BR112017025034B1 - Elo de corrente, corrente e método para melhorar a resistência da corrente - Google Patents
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Abstract
LIGAÇÃO DE CADEIA, CADEIA, MÉTODO PARA MELHORAR A RESISTÊNCIA DA CADEIA E USO DA REFERIDA CADEIA A presente invenção se refere a uma ligação de cadeia que compreende fios de trama e fios de urdume, sendo que os fios de urdume contêm o fio de urdume A e o fio de urdume B, em que a taxa de extensão mínima do fio de urdume B é maior que a taxa de extensão mínima do fio de urdume A, sendo que a tira compreende um corte longitudinal central e pelo menos dois cortes de borda longitudinal, e sendo que a concentração do fio de urdume A no corte central é maior que a concentração do fio A nos cortes de borda da tira e a concentração do fio de urdume B nos cortes de borda é maior que a concentração do fio de urdume B no corte central da tira. A invenção também se refere a uma cadeia que compreende a dita ligação de cadeia e ao uso da dita cadeia em diferentes aplicações.
Description
[001] A presente invenção se refere a um elo de corrente que compreende uma tira que compreende diferentes fios de urdume. A invenção também é direcionada a uma corrente que compreende o dito elo de corrente. Além disso, a invenção se refere ao uso da dita corrente em certas aplicações.
[002] Tal elo de corrente já é conhecido na técnica anterior. Por exemplo, o documento WO2008089798 revela elos de corrente que compreendem tiras que compreendem fios multifilamento de poliolefina, particularmente fios multifilamento de polietileno de peso molecular ultra-alto (UHMWPE). O documento WO2009/115249A1 revela primeiros elos de corrente que compreendem fios de multifilamento poliméricos e que tem uma espessura Ti pelo menos na porção em que se interligam com os elos de corrente adjacentes, sendo que as ligações adjacentes têm uma espessura T2 pelo menos na porção em que se interligam nas primeiras ligações e em que a razão T2/Ti é de pelo menos i,2. A corrente revelada no documento WO2009/ii5249Ai pode ser feita de ligações rígidas e flexíveis alternantes produzidas a partir de diferentes materiais, espessuras e pesos e que tem resistência aproximadamente igual.
[003] Embora as corrente descritas nos documentos mencionados acima representem melhoras no estado da técnica, há uma necessidade contínua de melhorar ainda mais as correntes sintéticas. A eficiência das correntes reveladas na técnica anterior é menor devido ao fato de que a distribuição de estresse entre dois elos de corrente adjacentes é bastante não-homogênea, causando, assim, danos ou fratura dos elos de corrente em cargas aplicadas na corrente menores do que o esperado ou desejado. Além disso, as construções de corrente híbrida conhecidas tipicamente resultam em peso adicional para a corrente. Além disso, com o uso dos elos de corrente da técnica anterior que têm diferentes tipos de materiais, com diferentes espessuras e pesos, as correntes são produzidas a altos custos, por métodos complexos e representa um risco de segurança já que os elos de corrente mostram um comportamento de envelhecimento (por exemplo, degradação e corrosão) diferente.
[004] O objetivo da invenção é, portanto, fornecer uma corrente de maior eficiência em relação à quantidade de fio usada, o que reduz perdas de resistência enquanto obtém transferência de carga máxima entre elos de corrente adjacentes.
[005] Esse objetivo foi alcançado com um elo de corrente compreendendo uma tira compreendendo fios de urdume, sendo que os fios de urdume contêm o fio de urdume A e o fio de urdume B, em que a taxa de extensão mínima do fio de urdume B é maior que a taxa de extensão mínima do fio de urdume A, em que a taxa de extensão mínima é medida a uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C, sendo que a tira compreende um corte longitudinal central e pelo menos dois cortes de borda longitudinal, e sendo que a concentração do fio de urdume A no corte central é maior que a concentração do fio A nos cortes de borda da tira e a concentração do fio de urdume B nos cortes de borda é maior que a concentração do fio de urdume B no corte central da tira.
[006] Surpreendentemente, constatou-se que, ao empregar o elo de corrente, de acordo com a presente invenção, em uma construção de corrente, a superfície de contato entre elos de corrente interligados adjacentes muda, formando um suporte ideal entre os mesmos, resultando subsequentemente em um aumento da resistência à ruptura e eficiência da corrente. Além disso, uma perda significativamente menor de resistência de fibra utilizada resulta em um custo menor por unidade de resistência da corrente.
[007] É verdadeiro que o documento WO2009/156142A1 revela um artigo, como uma construção de corrente que compreende fios portadores de carga de um primeiro tipo e fios portadores de carga de um segundo tipo que tem uma taxa de extensão pelo menos 10 vezes maior do que a taxa de extensão dos fios do primeiro tipo. No entanto, os fios com alta extensão e os fios com baixa extensão revelados neste documento são misturados de modo homogêneo no artigo, por exemplo, em um elo de corrente, e não são colocados em locais específicos no artigo, por exemplo, em um elo de corrente. Tal construção, como revelada neste documento, produz uma corrente com propriedades reduzidas devido ao fato de que, por exemplo, a fratura do elo de corrente ocorre primeiramente no fio tensionado até a fratura mais baixo, no local em que o maior esforço ocorre (isto é, bordas).
[008] Vantagens adicionais do elo de corrente, de acordo com a presente invenção, incluem um peso mais leve e um maior fator de segurança, isto é, é menos susceptível à falha ou ruptura quando submetida a altas cargas.
[009] Por “fibra” se compreende no presente documento um corpo alongado que tem um comprimento, um peso, uma largura e uma espessura, sendo que a dimensão de comprimento do dito corpo é muito maior do que as dimensões transversais de largura e espessura. As fibras podem ter comprimentos contínuos, conhecidos na técnica como filamentos, ou comprimentos descontínuos, conhecidos na técnica como fibras cortadas. As fibras podem ter vários cortes transversais, por exemplo, cortes transversais regulares ou irregulares com uma forma circular de feijão ou forma oval ou retangular e podem ser torcidas ou não torcidas.
[0010] Por “fio” se compreende no presente documento um corpo alongado que contém uma pluralidade de fibras ou filamentos, isto é, pelo menos duas fibras ou filamentos individuais. Por fibra ou filamento individual se compreende no presente documento a fibra ou filamento como tal. O termo “fio” inclui fios de filamento contínuo ou fios de filamento que contêm uma pluralidade de fibras de filamento contínuo e fios cortados ou fios fiados que contêm fibras curtas também denominadas fibras cortadas. Tais fios são conhecidos pela pessoa versada na técnica.
[0011] Por “tira” se compreende no presente documento um corpo alongado que tem uma espessura (t) e uma largura (w), em que a espessura (t) é muito menor do que a largura (w). Particularmente, por “tira” se compreende no presente documento um corpo alongado que tem um corte central e cortes de borda longitudinal e que tem uma espessura máxima (tmáx), de preferência, no centro do corte central, uma espessura mínima (tmín), de preferência, nos cortes de borda longitudinal e uma largura (w), em que ambas as espessuras são menores que a largura (w). A espessura máxima e a espessura mínima também podem ser idênticas. Tais tiras são, de preferência, corpos flexíveis, particularmente tecidos ou estruturas tecidas, como uma construção de ponto de tafetá e/ou sarjado, por exemplo, conhecida na técnica também como ponto estreito ou malha têxtil. A tira pode ter cortes transversais regulares ou irregulares. A tira pode ser alternativamente uma fita ou uma luva ou tubo têxtil circular oco. A “tira” também pode ser denominada no presente documento como malha ou ponto estreito ou estrutura tecida.
[0012] Por “fio de urdume” se compreende, em geral, uma multitude de fios que têm uma composição diferente ou similar, e também podem se denominado como sistema de urdume. Cada fio de urdume é posicionado substancialmente no sentido do comprimento, na direção de máquina da tira. Em geral, a direção do comprimento é limitada apenas pelo comprimento dos fios de urdume, enquanto a largura de uma tira é principalmente limitada pelo número de fios de urdume individuais (também denominados no presente documento como número de pitches) e a largura da máquina de tecer empregada.
[0013] O termo “fio de trama” se refere, em geral, aos fios que são posicionados em uma direção cruzada, transversal à direção de máquina da tira. Definido por uma sequência de tecelagem da tira, o fio de trama se entrelaça ou interliga repetidamente ao dito pelo menos um fio de urdume. O ângulo formado entre os fios de urdume e os fios de trama é, de preferência, de cerca de 90 °. A tira pode compreender um único fio de trama ou múltiplos fios de trama com composição similar ou diferente. O fio de trama na tira, de acordo com a presente invenção, pode ser um único fio de trama ou uma pluralidade de fios de trama.
[0014] Por “ourela” (ou orla) se compreende no presente documento a borda tecida mais externa de uma tira ou malha ou estrutura estreita, particularmente uma borda de uma tira ou malha ou estrutura estreita, sendo que os fios que são posicionados em uma direção perpendicular à borda da tira não se estendem a partir da tira como extremidades livres, porém são contínuos na borda por retornarem para a tira. As ourelas são tipicamente formadas em fios de enchimento (também denominado trama) durante um processo de tecelagem de lançadeira, porém também podem ser feitas com outras técnicas ou em fios de urdume.
[0015] A tira pode compreender uma pluralidade de fios de urdume que compreendem ou consistem no fio de urdume A e no fio de urdume B e tipicamente uma pluralidade de fios de trama. A quantidade de fios de trama é, de preferência, menor do que a quantidade de fios de urdume na tira já que os fios de urdume tipicamente portam a carga em uma construção de corrente. A quantidade de trama pode ser de menos de 50%% em peso, com base no peso total da tira, de preferência, no máximo 45% em peso, no máximo 30% em peso, no máximo 20% em peso, no máximo 10% em peso ou no máximo 5% em peso, com base no peso total da tira.
[0016] De preferência, os fios de trama e/ou os fios de urdume na tira do elo de corrente, de acordo com a presente invenção, compreendem qualquer polímero e/ou composição polimérica que pode ser processada formando em um fio de alto desempenho. Mais preferencialmente, a tira no elo de corrente, de acordo com a presente invenção, compreende fios de alto desempenho.
[0017] No contexto da presente invenção, “fios de alto desempenho” ou “fibras de alto desempenho” incluem fios ou fibras que compreendem um polímero selecionado a partir do grupo que compreende ou consiste em homopolímeros e/ou copolímeros de alfa-olefinas, por exemplo, etileno e/ou propileno; polioximetileno; poli(fluoreto de vinilideno); poli(metilpenteno); poli(etileno- clorotrifluoroetileno); poliamidas e poliaramidas, por exemplo, poli(p-tereftalamida de fenileno) (conhecida como Kevlar®); poliarilatos; poli(tetrafluoroetileno) (PTFE); poli{2,6-diimidazo-[4,5b-4’,5’e]piridinileno-1,4(2,5- dihidroxi)fenileno} (conhecido como M5); poli(p-fenileno-2, 6-benzobisoxazol) (PBO) (conhecido como Zylon®); poli(hexametilenoadipamida) (conhecida como náilon 6,6); polibuteno; poliésteres, por exemplo, poli(tereftalato de etileno), poli(tereftalato de butileno) e poli(tereftalato de 1,4 ciclohexilideno dimetileno); poliacrilonitrilas; álcoois polivinílicos e polímeros de cristal líquido termotrópicos (LCP) como conhecido a partir, por exemplo, do documento US 4384016, por exemplo, Vectran® (copolímeros de ácido parahidroxibenzoico e ácido parahidroxinaftálico). Além disso, fios de urdume e/ou fios de trama que compreendem nanotubos de carbono são possíveis. Ademais, combinações de fios que compreendem os ditos polímeros podem estar contidas em cada fio de urdume A e B e/ou em fios de trama e usadas para fabricar a tira no elo de corrente, de acordo com a presente invenção. Mais preferencialmente, o elo de corrente, de acordo com a presente invenção, compreende fios de urdume A e B, sendo que cada fio A e B compreende poliolefinas, de preferência, alfa-poliolefinas, como homopolímeros de propileno e/ou etileno e/ou copolímeros à base de propileno e/ou etileno. A peso molecular média (Mw) e/ou a viscosidade intrínseca (IV) dos ditos materiais poliméricos podem ser facilmente selecionadas pela pessoa versada a fim de obter uma fibra que tem as propriedades mecânicas desejadas, por exemplo, resistência à tração. A literatura técnica fornece uma orientação adicional não apenas quanto a quais valores para Mw ou IV uma pessoa versada deve usar a fim de obter fibras fortes, isto é, fibras com uma alta resistência à tração, porém também quanto a como produzir tais fibras.
