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Crípton

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Crípton
BromoCríptonRubídio
Ar
 
 
36
Kr
 
               
               
                                   
                                   
                                                               
                                                               
Kr
Xe
Tabela completaTabela estendida
Aparência
gás incolor, exibindo um brilho esbranquiçado quando colocado em um campo elétrico de alta voltagem



Linhas espectrais do criptônio
Informações gerais
Nome, símbolo, número Crípton, Kr, 36
Série química Gás nobre
Grupo, período, bloco 18, 4, p
Densidade, dureza 3,708 kg/m3,
Número CAS 7439-90-9
Número EINECS
Propriedade atómicas
Massa atómica 83,798 u
Raio atómico (calculado) 88 pm
Raio covalente 116±4 pm
Raio de Van der Waals 202 pm
Configuração electrónica [Ar] 3d10 4s2 4p6
Elétrons (por nível de energia) 2, 8, 18, 8 (ver imagem)
Estado(s) de oxidação 2
Óxido
Estrutura cristalina cúbico de faces centradas
Propriedades físicas
Estado da matéria gasoso
Ponto de fusão 115,79 K
Ponto de ebulição 119,93 K
Entalpia de fusão 1,64 kJ/mol
Entalpia de vaporização 9,08 kJ/mol
Temperatura crítica  K
Pressão crítica  Pa
Volume molar 27,99×10−6 m3/mol
Pressão de vapor 1 Pa a 59 K
Velocidade do som gás: 220 m/s a 23 ºC
líquido: 1120 m/s a 20 °C
Classe magnética
Susceptibilidade magnética
Permeabilidade magnética
Temperatura de Curie  K
Diversos
Eletronegatividade (Pauling) 3,00
Calor específico 248 J/(kg·K)
Condutividade elétrica S/m
Condutividade térmica 0,00949 W/(m·K)
1.º Potencial de ionização 1350,8 kJ/mol
2.º Potencial de ionização 2350,4 kJ/mol
3.º Potencial de ionização 3565 kJ/mol
4.º Potencial de ionização 8407,7 kJ/mol
5.º Potencial de ionização 5070 kJ/mol
6.º Potencial de ionização 7570 kJ/mol
7.º Potencial de ionização 10710 kJ/mol
8.º Potencial de ionização 12138 kJ/mol
9.º Potencial de ionização kJ/mol
10.º Potencial de ionização kJ/mol
Isótopos mais estáveis
iso AN Meia-vida MD Ed PD
MeV
78Kr0,35%estável com 42 neutrões
79Krsintético35,04 hε
β+
γ
-
0,604
0,26, 0,39, 0,60
79Br
79Br
-
80Kr2,25%estável com 44 neutrões
81Krtraços2,29×105 aε
γ
-
0,281
81Br
-
82Kr11,6%estável com 46 neutrões
83Kr11,5%estável com 47 neutrões
84Kr57%estável com 48 neutrões
85Krsintético10,756 aβ0,68785Rb
86Kr17,3%estável com 50 neutrões
Unidades do SI & CNTP, salvo indicação contrária.
 Nota: Para o planeta do personagem de BD Superman, veja Krypton.

O crípton (português europeu) ou criptônio (português brasileiro) (do grego, krípton, que significa oculto) é um elemento químico de símbolo Kr de número atómico e 36 (36 prótons (ou Protões) e 36 elétrons (ou Eletrões) ) e de massa atómica igual a 83,8 u. À temperatura ambiente, o crípton encontra-se no estado gasoso.

É um elemento do grupo dos gases nobres, 18 (VIIIA ou 0) da Classificação Periódica dos elementos. Foi descoberto em 1898 por William Ramsay e Morris Travers em resíduos da evaporação do ar líquido. Sua principal aplicação é para a fabricação de lâmpadas incandescentes e fluorescentes.

Características principais

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O crípton é um gás nobre incolor, inodoro, insípido, de muito pequena reatividade, caracterizado por um espectro de linhas verde e vermelha-alaranjada muito brilhante. É um dos produtos da fissão nuclear do urânio. O crípton sólido é branco, de estrutura cristalina cúbica centrada nas faces, igual aos demais gases nobres.

Para propósitos práticos, pode-se considerá-lo um gás inerte, mesmo que existam compostos seus formados com o flúor. Além disso, pode formar hidratos com a água, de forma que seus átomos ficam enclausurados na rede de moléculas de água. Também se têm sintetizado solvatos com hidroquinona e fenol. Em combinação com o flúor, quando submetido à descarga elétrica em baixa temperatura (-150 °C), forma o fluoreto de criptônio KrF2, sólido cristalino branco que se decompõe espontaneamente em temperaturas normais.[1]

A definição do metro era, entre 1960 e 1983, baseada na radiação emitida pelo átomo excitado de crípton; na verdade, o metro era definido como 1.650.763,73 vezes o comprimento de onda da emissão vermelha-alaranjada de um átomo de Kr-86.

É usado, isolado ou misturado com néon e árgon: em lâmpadas fluorescentes; em sistemas de iluminação de aeroportos, já que o alcance da luz vermelha emitida é maior que a comum inclusive em condições climatológicas adversas; e nas lâmpadas incandescentes de filamento de tungsténio de projectores cinematográficos. O laser de crípton é usado em medicina para cirurgia da retina do olho. O isótopo Kr-81m é usado no estudo do pulmão pela medicina nuclear.

O crípton é usado em análises químicas incorporando o gás em sólidos, processo no qual se formam criptonatos cuja atividade é sensível às reacções químicas produzidas na superfície da solução. Também é usado flash fotográficos para fotografias de alta velocidade, na detecção de fugas em depósitos selados e para excitar o fósforo de fontes de luz sem alimentação externa de energia.

Foi descoberto em 1898, por William Ramsay e Morris Travers, em resíduos de evaporação do ar líquido. Em 1960, a Oficina Internacional de Pesos e Medidas definiu o metro em função do comprimento de onda da radiação emitida pelo isótopo Kr-86 em substituição à barra padrão. Em 1983 a emissão do crípton foi substituída pela distância percorrida pela luz em 1/299 792 458 segundos.

Abundância e obtenção

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É um gás raro na atmosfera terrestre, da ordem de 1 ppm. É encontrado entre os gases vulcánicos e águas termais e em diversos minerais em quantidades muito pequenas. Pode-se extraí-lo do ar por liquefação fracionada.

Na atmosfera do planeta Marte se tem encontrado o crípton na concentração de 0,3 ppm.

Já foram preparados, em condições especiais, alguns compostos de criptônio, dos quais o único que forma uma molécula neutra e estável é o difluoreto de criptônio (KrF2).

O crípton natural é constituído por 6 isótopos e foram caracterizados 17 isótopos radioativos. O isótopo Kr-81 é produto de reacções atmosféricas com outros isótopos naturais, é radioactivo e tem uma vida média de 250 mil anos. Como o xénon, o crípton é extremamente volátil e escapa com facilidade das águas superficiais, por isso é usado para datar antigas águas subterrâneas (50 mil a 800 mil anos).

O isótopo Kr-85 é um gás inerte radioactivo de 10,76 anos de vida média, produzido na fissão do urânio e do plutônio. As fontes deste isótopo são os testes nucleares (bombas), os reatores nucleares e o reprocessamento das barras de combustíveis dos reactores. Tem-se detectado um forte gradiente deste isótopo entre os hemisférios norte e sul, sendo as concentrações detectadas no pólo norte 30% mais altas do que as do pólo sul.

Referências

Ligações externas

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Commons
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