BR102017010683B1 - composição imunomoduladora e promotora de crescimento e de controle da população de bactérias indesejáveis da microbiota intestinal - Google Patents
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Abstract
a presente invenção trata de composição para aditivos empregáveis em rações animais, ou como promotores de crescimento, ou como nutracêuticos, ou como prebióticos, ou como aditivos para o controle e profilaxia de bactérias patogênicas no trato intestinal dos animais, ou animais de criação. foi desenvolvida uma composição imunomoduladora e promotora de controle da população de bactérias indesejáveis da microbiota intestinal, que compreende os componentes abaixo indicados: (a) fruto-oligossacarídeos (fos); (b) galacto-oligossacarídeos (gos); (c) manano-oligossacarídeos (mos); (d) 1,3 e 1,6 beta-glucanos.
Description
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COMPOSIÇÃO IMUNOMODULADORA E PROMOTORA DE CRESCIMENTO E DE CONTROLE DA POPULAÇÃO DE BACTÉRIAS INDESEJÁVEIS DA MICROBIOTA INTESTINAL
Campo de Aplicação [001] A presente invenção trata de composição para aditivos empregáveis em rações animais, ou como promotores de crescimento, ou como nutracêuticos, ou como prebióticos, ou como aditivos para o controle e profilaxia de bactérias patogênicas no trato intestinal dos animais, ou animais de criação.
Estado da Técnica [002] A microbiota intestinal consiste em um complexo de diversas espécies de microrganismos, que vivem no trato intestinal principalmente no intestino grosso, atingindo em torno de 1.1013 células, tornando o maior reservatório de micro-organismos tanto nos animais e humanos. Dentre os benefícios que a microbiota pode proferir ao hospedeiro, está o maior aproveitamento de energia e nutrientes provenientes dos alimentos, uma vez que estes não são inteiramente digeridos e absorvidos durante a passagem pelo sistema gástrico, podendo ainda conter muitos nutrientes quando chegam ao trato intestinal. Um dos maiores benefícios está na fermentação de carboidratos não digeridos, que são fermentados no intestino grosso, é promover a formação e subsequente absorção de ácidos graxos de cadeia curta. Dentre estes, os mais importantes são o ácido butírico, metabolizado pelo epitélio intestinal do cólon, o ácido propiônico, metabolizado pelo fígado e utilizado como substrato para a produção de glicose no processo de gluconeogênese e o ácido acético, que é absorvido do tecido muscular e outros tecidos e utilizado como fonte de energia. Além disso, as bactérias intestinais também sintetizam vitamina B e vitamina K. O corpo humano e o dos animais domésticos transportam cerca de trilhões de microrganismos nos seus intestinos e nem todas as espécies foram identificadas, sendo que variam muito de indivíduo para indivíduo. A maioria das bactérias pertencem aos gêneros Bacteroides, Clostridium, Fusobacterium, Eubacterium, Ruminococcus, Peptococcus, Peptostreptococcus, e Bifídobacterium. Os gêneros tais como Escheríchia e Lactobacillus estão presentes em menor grau. Além de bactérias há também a presença de fungos que incluem Candida, Saccharomyces, Aspergillus e Penicillium. As Archaea constituem outra grande classe
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2/35 microbiana presente na microbiotaintestinal.
[003] Como já mencionado, as bactérias presentes na microbiota intestinal cumprem uma série de funções úteis e benéficas aos hospedeiros, sejam humanos ou animais, dentre elas a capacidade de metabolizar sacarídeos não digeríveis, regular o metabolismo de lipídeos, biossintetizar vitaminas. Entretanto, este benefício vai muito além, pois a existência de uma população microbiana benéfica, atua estimulando o crescimento celular, reprimindo o crescimento de microrganismos nocivos, treinando o sistema imunológico a responder apenas aos patógenos, e promovendo a defesa contra algumas doenças. Os patógenos podem causar patologias indesejadas, além de representarem tendência à alergias, provocadas pelas excessivas reações do sistema imunológico, devido à prevalência de C. difficile e S. aureus, e a menor prevalência de microrganismos benéficos como Bacteroides e Bifdobacteria.
[004] A Salmonella é um gênero de bactérias vulgarmente chamadas de salmonelas pertencentes à família Enterobacteriaceae. São bactérias Gram-negativas, em forma de bastonete, na sua maioria móveis (com flagelos peritríquios), não esporulado, não capsulado, possuem fímbrias, sendo que a maioria não fermenta a lactose. As salmonelas são um gênero extremamente heterogêneo, composto por três espécies, Salmonella subterranea, Salmonella bongori e Salmonella enterica, esta última possuindo por volta de 2.610 sorotipos.
[005] O trato intestinal do homem e dos animais é o principal reservatório natural deste patógeno, sendo os alimentos de origem aviária importantes vias de transmissão.
[006] As mais importantes para a saúde humana são a Salmonella typhi (Salmonella enterica serovar Typhi) que causa infecções sistêmicas, febre tifoide e doença endêmica em muitos países em desenvolvimento e a Salmonella Typhimurium (Salmonella enterica serovar Typhimurium) e a Salmonella Enteritidis (Salmonella enterica serovar Enteritidis), são as mais comumente causadoras de gastroenterites, do tipo salmonelose, transmitidas por alimentos em humanos.
[007] A Escherichia coii é uma bactéria bacilar Gram-negativa, anaeróbica facultativa e que não produzem esporos. Possuem fímbrias ou adesinas que permitem sua fixação, impedindo o arrastamento pela urina ou diarreia. Fazem parte da microbiota humana e em sua maioria não são patogênicas. No entanto algumas linhagens são consideradas
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3/35 patogênicas por produzirem enterotoxinas. Possuem lipopolissacarídeo (LPS), como a maioria das bactérias Gram-negativas, que ativam o sistema imunitário de forma desproporcionada e a vasodilatação excessiva provocada pelas citocinas produzidas, o que pode levar ao choque séptico e morte em casos de septicemia.
[008] De ano para ano vem aumentando o número de pessoas infectadas com E. coli. O emprego excessivo de antibióticos, mesmo em níveis promotores de crescimento nas produções de animais para fins de alimentação humana, vem provocando o aparecimento de grandes populações de microrganismos patogênicos ao homem, com resistência aos antibióticos.
[009] Os antibióticos são a mais antiga e bem sucedida substância utilizada para a manipulação da microbiota intestinal. Quando são utilizados em sub-dosagens, eliminam apenas os indivíduos mais sensíveis de algumas espécies de bactérias indesejadas da microbiota intestinal. Com a eliminação destes indivíduos consegue-se uma maior eficiência na conversão alimentar. Ou seja, maior produção de peso animal com a mesma quantidade de alimentos. Por essa razão, são conhecidos como antibióticos promotores de crescimento, ou APCs. O inconveniente desta aplicação é que a utilização em subdosagens promove a resistência microbiana ao princípio ativo, selecionando apenas microorganismos resistentes, podendo este ser um agravante de saúde pública muito sério. Isto porque a característica de resistência, dada pelos genes desses micro-organismos, pode ser transmitida de um micro-organismo à outro, atingindo até mesmo a população da microbiota humana, por meio do consumo de alimentos contaminados.
[010] Em 2006 a União Europeia começou a proibir o uso de antibióticos promotores de crescimento utilizados nas rações animais. Os EUA também decidiram proibir o uso de antibióticos promotores de crescimento nas rações para animais, a partir de Janeiro de 2017.
[011] Até o momento, grande parte da substituição dos antibióticos promotores de crescimento tem sido feito por ácidos orgânicos de cadeia curta, especialmente o ácido butírico. Além deles, óleos essências, taninos e outras substâncias bactericidas também têm sido utilizadas. No entanto, estes podem produzir efeitos colaterais nos animais, tais como dores de cabeça e azia crônicas. Além disso, substâncias bactericidas únicas, como as referidas, tem grande chance de sofrer com o mesmo processo de seleção de
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4/35 indivíduos resistentes, como acontece com os antibióticos. Já há sinais de adaptação de certas espécies e sorotipos de Salmonella e E. coli, as quais também estão se tornando resistentes aos ácidos orgânicos, mostrando que a substituição dos antibióticos promotores de crescimento requer produtos mais complexos, que ataquem as bactérias nocivas em várias frentes e através de diferentes modos de ação, de modo a evitar que se tornem resistentes ao produto.
[012] Dentre as várias possíveis frentes de ataque a bactérias indesejáveis, como as Salmonella e E coli, estão os prebióticos aglutinadores de bactérias como o MOS (Manano-oligossacarídeos), os moduladores do sistema imunológico como os Betaglucanos e os prebióticos que promovem a exclusão competitiva, como a provocada pelo efeito bifidogênico de prebióticos como o FOS (Fruto-oligossacarídeos) e o GOS (Galacto-oligossacarídeos), entre outros. O ideal seria aliar essas 3 frentes de ataque em um único produto.
[013] A Sinergia entre estes compostos, MOS, Betaglucanos, FOS e GOS (entre outros prebióticos que apresentam efeito bifidogênico) contribuem para uma maior diversidade e maior predomínio das populações de bactérias benéficas na microbiota intestinal, o que dificulta a proliferação patógenos. Esta diversidade populacional benéfica, atua em 3 grandes frentes, ou seja, através de 3 diferentes mecanismos de ação. Primeiro, como o antagonismo direto ou exclusão competitiva, pelo qual as bactérias benéficas ou probióticas, produzirão peptídeos bioativos, bem como bacteriocinas com atividade antimicrobiana. Através destes mecanismos de defesa as bactérias benéficas conquistam espaço para expandir as suas populações, em detrimento dos espaços ocupados pelas bactérias indesejáveis. Os prebióticos como FOS e GOS são sacarídeos fermentáveis apenas por certas bactérias benéficas. Devido a utilização desses açúcares de maneira seletiva, as bactérias benéficas produzem ácidos orgânicos, que diminuem o pH intestinal, aumentam a barreira epitelial e diminuem a possibilidade da adesão de patógenos a ela. Para comprovação de tal efeito, estudos com Lactobacillus acidophillus e salivarum mostram sua atividade contra bactérias dos gêneros Listeria e Salmonella (Preidis et al, 2011). Segundo, com a ação imunomoduladora, a qual é promovida tanto pelas bactéria benéficas, quanto pelos Betaglucanos, ativando o sistema imune inato e adaptativo. Os Betaglucanos estimulam a produção de macrófagos e a sua atividade de fagocitose,
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5/35 inclusive das bactérias indesejáveis que aderem às paredes intestinais, ou, invadem o sistema linfático. Além disso, há a produção de ácidos graxos de cadeia curta, que são produtos do metabolismo das bactéria benéficas, que enviam sinais ao cérebro para alimentar o sistema imunológico. Dentre os referidos ácidos graxos, o ácido butírico é o principal ácido metabolizado pelo epitélio intestinal e atua estimulando o processo de apoptose e a produção de muco protetor, que são muito importantes para manter a integridade das paredes intestinais. E terceiro, com o mecanismo aglutinação de bactérias pelo MOS. As manoses contidas no MOS se aderem permanentemente às adesinas das fímbrias do tipo 1 de bactérias dos gêneros Salmonella e E coli, impedindo-as de se fixarem às paredes intestinais e provocarem enterites. Trata-se de mecanismo de atração física que, dependendo da qualidade do MOS, pode aglutinar com intensidade razoável a maioria das variedades e sorotipos dessas bactérias indesejáveis.
