PT83690B - Embalagem, para ligacao de duas pecas, em especial de mobiliario - Google Patents

Description

MEMÕRIA DESCRITIVA

A presente invenção refere-se a uma ferragem para a ligação de duas peças construtivas, em especial duas placas ou paredes de uma peça de mobiliário dispostas perpendicularmente uma em relação à outra, com um órgão de fixação que pode ser ligado com a primeira peça construtiva e um dispositivo de tracção e retenção que pode ser ligado com a segunda peça construtiva, para isso equipada com uma abertura de encaixe, e que possui uma superfície de pressão para uma superfície de contra-apoio do órgão rotativo, que o órgão de fixação apresenta, orientada mais ou menos no sentido oposto ao sentido de encaixe. Ê conhecida uma ferragem des^ te tipo, por exemplo da patente DE-PS 30 09 380. Tal ferragem serve para a ligação de duas peças de um móvel unidas perpen dicularmente uma âoutra. Quando da união destas peças de móvel ou em geral de duas peças construtivas, é necessário que o órgão rotativo tome uma posição de rotação pré-determinada - no seguimento designada por posição inicial. O orgao de fixação bem como o dispositivo de tracção e retenção podem então

-160800 associar-se um ao outro de modo tal que, no seguimento da rotação do órgão rotativo, as duas peças construtivas, associadas já de uma maneira bastante correcta, se aproximam mais fortemente uma da outra, até que finalmente se encostam firme mente, de modo que se estabelece então a desejada ligação estável. A superfície de pressão do órgão rotativo colabora então, pelo menos ao longo de um dado ângulo de rotação, com a superfície de contra-apoio do órgão de fixação. A excentricidade da superfície de pressão provoca, quando da rotação no sentido do fecho, um impulso, para dentro, do órgão de fixação introduzido manualmente para o interior do dispositivo de tração e retenção. As superfícies mutuamente encostadas, ou sejam, por um lado, a superfície de pressão e, por outro lado, a superfície de pressão e, por outro lado, a superfície de contra-pressão, têm que ter uma estrutura tal que se garan ta que aquele impulso para dentro seja uniforme em toda a zona de acção da ferragem. A ligação pode desfazer-se novamente rodando o órgão rotativo no sentido contrário. Pode evitar-se a desligação espontânea, por exemplo por aperto por meio de um meio de retenção automática. Na montagem de acordo com a finalidade pretendida das duas partes desta ferragem, o ângulo de rotação de trabalho do órgão rotativo é menor que uma volta.

A ferragem conhecida caracteriza-se por | uma construção simples e robusta. Por outro lado, em contra- j partida, já a união provisória das peças construtivas ou das peças do móvel exige a rotaçao do órgão rotativo de um pequeno ângulo de rotação, o que só é possível com o auxílio de um elemento de actuação apropriado, por exemplo uma chave adaptada, uma chave de parafusos ou outro análogo. Na montagem de tais ferragens há sempre que contar com certas impresisões. Por conseguinte pretende-se sempre não apertar ainda inicialmente as diferentes ferragens do tipo em questão utilizadas | numa peça de mobiliário, mas sim simplesmente encaixar o órgão rotativo e o órgão de fixação apenas na medida em que não seja já possível a sua desligação automática. SÓ quando todas as ferragens têm as duas partes assim engatadas se actua sucessivamente nas mesmas para ligar as peças construtivas e

portanto dar ã peça de mobiliário a sua forma e a sua estabidade definitivas. A união provisória das várias peças constru tivas exige, como se disse, a actuação do órgão rotativo com o auxílio de uma chave ou ferramenta análoga. Mas devem também manter-se ao mesmo tempo as duas peças construtivas correctamente dispostas uma em relação à outra . Isso é difícil para uma pessoa só e, para a montagem de uma peça de mobiliário constituída por várias peças construtivas, é mesmo inexequível, de modo que é inevitável ter que contar com um auxiliar.