[0018] Alternativamente, fios de alto desempenho podem ser compreendidos no presente documento como incluindo fios, de preferência, fios poliméricos, que tem uma tenacidade ou resistência à tração de pelo menos 1,2 N/tex, mais preferencialmente, pelo menos 2,5 N/tex, com máxima preferência, pelo menos 3,5 N/tex, ainda com maior preferência, pelo menos 4 N/tex. Por motivos práticos, a tenacidade ou resistência à tração dos fios de alto desempenho pode ser de no máximo 10 N/tex. A resistência à tração pode ser medida pelo método como descrita na seção “Exemplos” abaixo no presente documento.
[0019] O módulo de tração dos fios de alto desempenho pode ser de pelo menos 40 GPa, mais preferencialmente, pelo menos 60 GPa, com máxima preferência, pelo menos 80 GPa. A titulação das fibras no dito fio é, de preferência, de pelo menos 100 dtex, ainda mais preferencialmente, pelo menos 1000 dtex, ainda mais preferencialmente, pelo menos 2000 dtex, ainda mais preferencialmente, pelo menos 3000 dtex, ainda mais preferencialmente, pelo menos 5000 dtex, ainda mais preferencialmente, pelo menos 7000 dtex, com máxima preferência, pelo menos 10000 dtex.
[0020] De preferência, os fios de urdume A e B e/ou os fios de trama compreendem fios de alto desempenho que compreendem um polímero, ainda mais preferencialmente, uma poliolefina, ainda mais preferencialmente, um polietileno e, com máxima preferência, polietileno de peso molecular ultra-alto (UHMWPE). Os fios de urdume A e B e/ou os fios de trama podem consistir substancialmente em um polímero, de preferência, uma poliolefina, mais preferencialmente, um polietileno de alto desempenho e, com máxima preferência, polietileno de peso molecular ultra-alto (UHMWPE). Em uma corrente, forças são tipicamente transmitidas de um elo de corrente para outro através das interligações, sendo que as ligações estabelecem contato local mútuo direto. Nos locais ou pontos de contato, os elos de corrente são, em geral, submetidos a muito estresse (em sua maior parte, estresses compressivos), o que resulta facilmente em danos locais ou até mesmo fratura da ligação. Com o uso de poliolefinas e especialmente UHMWPE nos fios, a vida útil e a segurança da corrente são melhoradas, em particular, sob condições de carga dinâmica.
[0021] No contexto da presente invenção, a expressão “que consiste substancialmente em” tem o significado de “pode compreender traços de espécies adicionais” ou, em outras palavras, “que compreende mais de 98% em peso de” e, desse modo, permite a presença de até 2% em peso de espécies adicionais.
[0022] Por “UHMWPE” se compreende um polietileno que tem uma viscosidade intrínseca (IV), como medido em solução em decalina a 135 °C de pelo menos 5 dl/g, de preferência, dentre cerca de 8 e 40 dl/g. A viscosidade intrínseca é uma medida para massa molar (também denominada peso molecular) que pode ser mais facilmente determinada do que os parâmetros de massa molar reais, como Mn e Mw. Há diversas relações empíricas entre IV e Mw, porém tal relação é dependente de distribuição de massa molar. Com base na equação Mw = 5,37 * 104 [IV]1,37 (consultar documento EP 0504954 A1), uma IV de 8 dl/g seria equivalente a Mw de cerca de 930 kg/mol. De preferência, o UHMWPE é um polietileno linear com menos de uma ramificação por 100 átomos de carbono e, de preferência, menos de uma ramificação por 300 átomos de carbono; sendo que uma ramificação ou cadeia lateral ou ramificação de cadeia contém usualmente pelo menos 10 átomos de carbono. O polietileno linear pode conter, ainda, até 5% em mol de um ou mais comonômeros, como alcenos, como propileno, buteno, penteno, 4-metilpenteno ou octeno.
[0023] “Fios de UHMWPE” são compreendidos no presente documento como fios que compreendem fibras que compreendem polietileno de massa molar ultra-alta e que tem uma tenacidade de pelo menos 1,5, de preferência, 2,0, mais preferencialmente, pelo menos 2,5 ou pelo menos 3,0 N/tex. A resistência à tração, também simplesmente resistência, ou a tenacidade de fibras são determinadas por métodos conhecidos como descrita na seção experimental. Não há motivo para um limite superior de tenacidade de fibras de UHMWPE na corda, porém, fibras disponíveis tipicamente tem tenacidade de no máximo cerca de 5 a 6 N/tex. As fibras de UHMWPE também têm um alto módulo de tração, por exemplo, de pelo menos 75 N/tex, de preferência, pelo menos 100 ou pelo menos 125 N/tex. As fibras de UHMWPE também são denominadas como fibras de polietileno de alto módulo ou fibras de polietileno de alto desempenho.
[0024] Os fios de UHMWPE têm, de preferência, uma titulação de pelo menos 5 dtex, mais preferencialmente, pelo menos 10 dtex. Por motivos práticos, a titulação dos fios da invenção é de, no máximo, diversos milhares de dtex, de preferência, no máximo 5000 dtex, mais preferencialmente, no máximo 3000 dtex. De preferência, a titulação dos fios está na faixa de 10 a 10000, mais preferencialmente, 15 a 6000 e, com máxima preferência, na faixa de 20 a 3000 dtex.
[0025] As fibras de UHMWPE têm, de preferência, uma titulação de filamento de pelo menos 0,1 dtex, mais preferencialmente, pelo menos 0,5 dtex, com máxima preferência, pelo menos 0,8 dtex. A titulação máxima de filamento é, de preferência, de no máximo 50 dtex, mais preferencialmente, no máximo 30 dtex e, com máxima preferência, no máximo 20 dtex.
[0026] De preferência, os fios de UHMWPE compreendem fibras fiadas a gel, isto é, fibras fabricadas com um processo de fiação a gel. Exemplos de processos de fiação a gel para a fabricação de fibras de UHMWPE são descritos em diversas publicações, incluindo os documentos EP 0205960 A, EP 0213208 A1, US 4413110, GB 2042414 A, GB- A-2051667, EP 0200547 B1, EP 0472114 B1, WO 01/73173 A1 e EP 1.699.954. O processo de fiação a gel compreende tipicamente preparar uma solução de um polímero de alta viscosidade intrínseca (por exemplo, UHMWPE), extrudar a solução em fibras a uma temperatura acima da temperatura de dissolução, resfriar as fibras abaixo da temperatura de gelificação, gelificando pelo menos parcialmente as fibras, e estirar as fibras antes, durante e/ou depois da remoção pelo menos parcial do solvente. As fibras fiadas a gel obtidas podem conter uma quantidade muito baixa de solvente, por exemplo, no máximo 500 ppm.
[0027] A tira pode conter adicionalmente quaisquer aditivos comuns, em uma quantidade de, por exemplo, entre 0 e 30% em peso, de preferência, entre 5 e 20% em peso do peso total da composição de tira. Os fios de trama e/ou os fios de urdume podem ser revestidos por, por exemplo, revestimentos para reduzir ou melhorar a aderência - dependendo da propriedade, corantes, solventes, antioxidantes, estabilizantes térmicos, promotores de fluidez desejados e similares. Os ditos fios podem ser revestidos, de preferência, com 10 a 20% em peso de poliuretano, particularmente, um revestimento de poliuretano disperso em água, para manter as fibras unidas no fio. Outros revestimentos adequados podem incluir silicone, poliéster e revestimentos de base reativa.
[0028] De preferência, os fios de urdume A e B compreendem fios de alto desempenho de acordo com a definição dos fios de alto desempenho como referido no presente documento. De preferência, os fios de urdume A e B compreendem individualmente pelo menos 10% em peso de fios de alto desempenho com base na composição de peso total de fios de urdume, mais preferencialmente, pelo menos 25% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 50% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 75% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 90% em peso e, com máxima preferência 100% em peso de fios de alto desempenho. Mais preferencialmente, os fios de alto desempenho compreendem um polietileno e, com máxima preferência, UHMWPE.
[0029] Os fios de trama na tira do elo de corrente da presente invenção compreendem, de preferência, fios de alto desempenho de acordo com a definição dos fios de alto desempenho como referido no presente documento. Em uma modalidade mais preferencial, os fios de trama compreendem pelo menos 10% em peso de fios de alto desempenho com base na composição de peso total de fio de trama, mais preferencialmente, pelo menos 25% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 50% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 75% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 90% em peso e, com máxima preferência, 100% em peso de fios de alto desempenho. Mais preferencialmente, os fios de alto desempenho compreendem um polietileno de alto desempenho e, com máxima preferência, UHMWPE.
[0030] De preferência, os fios de urdume na tira de acordo com a presente invenção, incluindo o fio de urdume A e/ou o fio de urdume B, compreendem um polietileno, com máxima preferência, de UHMWPE e, ainda com mais preferência, UHMWPE, que compreende ramificações olefínicas (OB). Com máxima preferência, o fio de urdume A compreende UHMWPE que compreende ramificações olefínicas. Com máxima preferência, o fio de urdume A na tira, de acordo com a presente invenção, consiste substancialmente em um polietileno, de preferência, um polietileno de alto desempenho, com máxima preferência, de UHMWPE e, ainda com mais preferência, UHMWPE, que compreende ramificações olefínicas (OB). Tal UHMWPE é, por exemplo, descrito no documento WO2012139934, incluído no presente documento a título de referência. As OB podem ter diversos átomos de carbono entre 1 e 20, mais preferencialmente, entre 2 e 16, ainda mais preferencialmente, entre 2 e 10 e, com máxima preferência, entre 2 e 6. Bons resultados em termos de estirabilidade de fibra e extensão estabilizante são obtidos quando as ditas ramificações são, de preferência, ramificações de alquila, mais preferencialmente, ramificações de etila, ramificações de propila, ramificações de butila ou ramificações de hexila e, com máxima preferência, ramificações de etila ou butila. O número de ramificações olefínicas, por exemplo, de etila ou butila, por mil átomos de carbono pode ser determinado por FTIR em um filme moldado por compressão de 2 mm de espessura quantificando-se a absorção a 1375 cm-1 com o uso de uma curva de calibração com base em medições de RMN como, por exemplo, no documento EP 0 269 151 (em particular, na página 4 do mesmo). O UHMWPE também tem, de preferência, uma quantidade de ramificações olefínicas por mil átomos de carbono (OB/1000C) dentre 0,01, mais preferencialmente, 0,05 e 1,30, mais preferencialmente, entre 0,10 e 1,10, ainda mais preferencialmente, entre 0,30 e 1,05. Quando o UHMWPE usado de acordo com a invenção tem ramificações de etila, de preferência, o dito UHMWPE tem uma quantidade de ramificações de etila por mil átomos de carbono (C2H5/1000C) dentre 0,40 e 1,10, mais preferencialmente, entre 0,60 e 1,10, também mais preferencialmente, entre 0,64 e 0,72 ou entre 0,65 e 0,70 e, com máxima preferência, entre 0,78 e 1,10, também com máxima preferência, entre 0,90 e 1,08, ou entre 1,02 e 1,07. Quando o UHMWPE usado de acordo com a invenção tem ramificações de butila, de preferência, o dito UHMWPE tem uma quantidade de ramificações de butila por mil átomos de carbono (C4H9/1000C) dentre 0,05 e 0,80, mais preferencialmente, entre 0,10 e 0,60, ainda mais preferencialmente, entre 0,15 e 0,55, com máxima preferência, entre 0,30 e 0,55.
