantida mais facilmente.

[0090] A sola de sapato 1 também inclui a entressola inferior 21 como uma parte de tolerância de deformação formada abaixo da entressola superior 23. Consequentemente, na sola de sapato 1, o impacto no momento da aterrissagem e uma alteração na superfície de uma estrada podem ser absorvidos na parte de tolerância de deformação.

[0091] A entressola inferior 21 como a parte de tolerância de deformação se estende da porção de retropé até a porção de dedo do pé 26, e apresenta uma dureza inferior à da entressola superior 23 como a parte de restrição de deformação. Isto faz com que a sola de sapato 1 tenha propriedades de amortecimento na região da porção de retropé até o dedo do pé.

[0092] A parte de tolerância de deformação pode incluir a parte de orifício de passagem 40 que é provida na porção de mediopé e que penetra em uma direção de largura. Consequentemente, na sola de sapato 1, impulsos ascendentes originários de lombadas e depressões em uma superfície de estrada na porção de mediopé podem ser restringidos.

[0093] A parte de tolerância de deformação pode também incluir o membro de amortecimento 22 disposto na porção de retropé. Isto permite que a sola de sapato 1 tenha propriedades de amortecimento na porção de retropé.

[0094] A parte de restrição de deformação pode ser constituída pelo membro de placa 50. Consequentemente, na sola de sapato 1, enquanto uma forma de pé constante é mantida por meio do membro de placa 50, as outras porções de entressola podem ser formadas para ter propriedades de amortecimento.

[0095] O sapato 100 inclui a sola de sapato 1, conforme descrito acima, e a parte superior 9 disposta na sola de sapato 1. Consequentemente, o sapato 100 pode assegurar a estabilidade de aterrissagem da parte de superfície inferior traseira 24 e também reduzir a energia gerada na articulação do tornozelo durante a caminhada e a corrida.

[0096] A presente invenção foi descrita com referência às concretizações. As concretizações se destinam a ser ilustrativas apenas, e ficará óbvio àqueles versados na técnica que várias modificações e alterações poderiam ser desenvolvidas dentro do escopo das concretizações da presente invenção e que tais modificações e alterações estejam dentro do escopo das concretizações da presente invenção. Portanto, a descrição da presente especificação e os desenhos devem ser considerados como exemplificativos do que limitativos. DESCRIÇÃO DOS NUMERAIS DE REFERÊNCIA 1 sola de sapato 21 entressola inferior (parte de tolerância de deformação) 22 membro de amortecimento 23 entressola superior (parte de restrição de deformação) 24 parte de superfície inferior traseira 25 parte de superfície inferior dianteira 27 primeira parte de superfície superior 28 segunda parte de superfície superior 40 parte de orifício de passagem (parte de tolerância de deformação) 50 membro de placa (parte de restrição de deformação) 60 parte de superfície inferior 61 parte de superfície superior 9 parte superior 100 sapato

APLICABILIDADE INDUSTRIAL

[0097] A presente invenção refere-se a um sapato.

Claims

1. Sola de sapato (1), caracterizada pelo fato de que compreende: uma parte de superfície inferior traseira (24) formada para se estender a partir de uma porção de retropé até uma porção de mediopé e para estar, quando a sola de sapato (1) é colocada em uma superfície plana virtual como uma superfície plana, em contato com a superfície plana virtual; uma porção de dedo do pé (26), da qual uma altura a partir da superfície virtual é definida para 170% ou maior e 250% ou menor com relação a uma dimensão de espessura na parte de superfície inferior traseira (24); uma parte de superfície inferior dianteira (25) que continua até uma parte dianteira da parte de superfície inferior traseira (24) e também se estende de maneira curvada até a porção de dedo do pé (26) de tal modo que seja gradualmente afastada a partir da superfície plana virtual; e uma parte de restrição de deformação (23) formada para cruzar pelo menos uma porção de cada uma dentre a parte de superfície inferior traseira (24) e a parte de superfície inferior dianteira (25).