objecto da presente invenção consiste em aperfeiçoar uma ferragem do tipo descrito atrás, de modo tal que torne mais simples e mais rápida a união das duas peças construtivas.Em especial, pretende-se tornar mais simples e mais rápida a montagem de um objecto, por exemplo uma peça de mobiliário, constituída por vários elementos construtivos. Para resolver este problema, propoe-se segundo a presente invenção que a ferragem seja construída de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1 e tenha as características descritas na parte de caracterização descritas na parte de caracterização desta reivindicação. De uma maneira conhecida, cada uma das peças construtivas a unir com esta ferragem é ligada rigidamente com uma das metades da ferragem, ou seja, por um lado, o órgão de fixação e, por outro lado, o dispositivo de tracção e retenção. Depois encaixa-se o órgão de ligação,mediante a aproximação da sua peça construtiva da que está fixada ao dispositivo de tracção e retenção, na abertura de encaixe desta última. Quando se tiver atingido uma profundidade de encaixe pré-determinada, o órgão de fixação encontra a superfície em cunha do órgão rotativo.

andamento e a disposição desta superfície em cunha são escolhidos de maneira que a força de pressão exercida pelo órgão de fixação na superfície em cunha, quando se faz o encaixe, conduza a uma continuação da rotação da superfície em cunha num sentido de rotação pré-determinado. A peça do órgão rotativo que apresenta a superfície em cunha desloca-se então cada vez mais para fora da zona do movimento de deslizamento do órgão de fixação, até que finalmente a

abandona completamente. Simultaneamente com a rotação da superfície em cunha para fora da referida zona de deslizamento, oscila para dentro desta zona o início da superfície de pressão. Este inicio da superfície de pressão está desfazado em relação à superfície em cunha no sentido do deslizamento do órgão de fixação de modo tal que pode prender-se por trás da superfície de contra-apoio do órgão de fixação, quando da con tinuação da rotação da superfície em cunha que se desloca em frente do início da superfície em cunha. Portanto, então o início da superfície de pressão, visto do sentido da introdução do órgão de fixação, situa-se em frente da sua superfície de contra-apoio. Isso significa uma imobilização do órgão de fixação no receptáculo de encaixe do dispositivo de tracção e retenção.

órgão de fixação portanto já não pode ser retirado do receptáculo de encaixe sem previamente rodar para trás o órgão rotativo. As duas peças construtivas estão portanto nesse caso acopladas uma à outra, mas sem se encosta rem firmemente entre si. 0 aperto mútuo rígido das duas peças construtivas só se obtém continuando a rodar o órgão rotativo no mesmo sentido de rotação em que até agora rodou. Então, a superfície de pressão, formada como superfície de topo heli. coidal, faz pressão permanentemente contra a superfície de contra apoio do órgão de fixação. Devido à inclinação da hélice, o órgão de fixaçao é por ela empurrado cada vez mais profundamente para dentro do receptáculo de encaixe, até que finalmente a peça construtiva ligada ao órgão de fixaçao é apertada rigidamente contra a peça que está fixada ao disposi. tivo de tracção e retenção.

A ligação das duas peças construtivas descrita, solta mas já não susceptível de ser desfeita sem uma actuação particular do órgão rotativo, por exemplo com o auxílio de uma chave, nomeadamente uma chave de parafusos, pode conseguir-se por simples encaixe das duas metades da ferragem- de maneira automática, isto é, sem a acção directa no órgão rotativo com uma chave ou ferramenta análoga. Ê fácil de ver que esta ferragem resolve correctamente o problema pos. to e permite fazer a ligação das duas peças construtivas de

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maneira rápida e simples, visto que, da maneira descrita, podem encaixar-se todas as peças construtivas sem o auxílio de uma ferramenta. 0 encaixe das ferragens garante já uma união solta mas segura de todas as peças construtivas do móvel ou construção análoga. Mas a estabilidade necessária só se estabelece quando se tiverem rodado todos os órgãos rotativos no sentido do aperto. Por outro lado, no entanto, o encaixe mútuo provisório torna possível de uma maneira simples também uma montagem no caso de se ter verificado serem incorretas as tolerâncias na montagem das várias ferragens, por exemplo na distância entre dois órgãos de fixação. Nomeadamente há em todas as ferragens ainda folga suficiente para que, mesmo que se ultrapasse uma certa tolerância, continue a ser possível a união. Mas quando todas as ferragens estiverem imobilizadas entre si, a continuação da rotação dos órgãos rotativos não põe já qualquer problema.

