Raul Capitão
Raul Capitão | |
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Nome completo | Raul Corrêa de Mello |
Pseudônimo(s) | Raul Capitão |
Nascimento | 12 de junho de 1909 Rio de Janeiro |
Morte | 21 de abril de 1997 (87 anos) Petrópolis |
Nacionalidade | brasileiro(a) |
Cônjuge | Guanaira Cabral Duarte |
Ocupação | bicheiro |
Raul Corrêa de Mello, conhecido como Raul Capitão (12 de junho de 1909 - Petrópolis, 21 de abril de 1997), foi um bicheiro do Brasil.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Raul Capitão administrava pontos do jogo do bicho na área central da cidade do Rio de Janeiro, na Ilha do Governador , Cabo Frio até Buzios e em Porto Seguro, no estado da Bahia.[1]
Capitão aplicou os ganhos obtidos com o jogo do bicho no jornal popular carioca O Povo do Rio. Também era proprietário da corretora Cap-Rio, onde começou seus negócios.
Nos anos de 1970, as decisões da cúpula do jogo do bicho eram tomadas por Castor de Andrade, Raul Capitão; Antonio Petrus Kalil, o Turcão; Aniz Abrahão David, o Anísio; Haroldo Rodrigues Nunes, o Haroldo Saens Pena; e Waldemiro Paes Garcia, o Miro. Atualmente, apenas Anísio esta vivo.[2]
Teve a prisão pedida pela juíza Denise Frossard. Foi condenado, em 1993, junto com outros 11 contraventores, a seis anos de prisão por formação de quadrilha. Em razão de sua doença - Sofria do Mal de Parkinson - não chegou a ir para a cadeia, cumprindo prisão domiciliar. Cumprindo a pena, em 1997, Raul Capitão morreu em seu sítio na cidade de Petrópolis (região serrana do estado do Rio de Janeiro), às 5 horas da manhã. Ele teve três filhos. Um deles, Marquinhos, foi assassinado 9 anos antes em 1988, antes de ser assassinado aumentou a área de domínio do Pai, para região serrana do Estado do RJ adquirindo os municípios de Nova Friburgo, Bom Jardim, Cantagalo, Cordeiro, Santa Maria Madalena, Macuco e Trajano de Moraes .[1]
Após a morte do dono das bancas do jogo do bicho, Raul Capitão, na década de 1990, houve várias disputas entre a família pelo espólio. O seu sucessor seria o economista Márcio Molinaro, mas que ficou poucos meses administrando os pontos do bicheiro, Sendo morto a tiros no final da tarde de 27 de junho de 1997, no bairro da Gávea, Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro.[3] A Justiça investigou se Molinaro foi assassinado por ordem de Kátia Suely Corrêa de Melo, filha do contraventor, que não teria se conformado com a divisão da herança e mandou matar o funcionário do pai que quis virar dono depois da morte de capitão . Na época, a Polícia Civil descobriu um esquema de distribuição de propinas a mais de 100 policiais, entre eles, delegados e oficiais da Polícia Militar que seriam pagos pelos herdeiros de Raul Capitão.[4] Hoje, a área da Ilha do Governador seria dividida entre quatro contraventores.[5]
- ↑ a b c «Bicheiro Raul Capitão morre aos 88 anos no RJ». Jornal Folha de S.Paulo. 21 de abril de 1997. Consultado em 7 de abril de 2018
- ↑ «A história de Raul Capitão». Jornal Extra. 3 de maio de 2009. Consultado em 7 de abril de 2018
- ↑ «Suposto bicheiro é morto a tiros no Rio». Jornal Folha de S.Paulo. 28 de junho de 1997. Consultado em 7 de abril de 2018
- ↑ «Guerra e morte na contravenção». Jornal Extra. 3 de maio de 2009. Consultado em 7 de abril de 2018
- ↑ «Máfia dos bicheiros divide o Rio com tráfico e milícia. Cada contraventor tem seu reduto, mas há guerra pelos pontos». site R7. 1 de junho de 2010. Consultado em 7 de abril de 2018