[014] O efeito aglutinador de bactérias que possuem fímbrias do tipo 1, promovido pelo MOS, pode ser considerado um ataque físico contra essas bactérias. Na prática podese entender a ação do MOS como a de uma armadilha física para capturar essas bactérias no trato digestivo. Assim, se impede que eles se fixem nas paredes do intestino e provoquem enterites, cujos calos cicatriciais reduzem a capacidade de absorção de nutrientes do intestino.
[015] O efeito imunomodulador dos betaglucanos, pode ser considerado um ataque fisiológico do organismo contra essas bactérias nocivas. Ele se manifesta na forma de cicatrização mais rápida das enterites produzidas nas paredes do intestino, por essas bactérias, permitindo um rápido recobrimento dessas paredes pelo muco protetor.
[016] A exclusão competitiva produzida pelos prebióticos que possuem efeito bifidogênico, como o FOS e o GOS, pode ser considerada um ataque químico-ambiental contra as bactérias indesejáveis, especialmente as Salmonella, E coli, Clostridium e outras. Ele se dá pela multiplicação das populações de bactérias desejáveis, principalmente dos gêneros Lactobacillus e Bifídobacterium, na parte final do trato intestinal. As bactérias desses gêneros são acidogênicas, de forma que provocam um aumento da acidez do trato intestinal, que é intolerável para as bactérias indesejáveis que habitam essa região do trato digestivo, especialmente as Salmonella e E coli. Além disso, essas bactérias benéficas produzem bacteriocinas e outros peptídeos bioativos, que agem
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6/35 como antibióticos naturais.
[017] Dessa forma, a urgente substituição dos antibióticos das rações animais por aditivos profiláticos de agentes patogênicos na microbiota humana e animal, indica que uma das possibilidades é o emprego de prebióticos na ração animal.
[018] Os prebióticos são definidos como ingredientes alimentícios não-digeríveis que beneficiam a saúde, uma vez que estimulam o crescimento ou a atividade de bactérias benéficas em nosso cólon ou trato intestinal.
[019] Os fruto-oligossacarídeos (FOS) e os galacto-oligossacarídeos (GOS) são os prebióticos mais exaustivamente estudados e que possuem efeito bifidogênico comprovado.
[020] Os fruto-oligossacarídeos ou FOS, são prebióticos que também são chamados de oligofrutose ou oligofrutanos, pois constituem os oligossacarídeos frutanos que podem ser empregados como adoçantes. Eles surgiram na década de 80, como resposta à tendência dos consumidores de empregarem adoçantes de baixa caloria. Os frutooligossacarídeos (FOS) produzidos comercialmente são obtidos por processos de extração e hidrólise da molécula de inulina, presente em muitos vegetais, e pela reação enzimática de transfrutosilação da molécula de sacarose. A inulina é um polímero de frutose, ou uma polifrutose, com grau de polimerização de 10 a 60. A inulina também pode ser hidrolisada em moléculas menores, por métodos químicos e enzimáticos, gerando misturas de oligossacarídeos com estrutura geral Glicose-Frutose ou Gli-Frun (abreviação GFn) e Frum(Fm), com n variando de 2 a 9 e m variando de 2 a 10. Este processo ocorre naturalmente na natureza, de forma que estes oligossacarídeos também podem ser encontrados em muitos vegetais como alcachofra, chicória e agave. As composições dos produtos comerciais podem compreender questose (GF2), nistose (GF3), frutofuranosilnistose (GF3), inulobiose (F2), inulotriose (F3) e inulotetraose (F4). O segundo tipo de FOS é obtido por transfrutosilação por ação das enzimas β-frutofuranosidade (invertase) e frutosiltransferase, presentes em muitos micro-organismos, como por exemplo o Aspergillus niger, Aspergillus sp, Aureobasidium sp. Este processo gera uma mistura de fórmula geral GFn com n variando de 1 a 5. Todos esses isômeros e olgômeros são denominados FOS.
[021] Estudos de propagação in vitro mostram que quanto maior a concentração de
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7/35 polímeros de cadeias curtas no FOS, ou seja, quanto menor for n na fórmula geral GFn, maior é o efeito bifidogênico do FOS. Isso significa que os FOS constituídos de cadeias polímeros de cadeias curtas, como os GF2, GF3 e GF4, provocam um maior crescimento da população de bactérias dos gêneros Lactobacillus e Bifídobacteria.
[022] Devido à sua conformação molecular conter ligações glicosídicas, os frutooligossacarídeos resistem à hidrólise pelas enzimas do sistema gastrointestinal e pelo suco gástrico e sais biliares. No cólon são fermentados por bactérias anaeróbicas. Eles representam alimento de baixa caloria e ainda contribuem para a fração de fibras da dieta. [023] Os FOS e a inulina estão presentes em muitas plantas e alimentos como a agave azul, banana, cebola, chicória, alho, aspargos, yacon, mel, alho-porró, bem como em grãos e cereais como o trigo e a cevada. As maiores concentrações de FOS são encontradas na chicória, alcachofra, yacon e agave azul.
[024] No Japão, desde 1990, o FOS é reconhecido como um importante prebiótico, capaz de aumentar a saúde do trato gastrointestinal, tendo sido proposto como suplemento para o tratamento de infecções fúngicas.
[025] Muitos estudos mostram que o FOS e a inulina promovem o aumento da absorção de Cálcio, e outros minerais como Magnésio no intestino delgado. Isto ocorre devido à fermentação desses açúcares pela microbiota, resultando em um pH mais reduzido ou ácido. Sendo os minerais mais solúveis em pH ácido, permite um melhor aproveitamento pelo organismo, podendo assim ser melhor assimilado para entrar na corrente sanguínea.
[026] Os galacto-oligossacarídeos (GOS) são conhecidos como oligogalactosilactose, oligogalactose, lactulose, oligolactose ou transgalacto-oligossacarídeos (TOS) e também pertencem à classe dos prebióticos bifidogênicos. A composição das frações dos galactooligossacarídeos (GOS) varia de acordo com o comprimento da cadeia e tipo de ligações, entre as unidades monoméricas. Em geral eles são produzidos através da conversão enzimática de lactose, um componente do leite bovino, pela enzima β-galactosidase. Mas também podem ser produzidos por isomerização química da lactose, como é o caso da lactulose e estarem presentes naturalmente na soja.
[027] O GOS compreende em geral uma cadeia de unidades de galactose decorrentes de reações de transgalactosilação, com uma unidade terminal glicose. Entretanto o grau
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8/35 de polimerização do GOS pode variar acentuadamente, variando de 2 a 9 unidades monoméricas, dependendo do tipo de enzima β-galactosidase utilizada. As moléculas de GOS presentes na soja, diferem-se dos GOS produzidos enzimaticamente por serem alfagalactooligossacarídeos. Dentre eles estão a rafinose, estaquiose, verbascose e melibiose. Compreendem moléculas de galactose ligadas à moléculas de sacarose, por ligações do tipo α-1,6. Todavia, da mesma forma que a outra classe, também são resistentes às enzimas do sistema gastrointestinal e são fermentados pelas bactérias intestinais.
[028] Para as aves e peixes, ou seja, para os não mamíferos, a própria lactose é considerada um prebiótico com efeito bifidogênico e é abrangida pela denominação GOS. A razão disso, é que os não mamíferos não produzem lactase, que é a enzima capaz de digerir a lactose, o que permite que esta chegue intacta ao intestino grosso e seja fermentada pelas bactérias dos gêneros Lactobacillus e Bifídobacteria. O efeito prebiótico da lactose, se explica pelo fato das bactérias do gênero Salmonella não metabolizarem a lactose, enquanto que a dos gêneros Lactobacillus e Bifídobacteria sim, provocando indiretamente os 3 mecanismos de ação incitados por eles, conforme já mencionados.
[029] Também devido às ligações glicosídicas presentes no GOS, eles são amplamente resistentes à hidrólise pela saliva e por enzimas do trato digestivo ou intestinal, conseguindo assim chegar até o fim do intestino grosso, de forma praticamente intacta. O intestino humano possui por volta de 300 a 500 tipos de espécies diferentes de bactérias as quais podem ser divididas em benéficas como do gênero Bifídidobacterium e Lactobacillus, e, em maléficas como do tipo Ciostridium, Salmonella e Eschericia coii, por exemplo. Os galacto-oligossacarídeos ou GOS, por se tratarem de prebióticos definidos como ingredientes alimentícios não digeríveis que beneficiam as bactérias hospedeiras, estimulam seu crescimento e atividades no cólon. Uma das formas de auxiliar a saúde é que elas produzem ácidos orgânicos através de suas fermentações. Em suma, inibem o crescimento de bactérias maléficas, estimulam as funções imunológicas e a absorção de nutrientes essenciais e a síntese de certas vitaminas.
[030] Estudos indicam que o GOS corrobora muito para melhorar a absorção de Cálcio no trato intestinal de humanos e animais, e há indícios da possibilidade de melhorar a absorção de Magnésio.
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9/35 [031] O interesse no emprego de manano-oligossacarídeos (MOS) para melhorar a saúde gastrointestinal começou na década de 80. Na época os cientistas constataram que a manose do MOS inibia infecções causadas pela Salmonella. Estudos mostraram que a Salmonella pode ligar-se à manose por projeções de fimbrias tipo 1, reduzindo assim os riscos de colonização patogênica no trato intestinal. Diferentes tipos de açúcares do tipo manose interagem diferentemente com as fimbrias tipo 1. A forma presente nas paredes das células de Saccharomyces cerevisiae (mananos ramificados alfa-1,3 e alfa-1,6) são efetivos nas ligações com patogênicos. Ao se fixarem à manose, as bactérias são capturadas física e definitivamente pelas partículas contendo MOS e carregadas para fora do trato digestivo, junto com o bolo fecal. A forma de medir a eficiência de cada fonte de MOS é pela amplitude e intensidade de aglutinação, para as várias espécies e sorotipos de Salmonellas e E. coli.
