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Krampus

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para o filme de horror, veja Krampus (filme).
Ilustração de 1900 de São Nicolau e Krampus a visitar uma criança.

Krampus é uma criatura mitológica que acompanha São Nicolau durante a época do Natal, segundo lendas de várias regiões do mundo. A palavra Krampus vem de Krampen, palavra para "garra" do alto alemão antigo. Nos Alpes, Krampus é representado por uma criatura semelhante a um demônio. O Krampus avisa e pune as más crianças. Tradicionalmente, rapazes se vestem de Krampus nas duas primeiras semanas de dezembro, particularmente no anoitecer de 5 de dezembro, e vagam pelas ruas assustando crianças com correntes e sinos enferrujados. Em algumas áreas rurais, a tradição também inclui surras aplicadas pelo Krampus.

As fantasias modernas de Krampus consistem em uma Larve (máscaras de madeira), pele de ovelha e chifres. A manufatura das máscaras artesanais demanda um esforço considerável, e vários jovens em comunidades rurais competem nos eventos do Krampus.

Em Oberstdorf, no sudoeste da parte alpina da Baviera, a tradição do der Wilde Mann ("o homem selvagem") é mantida viva. Ele é como o Krampus (exceto pelos chifres), veste peles e assusta crianças (e adultos) com suas correntes e sinos enferrujados, mas não é um assistente de São Nicolau.

Em 9 de dezembro de 2009, Krampus foi apresentado no Colbert Report.[1] Também apareceu no episódio A Very Venture Christmas, o especial de natal de The Venture Bros.

Fragmento da tradição no Brasil

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A sociedade do Pelznickel que mantem esta tradição na cidade de Guabiruba.
Pelznickel

No Brasil, há resquícios dessa tradição em Santa Catarina, no Vale do Itajaí. Na cidade de Guabiruba, por exemplo, é chamado 'Pensinique' (deturpação de Pelznickel, nome utilizado ao Sul da Alemanha).[2] Aparece vestido em roupa velha e sacos de juta, tem cabelo de palha, carrega um saco nas costas como o Papai Noel. Nesta trouxa ou saco, possui instrumentos para assustar as crianças más, e às muito más ameaça levar embora no saco.[2]

Tal figura nunca chegou a ser comum, mas era mais recorrente para julgar e punir crianças até a década de 1950.[2] Os ainda remanescentes, ao começo de dezembro ainda arrastam correntes ao caminhar, gritam no meio do mato, e saem dele no dia de confrontar as crianças más, no Dia de São Nicolau ou próximo.[2] Em casos extremos, a criança recebe visita, ou ouve gritos no mato, quando incomoda o Pensinique antes mesmo dessa data, e, ainda, alguns pais citam que 'vão contar' sobre o comportamento da criança ao Pensinique, ou o chamam antes da data.[2] Mas, crianças que não respondem aos pais, não mentem e não são más, mesmo nas regiões em que o Pensinique ainda aparece, nunca chegaram a ver sua figura.[2]

Referências
  1. «Colbert Report December 9, 2009». Consultado em 11 de dezembro de 2009 
  2. a b c d e f Maria Luiza Renaux (1995). O outro lado da história: o papel da mulher no Vale do Itajaí, 1850-1950. [S.l.]: Editora da FURB. 238 páginas. ISBN 9788571140424 

Ligações externas

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