PT755604E

PT755604E - Disposicao e metodo para transmitir e receber sinais de video

Info

Publication number: PT755604E
Application number: PT95913309T
Authority: PT
Inventors: Jurgen Fritz Rosengren; Ronald Wilhelm Johan Jo Saeijs; Joanne Henriette Des Westerink; Michel Jacob Van Der Korst; Guy James Roberts
Original assignee: Koninkl Philips Electronics Nv
Priority date: 1994-04-15
Filing date: 1995-04-10
Publication date: 2000-06-30
Also published as: KR970702658A; CN1492677A; EP0964576A1; EP0775413A2; DE69523321T2; CA2187796A1; DE69514508D1; KR20040004520A; EP0755604A1; DE69523321D1; MY113163A; JP4204067B2; US6041068A; WO1995028794A3; CN1149953A; KR100426515B1; ES2215360T3; WO1995028794A2; EP0775413B9; JPH09512147A

Description

DESCRIÇÃO

DISPOSIÇÃO E MÉTODO PARA TRANSMITIR E RECEBER SINAIS DE VÍDEO

ÂMBITO DA INVENÇÃO A invenção refere-se a um transmissor de televisão para transmitir uma pluralidade de sinais de vídeo, em que cada sinal de vídeo tem um número de programa, em que o transmissor compreende meios de mistura para transmitir os sinais de vídeo através de um canal comum e meios de composição para gerar um sinal de vídeo do mosaico que compreende uma pluralidade de sub-imagens, representando cada sub-imagem um sinal de vídeo da referida pluralidade de sinais de vídeo. A invenção refere-se ainda a um receptor de televisão para receber e exibir uma pluralidade de sinais de vídeo e um sinal de vídeo do mosaico que representa uma imagem em mosaico que compreende uma pluralidade de sub-imagens, representando cada sub-imagem um sinal de vídeo da referida pluralidade de sinais de vídeo, em que cada sinal de vídeo tem um número de programa e em que o receptor de televisão compreende um ecrã de exibição. A invenção refere-se ainda a um método para transmitir uma pluralidade de sinais de vídeo através de um canal comum, em que cada sinal de vídeo tem um número de programa, compreendendo o método um passo de gerar um sinal de vídeo do mosaico que compreende uma pluralidade de sub-imagens, representando cada sub-imagem um sinal de vídeo da referida pluralidade de sinais de vídeo. A invenção refere-se ainda a um método para receber e exibir uma pluralidade de sinais de vídeo e um sinal de vídeo do mosaico que representa uma imagem em mosaico que compreende uma pluralidade de sub-imagens, representando cada sub-imagem um sinal de vídeo da referida pluralidade de sinais de vídeo, em que cada sinal de vídeo tem o número de um programa. 1 A invenção refere-se ainda a um sinal de televisão que inclui uma pluralidade de sinais de vídeo, em que cada sinal tem um número de programa, em que um sinal de vídeo do mosaico representa uma imagem em mosaico que compreende uma pluralidade de sub-imagens, representando cada sub-imagem um sinal de vídeo da referida pluralidade de sinais de vídeo.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO É sabido que as redes por cabo transmitem imagens em mosaico que compreendem uma pluralidade de sub-imagens. Cada sub-imagem reproduz uma versão em miniatura de um programa de televisão disponível. O sinal de vídeo do mosaico permite a um utilizador ter uma visão global de todos os programas de televisão que pode receber Contudo, para seleccionar um programa de televisão pretendido, o utilizador tem de saber qual número do canal relevante ou o número do programa a ele associado e introduzir o referido número através de um dispositivo de controlo à distância.

OBJECTIVO E SUMÁRIO DA INVENÇÃO É, inter alia, um objectivo da invenção melhorar a disposição existente e, em particular, proporcionar um transmissor para transmitir sinais de vídeo que ajudem o utilizador a seleccionar facilmente um programa pretendido entre o grande número de programas disponíveis.