A forma e as dimensões da peça que apresenta a extremidade dianteira do órgão de fixação, no sentido do encaixe, bem como da que apresenta a superfície em cunha, e a sua disposição mútua, mas em especial a disposição da peça no órgão rotativo, devem escolher-se de modo que o movimen to do encaixe do õrgão de fixação conduza sempre a um movimen to de rotação do órgão rotativo. Para garantir uma rotação contínua do órgão rotativo, é necessário que a superfície em cunha desça no sentido da rotação para o interior do receptáculo de encaixe. Pode eventualmente ser necessária ou conveni ente também uma descida numa direcção mais ou menos radial do órgão rotativo.

Vista no sentido da rotação, a superfície em cunha ou a peça que a contém, tem de ser dimensionada e dis posta de modo tal que liberte numa medida suficiente a zona de deslizamento para a extremidade interior do órgão de fixação quando da compressão pela superfície de pressão. 0 mesmo se aplica também para o desaperto da ferragem. Neste caso tem que garantir-se que, quando se roda para trás o órgão rotativo, a superfície em cunha pode novamente entrar por baixo da extremi dade interior do órgão de fixação.

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Isso é garantido em especial por meio de uma mola de compressão que solicita o órgão rotativo para fora, a qual pode também ser útil eventualmente quando do aperto. Por diversas ra- . zões pode ser conveniente dimensionar a peça que apresenta a superfície em cunha no órgão rotativo, por exemplo no sentido da rotação, menor que a extremidade interior do órgão de fixação. Pode também mostrar-se vantajoso não colocar esta peça simetricamente em relação a um plano radial do órgão rotativo. Por conseguinte é perfeitamente possível e conveniente que o início da superfície de pressão primeiramente apanhe por baixo, a pequena distância, a superfície de contra-apoio, enquanto a extremidade interior do órgão de fixação se encosta à superfície em cunha. Isso aumenta mesmo a mobilidade relativa do dispositivo de tracção e retenção e do órgão de fixação , sem que tenha de recear-se um desacoplamento indesejável das duas metades da ferragem.

No aperfeiçoamento segundo a presente invenção propõe-se que a superfície em cunha se encontre numa saliência do órgão rotativo, saliente perpendicularmente ao eixo de rotação do órgão rotativo. Devido ao facto de o início da superfície de pressão da abertura de encaixe estar mais próximo que a superfície em cunha e de certo modo entre as duas extremidades livres do órgão de fixação que colaboram com a superfície em cunha, por um lado, e com a superfície de pres são do órgão rotativo, por outro lado, a saliência do órgão rotativo é de preferência colocada a sua extremidade interior. Considerado na direcção da rotação, o comprimento da superfície em cunha é dimensionado de modo tal que a superfície de pressão abarca por cima a superfície de contra-apoio numa extensão suficiente, quando a superfície em cunha tiver saido completamente da zona do movimento do órgão de fixação.

Uma outra variante aperfeiçoada da presente invenção consiste no facto de o órgão rotativo ter substancialmente uma configuração cilíndrica circular, com secções em forma de segmento circular separadas e mais ou menos paralelas ao eixo longitudinal, estendendo-se uma das faces de topo do cilindro perpendicularmente ao eixo longitudinal e apresentando a outra face de topo do cilindro a configuração

de uma superfície helicoidal, que forma a superfície de pressão. Então o eixo geométrico da superfície helicoidal de preferência coincide com o do órgão rotativo. A periferia exterior do órgão rotativo, pelo menos na zona da superfície de pressão helicoidal, é formada por uma superfície cilíndrica com uma altura crescente e uma superfície plana paralela ao eixo. Deste modo, a superfície helicoidal estende-se desde uma zona lateral da superfície plana do órgão rotativo até à outra zona lateral.