[032] O MOS é particularmente importante no caso dos animais, pois a saúde do intestino permite uma melhor absorção dos componentes da ração. Por muitas décadas antibióticos têm sido adicionados à composição das rações animais em teores não terapêuticos, de forma profilática, para prevenir doenças, melhorar a taxa de conversão alimentar das rações e acelerar o crescimento, aumentando assim a rentabilidade dos produtores de animais. Hoje há uma corrente mundial que deseja impedir esta prática, pois aumenta em muito o número de bactérias resistentes aos antibióticos, sendo essas transmitidas, podendo causar riscos graves para os humanos. Este fato tem alimentado o interesse pelo desenvolvimento de alimentos funcionais, estando o MOS entre os principais prebióticos com capacidade para substituir os antibióticos nas rações para animais. Estudos mostram como o MOS prejudica a fixação bacteriana na parede do intestino de frangos, porcos e poedeiras, sendo relatada a redução de prevalência e da concentração de diversos tipos de Salmonella (que causa zoonose nos animais cujo sintoma é a diarreia), bem como de Escherichia coli (E. coli), Clostridium, entre outros. Pesquisadores também descobriram que o MOS provoca o aumento de produção de muco protetor de microvilosidades intestinais nos animais.
[033] Os β-glucanos compreendem um grupo de β-D-glicose polissacarídeos que ocorrem naturalmente nas paredes das células de cereais, levedura, bactérias e fungos, apresentando diferentes propriedades físico-químicas que dependem de sua fonte.
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Tipicamente, os β-glucanos apresentam uma estrutura linear com ligações do tipo 1,3 βglicosídicas, variando nos seus pesos moleculares, solubilidade, viscosidade, ramificações, propriedades de gelificação, causando assim diversos efeitos na fisiologia animal.
[034] Vários estudos relatam os efeitos potenciais para a saúde dos β-glucanos. As fibras de aveia que contem β-glucanos, quando ingeridas diariamente em pelo menos 3g, podem diminuir os níveis de gorduras saturadas no sangue e reduzir o risco de doença cardíaca. Outros estudos indicam que os cereais contendo β-glucanos como a aveia, também podem agir como imunomoduladores, e atuarem como alimentos/ingredientes que podem baixar o colesterol. Os β-glucanos podem ser empregados como nutracêuticos, agentes de texturização em cosméticos, suplementos de fibras solúveis, entre outros.
[035] Os β-glucanos representam arranjos nos seis lados dos anéis de D-glicose conectados linearmente em cada carbono de posição, variando da fonte, embora mais comumente os β-glucanos incluam ligações glicosídicas do tipo 1,3 na sua estrutura. Embora teoricamente os β-glucanos sejam D - glicose polissacarídeos ligados por ligações glicosídicas do tipo β, nem todos os β-D-glicose polissacarídeos são categorizados como βglucanos. Por exemplo, a celulose não é um β-glucano típico pois é insolúvel e não apresenta as mesmas propriedades físico-químicas de outros β-glucanos de cereais ou de aveia. Os β-glucanos podem apresentar ramificações compostas por proteínas como o caso do Polissacarídeo-K.
[036] Os betaglucanos e os mananos fazem parte da estrutura da parede celular de leveduras e fungos diversos. Para a extração industrial destes e produção de prebióticos o mais comum e desejável são os extraídos de leveduras dos gêneros Saccharomyces e Candida.
[037] O documento JPS 61199752 utiliza um cultivo de arroz polido inoculado com linhagens de Aureobasidium para a obtenção de alimento enriquecido com fruto-oligossacarídeos e beta-1,3-1,6-glucanos.
[038] O documento US 2002061345 trata de processo para obtenção de aditivo para ração de aves, para a prevenção de distúrbios gástricos ou doenças intestinais, que compreende a filtração de matéria-prima de levedura de cerveja, contendo oligossacarídeos e polissacarídeos, podendo ainda conter betaglucanos.
[039] O documento JPH 10215790 de 1997 ensina o uso de oligossacarídeos como
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MOS, FOS, GOS; e de agentes acidificantes como ácido propiônico, ácido fórmico e ácido cítrico, além de bactérias produtoras de ácido lático, butirato e bifidobactérias, em rações que sofrem tratamento térmico.
[040] O documento JPH 10276740 de 1997 ensina a preparação de alimento ou bebida contendo beta-1,3 - 1,6-glucanos, obtidos de solução com Aureobasidium que contêm fruto-oligossacarídeos.
[041] O documento WO 0008948 trata de mistura de carboidratos para alimentos dietéticos ou farmacêuticos apresentando componente (A) em 90 % da mistura que pode compreender oligossacarídeos com 2 a 6 unidades ou monossacarídeos; e componente (B) composto por polissacarídeos contendo mais de 7 unidades representando 10 % da mistura total, sendo que 80 a 100 % de (A) é de GOS, e 80 a 100 % do carboidrato (B) é FOS.
[042] Os documentos WO 2012021783 e WO 2013142792 tratam de composição estabilizada seca de material biológico contendo carboidratos e proteínas compreendendo proteínas hidrolisadas, sendo que os carboidratos podem ser polissacarídeos, oligossacarídeos, ou dissacarídeos e outros.
[043] O documento US 2012121621 refere-se a composições sinergísticas que compreendem componentes prebióticos selecionados a partir de polímeros de frutose GFn e Fm, quer contendo uma glicose (G) do grupo terminal, ou sem um grupo terminal de glicose, e um ou mais componentes de um grupo de prebióticos que consiste em amido modificado e hidrolisados parciais dos mesmos, inulina parcialmente hidrolisada, oligofrutoses naturais, fruto-oligossacarídeos (FOS), lactulose, galactomanano e hidrolisados parciais adequados dos mesmos, polidextrose indigesta, acemannan, várias gomas, dextrina não digerível e hidrolisados parcial dos mesmos, trans-galactooligossacarídeos (GOS), xilo-oligossacáridos (XOS), beta-glucano e hidrolisados parciais do mesmo, em conjunto, se desejado, com componentes de fitoesterol / fitoestanol e seus ésteres adequados e, se desejado, outros extratos de plantas, componentes de minerais, vitaminas e aditivos.
[044] Muitos produtos do estado da técnica apresentam-se como composições que se referem ao uso de vários prebióticos de forma alternativa. Por exemplo, uma determinada composição pode conter FOS ou GOS ou MOS. E não de forma acumulativa, como por
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12/35 exemplo, uma composição que contenha FOS e GOS e MOS.
[045] Muitos produtos do estado da técnica apresentam-se como composições que representam produto com caracterizações consequentes do tipo de processo de obtenção do prebiótico, com tipo de matéria prima (açúcar de cana, ou milho, ou ágave, ou arroz), tipo de fermento e enzimas empregados, diferentes, e ainda condições de processo como temperatura, tempo de fermentação, aditivos empregados, etc, também diferentes entre si.
[046] Os termos genéricos dos prebióticos, como por exemplo FOS, MOS, GOS, etc, escondem complexidades nas suas composições, sendo raramente puros. E mesmo puros, vários polímeros levam o nome genérico do grupo a que pertencem, como é o caso da lactulose e da própria lactose, que são denominados pelo homem da técnica como sendo GOS. Fora isto, o homem da técnica chama de FOS um produto como se fosse um composto simples e não uma mistura complexa de polímeros, e ainda de diferentes origens, e fazem comparações de suas atuações frente aos microrganismos em geral, não considerando que o MOS por exemplo, tem melhor ação sobre bactérias com fimbria tipo 1, os betaglucanos servem para estimular a fagocitose, e o FOS e GOS apresentam efeitos bifidogênicos. Não se pode comparar linearmente os efeitos do FOS, MOS, GOS e betaglucanos, nem individualmente, nem entre si.
[047] Fora isso, o FOS muitas vezes compreende em sua formulação MOS, devido ao seu próprio processo de obtenção (manano-oligossacarídeos oriundos das paredes celulares da levedura empregada na obtenção do FOS).
[048] O fator mais limitativo ainda para indústria é o preço do prebiótico a ser empregado, que inviabiliza seu uso como substituto para os antibióticos e ácidos orgânicos, que são muito mais baratos, e apresentam boa eficiência, mas provocam o desenvolvimento de resistências por parte das bactérias. Além de efeitos colaterais para os animais, tais como dores de cabeça e azia crônicas, e aos humanos como bactérias resistentes a antibióticos.
Objetivos da invenção [049] Foi desenvolvida uma composição para ser usada como aditivo promotor de crescimento de ração animal, que apresentasse as seguintes propriedades ou vantagens:
A - Compreendesse em sua formulação quantidades específicas de prebióticos:
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13/35 com modos de ação distintos, de forma a ser capaz de agir em várias frentes no espectro amplo de bactérias da microbiota animal e, apresentasse eficiência comparável ou superior à dos antibióticos promotores de crescimento;
B - Representasse um produto modulador da microbiota intestinal: contendo certa diversidade de tipos de prebióticos, capazes de ter sinergia entre si, que apresentassem forte efeito promotor de crescimento e redutor da população de bactérias indesejáveis, especialmente as diversas espécies e sorotipos de Salmonella e E coli, agindo em 5 frentes simultâneas:
* estimulando o sistema imunológico;
* provocando a aglutinação de bactérias com fímbrias tipo 1;
* promovendo a sua exclusão competitiva de bactérias indesejáveis;
* aumentando a produção de ácidos orgânicos de cadeia curta no ceco;
* aumentando a produção de muco protetor e as vilosidades da parede do intestino.
C - Fosse eficiente no longo prazo: uma vez que as estratégias atuais dos antibióticos e seus substitutos baseia-se na utilização de uma única substância bactericida, o que não é eficiente no longo prazo, pois há seleção de indivíduos resistentes a estas substâncias, nas diversas espécies sensíveis que compõem a microbiota intestinal.
D - Tivesse custo final baixo, para uso na nutrição animal: o mais importante é que a composição utilizasse prebióticos e proporções que viabilizassem seu custo final, para o emprego em larga escala na indústria de ração animal.
Descrição Resumida da Invenção [050] Foi desenvolvida composição de prebióticos, imunomoduladora e promotora de crescimento e de controle da população de bactérias indesejáveis da microbiota intestinal, particularmente animal, com efeitos análogos aos dos antibióticos promotores de crescimento, porém com diferentes mecanismos de ação, que compreendesse os seguintes componentes abaixo indicados:
(a) Fruto-oligossacarídeos (FOS);
(b) Galacto-oligossacarídeos (GOS);
(c) Manano-oligossacarídeos (MOS);
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14/35 (d) 1,3 e 1,6 Betaglucanos.
Descrição detalhada da invenção [051] A composição imunomoduladora e promotora de crescimento e de controle das populações de bactérias indesejáveis da microbiota intestinal em animal (inclusive as várias espécies e sorotipos de Salmonella e E coli, tem efeito promotor de crescimento análogo ou superior ao dos antibióticos promotores de crescimento utilizados para este fim (APCs). Cada componente da composição tem um mecanismo de ação distinto e há uma sinergia entre estes mecanismos de ação. A composição compreende:
(a) Fruto oligossacarídeos (FOS);
(b) Galacto oligossacarídeos (GOS);
(c) Manano oligossacarídeos (MOS);
(d) 1,3 e 1,6 Betaglucanos.
