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Parque Estadual do Cristalino

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Parque Estadual do Cristalino
Categoria II da IUCN (Parque Nacional)
Parque Estadual do Cristalino
Adelphobates galactonotus no parque.
Localização Mato Grosso, Brasil Brasil
Dados
Área 184 900 ha
Gestão SEMA
Coordenadas 9° 32' 47" S 55° 47' 38" O
Parque Estadual do Cristalino está localizado em: Brasil
Parque Estadual do Cristalino

O Parque Estadual do Cristalino é um parque estadual no estado de Mato Grosso, Brasil.

Localização

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O Parque Estadual Cristalino fica nos municípios de Alta Floresta e Novo Mundo, no extremo norte do Mato Grosso, entre o rio Teles Pires e a fronteira com o estado do Pará . O parque cobre uma área de cerca de 184 900 hectares (460 000 acre(s)s). A maior parte do parque fica em Novo Mundo, mas parte do extremo oeste do parque fica em Alta Floresta.[1] Sua forma é aproximadamente retangular, estendendo-se por 89 quilômetros (55 mi) no sentido leste-oeste e 32 quilômetros (20 mi) no sentido norte-sul.[2] O parque fica na fronteira do "arco do desmatamento" na floresta amazônica.[2] No norte, faz fronteira com a base da Força Aérea Brasileira no Pará, que contém uma grande área de vegetação nativa. O parque estadual é cercado por fazendas a oeste, leste e sul.[2]

O rio Cristalino entra no parque do Pará para o norte, depois flui para oeste através do parque abaixo da fronteira do Pará antes de virar para o sul e fluir para Teles Pires no sudoeste. A Serra do Mateiro fica no oeste do parque. O rio Rochedo nasce no leste do parque, fluindo pela Serra do Rochedo, no limite sul do parque. O rio Nhandú define o limite oriental do parque.[3] O parque é acessível por água, através do rio Teles Pires, até a foz do rio Cristalino, depois subindo esse rio pelo parque.[1]

O parque também pode ser alcançado pela estrada não pavimentada Quarta Leste a partir do centro municipal de Alta Floresta, pegando uma balsa pelo rio Teles Pires. A estrada atravessa o parque até o rio Cristalino. Outra estrada de terra da rodovia Primeira Leste segue paralela à fronteira com o Pará e o rio Cristalino. Estradas não oficiais abertas por fazendeiros e madeireiros entram no extremo leste do parque, mas não chegam à bacia do rio Cristalino. A SEMA possui uma estação para pesquisadores e estudantes, incluindo uma casa com quatro quartos, um banheiro e um gerador de energia.[1]

Meio ambiente

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O clima é quente e úmido, com temperaturas médias anuais acima de 24°C e precipitação média anual acima de 2 400 milímetros. Há uma estação seca de maio a setembro, com precipitação total mensal inferior a 100 metros. O parque fica na zona ecológica ou de transição entre a floresta amazônica e o cerrado. A reserva estaria no Corredor Ecológico Ecotones da Amazônia do Sul proposto. A vegetação inclui florestas tropicais, florestas sazonais, campinarana, campos rochosos e formações fluviais ou lacustres pioneiras. Foram registradas 515 espécies de aves, com 55 espécies endêmicas, 43 de répteis, 29 de anfíbios, 36 de mamíferos e 16 espécies de peixes com valor comercial ou esportivo.[2]

Mapa do parque

O ecoturismo, incluindo observação da vida selvagem e trilhas, gera receita e pode ajudar a incentivar o desenvolvimento ambiental sustentável na área circundante.[4] No entanto, o parque está ameaçado desde a sua criação, com desmatamento para pastagem gado, extração ilegal de madeira e construção de infraestrutura, como pequenas usinas hidrelétricas.[5] Pouco foi feito para evitar danos ao meio ambiente e há falta de apoio da comunidade local ao parque. As ameaças incluem o desmatamento, que avançou constantemente para o norte no parque, a agricultura familiar produzindo colheitas anuais como arroz e feijão e a pecuária.[6]

História jurídica

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O Parque Estadual Cristalino foi criado em 9 de junho de 2000.[3] Tinha uma área inicial de 66 900 hectares (170 000 acre(s)s).[5] Entre seus objetivos está preservar animais e espécies nativas de árvores ameaçadas de extinção.[1] O Parque Estadual Cristalino II foi criado pelo decreto 2.628, de 30 de maio de 2001.[7] Esses dois parques contíguos juntos têm uma área de 184 900 hectares (460 000 acre(s)s).[8] O parque é administrado pelo Departamento Estadual de Meio Ambiente (SEMA), que vem trabalhando com a Fundação Ecológica Cristalino, o ICV, o Instituto Florestal e a UNEMAT para preparar o plano de manejo. O conselho consultivo foi instalado em 2007 com representantes da sociedade civil e organizações públicas.[6] Em 2016, o parque foi apoiado pelo Programa de Áreas Protegidas da Amazônia.[9]

Referências

Ligações externas

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