De acordo com um primeiro aspecto da invenção, este objectivo é alcançado por um transmissor de televisão que é caracterizado por o transmissor compreender ainda meios de ligação para gerar dados que ligam a posição de cada sub-imagem num ecrã de exibição com o número do programa do sinal de vídeo a ela associado, estando os meios de mistura preparados para transmitir o referido sinal de vídeo do mosaico e os dados de ligação através do referido canal comum.

Um receptor de televisão correspondente para receber e exibir os sinais do referido transmissor caracteriza-se por o receptor de televisão compreender ainda um dispositivo apontador controlado pelo utilizador para seleccionar uma sub-imagem seleccionada da 2 imagem em mosaico e um dispositivo de controlo para receber e descodificar os dados que ligam a posição de cada sub-imagem da imagem em mosaico com o número do programa do sinal de vídeo a ela associado e preparado para seleccionar um sinal de vídeo seleccionado representado pela sub-imagem seleccionada para exibição.

Um método correspondente para transmitir uma pluralidade de sinais de vídeo é definido na reivindicação 11, uma método correspondente para receber e exibir uma pluralidade de sinais de vídeo é definido na reivindicação 13 e um sinal de televisão correspondente é definido na reivindicação 14.

Assim, a reivindicação permite que um utilizador seleccione um programa pretendido limitando-se a «apontar e clicar» na sub-imagem correspondente no ecrã em mosaico.

Deve salientar-se que sãó conhecidos per se receptores que permitem que o espectador seleccione facilmente um programa pretendido apontando e clicando numa sub-imagem a ele associada de um ecrã em mosaico. O Pedido de Registo de Patente japonesa JP-A-1-246972 descreve um receptor de televisão que cria a imagem em mosaico passando o sintonizador por uma pluralidade de canais de vídeo e exibindo simultaneamente pequenas imagens relativas aos referidos canais, sob a forma de uma imagem em mosaico. O Pedido de Registo de Patente europeia EP-A-0 494 752 descreve um sistema de segurança que compreende uma pluralidade de fontes de vídeo e um módulo de efeito a que as fontes são ligadas e que compõe o ecrã em mosaico. A fonte seleccionada é exibida sob a forma de uma imagem adicional (maior) no ecrã em mosaico. Nestes receptores da técnica anterior, a relação entre a posição de uma sub-imagem e o programa de vídeo a ela associado é conhecida porque os receptores criam a imagem em mosaico por si mesmos. Contudo, o dispositivo para este efeito é complexo, requer uma quantidade enorme de memória (muitas vezes digital) e torna tal receptor consideravelmente mais dispendioso.

Outros aspectos da invenção referem-se mais especificamente à transmissão e à recepção de sinais digitais de vídeo. Um método conhecido para transmitir sinais digitais de vídeo é descrito em «ISO/IEC CD 13818-1: Information technology - Generic coding of moving pictures and associated audio Information - Part 1: Systems», 1993-12-01, 3 também conhecido por padrão dos sistemas MPEG2. O método conhecido compreende os passos de codificar os referidos sinais de vídeo, formando os fluxos elementares de bits respectivos, e de multiplexar os referidos fluxos elementares de bits, formando um fluxo de transporte. O sistema de transmissão MPEG2 conhecido é um sistema multiplex com base em pacotes. Cada pacote de transporte pertence a um fluxo elementar de vídeo, áudio ou dados. Um ou mais fluxos elementares constituem um programa. Um fluxo de transporte MPEG2 compreendendo uma pluralidade de programas é transmitido através de um único canal físico.

De acordo com um segundo aspecto da invenção, dado que os sinais de vídeo são sinais digitais de vídeo e dado que cada sinal é codificado para ser transformado num fluxo elementar de bits respectivo, o transmissor compreende ainda meios para codificar a referida imagem em mosaico sob a forma de um fluxo elementar de bits adicional, compreendendo os meios de mistura um multiplexador para multiplexar cada um dos fluxos elementares de bits, o fluxo elementar de bits adicional e os dados de ligação respectivos, formando um fluxo de transporte que será transmitido através do referido canal comum.

