Anacamptis pyramidalis
Anacamptis pyramidalis | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Anacamptis pyramidalis (L.) Rich. |
Anacamptis pyramidalis é planta herbácea, perene, pertencente ao género Anacamptis da família Orchidaceae (orquídeas). O nome científico Anacamptis deriva do grego ανακάμτειν 'anakamptein' significando 'curvada para a frente', enquanto que o nome em latim pyramidalis faz referência à forma piramidal da sua inflorescência[1].
Os seus nomes comuns são orquídea-piramidal ou satirião-menor[2].
Descrição
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Esta planta atinge em média 10 a 25 cm de altura, com um máximo de 60 cm. O caule é erecto e não ramificado. As folhas basais são linear-lanceoladas, com nervuras paralelas, de até 25 cm de comprimento. As folhas caulinares são mais pequenas e menos visíveis.
O arranjo das flores hermafroditas, numa forma piramidal, é distintiva. A cor das flores varia de rosa a púrpura, ou raramente brancas. As flores possuem seis tépalas, sendo três pequenas sépalas e três pétalas. Duas pequenas pétalas estão inseridas lateralmente, enquanto que a terceira e labelo inferior é largo e bilobado. Na parte traseira da flor existe um espigão tubular de 1,5 cm de comprimento, enquanto que o labelo apresenta duas pequenas dobras laterais.
O período de floração decorre de Abril a Julho.
Reprodução
[editar | editar código-fonte]As flores são polinizadas por borboletas e traças. Para garantir a fertilização, a sua morfologia está adaptada para os probóscides de lepidópteros, especialmente espécies dos géneros Euphydryas, Melanargia, Melitaea, Pieris e Zygaena. O mecanismo através do qual os seus pares de polínias se agarram aos probóscides dos insectos foi descoberto por Charles Darwin e descrito no seu livro Fertilisation of Orchids.[3]
Distribuição
[editar | editar código-fonte]Esta orquídea é nativa do sudoeste da Eurásia, desde a Europa ocidental, através da região mediterrânea para leste até ao Irão. Na Alemanha, é rara e foi declarada a Orquídea do Ano em 1990 para aumentar a consciencialização acerca desta planta.
Habitat
[editar | editar código-fonte]Anacamptis pyramidalis requer locais ensolarados com solos diversos, podendo crescer em solos muito alcalinos. Pode ser encontrada em prados ou encostas secas e expostas, em altitudes de 0 a 2000 m acima de altitude.
Em Portugal é bastante comum no Centro-Oeste Calcário e no Algarve, ocorrendo em clareiras de matos e bosques, prados e pastagens, principalmente em solos calcários.[4].
Galeria
[editar | editar código-fonte]Taxonomia
[editar | editar código-fonte]Anacamptis pyramidalis foi descrita por (L.) Rich. e publicado em Mémoires du Muséum d'Histoire Naturelle 4: 55. 1818.[5]
Sinónimos
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Variedades
[editar | editar código-fonte]Possui algumas variedades, por vezes tratadas como subespécies, limitadas a algumas regiões:
- Anacamptis pyramidalis var. tanayensis (Chenevard) Soó in Keller - Flores mais escuras e pequenas. Cantões de Friburgo e Valais (Suíça).
- Anacamptis pyramidalis var. urvilleana (Sommier & Caruana) Kreutz - Malta.
- Anacamptis pyramidalis var. sanguinea (Druce) Kreutz - Inflorescência mais arredondada, planta geral mais pequenas. Condado de Galway até ao Condado de Kerry (Irlanda)
A variedade alba pode ser encontrada em toda a área de distribuição da espécie.
Usos
[editar | editar código-fonte]O tubérculo seco e moído dá uma farinha denominada salepo. Trata-se de uma substância nutritiva, doce, rica em amido. É usada em bebidas, cereais e para fazer pão. É também usada em dietas para crianças e convalescentes.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Darwin, Charles (1862), On the various contrivances by which British and foreign orchids are fertilised by insects, and on the good effects of intercrossing, London: John Murray, consultado em 30 de julho de 2009