[0031] De preferência, os fios que compreendem UHMWPE que compreende ramificações olefínicas são obtidos por fiação de um UHMWPE que compreende ramificações olefínicas e que tem um estresse de alongamento (ES) e uma razão (OB/1000C)/ES entre o número de ramificações olefínicas por mil átomos de carbono (OB/1000C) e o estresse de alongamento (ES) de pelo menos 0,2 e, mais preferencialmente, de pelo menos 0,5. A dita razão pode ser medida quando a dita fibra de UHMWPE é submetida a uma carga de 600 MPa a uma temperatura de 7 0 °C, tem uma vida útil de extensão de pelo menos 90 horas, de preferência, de pelo menos 100 horas, mais preferencialmente, de entre 110 horas e 445 horas, de preferência, pelo menos 110 horas, ainda mais preferencialmente, de pelo menos 120 horas, com máxima preferência, de pelo menos 125 horas. O estresse de alongamento (ES em N/mm2) de um UHMWPE pode ser medido de acordo com ISO 11542-2A.
[0032] O UHMWPE tem, de preferência, uma razão (OB/1000C)/ES de pelo menos 0,3, mais preferencialmente, de pelo menos 0,4, ainda mais preferencialmente, de pelo menos 0,5, ainda mais preferencialmente, de pelo menos 0,7, ainda mais preferencialmente, de pelo menos 1,0, ainda mais preferencialmente, de pelo menos 1,2. Quando o UHMWPE usado na presente invenção tem ramificações de etila, o dito UHMWPE tem, de preferência, uma razão (C2H5/1000C)/ES de pelo menos 1,00, mais preferencialmente, de pelo menos 1,30, ainda mais preferencialmente, de pelo menos 1,45, ainda mais preferencialmente, de pelo menos 1,50, com máxima preferência, de pelo menos 2,00. De preferência, a dita razão está entre 1,00 e 3,00, mais preferencialmente, entre 1,20 e 2,80, ainda mais preferencialmente, entre 1,40 e 1,60, ainda mais preferencialmente, entre 1,45 e 2,20. Quando o UHMWPE tem ramificações de butila, o dito UHMWPE tem, de preferência, uma razão (C4H9/1000C)/ES de pelo menos 0,25, ainda mais preferencialmente, pelo menos 0,30, ainda mais preferencialmente, pelo menos 0,40, ainda mais preferencialmente, pelo menos 0,70, mais preferencialmente, de pelo menos 1,00, com máxima preferência, de pelo menos 1,20. De preferência, a dita razão está entre 0,20 e 3,00, mais preferencialmente, entre 0,40 e 2,00, ainda mais preferencialmente, entre 1,40 e 1,80. O UHMWPE tem, de preferência, um ES de no máximo 0,70, mais preferencialmente, de no máximo 0,50, mais preferencialmente, de no máximo 0,49, ainda mais preferencialmente, no máximo 0,45, com máxima preferência, no máximo 0,40. Quando o dito UHMWPE tem ramificações de etila, de preferência, o dito UHMWPE tem um ES dentre 0,30 e 0,70, mais preferencialmente, entre 0,35 e 0,50. Quando o dito UHMWPE tem ramificações de butila, de preferência, o dito UHMWPE tem um ES dentre 0,30 e 0,50, mais preferencialmente, entre 0,40 e 0,45.
[0033] A fibra de UHMWPE ramificado pode ser obtida por fiação a gel de um UHMWPE que compreende ramificações de etila e que tem um estresse de alongamento (ES), sendo que a razão (C2H5/1000C)/ES entre o número de ramificações de etila por mil átomos de carbono (C2H5/1000C) e o estresse de alongamento (ES) é de pelo menos 1,0, sendo que C2H5/1000C está entre 0,60 e 0,80 ou entre 0,90 e 1,10 e em que o ES está entre 0,30 e 0,50. De preferência, o UHMWPE tem uma IV de pelo menos 15 dl/g, mais preferencialmente, pelo menos 20 dl/g, mais preferencialmente, pelo menos 25 dl/g. De preferência, a fibra de UHMWPE tem uma vida útil de extensão de pelo menos 90 horas, de preferência, de pelo menos 150 horas, mais preferencialmente, de pelo menos 200 horas, ainda mais preferencialmente, de pelo menos 250 horas, com máxima preferência, de pelo menos 290 horas e, também com máxima preferência, de pelo menos 350 horas. A fibra de UHMWPE ramificado também pode ser obtida por fiação a gel de um UHMWPE que compreende ramificações de butila e que tem um estresse de alongamento (ES), sendo que a razão (C4H9/1000C)ES entre o número de ramificações de butila por mil átomos de carbono (C4H9/1000C) e o estresse de alongamento (ES) é de pelo menos 0,5, sendo que C4H9/1000C está entre 0,20 e 0,80 e sendo que o ES está entre 0,30 e 0,50. De preferência, o UHMWPE tem uma IV de pelo menos 15 dl/g, mais preferencialmente, pelo menos 20 dl/g. De preferência, a fibra tem uma vida útil de extensão de pelo menos 90 horas, mais preferencialmente, de pelo menos 200 horas, ainda mais preferencialmente, de pelo menos 300 horas, ainda mais preferencialmente, de pelo menos 400 horas, com máxima preferência, de pelo menos 500 horas.
[0034] A poliolefina, de preferência, polietileno e, com máxima preferência, UHMWPE ramificado, que é, de preferência, usada no fio de urdume A na tira do elo de corrente, de acordo com a presente invenção, pode ser obtida por qualquer processo conhecido na técnica. Um exemplo adequado de tal processo conhecido na técnica é um processo de polimerização de pasta fluida na presença de um catalisador de polimerização de olefina a uma temperatura de polimerização. O dito processo pode compreender, por exemplo, as etapas de: a) carregar um reator, por exemplo, um reator de aço inoxidável com a-i) um solvente alifático apolar que tem um ponto de ebulição a uma temperatura maior do que a temperatura de polimerização. A dita temperatura de polimerização pode estar, de preferência, entre 50 °C e 90 °C, mais preferencialmente, entre 55 °C e 80 °C, com máxima preferência, entre 60 °C e 70 °C. O ponto de ebulição do dito solvente pode estar entre 60 °C e 100 °C. O dito solvente pode ser escolhido a partir do grupo que compreende heptano, hexano, pentametil-heptano e ciclohexano; a-ii) um alquil alumínio como cocatalisador, como trietilalumínio (TEA) ou triisobutilalumínio (TIBA); a-iii) uma gás olefina, de preferência, gás etileno, até uma pressão dentre 10 e 500 MPa (0,1 e 5 barg), de preferência, entre 100 e 300 MPa (1 e 3 barg), com máxima preferência, entre 180 e 220 MPa (1,8 e 2,2 barg); a-iv) um comonômero alfa-olefínico; e iv) um catalisador adequado para produzir uma poliolefina, de preferência, um polietileno, com máxima preferência, UHMWPE sob as condições a)-i) a a)-iv), sendo que o dito catalisador é, de preferência, um catalisador Ziegler-Natta. Os catalisadores Ziegler-Natta são conhecidos na técnica e são, por exemplo, descritos no documento WO 2008/058749 ou EP 1 749 574, incluídos no presente documento a título de referência; então, b) aumentar gradualmente a pressão do gás olefina no interior do reator, por exemplo, ajustando- se o fluxo de gás, para alcançar uma pressão de gás, de preferência, de no máximo 1000 MPa (10 barg) durante o processo de polimerização; e c) produzir poliolefina, de preferência, polietileno e, com máxima preferência, UHMWPE que pode estar na forma de pó ou partículas que podem ter um tamanho médio de partícula (D50) como medido por ISO 13320-1 dentre 80 μm e 300 μm, mais preferencialmente, dentre 100 μm e 200 μm, com máxima preferência, dentre 140 μm e 160 μm. O comonômero alfa-olefínico pode ser escolhido considerando-se o tipo de ramificação necessária. Por exemplo, a fim de produzir uma poliolefina, de preferência, um polietileno e, com máxima preferência, UHMWPE que tem ramificações de etila, o comonômero alfa-olefínico é buteno, mais preferencialmente, 1-buteno. A razão de gás:etileno total (NL:NL) caso um polietileno, de preferência, UHMWPE, seja usado pode ser de no máximo 325:1, de preferência, no máximo 150:1, com máxima preferência, no máximo 80:1; sendo que por etileno total se entende o etileno adicionado nas etapas a)-iii) e b). A fim de produzir uma poliolefina, de preferência, um polietileno e, com máxima preferência, UHMWPE que tem ramificações de butila, por exemplo, n-butila, ou hexila, o comonômero olefínico é 1-hexeno ou 1-octeno, respectivamente. De preferência, por ramificações de butila se compreende no presente documento ramificações de n-butila.
[0035] A poliolefina compreendida, de preferência, no fio de urdume A também pode compreender ou pode compreender alternativamente grupos cloro laterais na cadeia polimérica principal. As fibras que compreendem tal UHMWPE podem ser obtidas por quaisquer métodos já conhecidos na técnica, por exemplo, por cloração de uma poliolefina, de preferência, polietileno e, com máxima preferência, UHMWPE. Tais métodos de cloração são descritos, por exemplo, na tese de dissertação publicada H. N. A. M. Steenbakkers-Menting, “Chlorination of ultrahigh molecular weight polyethylene”, Tese de PhD, Technical University of Eindhoven, Holanda (1995), documento incorporado no presente documento a título de referência. Esse documento descreve, por exemplo, a cloração de pó de PE em suspensão a 20-40 °C; em um tambor giratório a 90 °C e em solução. As fibras que compreendem polietilenos, por exemplo, HDPE e UHMWPE, que têm quantidades variáveis de grupos cloro são descritas nesse documento.
