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Azzedine Alaïa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Azzedine Alaïa
Azzedine Alaïa
Azzedine Alaïa aux Beaux-arts de Tunis.
Nascimento 26 de fevereiro de 1935
Tunes
Morte 18 de novembro de 2017 (82 anos)
10.º arrondissement de Paris
Sepultamento Sidi Bou Said
Cidadania França, Protetorado Francês da Tunísia, Tunísia
Alma mater
  • Tunis Institute of Fine Arts
Ocupação grand couturier
Distinções
  • Cavaleiro da Legião de Honra (2008)
Causa da morte enfarte agudo do miocárdio
Página oficial
https://www.maison-alaia.com/

Azzedine Alaïa (عز الدين عليّة) (Tunis, Tunísia, 1940- Paris, 18 de Novembro de 2017[1]), foi um estilista tunisino que ficou particularmente bem-sucedido nos anos 80.

Trabalhou com supermodelos da década de 1980, como Grace Jones, Stephanie Seymour e Linda Evangelista, além da cantora Tina Turner; ainda nos anos 80, a brasileira Luiza Brunet chegou a participar de um desfile de Alaïa. Mais recentemente, os seus vestidos foram usados por figuras públicas como as cantoras Lady Gaga e Rihanna, a modelo Naomi Campbell e a ex-primeira-dama dos Estados Unidos Michelle Obama.[2]

Filho de fazendeiros e nascido na Tunísia, Alaïa estudou no Instituto Superior de Belas Artes de Tunes da cidade de Tunis, desejando ser escutor.[1] Chegou a Paris em 1957[1], com o fim da Guerra da Argélia e, antes de ficar conhecido em sua carreira de estilista, chegou a trabalhar como babá para se manter na capital francesa.[2]

Com a morte de Christian Dior, sua grife passou então a ser comandada por Yves Saint Laurent, que contratou Azzedine Alaïa para trabalhar como alfaiate nela.[1] Todavia, Azzedine ficou apenas dias na grife, pois, como imigrante, não tinha a documentação necessária para manter-se no emprego.[2]

Antes de conquistar clientela própria e abrir um pequeno atelier no final da década de 1970,[1] Azzedine passou pelas grifes Guy Laroche e Thierry Mugler.[2]

A maison de Azzedine Alaïa conquistou fama mundial na década de 1980 com suas criações fetichistas que tratavam o corpo feminino de forma escultural.[2]

Em 2011, John Galliano acabou por proferir insultos antissemitas num bar de Paris e foi afastado da grife Christian Dior. Diante disto, Azzedine Alaïa foi convidado a assumir o comando da maison Dior, mas preferiu não aceitar a proposta.[2]

Após seis anos sem atividade, Azzedine retornou à semana de alta-costura parisiense em julho de 2017, para apresentar o sua coleção outono-inverno 2018. O desfile foi aberto por Naomi Campbell e recebeu elogios pela crítica especializada.

Vítima de uma queda em sua casa, no dia 8 de novembro de 2017, desde então, ele ficou em coma no Hospital Lariboisière, em Paris.[2]

Alaïa contava com admiradores entre seus colegas de profissão. Em 2000, quando comandava a Louis Vuitton, o estilista norte-americano Marc Jacobs fez um desfile em homenagem a Azzedine Alaïa.[2]

A obra de Alaïa ainda foi tema de uma exposição, em 2000, no Museu Guggenheim de Nova York.[2]

Referências
  1. a b c d e Culto. «Moda. Morreu o criador franco-tunisino Azzedine Alaïa». PÚBLICO. Consultado em 18 de Novembro de 2017 
  2. a b c d e f g h i «Morre o estilista Azzedine Alaïa, aos 77 anos. Estilista franco-tunisiano marcou anos 80 com criações sedutoras». Jornal O Globo, Caderno Ela. 18 de Novembro de 2017. Consultado em 18 de Novembro de 2017 
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