[052] Segundo uma forma de realização da invenção, a composição compreende os componentes abaixo indicados:
(a) Fruto-oligossacarídeos (FOS);
(b) Galacto-oligossacarídeos (GOS);
(c) Manano-oligossacarídeos (MOS);
(d) 1,3 e 1,6 Betaglucanos;
(e) outros prebióticos com ação bifidogênica.
[053] Para os fins desta invenção, FOS e GOS representam um único componente e têm o mesmo mecanismo de ação, que é produzir o efeito bifidogênico, ou seja, alimentar e promover o crescimento de diversas espécies de bactérias benéficas, principalmente dos gêneros Lactobacilluse Bifídobacteria. O efeito máximo da composição é obtido quando se usa FOS e GOS associados, no seu sentido amplo, ou seja, um ou mais de cada um dos polímeros que compõem cada uma dessas denominações genéricas. Portanto, para os fins desta invenção, também está prevista a composição de Betaglucanos e MOS e [FOS e ou GOS]. Com menor efeito ainda, em substituição a [FOS e / ou GOS], a composição ainda pode conter outros componentes prebióticos como: lactose, lactulose, inulina, XOS (Xilooligossacarídeos), polidextrose e outros com efeito bifidogênico.
[054] Os prebióticos com efeito bifidogênico, que compõem a invenção, majoritariamente representados pelo FOS e GOS, têm a finalidade de promover um forte
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15/35 crescimento das populações de Lactobacilluse Bifídobactería, existentes no ceco intestinal. O forte aumento das populações destas bactérias benéficas tem o objetivo de realizar a exclusão competitiva das bactérias indesejáveis, acidificar o bolo fecal na região de seu contato com as paredes intestinais e aumentar a produção de muco protetor, bem como a quantidade e o tamanho das vilosidades intestinais. Todos esses benefícios tem o objetivo de melhorar a conversão alimentar e auxiliar no controle de bactérias indesejáveis, especialmente as dos gêneros Salmonella, Clostridium e E coli.
[055] O mecanismo de ação dos manano-oligossacarídeos (MOS) é a aglutinação das bactérias que tenham fímbrias do tipo 1, que são indesejáveis, como as dos gêneros Salmonella e E coli, pois elas aderem as paredes intestinais, provocando enterites que impedem uma melhoria da conversão alimentar. Um mecanismo secundário de ação do MOS é a inibição da presença de certos fungos, igualmente indesejáveis para uma melhoria da conversão alimentar.
[056] O mecanismo de ação dos 1,3 e 1,6 Betaglucanos é a modulação do sistema imunológico em geral e, especialmente, o ligado ao sistema digestivo, estimulando a multiplicação dos macrófagos e a sua atividade de fagocitose das bactérias indesejáveis que aderem às paredes intestinais ou que, eventualmente, invadam o sistema linfático. Ambas indesejáveis à uma melhoria da conversão alimentar.
[057] Segundo uma forma de realização da invenção, a composição imunomoduladora e promotora de crescimento, e de controle da população de bactérias indesejáveis da microbiota intestinal compreende os seguintes componentes essenciais:
(a) Fruto-oligossacarídeos (FOS);
(b) Galacto-oligossacarídeos (GOS);
(c) Manano-oligossacarídeos (MOS);
(d) 1,3 e 1,6 Betaglucanos;
(e) prebióticos com efeito bifidogênico, como: lactose, lactulose, inulina, XOS (xilo oligossacarídeos), polidextrose e outros prebióticos com ação bifidogênica.
[058] Segundo outra forma de realização da invenção, a composição imunomoduladora e promotora de crescimento, e de controle da população de bactérias indesejáveis da microbiota intestinal compreende os seguintes componentes:
(a) um ou mais prebióticos escolhidos entre: FOS (Fruto-oligossacarídeos), GOS (Galacto
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16/35 oligossacarídeos), lactose, lactulose, inulina, XOS (Xilo-oligossacarídeos), polidextrose e outros prebióticos com ação bifidogênica;
(b) Manano-oligossacarídeos (MOS);
(c) 1,3 e 1,6 Betaglucanos.
[059] A tese central desta invenção é a de que há uma sinergia entre os efeitos dos componentes prebióticos da composição, quando utilizados juntos. Experimento abaixo apresentado (Exemplo 1) mostra que, isoladamente, todos os componentes da composição têm efeitos promotores de crescimento. Porém, quando se compara a performance, como promotora de crescimento, da composição da invenção com as performances individuais de cada um de seus componentes, na mesma dosagem, fica evidente que a performance da composição foi superior.
[060] Experimentos apresentados nos exemplos de composições segundo a invenção, mostraram que a composição desta invenção proporciona melhores taxas de conversão alimentar que a dos antibióticos promotores de crescimento (APCs), sem produzir os efeitos colaterais destes últimos. O objetivo desta invenção é oferecer um substituto aos APCs, que performe melhor e que não tenha os inconvenientes ou efeitos colaterais destes últimos.
[061] Conforme outro experimento apresentado nos exemplos, a composição segundo a invenção também serve como auxiliar na redução da população de bactérias do gênero Salmonella e Clostridium. Atualmente, o controle destas bactérias é realizado com antibióticos terapêuticos, a maioria dos quais já não são eficientes para algumas espécies e sorotipos do gênero Salmonella. O que traz riscos crescentes para a segurança alimentar da Humanidade. Dessa forma, um outro objetivo desta invenção é auxiliar no controle das populações de Salmonella e Clostridium e aumentar a eficiência dos antibióticos terapêuticos utilizados para essa finalidade.
[062] A composição ainda pode conter agentes acidificantes (ácidos orgânicos de cadeia curta), minerais (na forma inorgânica ou ligados a moléculas orgânicas), probióticos, taninos, óleos essenciais, etc.
[063] A composição imunomoduladora e promotora do controle da população de bactérias indesejáveis da microbiota animal, segundo uma forma preferencial de realização da invenção compreende os seguintes componentes:
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17/35 (a) Fruto-oligossacarídeos (FOS) com polímeros de cadeias curtas e/ ou Galactooligossacarídeos (GOS);
(b) Manano-oligossacarídeos (MOS) extraídos de Saccharomices cerevisae;
(c) 1,3 e 1,6 Betaglucanos extraídos de Saccharomices cerevisae;
(d) outros prebióticos com efeito bifidogênico.
[064] Os FOS ou Fruto-oligossacarídeos da composição desta invenção devem ser, preferencialmente, do tipo que contenham apenas polímeros de cadeias curtas, que apresentam maior efeito bifidogênico, ou seja, compreendem GF2, GF3 e GF4. Preferencialmente, estes são oriundos da fermentação e biotransformação da sacarose da cana de açúcar por enzimas produzidas por leveduras do gênero Aureobasidium. Embora, não preferencialmente, outros tipos de FOS, extraídos de vegetais ou produtos da transformação enzimática de outros açúcares por outras espécies de leveduras ou bactérias também possam ser utilizados como FOS componente da composição desta invenção.
[065] Os GOS ou Galacto-oligossacarídeos da composição desta invenção são responsáveis por reforçar o efeito bifidogênico do FOS, uma vez que a combinação dos dois mostra um efeito bifidogênico maior do que o de cada um deles isoladamente. Neste caso, todos os polímeros de galactose, ligados ou não a glicose, inclusive lactulose e lactose, estão incluídos no escopo desta invenção. Para os fins desta invenção, preferencialmente, os GOS devem ser oriundos da transformação enzimática de lactose de leite de vacas. Embora, não preferencialmente, outros tipos de GOS possam ser também utilizados, como os obtidos com lactose oriunda do leite de outras espécies, ou por biotransformação de bactérias ou leveduras, e mesmo por isomerização química da lactose. Inclusive, para os fins desta invenção, em composições destinadas a nutrição de não mamíferos (aves, suínos e peixes), a lactose pode ser utilizada como GOS, embora tenha proporcionalmente menos efeito bifidogênico que os outros tipos de GOS.
[066] Os MOS ou Manano-oligossacarídeos da composição desta invenção são os responsáveis pela aglutinação das bactérias que possuem fímbrias do tipo 1 e devem ser oriundas de paredes celulares de leveduras dos gêneros Saccharomyces ou Candida. Preferencialmente, de Saccharomyces cerevisiae provenientes da produção de etanol de cana de açúcar. Para os fins desta invenção, preferencialmente, o MOS deve ser extraído
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18/35 a partir da hidrólise promovida pela ação de proteases comerciais adicionadas sobre leveduras de Saccharomyces cerevisae . Embora, não preferencialmente, outros tipos de MOS oriundos de outras espécies de leveduras e obtidos por outros processos de extração, também possam ser utilizados na composição desta invenção. Inclusive, os MOS contidos em leveduras secas integrais e paredes celulares não hidrolisadas, de leveduras em geral, produzidas em mostos diversos, quer seja em fermentações primárias ou secundárias.
[067] Os Betaglucanos da composição desta invenção são os responsáveis pela estimulação do sistema imunológico e devem ser oriundos de extração da parede celular de leveduras dos gêneros Saccharomyces ou Candida, preferencialmente de Saccharomyces cerevisiae, proveniente da produção de etanol da cana de açúcar. Para os fins desta invenção, o processo preferencial de extração e fracionamento dos Betaglucanos é o baseado no uso de proteases e betaglucanases comerciais adicionadas sobre as leveduras de Saccharomyces cerevisae, oriundas da produção de etanol de cana de açúcar. Embora, não preferencialmente, 1,3 e 1,6 Betaglucanos oriundos de fermentações primárias ou secundárias de outros tipos de mosto, de outras espécies e extraídos por outros processos, inclusive não enzimáticos, também possam ser utilizados na composição desta invenção.
[068] Ainda com mesma função imuno moduladora e controladora da população de bactérias indesejáveis da microbiota intestinal, a composição, segundo a invenção, pode conter micronutrientes minerais, nas formas inorgânica ou associados a moléculas orgânicas, preferencialmente, Zinco e Cobre quelatados e Selênio orgânico, cuja ação é imunomoduladora.
[069] A composição, segundo a invenção, contém prebióticos, em proporções ou teores estudados para se obter ao final um produto que apresentasse máxima eficácia no controle da população de bactérias indesejáveis, inclusive as que apresentam fímbrias do tipo 1, como as espécies e sorotipos de Salmonellas e E. coli, empregando componentes de custos e origens variados, mas que determinassem um valor competitivo para o produto final, a ponto de apresentar-se como solução para a substituição dos antibióticos atualmente empregados como promotores de crescimento em rações animais, ou mesmo ácidos orgânicos que provocam acidez no trato intestinal e mal estar nos animais.