Uma outra forma preferida da presente invenção prevê que se associa à extremidade interior da super fície de pressão helicoidal a saliência com a superfície em cunha. Visto que esta extremidade interior, na posição inicial, da superfície helicoidal não tem importância na união das duas peças construtivas por motivos de segurança, não desempenha qualquer papel essencial a maneira como essa extremidade interior e a superfície de contra-apoio, considerada geome tricamente, se associam exactamente entre si. Ê sem mais imaginável que, considerando o sentido do encaixe, a extremidade interior da superfície de pressão ainda esteja um tanto mais no interior que a superfície em cunha ou a sua extremidade que primeiro é encontrada pelo órgão de fixação.

Uma outra variante da presente invenção é caracterizada pelo facto de saliência possuir uma configura ção mais ou menos triangular, sendo então um lado do triângulo simultaneamente uma parte da superfície lateral cilíndrica. A saliência é portanto colocada num dos bordos laterais da su perfície lateral plana. Em relação a um plano perpendicular à superfície lateral plana e que passa pelo eixo de rotação, a saliência está deslocada lateralmente. Portanto, quando se faz pressão para baixo com uma aresta ou superfície de topo do órgão de fixação gera-se o binário necessário para o desacopolamento automático de dispositivo de tracção e retenção com o órgão de fixação quando se encaixa este último.

Outras características e vantagens da ferragem segundo a presente invenção resultam das reivindicações e da descrição de um exemplo de realização que vai seguir-se.

Os desenhos anexos representam um exemplo de realização da presente invenção e as suas figuras representam :

As fig. 1 a 3, três fases diferentes na ligação de duas peças construtivas em forma de placa com a ferragem segundo a presente invenção ;

As fig. 4 a 6, três fases correspondentes, no desaperto da ligação ;

A fig. 7, uma vista de cima do órgão rotativo da ferragem, numa escala maior, e

A fig, 8,uma vista de baixo do órgão rotativo.

A ferragem serve para ligar duas peças construtivas (1) e (2), em especial em forma de placas, cujos planos, no exemplo de realização, formam entre si um ângulo recto. Como mostram as fig. 4 a 6, a ligação pode ser desfeita em qualquer altura. As partes componentes essenciais da ferragem são um órgão de ligação (3), por exemplo susceptível de se ligar à peça construtiva (1), e um dispositivo de tracção e retenção (4) susceptível de se ligar, por exemplo à peça construtiva (2), com o auxílio dos quais podem unir-se, numa dispo siçao segundo a fig. 2, as peças construtivas, as quais, na posição final, ficam unidas rigidamente como se representa na fig. 3. 0 dispositivo de tracção e retenção (4) possui um órgão rotativo (7) solicitado no sentido da seta (6) por uma mola (5). Por meio de um degrau (8), apoia-se num degrau (10) de um corpo (9) da ferragem que resulta de uma redução escalonada do furo (11).

corpo (9) da ferragem, de preferência formado como cavilha perfurada, possui um receptãculo de encaixe (12), cuja abertura de encaixe (13) se estende de preferência alinhada com a face superior (14) da peça construtiva (2). Consegue-se isso se o fundo do pote (15), que de maneira preferida fica ligeiramente saliente na direcção radial em relação à superfície lateral do corpo (8) em forma de fundo de pote da ferragem, tiver sido afastado ou eliminado numa secção em forma de segmento circular.

bordo saliente (16) do fundo do pote ou do corpo da ferragem situa-se sobre a face superior (14) da peça construtiva (2) (fig. 6).

Na abertura de encaixe (13) introduz-se a extremidade do órgão de ligação (3) livre, ou dianteira no sentido (17) do encaixe. Como na zona do seu movimento se encontra uma superfície em cunha (18) do órgão rotativo (7), o movimento de encaixe termina quando a aresta dianteira, no sen tido do encaixe (19) do órgão de ligação (3), encontra esta superfície em cunha (18). As duas peças construtivas (1) e (2) estão então ainda a uma distância mútua (20) (fig. 1).Mediante a pressão para dentro na peça construtiva (1) no sentido de en caixe (17) e pela colaboração da aresta dianteira (19) do órgão de fixação (3) com a superfície em cunha (18) do órgão rotativo (7) gera-se finalmente um binário no sentido da seta (21).

