Simuliidae
Simuliidae, popularmente como borrachudos, são mosquitos negros pequenos de países tropicais, medindo de 1 a 5 mm de comprimento, que vivem perto de rios e florestas. Têm antenas formadas por 11 artículos, lembrando um chocalho de cascavel. Seu corpo é robusto, normalmente de cor escura (negro, marrom ou cinza). Possui asas membranosas, com nervuras anteriores fortes.[1]
Simuliidae | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||
| |||||||||||||
Subfamílias | |||||||||||||
Parasimuliinae |
Existem atualmente cerca de 1.750 espécies de simulídeos distribuídos em todo o mundo, sendo que 300 são neotropicais e, entre estas, algumas apresentam hábitos antropofílicos, sendo, portanto, de importância médica. Os simulídeos ocorrem normalmente perto de rios com águas correntes e encachoeirados, pois é neste tipo de ambiente aquático que suas larvas se desenvolvem. Na maioria das especies de simulídeos as fêmeas tem hábito hematófago, necessitando se alimentar de sangue para a maturação dos ovos. Sugando o sangue principalmente na região dos tornozelos nas pessoas, e durante a pastagem sanguínea criam feridas relativamente grandes, tornando fácil a infecção da região.
Medicina
editarNo gênero Simulium estão os vetores das filárias: Onchocerca volvulus e Mansonella ozzardi, agentes da oncocercose (cegueira do rio) e da mansonelose.[2]
Ecologia
editarSimulídeos são também espécies chaves na ecologia de ambientes lóticos devido a sua habilidade de filtrar matéria orgânica dissolvida e a tornar disponível na cadeia trófica. Simulídeos são também importantes ferramentas para o monitoramento da contaminação em ambientes de água doce, em virtude dos estágios imaturos (larva e pupa) serem sensíveis a poluentes orgânicos e inorgânicos. A família Simuliidae tem particular interesse evolutivo devido a sua morfologia conservativa com extensiva especialização críptica e sua evolução rediculada.[3]
Encontrados na Amazônia, servem de alimento para peixes, sapos, libélulas e pássaros. Preservar as florestas e seus predadores naturais ajuda no controle do borrachudo.[4]
- ↑ Bloguinho, Embrapa.
- ↑ Neves, D. P. Parasitologia Humana. 11ª ed. 369-371p.
- ↑ http://blackflies.info/ Taxonomy and Systematic of Simuliidae
- ↑ http://ccw.sct.embrapa.br/?pg=bloguinho_default&codigo=124