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19/35 [070] Os teores máximos e mínimos, em massa em relação à massa total da composição entre os componentes puros, estão indicados na tabela 1 abaixo:
Tabela 1
1,3 e 1,6 Betaglucanos | MOS | GOS (*) | FOS (*) | |
Teor Mínimo | 5% | 3% | 3% | 3% |
Teor Máximo | 20% | 11% | 45% | 80% |
(*) Para os fins desta invenção, FOS e GOS são substituíveis entre si. Por exemplo, um teor mínimo de 3% de GOS pode ser obtido por uma composição com 1% de GOS e 2% de FOS. Ou ainda, por uma composição com 3% de FOS.
[071] Segundo uma forma preferencial de realização da invenção, os teores dos componentes, puros, estão indicados na tabela 2 abaixo:
Tabela 2
1,3 e 1,6 Betaglucanos | MOS | GOS (*) | FOS (*) | |
Teor Mínimo | 7% | 4% | 9% | 9% |
Teor Máximo | 16% | 8% | 20% | 24% |
(*) Para os fins desta invenção, FOS e GOS são substituíveis entre si. Por exemplo, um teor mínimo de 9% de GOS pode ser obtido por uma composição com 4% de GOS e 5% de FOS. Ou ainda, por uma composição com 9% de FOS.
[072] Segundo uma outra forma de realização da invenção, as relações mássicas entre os componentes, puros, 1,3 e 1,6 Betaglucanos:MOS:GOS:FOS podem variar de 1,1 a 2,0 de 1,3 e 1,6 Betaglucanos; de 0,5 a 1,0 de MOS; de 1,1 a 3,5 de GOS e 1,0 a 4,0 de FOS. Preferencialmente, a relação de massa entre os componentes da mistura é: de 1,2 a 1,8 de 1,3 e 1,6 Betaglucanos; de 0,6 a 0,9 de MOS; de 2,0 a 3,5 de GOS e 1,5 a 3,8 de FOS. Ainda mais preferencialmente, as relações mássicas entre 1,3 e 1,6 Betaglucanos:MOS:GOS:FOS obedece a relação 2:1:3:3, em números inteiros. A tabela 3 abaixo mostra estas proporções.
Tabela 3 - (Proporções Betaglucanos:MOS:GOS:FOS)
1,3 e 1,6 Betaglucanos | MOS | GOS (*) | FOS (*) | |
Prefe rencial | 1,1 a 2,0 | 0,5 a 1,0 | 1,0 a 3,5 | 1,0 a 4,0 |
Mais Preferencial | 1,2 a 1,8 | 0,6 a 0,9 | 2,0 a 3,5 | 1,5 a 3,8 |
Ainda Mais Preferencial | 2 | 1 | 3 | 3 |
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20/35 [073] As proporções de 1,3 e 1,6 Betaglucanos:MOS:FOS:GOS podem mudar na composição, objeto desta invenção, conforme o tipo de criação animal e a finalidade a que ela será destinada. Por esse motivo, é importante estabelecer os intervalos corretos.
[074] A composição desta invenção é indicada para ser utilizada em uma taxa de inclusão de 1,5 a 5,0kg/t de ração, dependendo do tipo de criação e da finalidade de sua utilização. Assim, uma forma de avaliar a presença da composição ou o respeito aos limites máximos e mínimos acima estabelecidos é através dos teores dos seus componentes puros nas rações animais. A tabela 4 abaixo mostra os teores limite dos componentes da composição nas rações animais.
Tabela 4 - (Teores nas Rações, em g Componente/t | Ração) | |||
1,3 e 1,6 Betaglucanos | MOS | GOS (*) | FOS (*) | |
Prefe rencial | 75 a 1000 | 45 a 550 | 45 a 2250 | 45 a 4000 |
Mais Preferencial | 105 a 800 | 60 a 400 | 135 a 1000 | 135 a 1200 |
Ainda Mais Preferencial | 400 | 210 | 500 | 550 |
[075] Dentre os diversos tipos de criações animais a que se destina a composição da invenção podemos citar: frangos, poedeiras, suínos, peixes, animais de estimação, etc.
[076] Os exemplos abaixo possuem caráter meramente ilustrativo da invenção, não devendo serem tomados para efeitos limitativos da mesma.
Exemplo 1:
[077] Foi desenvolvida uma composição, segundo a invenção, para ser comparada com outros aditivos promotores de crescimento, que empregou as matérias-primas indicadas na Tabela 5 abaixo:
Tabela 5 - Composição do Exemplo 1
Matérias Primas | Componentes em Massa | Teores em Massa da Composição |
YES GlucanMOS | 24% de 1,3 e 1,6 Betaglucanos e 13% de MOS | 50% |
YES FOS 60 | 60% de FOS | 5% |
YES GOS 38 | 38% de GOS | 45% |
[078] A composição final apresentou teores em massa dos componentes, segundo a invenção, na composição final, conforme tabela 6 abaixo:
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Tabela 6 - Teores de Com | ponetes do Exemplo 1 | |||
Teor de Matéria Prima | 1,3 e 1,6 Betaglucanos | MOS | FOS | GOS |
50% de YES GlucanMOS 5% de YES FOS 60 35% de YES GOS 38 | 12,0% | 6,5% | 3,0% | 17,1% |
Total | 12,0% | 6,5% | 3,0% | 17,1% |
[079] A composição do Exemplo 1 foi testada em frangos de corte, como aditivo promotor de crescimento e seu desempenho foi comparado ao de um antibiótico promotor de crescimento, de uma composição com apenas Betaglucanos e Mananos e de uma composição com apenas FOS e GOS.
[080] Foram utilizados 1.250 pintos de corte, machos, da linhagem Cobb. As aves foram distribuídas em 5 tratamentos, com 10 repetições de 25 aves cada.
[081] Os tratamentos testados foram os abaixo relacionados:
T1- Dieta Basal SEM APC (controle negativo - CN)
T2- Dieta Basal COM APC (controle positivo - CP) - Surmax - (50g/t)
T3- CN + YES GlucanMOS - (2kg/t)
T4- CN + YES FOS 60 - (0,2kg/t) + YES GOS 38 - (1,8kg/t)
T5- CN + Combinação do Exemplo 1 - (2kg/t) [082] Os resultados obtidos com os tratamentos foram os mostrados na Tabela 7 baixo:
Tabela 7 - Resultados dos Tratamentos
Tratamentos | Glucanos Totais (BG+MOS) em g/t de ração | FOS em g/t de ração | GOS em g/t de ração | FOS+GOS em g/t de ração | Conversão Alimentar |
T1 - Sem APC | 0 | 0 | 0 | 0 | 1,86 |
T2 - Com APC | 0 | 0 | 0 | 0 | 1,81 |
T3 - GlucanMOS | 600 | 0 | 0 | 0 | 1,81 |
T4 - FOS + GOS | 0 | 120 | 684 | 804 | 1,81 |
T5 - Exemplo 1 | 300 | 60 | 342 | 402 | 1,79 |
[083] Os resultados do experimento, mostrados na Tabela 7 acima, pode-se concluir que todos os aditivos funcionaram. O APC, a composição contendo apenas 1,3 e 1,6 Betaglucanos e MOS (GlucanMOS) e a composição contendo somente FOS e GOS tiveram desempenho semelhante, em termos de conversão alimentar. Já a composição do Exemplo 1, conforme a invenção, mostrou desempenho superior a todos os demais
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22/35 tratamentos. Como foi utilizada a mesma dosagem dos aditivos prebióticos testados, ou seja, foram utilizados 2kg/t na ração da composição com apenas 1,3 e 1,6 Betaglucanos e MOS (T3), na da composição com apenas FOS e GOS (T4) e na da composição segundo a invenção, com 1,3 e 1,6 Betaglucanos e MOS e FOS e GOS (T5), pode-se concluir que houve sinergia entre os Betaglucanos, MOS, FOS e GOS, quando utilizados em uma única composição, se comparados ao desempenho desses componentes isoladamente.
Exemplo 2:
[084] Foi desenvolvida uma composição, segundo a invenção, para ser comparada com antibiótico promotor de crescimento, que empregou as matérias-primas indicadas na Tabela 8 abaixo:
Tabela 8 - Composição do Exemplo 2
Matérias Primas | Componentes em Massa | Teores em Massa da |
Paredes celulares de levedura Saccharomyces cerevisae (Yeast cell wall) | 24% de 1,3 e 1,6 Betaglucanos e 13% de MOS | 30% |
Levedura Autolisada de Saccharomyces cerevisae | 22% de 1,3 e 1,6 Betaglucanos e 14,5% de MOS | 15% |
YES FOS 60 | 60% de FOS | 20% |
YES GOS 28 | 28% de GOS | 35% |
[085] A composição final apresentou teores em massa dos componentes segundo a invenção na composição final, conforme tabela 9 abaixo:
Tabela 9 - Teores de Componetes do Exemplo 2
Teor de Matéria Prima | 1,3 e 1,6 Betaglucanos | MOS | FOS | GOS |
35% de Yeast Cell Wall 25% de Autolised Yeast 25% de YES FOS 60 15% de YES GOS 38 | 7,2% 3,3% | 3,9% 2,2% | 12% | 9,8% |
Total | 10,5% | 6,1% | 12,0% | 9,8% |
Exemplo 3:
[086] Foi desenvolvida uma composição, segundo a invenção, que empregou as matériasprimas indicadas na Tabela 10 abaixo:
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Tabela 10 - Composição do Exemplo 3
Matérias Primas | Componentes em Massa | Teores em Massa da Composição |
YES GlucanMOS | Betaglucanos e 11% de MOS | 50% |
Permeado de Soro de Leite | 81% de Lactose, que equivale a 40% de GOS | 15% |
YES FOS 60 | 60% de FOS | 25% |
YES GOS 50 | 50% de GOS | 10% |
[087] A composição final apresentou teores em massa dos componentes segundo a invenção na composição final, conforme tabela 11 abaixo:
Tabela 11 - Teores de Componetes do Exemp | o 3 | |||
Teor de Matéria Prima | 1,3 e 1,6 Betaglucanos | MOS | FOS | GOS |
50% de YES GlucanMOS 15% de Permeado de Soro 25% de YES FOS 60 10% de YES GOS 50 | 12,0% | 5,5% | 9,0% | 12,5% 4,0% |
Total | 12,0% | 5,5% | 9,0% | 16,5% |
[088] As formulações dos exemplos 2 e 3 foram administradas em criações comerciais de frangos de corte, com um inclusão de 2kg por tonelada de ração. Os resultados são mostrados nas tabelas 12 (Rações com Antibiótico Bacitracina de Zinco, Como Aditivo Promotor de Crescimento), 13 (Rações com a Composição do Exemplo 2, Como Aditivo Promotor de Crescimento) e 14 (Rações com a Composição do Exemplo 3, Como Aditivo Promotor de Crescimento) abaixo.