órgão rotativo (7) possui uma superfície lateral cilíndrica circular (22), que no entanto não se estende pelos 3602, mas sim é formada em parte por uma superfí cie plana (23). Para a formação de uma cavilha de apoio (24) cilíndrica circular, reduz-se de maneira discontínua o diâmetro do órgão de rotação (7). Resulta daí o degrau (8) voltado para cima no sentido da seta (6) e um degrau dirigido para o lado oposto, mas que não apresenta a forma de um anel circular ou de uma parte de um anel circular, mas sim é formado como su perfície de topo helicoidal (25). Interiormente é limitado por uma cavilha (26) troacocónica, que apresenta um furo central para receber uma das extremidades da mola (5).

Como a superfície lateral (22) não se estende por 3602, também o ângulo abrangido pela face de topo helicoidal é menor que 3602, por exemplo tem um valor de 2702. Mas pode sem mais esse ângulo ter um valor maior ou menor.

A partir da fig. 7 pode ver-se que a superfície em cunha (18) estã associada à extremidade (27) da superfície de topo helicoidal (25), representando-se em (28) o início da superfície helicoidal. A partir da fig. 1 resulta que o início (28) da superfície helicoidal de topo (25) esta

precisamente ao lado (direito) da zona de deslocamento do orgão de fixação (3) quando a superfície em cunha (18) entra ao máximo na zona de deslocamento. Quando então, com o auxílio do órgão de fixação (3) ou da sua aresta dianteira (19), se roda o órgão rotativo (7) no sentido da seta (21), a superfície em cunha (18) afasta-se cada vez mais da zona de deslizamento do órgão de fixação (3). Mas na mesma medida a face de topo helicoidal (25) entra nessa zona de deslizamento.

Na extremidade dianteira, no sentido do encaixe (17) do órgão de fixação, formou-se uma superfície de contra-apoio (29). Vista no sentido do encaixe (17), essa superfície encontra-se, quando se roda o órgão rotativo (7), depois do início (28), desviado para dentro, da superfície helicoidal (25), pelo que o início (28) da superfície helicoidal pode prender por cima esta superfície de contra-apoio (29). Esta de resto, no que respeita à sua inclinação e à sua posição inclinada, tem um andamento mais ou menos igual ao da superfície helicoidal adjacente. Quando a superfície em cunha (18) tiver saido completamente da zona do movimento do órgão de fixação (3) ou estiver em frente de um chanfro adjacente, para o interior, à aresta dianteira (19) do órgão de fixação (3) (fig. 2), a peça construtiva (1) está encostada à peça construtiva (2). Desde que o início (28) da superfície helicoi dal (25) não esteja ainda encostado à superfície de contra-apoio (29) neste instante, o que deve de preferência verificar-se (fig. 2), obtêm-se então finalmente a posição representada na fig. 3, continuando a rodar o órgão rotativo (7) no sentido da seta (21), por exemplo de um quarto ou de meia rotação do órgão rotativo (7). Então, a superfície helicoidal (25) faz uma pressão intensa com a sua zona média ou terminal na superfície de contra-apoio (29), obtendo-se deste modo uma ligação das peças construtivas (1) e (2) resistente às vibrações. A rotação do órgão rotativo (7) faz-se com o auxílio de uma chave de parafusos ou ferramenta análoga, que ê aplicada numa cavidade de recepção apropriada na extremidade de topo exterior da cavilha de apoio (24), que pode ter por exemplo a for ma de fendas cruzadas.