[0036] Mais preferencialmente, o elo de corrente, de acordo com a invenção, compreende uma tira que compreende fios de urdume que contêm o fio de urdume A e o fio de urdume B, sendo que a razão entre a taxa de extensão mínima do fio de urdume B e a taxa de extensão mínima do fio de urdume A é de pelo menos 2, em que a taxa de extensão mínima é medida a uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C, sendo que a tira compreende um corte longitudinal central e pelo menos dois cortes de borda longitudinal, e em que a concentração do fio de urdume A no corte central é maior que a concentração do fio A nos cortes de borda da tira e a concentração do fio de urdume B nos cortes de borda é maior que a concentração do fio de urdume B no corte central da tira e em que o fio de urdume B compreende um fio de alto desempenho, sendo que o fio de alto desempenho compreende, de preferência, um polietileno e, mais preferencialmente, polietileno de peso molecular ultra-alto (UHMWPE), como descrito no presente documento, e o fio de urdume A compreende um fio de alto desempenho que compreende um polietileno que compreende ramificações de poliolefina e, de preferência, UHMWPE que compreende ramificações olefínicas (OB), como descrito no presente documento.
[0037] De preferência, a razão entre a taxa de extensão mínima do fio B e a taxa de extensão mínima do fio A é de pelo menos 2. Uma menor razão entre a taxa de extensão mínima do fio B e a taxa de extensão mínima do fio A pode ter um efeito desprezível ou mesmo diminuir a eficácia da cadeia. Mais preferencialmente, a razão entre a taxa de extensão mínima do fio B e a taxa de extensão mínima do fio A é de pelo menos 5, pelo menos 10, pelo menos 50, pelo menos 100 ou mais. Não há, de preferência, nenhum limite superior dessa razão de taxa de extensão mínima. Sem se ater a nenhuma teoria, acredita-se que, empregando-se a tira na construção do elo de corrente, de acordo com a presente invenção, a superfície de contato entre os elos de corrente interligados adjacentes muda e as forças são distribuídas mais igualmente em cada ponto em cada direção do elo de corrente, minimizando estresse de pico local. Isso pode resultar na formação de um suporte ideal entre os elos de corrente adjacentes interligados, permitindo a transferência de carga máxima entre as ditas ligações e resultando em um aumento da resistência à ruptura e eficácia da cadeia. Um suporte ideal pode ser caracterizado por uma grande superfície de contato e distribuição de força aproximadamente igual em todas as direções em qualquer ponto no elo de corrente, sendo que isso resulta em uma transferência de carga ideal entre elos de corrente adjacentes.
[0038] O fio de urdume A também pode ser denominado no presente documento como o “fio de baixa extensão”, o fio de urdume A é, de preferência, o fio de urdume que porta a carga. O fio de urdume B também pode ser denominado no presente documento como o “fio de alta extensão”, sendo que o fio de urdume B é, de preferência, adicionado para aliviar o estresse entre os elos de corrente.
[0039] Em relação a sua localização em relação à ligação adjacente, cada corte de borda da tira pode ter um lado externo e um lado interno. O lado externo de corte de borda é a parte voltada para o lado externo/exterior da tira (por exemplo, o elo de corrente adjacente). O lado interno de corte de borda é a parte da borda voltada para o centro da tira e é oposto à borda externa. Ambos os lados internos de borda são adjacentes ao corte central. Ambos os lados externos de borda estão voltados para o lado externo (por exemplo, o elo de corrente adjacente). É evidente que, embora denominados corte “interno” e corte “externo”, essas denominações não são limitantes e são alternáveis. O centro da tira é, no presente documento, o corte longitudinal da tira localizado entre os dois cortes de borda longitudinal e é adjacente a ambos os cortes internos de borda longitudinal. Cada borda longitudinal pode compreender ou consistir em uma ourela.
[0040] Quanto à sua localização em relação ao lado externo e/ou à outra tira, cada corte de borda de uma tira tem tipicamente uma superfície superior (no presente documento também pode ser denominada como “lado superior”) e uma superfície inferior (no presente documento também pode ser denominada como “lado inferior”) oposta à superfície superior. É evidente que, embora denominada superfície superior e superfície inferior, essas denominações não são limitantes e podem ser alternáveis.
[0041] A taxa de extensão mínima do fio A pode ser de no máximo 1 x 10-5% por segundo, sendo que a dita taxa de extensão mínima é medida a uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C. De preferência, o fio de urdume A na tira do elo de corrente, da presente invenção, também tem uma taxa de extensão mínima de no máximo 4 x 10-6% por segundo, com máxima preferência, no máximo 2 x 10-6% por segundo, medida a uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C. Com máxima preferência, a taxa de extensão mínima do fio de urdume A é de pelo menos cerca de 1 x 10-10% por segundo.
[0042] A extensão é um parâmetro já conhecido na técnica e depende tipicamente da tensão e da temperatura aplicada em um material. Valores de alta tensão e alta temperatura promovem tipicamente um comportamento de rápida extensão. A extensão pode ser irreversível ou reversível (parcialmente) mediante descarga. A taxa de deformação dependente de tempo é denominada taxa de extensão e é uma medida de quão rapidamente as fibras estão sendo submetidas à dita deformação. A taxa de extensão inicial pode ser alta, porém a deformação de extensão pode diminuir durante a carga constante até uma taxa de extensão final que pode ser desprezível (por exemplo, próxima de valor zero).
[0043] A taxa de extensão mínima dos fios de urdume A e B na tira do elo de corrente, de acordo com a presente, invenção pode ser medida pelo método como descrito na seção de Exemplos - Métodos de caracterização da presente invenção e no pedido de patente publicado WO2016001158. Particularmente, a taxa de extensão mínima dos fios foi derivada no presente documento de uma medição de extensão aplicada em fios multifilamento aplicando-se o método padrão sob uma carga constante de 900 MPa, a uma temperatura de 30 °C e, então, medindo-se a resposta de extensão (isto é, alongamento por esforço, em %) como uma função de tempo. A taxa de extensão mínima é determinada no presente documento pela primeira derivativa de extensão como função de tempo, no qual a primeira derivativa tem o menor valor (por exemplo, a taxa de extensão [1/s] do fio é plotada como função de alongamento por esforço [%] do fio no chamado diagrama de Sherby e Down conhecido).
[0044] A razão de peso entre o fio A e o fio B (A/B) na tira no elo de corrente, de acordo com a presente invenção, pode ser de 0,1 < A/B < 10. De preferência, a razão A/B é de 0,5 < A/B < 5. Mais preferencialmente, a razão A/B é de cerca de 0,7 < A/B < 3, ainda mais preferencialmente, a dita razão é de 1 < A/B < 2. Aplicando-se tais razões de peso, a resistência à ruptura e a eficácia da cadeia aumentam.
[0045] A concentração do fio de urdume B no corte central está, de preferência, em uma faixa de 0% em peso a 50% em peso, com base na composição de peso total de fio de urdume do corte central, mais preferencialmente, no máximo 50% em peso, ou no máximo 40% em peso, ou no máximo 30% em peso, ou no máximo 20% em peso, ou no máximo 10% em peso, com base na composição de peso total de fio de urdume do corte central. Com máxima preferência, a tira compreende um sistema de urdume que consiste substancialmente em um fio de urdume A no corte central. A concentração do fio de urdume B no corte central é, de preferência, de cerca de 0% em peso.
[0046] A concentração do fio de urdume B em cada corte longitudinal está, de preferência, em uma faixa de 100% em peso a 50% em peso, com base na composição de peso total de fio de urdume de cada corte de borda longitudinal, mais preferencialmente, entre 100 e 85% em peso e, com máxima preferência, cerca de 100% em peso. A concentração do fio de urdume B em cada corte de borda longitudinal é, de preferência, pelo menos 50% em peso, ainda com mais preferência, pelo menos 60% em peso, mais preferencialmente, pelo menos 70% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 80% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 90% em peso e, com máxima preferência, pelo menos 95% em peso. Com máxima preferência, a tira compreende um sistema de urdume que consiste substancialmente em um fio de urdume B em cada borda corte longitudinal. A concentração do fio de urdume B em cada corte de borda longitudinal é, de preferência, de cerca de 100% em peso.
[0047] A concentração do fio de urdume A no corte central está, de preferência, em uma faixa de 100% em peso a 50% em peso, com base na composição de peso total de fio de urdume do corte central, mais preferencialmente, no máximo 95% em peso e pelo menos 75% em peso. A concentração do fio de urdume A no corte central é, de preferência, de pelo menos 50% em peso, ainda com mais preferência, pelo menos 60% em peso, mais preferencialmente, pelo menos 70% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 80% em peso, ainda mais preferencialmente, pelo menos 90% em peso e, com máxima preferência, pelo menos 95% em peso, com base na composição de peso total de fio de urdume do corte central. Com máxima preferência, a tira compreende um sistema de urdume que consiste substancialmente em um fio de urdume A no corte central. A concentração do fio de urdume A no corte central é, de preferência, de cerca de 100% em peso.
[0048] A concentração do fio de urdume A em cada corte de borda longitudinal está, de preferência, em uma faixa de 0% em peso a 50% em peso, com base no peso total composição de cada corte de borda longitudinal, mais preferencialmente, pelo menos 50% em peso, ou pelo menos 40% em peso, ou pelo menos 30% em peso, ou pelo menos 20% em peso, ou pelo menos 10% em peso, com base na composição de peso total de fio de urdume de cada corte de borda longitudinal. A concentração do fio de urdume A em cada corte de borda longitudinal é, de preferência, de cerca de 0% em peso.
[0049] A concentração dos fios de baixa extensão B e do fio de baixa extensão A pode variar como um gradiente ao longo da largura da tira, sendo que cada corte de borda contém, de preferência, no máximo ou até cerca de 100% em peso de fio de urdume B e o corte central contém, de preferência, no máximo ou até cerca de 100% em peso de fio de urdume A.
[0050] O peso total dos fios de urdume no corte central soma 100%. O peso total dos fios de urdume em cada corte de borda soma 100%. O peso total dos fios de urdume e dos fios de trama na tira da invenção soma 100%.
[0051] A tira da invenção compreende o fio de urdume A e o fio de urdume B, sendo que cada um é distinguido por sua taxa de extensão mínima e pode ser distinguido, ainda, por sua posição na tira. Tal posição na tira pode ser alcançada por técnicas comumente conhecidas no campo. Pela posição dos fios de urdume na tira se compreende no presente documento a posição respectiva do fio de urdume A e do fio de urdume B em relação à largura da tira. A posição dos dois fios de urdume pode ser definida de acordo com sua posição na largura da tira. Nesse sentido, uma tira pode ser considerada como um objeto tridimensional em que uma dimensão (a espessura) é muito menor do que as duas outras dimensões (o comprimento ou a direção de urdume e a largura ou direção de trama). Em geral, a direção do comprimento é apenas limitada pelo comprimento dos fios de urdume, enquanto a largura de uma tira é principalmente limitada pela contagem de fios de urdume individuais e a largura da máquina de tecer empregada.
[0052] A estrutura de ponto ou malha formada pelos fios de urdume e os fios de trama podem ser de múltiplos tipos, dependendo do número e dos diâmetros dos fios de urdume e fios de trama empregados, bem como da sequência de tecelagem usada entre os fios de urdume e os fios de trama durante o processo de tecelagem. Tais sequências diferentes são bem conhecidas pela pessoa versada na técnica. Através dos processos de tecelagem conhecidos, o fio de trama se entrelaça aos fios de urdume. Tal estrutura entrelaçada também pode ser denominada tira monocamada.
