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Pesca industrial
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Pesca predatória[1][2] ou sobrepesca, em ciências pesqueiras, pode ser entendida como uma atividade pesqueira executada de forma desenfreada, ou seja, é a pesca excessiva e insustentável praticada pela ação humana[3].

A sobrepesca é considerada uma ameaça para a biodiversidade marinha e assume uma postura devastadora sobre os ecossistemas aquáticos, já que não leva em conta a capacidade de reposição das espécies exploradas[4]. Quando se é pescado por cima da capacidade populacional desses ecossistemas, os peixes não têm oportunidade de se reproduzir e isso diminui ,em um futuro previsível, um ótimo nível de pesca. Desta forma, quanto mais uma população natural é explorada, maior o seu risco de sobre-exploração e/ou insignificância econômica[5].

O esforço de pesca excessivo começou a virar um problema entre 1950 e 1989, com o desenvolvimento de equipamentos e a introdução de técnicas que permitiram uma melhor eficiência na captura de peixes. Hoje os impactos já podem ser sentidos, uma vez que as capturas globais de peixes marinhos conduziram ao desaparecimento de numerosas espécies de peixes e uma baixa nos estoques de pescados[2][5][6]. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) 77% das espécies com valor comercial estão afetadas a um maior ou menor grau de excesso de pesca (8% levemente, 17% em sobre exploração e 52% em sobre-exploração máxima)[2].

Nos últimos anos, as diversas organizações envolvidas na gestão de recursos pesqueiros têm alertado sobre "os impactos causados a vida marinha". Elas também consideram que grande parte dos recursos explorados se encontram em situação de sobre-exploração ou sobrepesca[7].

Causas e contribuições

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A principal causa da diminuição dos recursos pesqueiros e da sobre-exploração de ecossistemas marinhos está na ineficiência para com o controle e a redução da pesca excessiva e ilegal. A pesca ilegal é uma atividade não declarada e não regulamentada sendo responsável por: empobrecer as unidades populacionais, destruir os habitats marinhos, distorcer a concorrência, colocar os pescadores honestos numa situação de desvantagem e enfraquecer as comunidades costeiras, em especial nos países em desenvolvimento[8]. Além de ser um problema ambiental pelo impacto que causa à biodiversidade marinha, pescaria clandestina é, também, um problema econômico, por gerar competição desleal à frota legalizada e outro problema para o sistema gestão da pesca, já que a atividade ilegal não é registrada ou contabilizada, não entra nas estatísticas nem nos estudos e pesquisas[9].

Pesca de espécies protegidas

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A maioria das espécies correm o risco de extinção porque são exploradas a uma taxa insustentável. Em sua maioria, as espécies de peixes são exploradas devido a sua exigência do mercado pesqueiro, onde é cada vez mais comum a solicitação de peixes com qualidade e demanda proteica alta. Assim, ao invés de serem menos explorados é observado o oposto. A predação de espécies protegidas é uma ameaça para a biodiversidade, além de ser ilegal e insustentável[5].

Capturas acidentais e descartes

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A atividade pesqueira com mau práticas é uma das causas de destruição ao ambiente marinho. A pescaria com redes que se arrastam pelo fundo do mar é um exemplo considerável desta atividade. As redes são jogadas até o fundo do mar a afim de capturar as espécies comerciais, no entanto são trazidas também outras espécies sem valor comercial, a exemplo de golfinhos, tartarugas, tubarões, corais, algas e principalmente as baleias. A maioria dessas espécies são devolvidas ao mar sem vida, causando prejuízos incalculáveis a vida marinha.

Exemplos de pesca predatória

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  • Pescas realizadas com explosivos;
  • Pesca realizadas com redes, objetivando a captura de diversas espécies, como, por exemplo, as lagostas;
  • Pesca realizada em épocas proibidas e épocas de reprodução;
  • Pesca de espécies em risco de extinção.

Espécies sobre-exploradas

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  1. «Procuradores impedem pesca predatória na reserva de Cururupu — Portal do Governo do Brasil». Brasil.gov.br. 23 de abril de 2014. Consultado em 8 de março de 2016 
  2. a b c «Pesca predatória - Superinteressante». Super.abril.com.br. Consultado em 8 de março de 2016 
  3. «Sobrepesca». Wikipedia, la enciclopedia libre (em espanhol). 13 de agosto de 2017 
  4. «Pesca predatória e suas consequências | Fragmaq». Fragmaq. 20 de dezembro de 2013 
  5. a b c Harper, Colin R. Townsend | Michael Begon | John L. (1 de janeiro de 2009). Fundamentos em Ecologia. [S.l.]: Artmed Editora. ISBN 9788536321684 
  6. «Sobrepesca». www.zonacosteira.bio.ufba.br. Consultado em 13 de agosto de 2017 
  7. Caddy, John F.; Nations, Food and Agriculture Organization of the United; Griffiths, Ray C. (1996). Recursos marinos vivos y su desarrollo sostenible: perspectivas institucionales y medioambientales (em espanhol). [S.l.]: Food & Agriculture Org. ISBN 9789253037636 
  8. «Plano do governo federal combate pesca ilegal no território nacional» 
  9. Anonymous (16 de setembro de 2016). «Illegal fishing (IUU) - Pesca - European Commission». Pesca - European Commission (em inglês). Consultado em 13 de agosto de 2017 
  • Clover, Charles. 2004. The End of the Line: How overfishing is changing the world and what we eat. Ebury Press, London. ISBN 0-09-189780-7
  • Kurlansky, Mark. (1997). Cod: A Biography of the Fish That Changed the World. New York: Walker. ISBN 0-8027-1326-2.
  • Loder, Natasha. 2005. Point of No Return. Conservation in Practice 6(3):28-34. On overfishing as an evolutionary force and the "Darwinian debt" for future generations.
  • Gordon, H. S. 1953. An Economic Approach to the optimum utilization of Fishery Resources, Journal of the Fisheries Research Board of Canada, 10(7), 442-57.
  • Gordon, H.S. 1954. The Economic Theory of a Common-Property Resource: The Fishery, Journal of the Political Economy, 62, 124-42.
  • Kirkley, J.E. and Squires, D. 1999. Capacity and Capacity Utilization in Fishing Industries, Discussion paper 99-16, Department of Economics, University of California, San Diego.
  • Vestergaard, N., Squires, D. and Kirkley, J.E. 2003. Measuring Capacity and Capacity Utilization in Fisheries. The Case of the Danish Gillnet Fleet, Fisheries Research, 60(2-3), 357-68.