Tabela 12 - Resultados dos Tratamentos com Antibiótico (**) | ||||
Peso Médio Final (kgPV/ave) | Consumo de Ração (kg/ave) | Conversão Alimentar | Controle de Salmonella (*) | |
Criação 1 | 3,14 | 5,329 | 1,72 | 100 |
Criação 2 | 3,07 | 5,167 | 1,71 | 100 |
Criação 3 | 3,20 | 5,034 | 1,60 | 100 |
Criação 4 | 3,01 | 5,105 | 1,72 | 100 |
Média | 3,11 | 5,159 | 1,69 | 100 |
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Tabela 13 - Resultados dos Tratamentos com Composição do Exemplo 2 | ||||
Peso Médio Final (kgPV/ave) | Consumo de Ração (kg/ave) | Conversão Alimentar | Controle de Salmonella (*) | |
Criação 1 | 3,21 | 5,232 | 1,66 | 99 |
Criação 2 | 2,98 | 5,096 | 1,74 | 95 |
Criação 3 | 3,11 | 4,928 | 1,61 | 102 |
Criação 4 | 3,07 | 5,088 | 1,68 | 107 |
Média | 3,09 | 5,086 | 1,67 | 101 |
Tabela 14 - Resultados dos Tratamentos com Composição do Exemplo 3
Peso Médio Final (kgPV/ave) | Consumo de Ração (kg/ave) | Conversão Alimentar | Controle de Salmonella (*) | |
Criação 1 | 3,27 | 5,298 | 1,65 | 101 |
Criação 2 | 3,07 | 5,123 | 1,70 | 97 |
Criação 3 | 3,21 | 5,102 | 1,61 | 102 |
Criação 4 | 3,10 | 5,099 | 1,67 | 105 |
Média | 3,16 | 5,156 | 1,66 | 101 |
Observação:
(*) - Índice de Eficiência de Controle de Salmonella, medido através da realização de testes de suabe propé. Antibiótico=100 (**) - Bacitracina de Zinco [089] Os resultados dos testes com as composições dos Exemplo 2 e 3, sendo utilizadas como aditivos promotores de crescimento em rações de frango de corte, mostrados nas tabelas 12, 13 e 14 acima, mostram que os tratamentos contendo as composições dos exemplos 2 e 3, segundo a invenção, apresentaram resultados melhores do que os tratamentos contendo antibióticos como promotores de crescimento e mesmo no controle de Salmonella. Embora o peso final dos animais tratados com a composição do Exemplo 2 tenham sido ligeiramente inferiores aos dos tratados com antibiótico.
Exemplo 4:
[090] Foi desenvolvida uma composição, segundo a invenção, que empregou as matérias-primas indicadas na Tabela 15 abaixo:
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Tabela 15 - Composição do Exemplo 4
Matérias Primas | Componentes em Massa | Teores em Massa da Composição |
Paredes celulares de levedura Saccharomyces cerevisae (Yeast cell wall) | 24% de 1,3 e 1,6 Betaglucanos e 13% de MOS | 30% |
Levedura Autolisada de Saccharomyces cerevisae | 22% de 1,3 e 1,6 Betaglucanos e 14,5% de MOS | 25% |
Ingredion FOS 95 | 95% de FOS | 25% |
YES GOS 38 | 38% de GOS | 20% |
[091] A composição final apresentou teores em massa dos componentes sobre a composição final, segundo a invenção, conforme Tabela 16 abaixo:
Tabela 16 - Teores de Componetes do Exemplo 4
Teor de Matéria Prima | 1,3 e 1,6 Betaglucanos | MOS | FOS | GOS |
35% de Yeast Cell Wall 25% de Autolised Yeast 25% de YES FOS 60 15% de YES GOS 38 | 7,2% 5,5% | 3,9% 3,6% | 23,7% | 7,6% |
Total | 12,7% | 7,5% | 23,7% | 7,6% |
[092] A composição do exemplo 4 foi testada em leitões, para avaliar o seu desempenho em comparação com antibiótico promotor de crescimento (APC) e com o butirato de Sódio. Todos foram adicionados às rações dos respectivos tratamentos como aditivos promotores de crescimento.
[093] Foram utilizados 63 leitões desmamados com 22 dias de idade, peso médio inicial de 5,48 kg, ambos os sexos, genética PIC. Os animais foram separados por sexo e divididos em 3 tratamentos, com 7 repetições de 3 animais cada, durante todo o período de creche (22 a 64 dias de idade). A dieta foi formulada sem Óxido de Zinco ou qualquer outro antimicrobiano.
[094] Os tratamentos foram:
T1: Dieta basal + APC (colistina 8% - 40 ppm)
T2: Dieta Basal + Butirato de Sódio 30% (1 kg/t)
T3: Dieta Basal + Composição da Invenção do Exemplo 4 (2 kg/t) [095] Os resultados foram os seguintes:
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Tabela 17 : Desempenho | |||
APC | Butirato | Exemplo 4 | |
GDP (g) | 0,25 | 0,23 | 0,24 |
CA | 1,91 | 2,07 | 1,83 |
GDP = ganho diário de Peso em gramas/animal/dia
CA = conversão alimentar [096] Os resultados da Tabela 17 acima mostram que a composição do Exemplo 4, conforme a invenção, apresentou desempenho em conversão alimentar (CA) muito superior ao do antibiótico promotor de crescimento e ao do Butirato de Na. Embora não tenha havido diferença estatisticamente significativa entre os ganhos diários de peso dos tratamentos.
Tabela 18: Índice de Diarreia | |||
APC | Butirato | Exemplo 4 | |
Grau I | 21b | 22b | 8a |
Grau II | 36b | 33ab | 23a |
Grau III | 63b | 53b | 40a |
[097] Os resultados da Tabela 18 acima mostram que a composição do Exemplo 4 foi muito superior ao antibiótico (APC) e ao Butirato de Na para controlar as diarreias dos leitões. Sinal que foi mais eficiente como ferramenta para controlar as bactérias indesejáveis, o que explica a melhor conversão alimentar.
Tabela 19: Ácidos Graxos no Ceco | |||
APC | Butirato | Exemplo 4 | |
Acético | 0,32 | 0,38 | 0,38 |
Propiônico | 0,23b | 0,32a | 0,37a |
Butírico | 0,13 | 0,18 | 0,17 |
Total | 0,67 | 0,87 | 0,93 |
[098] Os resultados da Tabela 19 acima mostram que a composição do Exemplo 4 proporcionou uma maior produção de ácidos graxos de cadeia curta no ceco dos leitões. Essa maior produção de ácidos graxos de cadeia curta também pode ser uma explicação
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27/35 para a menor incidência de diarréias e para a melhor Conversão Alimentar, uma vez que provavelmente reduziu o pH intestinal, tornando inóspito o ambiente para as bactérias indesejáveis, que provocam as diarreias, e aumentando a absorção de nutrientes.
Exemplos 5, 6 e 7:
[099] Foram feitas 3 composições de prebióticos, de acordo com a invenção, para serem testadas como aditivos promotores de crescimento em frangos inoculados com Salmonella enteritidis. As composições utilizaram as matérias primas abaixo indicadas na Tabela 20.
Tabela 20 - Composições dos Exemplo 5, 6 e 7
Matérias Primas | Componentes em Massa | Exemplo 5: Teores em Massa da Composição | Exemplo 6: Teores em Massa da Composição | Exemplo 7: Teores em Massa da Composição |
YES GlucanMOS | 24% de 1,3 e 1,6 Betaglucanos e 13% de MOS | 50% | 50% | 50% |
YES FOS 60 | 60% de FOS | 5% | 15% | 25% |
YES GOS 28 | 28% de GOS | 45% | 35% | 25% |
[0100] As composições dos exemplo 5, 6 e 7 apresentaram teores em massa dos componentes sobre a composição final, segundo a invenção, conforme Tabela 21 abaixo:
Tabela 21 - Teores de Componentes dos Exemplos 5, 6 e 7
Tratamentos | 1,3 e 1,6 Betaglucanos | MOS | FOS | GOS |
Exemplo 5 | 11,5% | 7,0% | 3,0% | 12,6% |
Exemplo 6 | 11,5% | 7,0% | 9,0% | 9,8% |
Exemplo 7 | 11,5 | 7,0% | 15,0% | 7,0% |
[0101] As composições dos exemplos 5, 6 e 7 foram utilizadas como aditivos promotores de crescimento para rações de frango em crescimento, ou seja, nos primeiros 28 dias de vida, para avaliar o desempenho produtivo e o controle de Salmonella enteritidis. Utilizou-se 300 frangos da linhagem comercial Ross, machos, divididos em 5 tratamentos com seis repetições de 10 animais cada. No quarto dia todas as aves foram inoculadas com Salmonella enteritidis. Semanalmente, foi feito o controle de peso, consumo de ração e o teste de suabe propé para avaliar a presença de Salmonella na cama dos aviários.
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28/35 [0102] Os tratamentos foram os seguintes:
TI : Dieta Basal + Antibiótico Fosbac 350 - 30mg/t
T2 : Dieta Basal + YES GlucanMOS - 2 kg/t
T3 : Dieta Basal + Composição da Invenção do Exemplo 5 - 2 kg/t
T4 : Dieta Basal + Composição da Invenção do Exemplo 6-2 kg/t
T5 : Dieta Basal + Composição da Invenção do Exemplo 7-2 kg/t [0103] Os resultados obtidos foram os seguintes:
Tabela 22 - Resultados dos Tratamentos
Tratamentos | Peso Final (g/ave) | Consumo de Ração (g/ave) | Conversão Alimentar |
TI-Antibiótico | 1.708 | 2.682 | 1,62 |
T2- GlucanMOS | 1.754 | 2.666 | 1,56 |
T3- Exemplo 5 | 1.729 | 2.559 | 1,52 |
T4- Exemplo 6 | 1.755 | 2.580 | 1,51 |
T5- Exemplo 7 | 1.733 | 2.634 | 1,57 |
[0104] Os resultados da Tabela 22 acima mostram que as composições dos Exemplos 5, 6 e 7 foram superiores em conversão alimentar (CA), quando comparadas ao desempenho do tratamento que usou antibiótico. Dentre as composições testadas, a do Exemplo 6 foi a que apresentou melhor conversão alimentar, confirmando que o melhor desempenho e o melhor efeito bifidogênico são obtidos quando são utilizados proporções semelhantes de FOS e GOS.