[0053] A estrutura de ponto ou malha formada pelos fios de urdume e os fios de trama podem ser de múltiplos tipos, dependendo do número e dos diâmetros dos fios de urdume e fios de trama empregados, bem como da sequência de tecelagem usada entre os fios de urdume e os fios de trama durante o processo de tecelagem. Tais sequências diferentes são bem conhecidas pela pessoa versada na técnica. Através dos processos de tecelagem conhecidos, o fio de trama se entrelaça aos fios de urdume. Tal estrutura entrelaçada também pode ser denominada tira monocamada.
[0054] A tira pode satisfazer a equação 0,5 < M/E < 3, em que M é o corte central em largura da tira e E é o total de cortes de borda na largura da tira, sendo que a largura da tira total consiste em M e E. De preferência, M é igual a E. Também de preferência, E = cerca de ^ E1 + cerca de ^ E2, sendo que E1 é um corte de borda longitudinal em largura e E2 é o outro (ou o oposto) corte de borda longitudinal em largura. De preferência, a tira pode satisfazer a equação 0,3 < M/E < 2. De preferência, M = E e M/E é cerca de 1.
[0055] O sistema de fios de urdume na tira do elo de corrente, de acordo com a presente invenção, pode compreender fios de urdume que têm características similares ou diferentes, como peso específico e/ou alongamento e/ou densidade e/ou comprimento e/ou espessura (titulações), sendo que essas diferenças podem favorecer adicionalmente a formação de suporte ideal e transferência de carga máxima com estresse reduzido entre elos de corrente adjacentes.
[0056] O comprimento dos fios de urdume nos pelo menos dois cortes de borda longitudinal da tira do elo de corrente, de acordo com a presente invenção, pode ser similar ou maior do que o comprimento dos fios de urdume no corte central da tira. O comprimento L dos fios de urdume nos cortes de borda longitudinal da tira pode ser de pelo menos 2% maior do que o comprimento L dos fios de urdume no corte central da tira, de preferência, pelo menos 5%, mais preferencialmente, pelo menos 10%, ainda mais preferencialmente, pelo menos 15%, ainda mais preferencialmente, pelo menos 20% e, com máxima preferência, pelo menos 30% e ainda com maior preferência, pelo menos 40% maior do que o comprimento do fio de urdume no corte central da tira. O comprimento L do fio de urdume nos cortes de borda da tira é, de preferência, no máximo 50% maior que o comprimento L do fio de urdume no corte central da tira já que comprimentos maiores podem determinar uma construção de cadeia muito frouxa e instável. A superfície de corte central da dita tira com diferenças de comprimento é, de preferência, pelo menos 2%, pelo menos 5%, pelo menos 10%, pelo menos 20% ou pelo menos 40% da superfície total da tira e é, de preferência, no máximo 50% da superfície da tira no elo de corrente, de acordo com a presente invenção. A concentração dos fios de urdume pode variar como um gradiente através da largura da tira, sendo que cada corte de borda contém, de preferência, os fios de urdume com o maior comprimento e o corte central contém, de preferência, fios de urdume com o menor comprimento. O gradiente em um comprimento crescente de fio de urdume do centro até os cortes de borda pode cobrir 49%, 47,5%, 45%, 40%, 25% em cada lado da tira construída simétrica. De preferência, há uma função de transição suave do centro para os cortes de borda do comprimento de fio de urdume.
[0057] A espessura do corte central da tira pode ser similar à espessura dos pelo menos dois cortes de borda longitudinais da tira ou a espessura do corte central pode ser maior do que a espessura dos cortes de borda longitudinais. No último caso, os fios de urdume na tira do elo de corrente, de acordo com a presente invenção, podem ter titulações diferentes. A espessura do corte central maior que a espessura dos pelo menos dois cortes de borda longitudinais na tira do elo de corrente, de acordo com a presente invenção, pode ser alcançada através de qualquer método conhecido na técnica, incluindo o uso de fios de urdume nos cortes de borda da tira que têm titulações diferentes ou a dobra da tira em pelo menos uma, de preferência, em pelo menos duas dobras ao longo de seu eixo geométrico longitudinal e, então, de preferência, a aplicação de suturas para manter as dobras fixadas no lugar. De preferência, a titulação do fio de urdume A é maior que a titulação do fio de urdume B, e a concentração do fio de urdume A no corte central é maior que a concentração do fio A nos cortes de borda longitudinais da tira, e a concentração do fio de urdume B nos cortes de borda é maior que a concentração do fio de urdume B no corte central da tira. A tira da invenção pode compreender, ainda, um fio de urdume C compreendido em cada um dos cortes de borda longitudinais, em que a titulação do fio de urdume A é maior que a titulação do fio de urdume B e a titulação do fio de urdume B é maior que a titulação do fio de urdume C, em que a concentração dos fios de urdume B e C individuais nos cortes de borda longitudinais é maior que a concentração de fios de urdume B e C individuais no corte central da tira. O fio de urdume C pode estar localizado no corte de borda longitudinal mais externo da faixa (por exemplo, em direção ao exterior da faixa, adjacente ao fio de urdume B e juntamente com o fio de urdume B nos cortes de borda longitudinais ou, em outras palavras, entre o exterior da faixa e o fio de urdume B). A titulação do fio de urdume A pode estar em uma faixa de 10 dtex a 1000000 dtex, de preferência, na faixa de 100 dtex a 100000 dtex e, ainda mais preferencialmente, na faixa de 1000 dtex a 10000 dtex, com máxima preferência, na faixa de 1500 dtex a 7000 dtex e, ainda com maior preferência, na faixa de 2000 dtex a 5000 dtex e, ainda com maior preferência, na faixa de 2000 dtex a 3000 dtex. A titulação do fio de urdume B pode estar na faixa entre 5 dtex e 500000 dtex, ainda preferencialmente, na faixa entre 50 dtex e 250000 dtex, mais preferencialmente, na faixa de 200 dtex a 10000 dtex, ainda mais preferencialmente, na faixa de 500 dtex a 7000 dtex, ainda mais preferencialmente, na faixa de 700 a 7500 e, com máxima preferência, na faixa entre 800 dtex e 3000 dtex. A titulação do fio de urdume C pode estar em uma faixa de 1 dtex a 100000 dtex, de preferência, em uma faixa de 50 dtex a 10000 dtex e, com máxima preferência, em uma faixa de 220 dtex a 7500 dtex. A razão de peso entre o fio B e o fio C (B/C) na tira no elo de corrente, de acordo com a presente invenção, pode ser 0,1 < B/C < 10. De preferência, a razão B/C é 0,5 < B/C < 5. Mais preferencialmente, a razão B/C é de cerca de 0,7 < B/C < 3, ainda mais preferencialmente, a dita razão é 1 < B/C < 2. A concentração do fio de urdume C pode variar nos cortes de borda entre 0% em peso a 50% em peso, com base na composição de peso de fio de urdume total dos cortes de borda, de preferência, entre 20% e 50% em peso. A concentração do fio de urdume C em cada um dos cortes de borda longitudinais é, mais preferencialmente, no máximo 50% em peso, ou no máximo 40% em peso, no máximo 30% em peso, no máximo 20% em peso, no máximo 10% em peso, no máximo 5% em peso ou no máximo 0,5% em peso, com base na composição de peso de fio de urdume total de um corte de borda longitudinal.
[0058] A largura da tira no elo de corrente, de acordo com a presente invenção, pode variar ao longo de uma ampla faixa, com larguras preferenciais de pelo menos 5 mm, de preferência, pelo menos 25 mm, mais preferencialmente, pelo menos 50 mm. A tira pode ter uma largura de no máximo 600 mm, de preferência, no máximo 1000 mm. A espessura das tiras é, de preferência, escolhida de modo que a tira tenha uma razão entre largura e espessura de pelo menos w/tmáx=5:1, mais preferencialmente, pelo menos w/tmáx=10:1, sendo que a razão entre largura e espessura é, de preferência, no máximo w/tmáx=100:1, w/tmáx=1000:1 e, ainda mais preferencialmente, no máximo w/tmáx=50:1. Limitando-se a razão entre largura e espessura das tiras, as ligações da cadeia são mais facilmente acessíveis para os meios de acoplamento, como ganchos, por exemplo. Algumas vezes, uma tira também pode ser chamada de banda ou banda plana. Exemplos de uma tira podem ser uma fita, um filme ou um cordão. Um cordão é prontamente produzido, por exemplo, por tecelagem, entrançamento ou tricotagem de fios em qualquer construção conhecida na técnica, por exemplo, uma construção de ponto de tafetá e/ou sarjado, por exemplo. O cordão, de preferência, tem uma construção de malha têxtil de n pregas, em que n é, de preferência, no máximo 4, mais preferencialmente, 3 e, com máxima preferência, 2. Tal construção de malha tem a vantagem de dotar o elo de corrente de flexibilidade aumentada. Os cordões podem ser construídos com fatores de aperto diferentes para ajustar suas propriedades mecânicas e, mais particularmente, seu alongamento à ruptura. Fatores de aperto preferenciais são tais que os cordões tenham um alongamento à ruptura de no máximo 6% e, mais preferencialmente, no máximo 4%. O fator de aperto é, no presente documento, definido como o número de fios que se estendem paralelos à direção longitudinal do cordão multiplicado pela titulação do fio por unidade de comprimento.
[0059] O elo de corrente, de acordo com a presente invenção, também pode ser denominado de modo intercambiável no presente documento como o “elo de corrente híbrida” ou “elo de corrente hibridizada” devido à presença de mais de um tipo de fios (por exemplo, fios A e B com taxa de extensão mínima diferente e/ou titulações diferentes) na composição da tira. A cadeia, de acordo com a presente invenção, também pode ser denominada no presente documento de modo intercambiável como “cadeia híbrida” ou “cadeia hibridizada”.
[0060] De preferência, o elo de corrente, de acordo com a invenção, tem um peso total por unidade de comprimento de pelo menos 1 g/m. O peso por unidade de comprimento pode ser aumentado com o uso de uma maior titulação e/ou mais fios multifilamento.
[0061] A tira no elo de corrente, de acordo com a presente invenção, pode ser construída conforme já conhecido na técnica, por exemplo, conforme descrito no documento no WO2008089798. A tira de material pode, alternativamente, formar uma pluralidade de convoluções da dita tira, sendo que a tira tem um eixo geométrico longitudinal e cada convolução da dita tira compreende uma torção ao longo do eixo geométrico longitudinal da dita tira, sendo que a dita torção é um múltiplo ímpar de 180 graus. Tal elo de corrente é descrito no pedido de patente publicado no WO2013186206, incorporado no presente documento a título de preferência. Por uma “convolução” da tira se compreende no presente documento um laço da mesma, também chamado de enrolamento ou bobinamento, isto é, um comprimento da dita tira que começa em um plano arbitrário perpendicular ao eixo geométrico longitudinal da tira e termina de uma forma contínua no mesmo plano, definindo, assim, um laço da dita tira. O termo “pluralidade de convoluções” também pode ser compreendido no presente documento como “bobinado em uma pluralidade de camadas de sobreposição”. As ditas camadas de sobreposição da tira são, de preferência, substancialmente sobrepostas entre si, mas também podem apresentar um deslocamento lateral. As convoluções podem estar em contato direto entre si, mas também podem ser separadas. A separação entre as convoluções pode, por exemplo, ocorrer por uma tira adicional de material, uma camada adesiva ou um revestimento. De preferência, o elo de corrente na corrente, de acordo com a presente invenção, compreende pelo menos 2 convoluções da tira de material, de preferência, pelo menos 3, mais preferencialmente, pelo menos 4, com máxima preferência, pelo menos 8 convoluções. O número máximo de convoluções não é especificamente limitado. Por motivos práticos, 1000 convoluções podem ser consideradas como um limite superior. Cada convolução da tira de material pode compreender uma torção de um múltiplo ímpar de 180 graus ao longo de seu eixo geométrico longitudinal; de preferência, o múltiplo ímpar é um. A dita torção de um múltiplo ímpar de 180 graus resultará em um elo de corrente que compreende uma torção de um múltiplo ímpar de 180 graus ao longo de seu eixo geométrico longitudinal. A presença da dita torção em cada convolução da tira de material resulta em um elo de corrente com uma única superfície externa. Outra característica da dita construção pode ser que as superfícies laterais de uma primeira extremidade da tira de material são sobrepostas em ambos os lados pela tira de material convolucionada. Observou-se que a dita torção resulta em uma construção tal que as convoluções se bloqueiem contra desvios relativos. De preferência, pelo menos 2 convoluções da tira de material são conectadas uma à outra por pelo menos um meio de preensão.