2. Sola de sapato (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que ainda compreende: uma primeira parte de superfície superior (27) formada para se estender a partir da porção de retropé até a porção de mediopé e incluída em uma condição paralela predeterminada; e uma segunda parte de superfície superior (28) que continua até uma extremidade dianteira da primeira parte de superfície superior (27) e se estende para cima em direção a um lado dianteiro para alcançar a porção de dedo do pé (26).

3. Sola de sapato (1), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a dimensão de espessura é uma espessura de uma porção de calcanhar.

4. Sola de sapato (1), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a dimensão de espessura é uma dimensão na porção de mediopé.

5. Sola de sapato (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que a parte de superfície inferior traseira (24) compreende uma porção para estar em contato de superfície com a superfície plana virtual, em uma faixa de 20% ou maior da sola de sapato (1) inteira na porção de retropé e na porção de mediopé.

6. Sola de sapato (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que a parte de superfície inferior dianteira (25) inclui uma porção voltada para uma parte de articulação de ponto metatarsofalangeano (MP) de um pé.

7. Sola de sapato (1), de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de que um raio de curvatura em uma parte traseira da parte de superfície inferior dianteira (25) que continua até a parte de superfície inferior traseira (24) é menor do que um raio de curvatura na porção de dedo do pé (26).

8. Sola de sapato (1), caracterizada pelo fato de que compreende: uma parte de superfície inferior (60) que inclui uma parte de superfície inferior traseira (24) formada para se estender a partir de uma porção de retropé até uma porção de mediopé e para estar, quando a sola de sapato (1) é colocada em uma superfície virtual como uma superfície plana, em contato com a superfície virtual, e que também inclui uma parte de superfície inferior dianteira (25) formada para continuar até uma parte dianteira da parte de superfície inferior traseira (24) e também se estende de maneira curvada até uma porção de dedo do pé (26) de tal modo que seja gradualmente afastada a partir da superfície virtual; uma parte de superfície superior (61) que inclui uma primeira parte de superfície superior (27) formada para se estender a partir da porção de retropé até a porção de mediopé, e constituída por uma superfície formada para ser paralela com a superfície virtual ou para se estender para baixo a partir de uma parte traseira em direção a um lado dianteiro em um estado descarregado, e que também inclui uma segunda parte de superfície superior (28) formada para continuar até uma extremidade dianteira da primeira parte de superfície superior (27) e constituída por uma superfície que se estende para cima em direção ao lado dianteiro para alcançar a porção de dedo do pé (26); e uma parte de restrição de deformação (23, 50) formada para cruzar pelo menos uma porção de cada uma dentre a parte de superfície inferior traseira (24) e a parte de superfície inferior dianteira (25), e disposta para incluir uma região voltada para uma parte de articulação MP de um pé, em que na parte de superfície superior (61), a extremidade dianteira da primeira parte de superfície superior (27) está mais próxima à superfície virtual, e uma extremidade dianteira da segunda parte de superfície superior (28) está mais distante da superfície virtual.

9. Sola de sapato (1), de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo fato de que ainda compreende uma parte de tolerância de deformação (21) formada abaixo da parte de restrição de deformação (23).

10. Sola de sapato (1), de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que a parte de tolerância de deformação (21) se estende da porção de retropé até a porção de dedo do pé (26), e é constituída por um membro tendo uma menor dureza do que a parte de restrição de deformação (23).

11. Sola de sapato (1), de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que a parte de tolerância de deformação (21) compreende uma parte de orifício de passagem (40) que é provida na porção de mediopé e que penetra na direção de largura.

12. Sola de sapato (1), de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que a parte de tolerância de deformação (21) compreende um membro de amortecimento (22) disposto na porção de retropé.

13. Sola de sapato (1), de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo fato de que a parte de restrição de deformação (23, 50) compreende um membro de placa (50).

14. Sapato, caracterizado pelo fato de que compreende: a sola de sapato (1) conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 13; e uma parte superior (9) disposta na sola de sapato (1).