A superfície em cunha (18) encontra-se num apêndice saliente (32) do órgão rotatino (7) perpendicular ao eixo de rotação (31) do órgão rotativo (7). Como o eixo de rotação (31) do órgão rotativo (7) tem, no exemplo de realização indicado, uma posição ligeiramente inclinada em relação à direcçao de encaixe (17) do órgão de fixação (3), o apêndice (32) não sobressai acima da superfície lateral plana (23) do órgão de rotação (7). Ê no entanto possível que na posição ini ciai segundo a fig. 1 a extremidade dianteira do órgão de fixa çáo (3) possa mover-se sem estorvo sobre o início (28) da superfície de topo helicoidal e que se encontre na zona de movimento do apêndice (32) com a sua superfície em cunha. Esta tem uma configuração tal e em especial desce no sentido da rotação de modo tal que a força de pressão no sentido da seta (17) con duz ao movimento de rotação no sentido da seta (21). Se o eixo de rotação (31) fosse paralelo ou quase paralelo â direcçao do encaixe (17), então o apêndice (32) teria de ficar bastante sa liente em relação à superfície lateral plana (23). Por outro lado, no entanto, a posição ligeiramente inclinada do órgão ro tativo (7) torna possível uma actuação particularmente simples e sem estorvo do órgão rotativo com o auxílio de uma ferramenta de rotação.

A abertura de encaixe (13) do corpo (9) da ferragem tem a forma de um segmento circular, mas no qual a aresta de transição do arco de círculo para a corda não é em ângulo agudo, mas sim formada como uma cava rectangular. A largura da cava é igual à espessura (33) da extremidade de encaixe (34) do órgão de fixaçao (3) e a sua distância mútua é mais ou menos igual à largura desta extremidade de encaixe, sendo ambas as distâncias medidas numa direcçao perpendicular ao plano da figura (fig. 2). A extremidade de encaixe (34) tem portanto a configuração de uma lâmina achatada com uma cavidade (35) em forma de nervura para formar a superfície de contra-<u.poio (29). A extremidade dianteira (19) da extremidade de encaixe (34) estende-se de preferência perpendicularmente ao plano da figura e à direcçao de encaixe (17).

órgão de fixação (3) possui uma cavilha perfurada (36) que tem em especial a mesma forma e as mesmas

dimensões que a do dispositivo de tracção e retenção (4) e está provida, de uma maneira conhecida, de estrias periféricas, com secção em forma de dente de serra. Nela fixa-se, por exemplo com o auxílio de rebites (37), uma peça em forma de placa, cuja extremidade oposta à cavilha perfurada apresenta a referi_ da cavidade (35) em forma de nervura. A peça (38) em forma de placa pode encaixar-se numa bolsa da cavilha perfurada. Por outro lado, é no entanto também possível fazer a peça de fixação (3) numa só peça.

corpo (9) da ferragem tem, como já se disse, a configuração de um pote. No bordo do pote associado ao fundo de um furo fechado (40) da peça construtiva (2) está apli cada uma tampa (39), de preferência de material sintético. Na face interior da tampa encontra-se uma régua (41), cujas extremidades laterais se encaixam com aperto nas referidas cavas laterais da abertura de encaixe (13). Deste modo é retirada a tampa (39) no corpo (9) da ferragem. Mas simultaneamente a régua (41) serve para apoio da extremidade inferior, no desenho, da mola antagonista (5). Na fig. 5 estão representados os eixos geométricos (31) do órgão rotativo (7) e (42) do corpo (9) da ferragem. Vê-se que, no exemplo de realização apresentado, formam um ângulo de cerca de 302.

As fig. 1 a 3 ilustram, como se disse, o fecho da ferragem, tendo-se na fig. 1 atingido jã em grande medida a união correcta das peças construtivas (1) e (2). Na fig. 2, as peças construtivas (1) e (2) estão jã encostadas uma à outra, mas ainda não estão apertadas uma contra a outra. Mas, por outro lado, já não é possível um afastamento notável da peça construtiva (1) da peça construtiva (2) no sentido contrário ã seta (17), porque, devido ao bloqueio automático obtido com o auxílio da superfície de topo helicoidal (25) ou da su perfície de pressão e da superfície de contra-pressão (29) opojs ta, a extremidade de encaixe (34) do órgão de fixação (3), jã não pode sair da abertura de encaixe (13). Isso só seria possível se previamente ,. com o auxílio de uma ferramenta., se rodasse o órgão rotativo no sentido contrário ã seta (21). Esta ligação solta, mas no entanto, como se disse, já impossível de

desfazer por si, das peças construtivas (1) e (2) segundo a fig. 2, torna possível armar uma peça de mobiliário constitui da por várias peças construtivas em forma de placa primeiramente sem o auxílio de uma ferramenta. Depois, mediante a rotação do órgão rotativo, fixam-se uma após outra as ferragens.