[0062] O elo de corrente, de acordo com a invenção, pode ser realizado por um processo que compreende as etapas de (a) fornecer uma tira que compreende fio de urdume A e fio de urdume B, sendo que a taxa de extensão mínima do fio de urdume B é maior que a taxa de extensão mínima do fio de urdume A, em que a taxa de extensão mínima é medida na medida em uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C, sendo que a tira compreende um corte longitudinal central e pelo menos dois cortes de borda longitudinais, e sendo que a concentração do fio de urdume A no corte central é maior que a concentração do fio A nos cortes de borda da tira e a concentração do fio de urdume B nos cortes de borda é maior que a concentração do fio de urdume A no corte central da tira, (b) torcer opcionalmente um primeiro comprimento da tira em um múltiplo ímpar de 180 graus em torno do seu eixo geométrico longitudinal, (c) formar um laço fechado unindose o comprimento da tira com uma tira adicional e (d) sobrepor a tira adicional ao laço fechado.
[0063] A tira na etapa (a) do processo, de acordo com a presente invenção, pode ser produzida por qualquer método conhecido na técnica, por exemplo, por tecelagem ou tricotagem dos fios multifilamento em qualquer construção têxtil conhecida na técnica como malha ou ponto estreito ou correia tecida ou uma construção de ponto de tafetá e/ou sarjado. De preferência, o laço fechado da etapa (c) é formado em torno de um par de rodas giratórias e a convolução da tira de material pode ser realizada enquanto o laço formado contorna em torno do par de rodas. O par de rodas pode estar disposto ortogonalmente entre si. O elo de corrente pode ser processado enrolando-se e fundindo-se a tira de material. Tal elo de corrente pode ser fabricado enrolando-se uma tira de material, por exemplo, em torno de um par de rodas para formar um elo de corrente, aquecendo- se a tira de material a uma temperatura inferior ao ponto de fusão da tira de material, temperatura na qual a tira de material se funde pelo menos parcialmente, e tensionando-se o elo de corrente, por exemplo, aumentando-se a distância entre as rodas, enquanto simultaneamente gira as rodas. Aumentando-se a distância entre as rodas, a tira de material é tipicamente estirada.
[0064] A presente invenção também se refere a uma corrente que compreende uma pluralidade de elos de corrente interconectados, de acordo com a presente invenção. A corrente, de acordo com a presente invenção, compreende pelo menos dois elos de corrente, de acordo com a presente invenção, que são tipicamente interconectados. Pela porção em que um elo de corrente se interconecta com outro elo de corrente ou pela porção em que (dois) elos de corrente adjacentes se interconectam se compreendem no presente documento a porção da circunferência do elo de corrente em contato direto com o outro elo de corrente quando a cadeia está sob carga.
[0065] Os elos de corrente em uma cadeia podem ter comprimento interno, largura interna e espessura iguais ou diferentes. De preferência, todas os elos de corrente na corrente, de acordo com a invenção, têm o mesmo comprimento e espessura que a eficiência da corrente poderia ser ainda mais melhorada. A corrente, de acordo com a invenção, pode ter qualquer comprimento. Por motivos práticos, a corrente pode ter comprimentos de 0,25 m a 12000 m, de preferência, pelo menos 1 m; pelo menos 3 m; pelo menos 6 m; pelo menos 10 m; pelo menos 100 m ou pelo menos 500 m ou pelo menos 1000 m de comprimento. O comprimento da corrente é tipicamente determinado pelo de seus laços vezes o número de laços ligados entre si. O comprimento interno do elo de corrente L pode variar de cerca de 25 mm a 10 m, de preferência, 80 mm, de preferência, 100 mm, de preferência, 250 mm, de preferência, 500 mm, preferivelmente 1000 mm, preferivelmente 3000 mm.
[0066] A resistência à ruptura da corrente que compreende o elo de corrente, de acordo com a presente invenção, é, de preferência, pelo menos 23 kN, pelo menos 40 kN, pelo menos 50 kN, pelo menos 100 kN, pelo menos 200 kN, pelo menos 400 kN, pelo menos 500 kN, pelo menos 1000 kN, pelo menos 5000 kN, pelo menos 10000 kN, pelo menos 20000 kN ou pelo menos 50000 kN.
[0067] A eficiência da cadeia em relação à resistência inicial da fibra, de acordo com a presente invenção, pode ser de pelo menos 5%, pelo menos 10%, pelo menos 30% ou pelo menos 50%.
[0068] Os elos de corrente, de acordo com a presente invenção, também podem compreender um espaçador, por exemplo, uma porção de uma luva. Por “espaçador” se compreende, no presente documento, uma porção de material que é descontínua do elo de corrente (isto é, o mesmo não forma uma parte integrante doa elo de corrente, por exemplo, é adicional à circunferência da ligação e pode ser desconectado do elo de corrente ou conectado à dita ligação, por exemplo, por meios, conforme descrito no presente documento abaixo, semelhantes à costura) que tem uma espessura eficaz Δ entre os elos de corrente adjacentes, no local de contato através do qual as cargas são diretamente transmitidas entre os dois elos de corrente adjacentes. Tal espaçador é prontamente conhecido do pedido de patente publicado no WO2015/086627. Esse pedido de patente revela uma corrente que compreende um espaçador que tem uma espessura Δ no local de contato através do qual as cargas são diretamente transmitidas entre os elos de corrente e uma razão Δ /T = f, em que T é a espessura de qualquer um dos elos de corrente no local através do qual cargas são transmitidas entre os ditos elos de corrente e f está em uma faixa entre 0,10 e 2,50. Por “espessura eficaz” se compreende no presente documento a raiz quadrada da área em corte transversal de um espaçador ou de um elo de corrente, respectivamente, na corrente, de acordo com a presente invenção, transmitido entre os ditos elos de corrente. O espaçador na corrente, de acordo com a presente invenção, pode compreender qualquer tipo de material, por exemplo, metais, de preferência, metais leves e suas ligas, por exemplo, lítio, magnésio e alumínio e o Grupo 4 do Sistema Periódico de Elementos (isto é, metais até o níquel); polímeros, como polímeros termorrígidos e composições de polímero e/ou polímeros termoplásticos e composições de polímero; produtos têxteis; madeira e/ou qualquer tipo de fibras. De preferência, o espaçador compreende materiais de fibra ou materiais têxteis. Além disso, de preferência, o espaçador compreende fibras poliméricas, isto é, fibras que compreendem um polímero, ou fibras metálicas, isto é, fibras que compreendem um metal. As ditas fibras poliméricas, de preferência, compreendem fios poliméricos de alto desempenho, conforme definido no presente documento.
[0069] A corrente que compreende os elos de corrente, de acordo com a presente invenção, também pode compreender meios para acoplar a mesma a outra estrutura como um fundo plano no caminhão, na embarcação, na aeronave ou no vagão de trem ou em um pálete, por exemplo. Nesse caso, os encaixes de acoplamento de pálete, como prisioneiros duplos, podem ser conectados à cadeia. Os encaixes e ganchos são geralmente produzidos a partir de metal, embora seja possível usar plásticos de engenharia alternativamente. Em uma modalidade preferencial, os encaixes e ganchos são produzidos a partir de metal de peso leve, de preferência, magnésio, ou materiais compósitos de alta resistência, como compósitos de epóxi e fibra de carbono. Tais encaixes de peso leve, porém, fortes contribuem, ainda, para a redução de peso da cadeia.
[0070] Os meios de fixação podem ser adesivos, de preferência, adesivos líquidos que podem ser curados após a aplicação; suturas e/ou emendas. De preferência, os meios de fixação são suturas, visto que as mesmas podem ser facilmente aplicadas de uma maneira bem controlada no local desejado. De preferência, a sutura é feita com um fio que contém fibras de alta resistência. O adesivo líquido é, de preferência, injetado nos meios de conexão, como um nó aplicado, e, então, curado para fixar os meios de conexão. As conexões também podem ser produzidas através da aplicação local de calor e, opcionalmente, pressão, através dos quais os fios multifilamento derretem e se fundem, pelo menos parcialmente, entre si. De preferência, a extremidade da cadeia pode ser presa a um gancho para encurtamento, que pode ser de ferro, aço ou metais leves moldados, incluindo titânio, alumínio ou magnésio, ou de materiais compósitos, como fibra de carbono e compósitos de epóxi. Em uma configuração similar preferencial, um lado da cadeia será preso a um tensionador para impor carga permanente sobre a cadeia sintética para fixação ideal de carregamento, respectivamente, frente.
[0071] Quando instaladas, as cadeias da invenção são úteis e confiáveis para fornecer ancoragem segura de carregamento pesado em condições extremas como, por exemplo, uma aeronave militar pesada no deque de lançamento de um veículo em mares pesados ou em aeronave de carregamento em ar turbulento.
[0072] A invenção também se refere a um método para aprimorar as propriedades mecânicas, em particular, a resistência da corrente que compreende o elo de corrente de acordo com a invenção. A saber, constatou-se que as propriedades mecânicas da dita corrente, em particular, sua resistência, podem ser melhoradas através do pré- tensionamento da corrente antes de seu uso abaixo do ponto de fusão do material nos fios, de preferência, os polímeros e, com máxima preferência, os polímeros de alto desempenho nos fios, mais preferencialmente, entre 70 - 130 °C ou entre 80 - 120 °C e, com máxima preferência, entre 90 - 110 °C.
[0073] A corrente que compreende o elo de corrente, de acordo com a invenção, pode ser pré-tensionada a uma temperatura inferior à temperatura de fusão Tm dos polímeros presentes no elo de corrente aplicando-se uma carga estática de pelo menos 20%, mais preferencialmente, pelo menos 40% e, com máxima preferência, pelo menos 60% da carga de ruptura da corrente durante um período de tempo longo o suficiente para alcançar uma deformação permanente da cadeia entre 2 e 20% e, mais preferencialmente, entre 5 e 10%. Por deformação permanente se compreende no presente documento a extensão da deformação a partir da qual a corrente não pode mais de recuperar. Alternativamente, a corrente pode ser pré-tensionada conforme explicado acima no presente documento à temperatura ambiente.
[0074] A presente invenção também se direciona a um processo para aumentar a eficiência de um componente de suporte de carga, como uma corrente, aplicando-se o elo de corrente, de acordo com a presente invenção.