Tabela 23 - Re-isolamento de S. enteritidis na cama. Testes Positivos de suabe propé.
la semana | 2a semana | 3a semana | 4a semana | |||||||||||||||||||||
RI | R2 | R3 | R4 | R5 | R6 | RI | R2 | R3 | R4 | R5 | R6 | RI | R2 | R3 | R4 | R5 | R6 | RI | R2 | R3 | R4 | R5 | R6 | |
Antibiótico | ||||||||||||||||||||||||
GlucanMOS | P | P | P | P | P | P | P | P | ||||||||||||||||
Exemplo 5 | P | P | P | P | P | P | P | |||||||||||||||||
Exemplo 6 | P | P | P | P | P | P | P | P | P | P | P | P | P | |||||||||||
Exemplo 7 | P | P | P | P | P | P | P |
[0105] Os resultados da Tabela 23 acima mostram o ritmo da redução da presença de Salmonella enteritidis na cama dos aviários de cada tratamento. Os resultados mostram que o tratamento que utilizou a composição do Exemplo 7 como aditivo promotor de crescimento foi a que apresentou maior eficiência na eliminação da presença de Salmonella. Isso pode ser um indicativo de que composições com maiores teores de FOS são as mais indicadas, quando o controle de Salmonella é necessário, além da promoção de crescimento.
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Exemplo 8,9 e 10:
[0106] Foram feitas 3 composições de prebióticos, de acordo com a invenção, para serem testadas como aditivos promotores de crescimento em frangos inoculados com Salmonella heidelbergii. As composições utilizaram as matérias primas abaixo indicadas na Tabela 24.
Tabela 24 - Composições dos Exemplo 8, 9 e 10
Matérias Primas | Componentes em Massa | Exemplo 8: Teores em Massa da Composição | Exemplo 9: Teores em Massa da Composição | Exemplo 10: Teores em Massa da Composição |
YES GlucanMOS | 24% de 1,3 e 1,6 Betaglucanos e 13% de MOS | 50% | 50% | 50% |
YES FOS 60 | 60% de FOS | 5% | 15% | 50% |
YES GOS 38 | 38% de GOS | 45% | 35% | 0% |
[0107] As composições dos exemplo 8, 9 e 10 apresentaram teores em massa, dos componentes das composições finais, segundo a invenção, conforme Tabela 25 abaixo:
Tabela 25 - Teores de Componentes dos Exemplos 8, 9 e 10
Tratamentos | 1,3 e 1,6 Betaglucanos | MOS | FOS | GOS |
Exemplo 8 | 11,5% | 7,0% | 3,0% | 12,6% |
Exemplo 9 | 11,5% | 7,0% | 9,0% | 9,8% |
Exemplo 10 | 11,5% | 7,0% | 30,0% | 0,0% |
[0108] As composições dos exemplos 8,9 e 10 foram utilizadas como aditivos promotores de crescimento para rações de frango em crescimento, ou seja, nos primeiros 28 dias de vida, para avaliar o controle de Salmonella heidelbergii. No quarto dia de vida, 20% das aves foram inoculadas com Salmonella heidelbergii. Ao final dos 28 dias foi feita coleta de material fecal do ceco das aves e a contagem de unidades formadoras de côlonias (UFCs) de Salmonella e Clostridium sulfito redutores.
[0109] Os tratamentos foram os seguintes:
T1 : Dieta Basal + Desafio SH - SEM APC (antibiótico promotor de crescimento)
T2 : Dieta Basal + Desafio SH + APC (Enramicima 8ppm)
T3 : Dieta Basal + Desafio SH + Butirato de Sódio (1,5 kg/t de ração)
T4 : Dieta Basal + Composição da Invenção do Exemplo 8 - 3 kg/t
T5 : Dieta Basal + Composição da Invenção do Exemplo 9 - 3 kg/t
T6 : Dieta Basal + Composição da Invenção do Exemplo 10 - 3 kg/t
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T7 : Dieta Basal + Composição da Invenção do Exemplo 9 - 3 kg/t + Probiótico [0110] Os resultados obtidos foram os seguintes:
Tabela 26 - Resultados dos Tratamentos dos Exemplo 8, 9 e 10
Tratamentos | Glucanos Totais (*) | FOS (*) | GOS (*) | FOS+GOS (*) | Salmonella heidelbergii (UFC/g) | Clostridium sulfito redutores | Significância Estatística |
T1 - Sem APC | - | - | - | - | 1,96 | 5566 | ab |
T2 - Com APC | - | - | - | - | 1,66 | 5115 | bc |
T3 - Butirato de Na | - | - | - | - | 1,70 | 4959 | bc |
T4 - Exemplo 8 | 432 | 90 | 513 | 603 | 1,66 | 5138 | bc |
T5 - Exemplo 9 | 432 | 270 | 399 | 669 | 1,68 | 4787 | c |
T6 - Exemplo 10 | 432 | 900 | - | 900 | 1,57 | 4382 | c |
T7 - E9 + Probiótico | 387 | 270 | 399 | 669 | 1,69 | 5943 | ab |
(*) - teores em g/t de ração [0111] Os resultados da Tabela 26 acima mostram que as composições dos Exemplos 8, 9 e 10 foram tão ou mais eficientes no controle de Salmonella heidelbergiie Clostridium sulfito redutores do ceco que o antibiótico promotor de crescimento (APC) e o butirato de Sódio. A composição 10, que continha maior concentração de FOS, foi a mais eficiente no controle de Salmonella e Clostridium, indicando mais uma vez que as composições, segundo a invenção, contendo maiores teores de FOS são mais indicadas para auxiliar no controle de bactérias dos gêneros Salmonella e Clostridium. O acréscimo de probióticos a composição 9 não ajudou a melhor o seu desempenho.
Exemplos 11, 12, 13, 14, 15 e 16 [0112] Foram feitas 6 composições de prebióticos, de acordo com a invenção, para serem testadas como aditivos promotores de crescimento em poedeiras. O objetivo do teste foi comparar o desempenho de formulações contendo diferentes tipos de prebióticos com efeito bifidogênico no desempenho produtivo das aves de postura. As composições utilizaram as matérias primas abaixo indicadas na tabela 27 abaixo:
Tabela 27 - Composições dos Exemplos 11, 12, 13, 14, 15 e 16
Matérias Primas | Componentes em Massa | Exemplo 11: Teores em Massa da Composição | Exemplo 12: Teores em Massa da Composição | Exemplo 13: Teores em Massa da Composição | Exemplo 14: Teores em Massa da Composição | Exemplo 15: Teores em Massa da Composição | Exemplo 16: Teores em Massa da Composição |
YES GlucanMOS | 24% de 1,3 e 1,6 Betaglucanos e 13% de MOS | 45% | 45% | 45% | 45% | 45% | 45% |
Ingredion FOS 95 | 60% de FOS | 15% | 25% | 20% | |||
YES GOS 38 | 38% de GOS | 25% | |||||
Lactulose 25 | 25% Lactolose | 30% | 30% | 25% | |||
XOS 95 | 95% de XOS | 25% | 20% | ||||
Permeado de Soro de Leite | 81% de Lactose equivale a 40% de GOS | 15% | 30% | 35% | 35% |
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31/35 [0113] As composições dos exemplo 11, 12, 13, 14, 15 e 16 apresentaram teores em massa (g/kg de composição), dos componentes das composições, segundo a invenção, conforme Tabela 28 abaixo:
Tabela 28 - Teores de Componentes dos Exemplos 11, 12, 13, 14, 15 e 16 (g/kg)
1,3 e 1,6 Beta glucanos | MOS | FOS | GOS equivale (*) | XOS | Bifidogênicos Totais | |
Exemplo 11 | 104 | 63 | 143 | 155 | - | 298 |
Exemplo 12 | 104 | 63 | 238 | 42 | - | 280 |
Exemplo 13 | 104 | 63 | - | 42 | 238 | 280 |
Exemplo 14 | 104 | 63 | - | 155 | - | 155 |
Exemplo 15 | 104 | 63 | - | 140 | 190 | 330 |
Exemplo 16 | 104 | 63 | 190 | 140 | - | 330 |
[0114] As diversas composições, conforme a invenção foram testadas com poedeiras, em granja comercial, sob regime de produção segundo as regras do sistema orgânico, ou seja, sem uso de antibióticos, quer seja como promotores de crescimento ou terapêuticos. As composições testadas tinham entre seus componentes diversos tipos de prebióticos bifidogênicos, quais sejam FOS, GOS, XOS, Lactulose e Lactose. O objetivo deste experimento foi avaliar a performance de diversas dosagens e combinações destes prebióticos em relação a conversão alimentar das poedeiras nos 150 primeiros dias de produção. Para o cálculo da conversão alimentar foi avaliado o ganho de peso corporal das poedeiras somado ao peso da sua produção de ovos no período. O experimento utilizou 28 galinheiros contendo 118 poedeiras cada, de genética Lohmann, com 21 semanas de vida, distribuídos em 7 tratamentos, com 4 repetições cada.