As fig. 4 a 6 representam a desligação das peças construtivas (1) e (2) com o auxílio de uma ferramenta não representada usada para rodar a peça rotativa (7). Partindo da posição do órgão rotativo (7) representada na fig. 3, em primeiro lugar roda-se em sentido contrário o órgão rotativo de cerca de meia volta. Ao mesmo tempo, porém, o órgão rotativo é empurrado no sentido da seta (43) contra a forca da mola (5). A partir daqui, o apêndice (32) com a superfície em cunha (18) já está de novo mais ou menos por baixo da ares, ta dianteira (19) do órgão de fixação (3). A posição inicial completamente rodada segundo a fig. 1 atinge-se continuando a rodar o órgão rotativo (7) no sentido contrário à seta (21), mantendo no entanto a pressão no sentido da seta (43). Atinge -se agora a posição indicada na fig. 5. Então o início (28) da superfície de pressão (25) ou da superfície de topo helicoidal atingiu a abertura de encaixe (13). 0 angulo formado pelas posições segundo as fig. 4 e 5 é, relativamente à posição inicial, de cerca de 402. Se agora libertarmos o órgão rotativo , a mola antagonista (5) faz pressão no sentido contra rio ao da seta (43), para cima. Desse modo, o início da superfície de topo helicoidal (25) antes ainda na zona do movimento do órgão de fixação (3), coloca-se ao lado dessa zona, de modo que a cavidade em forma de nervura (35) e portanto o órgão de fixação são libertados juntamente da peça construtiva (1).

ângulo de rotação entre as posições das fig. 1 e 2 tem de preferência um valor de aproximadamente 402, enquanto que entre as das fig. 2 e 3, existe um ângulo de rotação do órgão rotativo (7) de mais cerca de 1702 ou 1802.

Claims (1)

1. Ferragem para a ligação de duas peças construtivas (1,2), em especial duas placas ou paredes de uma peça de mobiliário dispostas perpendicularmente uma à outra, com um órgão de fixação (3) que pode ser ligado à primeira peça construtiva (1) e um dispositivo de tracção e retenção (4) que pode ser ligado à segunda peça construtiva (2) para esse efeito dotada com uma abertura de encaixe (13), com uma superfície de pressão (25) para uma superfície de contra-apoio (29) do órgão rotativo (29) que apresenta o órgão de fixação voltado no sentido oposto à direcçao de encaixe, caracterizada por o órgão rotativo (7) ser solicitado por uma mola (5) no sentido contrário ao sentido de encaixe (17) do órgão de fixaçao (3) e apresentar uma superfície em cunha (18) que se estende na direcçao periférica, disposta a uma certa distância atrás do início da superfície de pressão (25), vista no sentido do encaixe (17), e que na posição inicial fica saliente para dentro da zona do deslizamento do órgão de fixação (3) e liberta este num ângulo de rotação predeterminado, e por a superfície de pressão (25) do órgão rotativo (7) ser uma face de topo helicoidal voltada em sentido contrário ao da força da mola (5) e, na posição inicial, se encontra fora da zona de deslocamento do órgão de fixação (3) e o mais tardar quando da saida da superfície em cunha (18) da zona do deslocamento do órgão de fixação (3) apanha a sua superfície de contra-apoio (29) por baixo.

   - 2ê -

   Ferragem de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a superfície em cunha (18) se encontrar num apêndice (32) do órgão rotativo (7) perpendicular ao eixo de rotação (31) do órgão rotativo (7).

   - 3ê -14-

   Ferragem de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por o órgão rotativo (7) possuir uma configuração substancialmente cilíndrica circular com porções em forma de segmento de círculo, em secção transversal, separadas e aproximadamente paralelas ao eixo longitudinal (31), estenden do-se uma das faces de topo cilíndricas (8) perpendicularmente ao eixo longitudinal e tendo a outra face de topo do cilindro, pelo menos na sua zona exterior, a configuração de uma superfjl· cie helicoidal (25), que forma a superfície de pressão.