[0075] A presente invenção também se refere ao uso da corrente, de acordo com a presente invenção, para o armazenamento, a preensão, como a preensão de uma caçamba do tipo roll on/off a um caminhão transportador de caçamba ou de um frete a caminhões comerciais, reboques de plataforma, a amarração e o aperto para manusear e transportar carregamento, a elevação e suspensão, a perfilagem, a alagem e o içamento, a propulsão e condução, a manobra, a retenção de carregamento de uma aeronave ou embarcação naval e semelhantes. Por exemplo, a cadeia pode ser submetida a vários ciclos de carga. De preferência, o número de ciclos varia de 2 - 25, mais preferencialmente, de 5 - 15 e, com máxima preferência, de 8 - 12, através dos quais a carga máxima aplicada é inferior a 60% ou inferior a 45% da carga de ruptura da cadeia, mais preferencialmente, inferior a 35% da carga de ruptura da cadeia e, com máxima preferência, inferior a 25% da carga de ruptura da cadeia. É possível, de acordo com a invenção, descarregar a cadeia durante os ciclos de carga. No entanto, em um método preferencial, a carga mínima aplicada é de pelo menos 1%. A cadeia de acordo com a invenção é resistente ao carregamento cíclico.
[0076] A presente invenção pode se direcionar, ainda, a um processo para aumentar a eficiência de um componente de suporte de carga, como uma corrente, aplicando-se o elo de corrente, de acordo com a presente invenção.
[0077] Além disso, a presente invenção se direciona a uma tira que compreende fios de urdume que contêm o fio de urdume A e o fio de urdume B, em que a taxa de extensão mínima do fio de urdume B é maior que a taxa de extensão mínima do fio de urdume A, em que a taxa de extensão mínima é medida na medida em uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C, sendo que a tira compreende um corte longitudinal central e pelo menos dois cortes de borda longitudinais, e sendo que a concentração do fio de urdume A no corte central é maior que a concentração do fio A nos cortes de borda da tira e a concentração do fio de urdume B nos cortes de borda é maior que a concentração do fio de urdume B no corte central da tira.
[0078] A invenção também pode se direcionar a um elo de corrente que compreende uma tira que compreende fios de urdume que contêm o fio de urdume A e o fio de urdume B, em que a taxa de extensão mínima do fio de urdume B é maior que a taxa de extensão mínima do fio de urdume A, em que a taxa de extensão mínima é medida na medida em uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C, sendo que a tira compreende um corte longitudinal central e pelo menos dois cortes de borda longitudinais, e sendo que a concentração do fio A no corte central é maior que a concentração do fio A nos cortes de borda da tira e a concentração do fio B nos cortes de borda é maior que a concentração do fio B no corte central da tira, e sendo que a tira é uma fita. Tais fitas também são conhecidas como “fita fibrosa” e podem ser produzidas por qualquer método conhecido na técnica. Por exemplo, as ditas fitas são produzidas por um processo de centrifugação em gel, isto é, as fitas compreendem fibras de UHMWPE centrifugadas em gel. O estiramento, de preferência, o estiramento uniaxial, da fita produzida pode ser realizado por meios conhecidos na técnica. Tais meios compreendem tensionamento por extrusão e tensionamento por tração em unidades de estiramento adequadas. Outro método preferencial para a preparação das ditas fitas compreende a fusão mecânica de fibras orientadas unidirecionalmente sob uma combinação de pressão, temperatura e tempo. Tal fita e um método para preparar tal fita são descritos no documento no EP2205928, que é incorporado no presente documento a título de referência.
[0079] Além disso, a invenção também pode se referir a um elo de corrente que compreende uma tira que compreende a fita A e a fita B, em que a taxa de extensão mínima da fita B é maior que a taxa de extensão mínima da fita A, em que a taxa de extensão mínima é medida na medida em uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C, sendo que a tira compreende um corte longitudinal central e pelo menos dois cortes de borda longitudinais, e sendo que a concentração da fita A no corte central é maior que a concentração da fita A nos cortes de borda da tira e a concentração da fita B nos cortes de borda é maior que a concentração da fita B no corte central da tira, e sendo que a tira é uma fita. Tais fitas também são conhecidas como “fita de estado sólido” e podem ser produzidas por qualquer método conhecido na técnica. Um método preferencial para a produção das ditas fitas é um processo que ocorre em estado sólido, o qual compreende a alimentação de pó de UHMWPE entre uma combinação de correias contínuas, a moldagem por compressão do pó polimérico a uma temperatura inferior ao ponto de fusão do mesmo e a laminação do polímero moldado por compressão resultante seguida por estiramento. Tal método é, por exemplo, descrito nos documentos no US5091133 e no US7993715, que são incorporados no presente documento a título de referência.
[0080] Observa-se que a invenção se refere a todas as combinações possíveis dos recursos mencionados nas reivindicações. Os recursos descritos na descrição podem, ainda, ser combinados.
[0081] Observa-se, ainda, que o termo ‘que compreende’ não exclui a presença de outros elementos. No entanto, também deve-se compreender que uma descrição sobre um produto que compreende determinados componentes também revela um produto que consiste nesses componentes. De modo similar, também deve-se compreender que uma descrição sobre um processo que compreende determinadas etapas também revela um processo que consiste nessas etapas.
[0082] A invenção será, ainda, elucidada com os exemplos a seguir sem ser limitada aos mesmos. Exemplos Materiais e Métodos ● Viscosidade Intrínseca (IV) é determinada de acordo com a ASTM-D1601/2004 a 135 C em decalina, sendo que o tempo de dissolução é de 16 horas, com DBPC como antioxidante em uma quantidade de 2 g/l de solução, extrapolando-se a viscosidade conforme medida em concentrações diferentes à concentração zero. Há diversas relações empíricas entre IV e Mw, mas tal relação é altamente dependente da distribuição de massa molar. Com base na equação Mw = 5,37*104 [IV]1,37 (consultar o documento no EP 0504954A1) uma IV de 4,5 dl/g seria equivalente a um Mw de cerca de 422 kg/mol. ● Titulação de fio ou filamento foi medida ponderando-se 100 metros de fio ou filamento, respectivamente. A dtex do fio ou filamento foi calculada dividindo-se o peso (expressado em miligramas) em 10. Alternativamente, 10 metros são ponderados e a dtex é o número de miligramas do comprimento de fio. tex = g/km; dtex = gramas/10 km ou mg/10 m. ● Cadeias laterais em amostra de UHMWPE são determinadas por FTIR em um filme moldado por compressão de 2 mm de espessura quantificando-se a absorção em 1375 cm-1 com o uso de uma curva de calibração com base em medições de RMN (como, por exemplo, no documento no EP 0 269 151). ● Propriedades de tração: resistência à tração (ou resistência) e módulo de tração (ou módulo) são definidos e determinados em fios multifilamento conforme especificado na ASTM D885M, com o uso de um comprimento útil nominal da fibra de 500 mm, uma velocidade de cruzeta de 50%/min e braçadeiras Instron 2714, do tipo “D5618C da Fibre Grip”. Com base na curva de estresse-esforço medida, o módulo é determinado como o gradiente entre 0,3 e 1% de esforço. Para o cálculo do módulo e da resistência, as forças de tração medidas são divididas pela titulação, conforme determinado ponderando-se 10 metros da fibra; valores em GPa são calculados assumindo-se uma densidade de 0,97 g/cm3. ● Tenacidade (cN/dtex ou N/tex; 10 cN/dtex = 1 N/tex) de uma cadeia é determinada dividindo-se a resistência à ruptura da cadeia pelo peso de uma unidade de comprimento da cadeia. O peso foi corrigido reduzindo-se o mesmo pelo peso dos fios de trama sem carga. ● Resistência à ruptura e alongamento na ruptura de uma cadeia são determinados em amostras de cadeia secas com o uso de uma Máquina de teste universal Zwick 1484 a uma temperatura de aproximadamente 21 graus Celsius e a uma taxa de esforço de 0,1/min. ● Eficiência (%) de uma cadeia é a tenacidade original da cadeia dividida pela tenacidade dos fios de urdume com carga (isto é, a tenacidade das fibras de ingrediente SK75 e SK78 da Dyneema® foi de 35 cN/dtex). Caso tenha sido utilizado o DM20 da Dyneema®, utilizou-se uma tenacidade ponderada, que era de 32 cN/dtex, resultante do número de fios de urdume (lances) por grau de fibra usado na direção de urdume. O peso morto e a tenacidade dos fios de trama sem carga foram ignorados. ● A carga de ruptura máxima(MBL) é a força necessária para romper completamente uma amostra seca de uma corrente, que compreende pelo menos três, de preferência, cinco elos de corrente. ● Teste de tração (para medir MBL) da cadeia foi realizado em amostras de cadeia secas que compreendem pelo menos três, de preferência, cinco elos de corrente, com o uso de uma máquina de testes testadora de carga de ruptura de 1000 kN da Horizontal bench fa. ASTEA (Sittard, Holanda), a uma temperatura de cerca de 16 °C, uma velocidade de 20 mm /min. O comprimento máximo de braçadeira foi de 1,2 m e o diâmetro de pino foi de 150 mm. As cadeias foram testadas com o uso de manilhas tipo D, sendo que a razão entre o diâmetro da manilha e a espessura do artigo testado conectado às mesmas foi de 5. As manilhas tipo D foram dispostas em uma configuração paralela à corda. ● Taxa de extensão mínima dos fios foi determinada conforme indicado no presente pedido de patente e no pedido de patente publicado no WO2016001158. A taxa de extensão mínima dos fios de urdume foi derivada no presente documento de uma medição de extensão aplicada em fios multifilamento aplicando-se o método padrão de ASTM D885M sob uma carga constante de 900 MPa, a uma temperatura de 30 °C e, em seguida, medindo-se a resposta de extensão (isto é alongamento por esforço, em %) como uma função do tempo. A taxa de extensão mínima é, no presente documento, determinada pela primeira derivada de extensão como função do tempo, na qual essa primeira derivada tem o valor mais baixo (por exemplo, a taxa de extensão [1/s] do fio é plotada como função do alongamento por esforço [%] do fio em um diagrama conhecido chamado de diagrama de Sherby e Down. Experimento Comparativo 1 (CE1)
[0083] Um elo de corrente de 8 camadas foi enrolado a partir de uma tira de ponto estreito produzida a partir de fios SK75 da Dyneema® na direção de urdume, que têm uma largura de tira de 25 mm, uma espessura de 1,5 mm e um comprimento de 400 mm. A tira estava disponível comercialmente junto à Güth & Wolf GmbH (ponto de 2,54 cm (1’’) cinza prateado) com uma resistência à ruptura nominal de 5 toneladas (49 kN) e um peso de perna de 44 g/m. Os fios de urdume na tira foram produzidos a partir de 120 fios SK75 da Dyneema® SK75, sendo que cada um tem uma titulação de 1760 dtex, uma taxa de torção de 25 voltas por metro (Z25) e uma resistência de fio específica inicial de 35 cN/dtex e uma taxa de extensão mínima de 2,4 x 10-5% por segundo medida a uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C.
[0084] Os fios na direção de trama foram produzidos a partir de fios SK60 da Dyneema® SK60 que têm uma titulação de 880 dtex, uma torção de 40 voltas por metro (Z40) com uma taxa de extensão mínima de 5,8 x 10-5% por segundo medida a uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C e uma taxa de torção de 40 voltas por metro (Z40). A razão entre o peso total dos fios de trama e o peso total dos fios de urdume foi de 20:80. A tira (ou malha) foi, então, ajustada e pré-tensionada a cerca de 120 °C durante 2 min e 10% da carga de ruptura máxima (igual a 4,9 kN) e, então, revestida por imersão em uma resina de cor prata dispersa em água (disponível comercialmente junto à CHT Beitlich GmbH (D), marca comercial TUBICOAT FIX ICB CONC.) e subsequentemente seca por fluxo de ar quente. A tira final teve uma MBL de 49 kN ou 5 toneladas métricas.