[0115] Os tratamentos foram os seguintes:
T1- Dieta Basal da granja (sem APCs, com ácido butírico e óleos essenciais)
T2- DB + 3kg/t do Exemplo 11 (Betaglucanos + MOS + FOS + GOS + Lactose)
T3- DB + 3kg/t do Exemplo 12, (Betaglucanos + MOS + FOS + Lactulose)
T4- DB + 3kg/t do Exemplo 13, (Betaglucanos + MOS + XOS + Lactulose)
T5- DB + 3kg/t do Exemplo 14, (Betaglucanos + MOS + Lactulose + Lactose) T6- DB + 3kg/t do Exemplo 15, (Betaglucanos + MOS + XOS + Lactose)
T7- DB + 3kg/t do Exemplo 16, (Betaglucanos + MOS + FOS + Lactose) [0116] Os resultados obtidos foram os mostrados nas tabelas 29, 30, 31, 32 e 33 abaixo:
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Tabela 29 - Pesos Médios das Poedeiras (gramas PV/poedeira)
Inicial | 1 a 30d | 31 a 60d | 61 a 90d | 91 a 120d | 121 a 150d | Final | |
Testemunha | 1.453 | 1.505 | 1.625 | 1.765 | 1.848 | 1.856 | 1.859 |
Exemplo 11 | 1.463 | 1.555 | 1.669 | 1.802 | 1.878 | 1.878 | 1.877 |
Exemplo 12 | 1.447 | 1.537 | 1.654 | 1.793 | 1.866 | 1.862 | 1.868 |
Exemplo 13 | 1.441 | 1.538 | 1.654 | 1.784 | 1.866 | 1.872 | 1.873 |
Exemplo 14 | 1.475 | 1.528 | 1.646 | 1.781 | 1.861 | 1.860 | 1.856 |
Exemplo 15 | 1.465 | 1.534 | 1.641 | 1.783 | 1.861 | 1.865 | 1.864 |
Exemplo 16 | 1.444 | 1.552 | 1.662 | 1.791 | 1.872 | 1.871 | 1.872 |
Tabela 30 - Pesos Médios dos Ovos (g/ovo)
0 a 30d | 31 a 60d | 61 a 90d | 91 a 120d | 121 a 150d | Média | |
Testemunha | 47,0 | 53,5 | 57,0 | 60,2 | 61,0 | 57,1 |
Exemplo 11 | 48,0 | 54,4 | 57,9 | 61,2 | 62,1 | 58,0 |
Exemplo 12 | 47,3 | 53,9 | 57,4 | 60,9 | 61,8 | 57,6 |
Exemplo 13 | 47,5 | 54,1 | 57,3 | 61,0 | 61,8 | 57,7 |
Exemplo 14 | 47,3 | 53,7 | 57,4 | 60,5 | 61,3 | 57,4 |
Exemplo 15 | 47,4 | 53,9 | 57,5 | 60,6 | 61,6 | 57,5 |
Exemplo 16 | 47,8 | 54,4 | 57,7 | 61,3 | 61,9 | 57,9 |
Tabela 31 - Ovos Produzidos | (unidades) | |||||
0 a 30d | 31 a 60d | 61 a 90d | 91 a120d | 121 a 150d | Total | |
Testemunha | 1.278 | 2.628 | 3.096 | 3.240 | 3.276 | 13.518 |
Exemplo 11 | 1.409 | 2.731 | 3.207 | 3.328 | 3.374 | 14.049 |
Exemplo 12 | 1.356 | 2.694 | 3.177 | 3.296 | 3.353 | 13.876 |
Exemplo 13 | 1.358 | 2.704 | 3.164 | 3.312 | 3.361 | 13.899 |
Exemplo 14 | 1.326 | 2.694 | 3.181 | 3.306 | 3.333 | 13.840 |
Exemplo 15 | 1.346 | 2.693 | 3.152 | 3.301 | 3.332 | 13.824 |
Exemplo 16 | 1.399 | 2.709 | 3.196 | 3.330 | 3.364 | 13.998 |
Tabela 32 - Consumo de Ração (kg)
0 a 30d | 31 a 60d | 61 a 90d | 91 a 120d | 121 a 150d | Total | |
Testemunha | 386 | 417 | 452 | 474 | 476 | 2.204 |
Exemplo 11 | 390 | 409 | 439 | 463 | 466 | 2.166 |
Exemplo 12 | 399 | 423 | 462 | 483 | 479 | 2.247 |
Exemplo 13 | 397 | 425 | 461 | 483 | 477 | 2.244 |
Exemplo 14 | 398 | 428 | 456 | 477 | 481 | 2.240 |
Exemplo 15 | 395 | 427 | 452 | 477 | 478 | 2.229 |
Exemplo 16 | 393 | 422 | 416 | 463 | 473 | 2.167 |
Tabela 33 - Conversão Alimentar dos Exemplos 11, 12, 13, 14, 15 e 16
0 a 30d | 31 a 60d | 61 a 90d | 91 a 120d | 121 a 150d | Final | |
Testemunha | 5,82 | 2,69 | 2,34 | 2,31 | 2,37 | 2,69 |
Exemplo 11 | 4,95 | 2,52 | 2,18 | 2,18 | 2,23 | 2,51 |
Exemplo 12 | 5,33 | 2,66 | 2,32 | 2,31 | 2,32 | 2,64 |
Exemplo 13 | 5,22 | 2,65 | 2,34 | 2,28 | 2,29 | 2,63 |
Exemplo 14 | 5,77 | 2,70 | 2,29 | 2,28 | 2,36 | 2,67 |
Exemplo 15 | 5,48 | 2,70 | 2,28 | 2,28 | 2,32 | 2,64 |
Exemplo 16 | 4,92 | 2,63 | 2,08 | 2,16 | 2,27 | 2,51 |
[0117] Os resultados mostrados nas tabelas acima mostram que todas as composições de prebióticos testadas foram eficientes como promotoras de melhora da conversão
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33/35 alimentar e do desempenho produtivo das poedeiras. No entanto, as composições dos Exemplos 11 e 16, que foram formuladas com FOS e GOS, foram muito mais eficientes do que as formuladas com os outros tipos de prebióticos com efeito bifidogênico. Isso confirma que a composição preferencial desta invenção, que é Betaglucanos + MOS + FOS + GOS é a que apresenta a melhor sinergia e a maior eficiência econômica. Os resultados mostraram também que, no caso deste experimento com poedeiras, o GOS 38 foi mais eficiente do que a Lactose, pois a composição do tratamento T2, com a composição do Exemplo 11, continha apenas 298g/kg de prebióticos bifidogênicos totais, enquanto a do tratamento T7, com a composição do Exemplo 16, continha 330g/kg totais. E não houve diferença estatisticamente significativa entre os tratamentos
Exemplo 17, 18 e 19:
[0118] Foram feitas 3 composições de prebióticos, de acordo com a invenção, para serem testadas como aditivos promotores de crescimento em suínos. O objetivo do teste foi comparar a eficiência de formulações contendo diferentes teores de FOS e Betaglucanos na substituição de antibióticos promotores de crescimento. As composições utilizaram as matérias primas abaixo indicadas na tabela 34 abaixo:
Tabela 34 - Composições dos Exemplo 17, 18 e 19
Matérias Primas | Componentes em Massa | Exemplo 17: Teores em Massa da Composição | Exemplo 18: Teores em Massa da Composição | Exemplo 19: Teores em Massa da Composição |
YES GlucanMOS | 24% de 1,3 e 1,6 Betaglucanos e 13% de MOS | 50% | 50% | 50% |
YES FOS 60 | 60% de FOS | 45% | 35% | 25% |
YES GOS 38 | 38% de GOS | 5% | 15% | 25% |
[0119] As composições dos exemplo 17, 18 e 19 apresentaram teores em massa, dos componentes das composições finais, segundo a invenção, conforme Tabela 35 abaixo:
Tabela 35 - Teores de Componentes dos Exemplos 17, 18 e 19
Tratamentos | 1,3 e 1,6 Betaglucanos | MOS | FOS | GOS |
Exemplo 17 | 11,5% | 7,0% | 30,0% | 2,5% |
Exemplo 18 | 11,5% | 7,0% | 21,0% | 7,0% |
Exemplo 19 | 11,5% | 7,0% | 15,0% | 11,4% |
[0120] Durante 41 dias as composições foram testadas em 120 leitões de genética
PIC, separados em lotes de machos e de fêmeas, desmamados aos 21 dias. Foram
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34/35 testados 5 tratamentos, com 6 repetições cada, em baias de 4 animais.
[0121] Os tratamentos foram os seguintes:
T1 - Dieta Basal + adição de Halquinol, como antibiótico promotor de crescimento.
T2 - Dieta Basal + 2kg/t de YES GlucanMOS
T3 - Dieta Basal + 2kg/t da composição do Exemplo 17
T4 - Dieta Basal + 2kg/t da composição do Exemplo 18
T5 - Dieta Basal + 2kg/t da composição do Exemplo 19.
[0122] Os resultados obtidos foram os mostrados nas Tabelas 36, 37 e 38 abaixo:
Tabela 36 - Resultados dos Primeiros 15 dias
Tratamentos | Consumo Diário de Ração (g/cabeça) | Ganho Diário de Peso (g/cabeça) | Conversão Alimentar |
Antibiótico | 309 | 243 | 1,28 |
Yes GlucanMOS | 301 | 211 | 1,46 |
Exemplo 17 | 305 | 241 | 1,27 |
Exemplo 18 | 325 | 239 | 1,37 |
Exemplo 19 | 332 | 249 | 1,38 |
Tabela 37 - Resultados dos Primeiros 28 dias
Tratamentos | Consumo Diário de Ração (g/cabeça) | Ganho Diário de Peso (g/cabeça) | Conversão Alimentar |
Antibiótico | 535 | 343 | 1,56 |
Yes GlucanMOS | 514 | 322 | 1,60 |
Exemplo 17 | 531 | 345 | 1,54 |
Exemplo 18 | 563 | 347 | 1,63 |
Exemplo 19 | 573 | 356 | 1,61 |
Tabela 38 - Resultados dos 41 dias do Experimento
Tratamentos | Consumo Diário de Ração (g/cabeça) | Ganho Diário de Peso (g/cabeça) | Conversão Alimentar |
Antibiótico | 719 | 413 | 1,74 |
Yes GlucanMOS | 708 | 399 | 1,78 |
Exemplo 17 | 714 | 401 | 1,78 |
Exemplo 18 | 720 | 394 | 1,83 |
Exemplo 19 | 748 | 411 | 1,82 |
[0123] Os resultados mostrados nas tabelas 36, 37 e 38 acima, mostram que a composição do Exemplo 17, que continha maior teor de FOS foi tão eficiente quanto a do antibiótico promotor de crescimento. Provavelmente, uma maior taxa de inclusão, da ordem de 3kg/t de ração teria mostrado um desempenho bastante superior ao do antibiótico promotor de crescimento.
[0124] As composições dos exemplos 18 e 19 mostraram desempenhos inferiores,
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35/35 provavelmente devido ao teor de lactose que faz parte da constituição do YES GOS 38 utilizado como componente. Os suínos, por serem mamíferos, produzem lactase. Dessa forma, a lactose não tem efeito bifidogênico, o que prejudicou o desempenho daquelas composições.
Claims (3)
- Reivindicações1. Composição imunomoduladora e promotora de crescimento, e de controle da população de bactérias indesejáveis da microbiota intestinal caracterizada por compreender em massa em relação à massa total da composição: de 5 % a 20 % de 1,3 e 1,6 Betaglucanos, 3 % a 11 % de MOS (Manano-oligossacarídeos), 3 % a 45 % de GOS e 3 % a 80 % de FOS, preferencialmente: de 7 % a 16 % de 1,3 e 1,6 Betaglucanos, 4 % a 8 % de MOS, 9 % a 20 % de GOS e 9 % a 24 % de FOS.
- 2. Composição imunomoduladora e promotora de crescimento, e de controle da população de bactérias indesejáveis da microbiota intestinal, de acordo com a reivindicação1, caracterizada por compreender uma relação de Betaglucanos:MOS:GOS:FOS em massa em relação à massa total da composição podendo variar de 1,1 a 2,0 de 1,3 e 1,6 Betaglucanos; de 0,5 a 1,0 de MOS; de 1,1 a 3,5 de GOS e 1,0 a 4,0 de FOS, particularmente pode variar de 1,2 a 1,8 de 1,3 e 1,6 Betaglucanos; de 0,6 a 0,9 de MOS; de 2,0 a 3,5 de GOS e 1,5 a 3,8 de FOS.
- 3. Composição imunomoduladora e promotora de crescimento, e de controle da população de bactérias indesejáveis da microbiota intestinal, de acordo com a reivindicação2, caracterizada por compreender uma relação de Beta-glucanos:MOS:FOS:GOS em massa em relação à massa total da composição segundo a relação 2:1:3:3, quando expressa em números inteiros.
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