   Ferragem de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por ã extremidade (27) da superfície de pressão helicoidal (25) estar associado o apêndice (32) com a superfície em cunha (18).

   - 5* Ferragem de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por o apêndice (32) possuir uma configuração substancialmente triangular, sendo um dos lados do triângulo simultaneamente uma parte da superfície lateral cilíndrica (22).

   - 6ê Ferragem de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizada por um furo fechado central do órgão rotativo (7), em cuja extremidade interior se apoia uma extremidade da mola antagonista (5) formada como mola helicoidal de compressão.

   - 7ê Ferragem de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por um apêndice de actuação (24) em forma de cavilha do órgão rotativo (7) com um receptáculo (30) para uma ferramenta de rotação que pode rodar num furo de suporte de um corpo (9) da ferragem do dispositivo de tracção e retenção (4).

   Ferragem de acordo com a reivindicação 7, caracterizada por o corpo (9) da ferragem do dispositivo de tracção e retenção (4) apresentar uma estrutura substancialmen te em forma de pote com um fundo (15) do pote saliente radialmente, faltando uma parte do fundo do pote para formação de uma abertura de encaixe (13) para o órgão de fixação (3).

   - 9â Ferragem de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por a abertura de encaixe (13) apresentar aproximadamente a estrutura de um segmento circular com ranhuras ou cavas laterais nos limites rectílineos da abertura e pelo menos a extremidade de introdução (34) do órgão de fixação ser feita sob a forma de lâmina achatada.

   - 10a -

   Ferragem de acordo com a reivindicação 9, caracterizada por a superfície de contra-apoio (29) do órgão de fixação (3) fazer parte de uma cavidade (35) em forma de nervura da extremidade de encaixe (34).

   - lia -

   Ferragem de acordo com a reivindicação 10, caracterizada por a superfície de contra-apoio (29) se estender inclinada para o plano da extremidade de encaixe (34) e inclinada em relação ã aresta dianteira de topo livre (19) da referida extremidade, situada aproximadamente perpendicularmen te à direcção de encaixe.

   -16Ferragem de acordo com pelo menos uma das reivindicações 9 a 11, caracterizada por o órgão de fixação (3) ser constituído substancialmente por uma cavilha perfurada (36) e uma peça (38) em forma de placa perpendicular ao seu eixo longitudinal.

   - 13§ -

   Ferragem de acordo com pelo menos uma das reivindicações 9 a 12, caracterizada por a outra extremidade da mola antagonista (5) voltada para o lado oposto ao órgão rotativo (7) se apoiar numa tampa (39) do corpo (9) da ferragem do dispositivo de tracção e retenção, fixada no bordo do pote.

   - 14ê -

   Ferragem de acordo com a reivindicação

   13, caracterizada por a tampa (39) feita em especial de material sintético ser retirada no corpo (9) da ferragem por aper to ou encaixe.

   - 15â -

   Ferragem de acordo com a reivindicação

   14, caracterizada por a tampa (39) ser mantida nas cavas laterais do receptáculo de encaixe (13) com uma régua (14) ou dois apêndices que se encontram a uma certa distância um do outro.

   - 16a _

   Ferragem de acordo com a reivindicação

   15, caracterizada por o eixo geométrico (31) do órgão rotativo se estender inclinado em relação ao do corpo (9) da ferragem e se apoiar na outra extremidade da mola antagonista (5) na régua (41) da tampa (39).

   - 172 -

   Ferragem de acordo com pelo menos uma das reivindicações anteriores, caracterizada por a superfície de pressão helicoidal (25) se estender por um ângulo de cerca de 1802 a 2702.

   - 182 -

   Ferragem de acordo com pelo menos uma das reivindicações 3 a 17, caracterizada por o início (28) da superfície de pressão helicoidal (25) estar desfasada de cerca de 702 a 1102 da superfície em cunha (18).