[0085] Um comprimento da tira foi firmemente convolucionado em 8 camadas para formar uma ligação em formato de O (laço) de 100 mm de comprimento interno que suporta uma torção de 180 graus em cada convolução da tira. Um total de 8 convoluções foi realizado com aproximadamente 2,5 m da tira. A ligação torcida de 180 graus formada dessa forma tinha circunferências de aproximadamente 100 mm (interior) e 134 mm (exterior) e a espessura das ligações de 8 camadas foi de 12 mm. As 2 extremidades da eslinga sobrepuseram-se em aproximadamente 110 mm e foram suturadas em conjunto através da espessura da ligação torcida de 180 graus ao longo de um comprimento de 110 mm com um padrão de sutura MW (zic-zac) com linha de costura da XtremeTech™ de 20/40 (Amann & Co GmbH, Alemanha), produzida a partir de SK75 dtex440 da Dyneema®.
[0086] Uma corrente foi, então, produzida interconectando-se cinco elos de corrente, obtidos conforme descrito no presente documento acima. O comprimento total desses cinco elos de ligação foi de 0,6 metro que corresponde a uma titulação de 25660 tex. Etapa de termofixação
[0087] A corrente obtida foi, então, pré-tensionada cinco vezes até 50% de MBL, o que corresponde a 100 kN, durante 1 min, a uma temperatura de 120 °C.
[0088] Quatro amostras de corrente, em que cada uma das mesmas consiste em cinco elos de corrente, foram produzidas conforme descrito no presente documento (CE1, CE2, Exemplos 1-2). As correntes foram produzidas sem a aplicação da etapa de termofixação (amostrada denotada com “a” na Tabela 1) e com a aplicação da etapa de termofixação (amostrada denotada com “b” na Tabela 1).
[0089] Os resultados são apresentados na Tabela 1. Experimento Comparativo 2 (CE2)
[0090] O Experimento Comparativo 2 foi realizado repetindo-se o Exemplo Comparativo 1, mas com a diferença que o fio de urdume foi produzido a partir de 120 fios DM20 da Dyneema®, sendo que cada um tem uma titulação de 1760 dtex, uma torção de 25 voltas por metro (Z25) e uma resistência de fio específica inicial de 32 cN/dtex e uma taxa de extensão mínima de 1,3 x 10-6% por segundo medida a uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C.
[0091] Os resultados são apresentados na Tabela 1. Exemplo 1 (Ex.1)
[0092] O Exemplo 1 foi realizado repetindo-se o Experimento Comparativo 1, mas com as seguintes diferenças:
[0093] Os fios de urdume na tira foram produzidos a partir de fios que têm valores de taxa de extensão mínima diferentes e titulações similares, a saber, que compreendem: uma quantidade de 60 fios SK78 da Dyneema® que têm uma resistência de fio específica inicial de 35 cN/dtex com uma taxa de torção de Z25 (25 voltas por metro) e uma taxa de extensão mínima de 1,3 x 10-5% por segundo medida a uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C e uma quantidade de 60 fios DM20 da Dyneema® que têm uma resistência de fio específica inicial de 32 cN/dtex, uma taxa de torção de Z25 e uma taxa de extensão mínima de 1,3 x 10-6% por segundo medida a uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C.
[0094] Na direção de urdume, a correia plana simétrica (isto é, a tira) compreende uma quantidade de 30 fios SK78 da Dyneema®, sendo que cada um tem uma titulação de 1760 dtex, Z25 (uma taxa de torção de 25 voltas por metro) (isto é, o fio B localizado em um corte de borda longitudinal da tira); uma quantidade de 60 fios DM20 da Dyneema®, sendo que cada um tem uma titulação de 1760 dtex, Z25 (isto é, o fio A localizado no corte central da tira entre os dois cortes de borda longitudinais); e uma quantidade de 30 fios SK78 da Dyneema®, sendo que cada um tem uma titulação de 1760 dtex, Z25 (isto é, o fio B localizado no corte de borda longitudinal oposto).
[0095] As concentrações dos fios em relação à quantidade de fios de urdume (isto é, a concentração de lances) foi [B]+[A]+[B] = 30+60+30. Portanto, a quantidade total foi [B]+[A] = 60+60, assim, concentrações de 50% em peso de fio B e 50% em peso de fio A de fios.
[0096] A concentração de titulações foi: [B]+[A]+[B] = 52800 dtex+105600 dtex+52800 dtex. Portanto, [B]:[A] = 50% em peso de fio B e 50% em peso de fio A.
[0097] Os resultados são apresentados na Tabela 1. Exemplo 2 (Ex. 2)
[0098] O Exemplo 2 foi realizado repetindo-se o Exemplo 1, mas com as seguintes diferenças:
[0099] Os fios de urdume compreendem fios SK99 da Dyneema® que têm uma resistência de fio específica inicial de 42,5 cN/dtex e uma taxa de extensão mínima de 7 x 10-6% por segundo medida a uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C e fios DM20 da Dyneema® que têm uma resistência de fio específica inicial de 32 cN/dtex e uma taxa de extensão mínima de 1,3 x 10-6% por segundo medida a uma tensão de 900 MPa e uma temperatura de 30 °C.
[00100] Os fios de urdume na tira foram produzidos a partir de fios que têm titulações diferentes e valores de taxa de extensão mínima diferentes, que compreendem [C]+[B]+[A]+[B]+[C] = [20 fios SK99 da Dyneema® SK99 que têm uma titulação de 880 dtex, Z25 (fio C localizado em um corte de borda longitudinal mais externo)] + [30 fios DM20 da Dyneema® que têm uma titulação de 1760 dtex (fio B localizado em um corte de borda longitudinal)] + [20 fios DM20 da Dyneema® que têm uma titulação de 2x1760 dtex, assim, cerca de 3520 dtex, Z25 C (fio A localizado no corte central)] + [30 fios DM20 da Dyneema® que têm uma titulação de 1760 dtex, Z25 (fio B localizado no corte de borda longitudinal oposto)] + [20 fios SK99 da Dyneema® que têm uma titulação de 880 dtex, Z25 (fio C localizado no corte de borda longitudinal mais externo oposto)].
[00101] As concentrações de fios em relação à quantidade de fios (lances) por titulação foi [C]:[B]:[A] = 16,6%: 33%: 50% e concentrações de fios em relação à% em peso: [C]:[B]:[A] = 16,6% em peso: 33% em peso: 50% em peso.
[00102] Em todos os Exemplos, a razão M/E da tira é de cerca de 1, em que M é o corte central na largura da tira e E é o total de cortes de borda na largura da tira, sendo que a largura total da tira consiste em M e E, com M igual a E e E sendo cerca de ^ E1 + cerca de ^ E2, em que E1 é um corte de borda longitudinal na largura e E2 é o outro corte de borda longitudinal (ou o oposto) na largura.
[00103] Os resultados são apresentados na Tabela 1. Tabela 1. a = amostra de cadeia que não foi termofixada; b = amostra de cadeia que foi termofixada; R = Retangular; E = Elíptica; P. = peso; Teór. = Teórico; Efic. = Eficiência; Ten. = Tenacidade
[00104] Os resultados mostrados na Tabela 1 demonstram que as cadeias de acordo com as presentes invenções (cadeias do Exemplo 1) têm um aumento da resistência à ruptura e eficiência em comparação às cadeias obtidas em CE1 e CE2. Além disso, observações adicionais foram um aumento significativo do valor de tenacidade e, respectivamente, cerca de 50% de redução de perda de eficiência para as cadeias que foram termofixadas em comparação às cadeias que não foram termofixadas. Aplicando-se a termofixação, a eficiência das cadeias aumenta significativamente (Exemplo 1). Além disso, uma redução substancial das perdas na interface de cadeia foi alcançada no caso em que a tira foi hibridizada (isto é, por fios de urdume de extensão mínima diferentes e/ou por titulações diferentes nos fios de urdume que formam um perfil de tira em formato elíptico).
Claims (13)
1. Elo de corrente caracterizado por compreender uma tira compreendendo fios de trama e fios de urdume, sendo que os fios de urdume contêm o fio de urdume A e o fio de urdume B, em que a taxa de extensão mínima do fio de urdume B é maior que a taxa de extensão mínima do fio de urdume A, em que a taxa de extensão mínima é medida a uma tensão de 900 MPa e a uma temperatura de 30 °C, sendo que a tira compreende um corte longitudinal central e pelo menos dois cortes longitudinais de borda, e sendo que a concentração do fio de urdume A no corte central é maior que a concentração do fio A nos cortes de borda da tira e a concentração do fio de urdume B nos cortes de borda é maior que a concentração do fio de urdume B no corte central da tira.
2. Elo de corrente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a razão entre a taxa de extensão mínima do fio de urdume B e a taxa de extensão mínima do fio de urdume A ser de pelo menos 2.
3. Elo de corrente, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por a taxa de extensão mínima do fio de urdume A ser de no máximo 1 x 10-5% por segundo medida a uma tensão de 900 MPa e a uma temperatura de 30°C.
4. Elo de corrente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por os fios de urdume compreenderem um fio polimérico com tenacidade ou resistência à tração de 1,2 N/tex, de preferência de 2,5 N/tex a 10 N/tex.
5. Elo de corrente, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por o fio polimérico compreender um polímero, de preferência, uma poliolefina, mais preferencialmente, um polietileno e, com máxima preferência polietileno de peso molecular ultra-alto (UHMWPE).
6. Elo de corrente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por o fio de urdume A compreender um fio polimérico com tenacidade ou resistência à tração de 1,2 N/tex a 10 N/tex e compreendendo uma poliolefina ramificada olefínica, de preferência, um UHMWPE compreendendo ramificações olefínicas, mais preferencialmente, polietileno de peso molecular ultra-alto (UHMWPE) compreendendo ramificações de etila ou butila.
7. Elo de corrente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por os fios de urdume possuírem titulação diferente, de preferência, o fio de urdume A e/ou o fio de urdume B possuírem titulação diferente.
8. Elo de corrente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por o comprimento dos fios de urdume nos cortes de borda ser maior do que o comprimento dos fios de urdume no corte central da tira.
9. Elo de corrente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por a concentração do fio de urdume B no corte central ser de 0% em peso a 50% em peso, com base na composição de peso total de fio de urdume do corte central.
10. Elo de corrente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado por a concentração do fio de urdume B em cada corte de borda longitudinal ser de 100% em peso a 50% em peso, com base na composição de peso total de fio de urdume de cada corte de borda.
11. Elo de corrente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado por a tira formar uma pluralidade de convoluções da referida tira, sendo que a tira possui um eixo longitudinal e cada convolução da dita tira compreende uma torção ao longo do eixo longitudinal da referida tira, sendo que a referida torção é um múltiplo ímpar de 180 graus.
12. Corrente caracterizada por compreender um elo de corrente, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11.
13. Método para melhorar a resistência da corrente, conforme definida na reivindicação 12, caracterizado por compreender a etapa de pré-alongar a corrente antes do uso a uma temperatura abaixo da temperatura de fusão do material nos fios.
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