As sub-imagens contidas na imagem em mosaico não são necessariamente versões em miniatura em tempo real do programa de vídeo a elas associado. Numa forma de realização atraente da invenção, pelo menos uma das sub-imagens é característica do programa de televisão transmitido pelo sinal de vídeo a ela associado. Consegue-se assim que um utilizador pode reconhecer claramente um programa na imagem em mosaico, mesmo que o programa «real» seja temporariamente interrompido, por exemplo por um anúncio televisivo. O receptor de televisão correspondente compreende meios para derivar a sub-imagem seleccionada do sinal do mosaico e meios para exibir simultaneamente a sub-imagem seleccionada e o sinal de vídeo a ela associado durante um período de tempo predeterminado depois da selecção do referido sinal de vídeo. Isto impede que haja dúvidas sobre se um programa é ou não realmente o programa seleccionado se, no momento da selecção, é transmitido um anúncio.

Numa outra forma de realização, as sub-imagens são características dos programas respectivos escalonados para transmissão posterior e os dados de ligação incluem dados 4 de escalonamento para programar o receptor para exibir ou gravar automaticamente os referidos programas escalonados. Um receptor de televisão pode assim ser facilmente programado para exibir ou gravar automaticamente um programa pretendido «apontando e clicando» a sub-imagem a ele associada no ecrã em mosaico.

Normalmente, um fluxo elementar de bits de vídeo MPEG inclui imagens autonomamente codificadas e previsivelmente codificadas que compreendem blocos codificados para serem transformados com coeficientes de comunicação de dados. Numa forma de realização do transmissor, os meios para compor a imagem em mosaico compreendem meios para seleccionar os coeficientes de comunicação de dados de imagens codificadas autonomamente para constituir a referida sub-imagem. A imagem em mosaico pode assim ser derivada dos sinais de vídeo codificados usando um descodificador MPEG simples. A imagem em mosaico é reduzida tanto espacial como temporalmente e a sua transmissão requer apenas uma taxa de bits baixa.

Deve salientar-se que o Pedido de Registo de Patente europeia EP-A 0 598 576 propõe um sistema de transmissão e recepção de sinais de televisão com exibição em vários ecrãs para as operações de sintonização. Contudo, o documento EP-A 0 598 576 foi publicado depois da data de prioridade deste Pedido de Registo de Patente.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

As Figs. 1-4 mostram formas de realização de um transmissor de acordo com a invenção. A Fig. 5 mostra um fluxograma que ilustra o funcionamento de um descodificador representado na Fig. 3.

As Figs. 6-7 mostram formas de realização de um receptor de televisão de acordo com a invenção. A Fig. 8 mostra um fluxograma que ilustra o funcionamento dos receptores de televisão apresentados nas Figs. 6-7. 5

DESCRIÇÃO DE FORMAS DE REALIZAÇÃO A Fig. 1 apresenta uma primeira forma de realização de um transmissor de acordo com a invenção. O transmissor pode localizar-se no princípio de uma rede por cabo. O transmissor recebe uma pluralidade de sinais de vídeo por intermédio dos receptores por satélite, terrestre ou por cabo respectivos (não representados). Na Figura, estão representados apenas três sinais de vídeo, V1, V2 e V3. São aplicados a codificadores de vídeo MPEG2 2, 3 e 4, respectivamente. Os referidos codificadores são preparados para codificar e compactar os codificadores de vídeo respectivos de acordo com «ISO/IEC CD 13818-2: Information technology - Generic coding of moving pictures and associated audio Information - Part 2: Video», 1992-12-01, também referido como o padrão de codificação de vídeo MPEG2. Os seus sinais de saída são fluxos elementares de bits E1, E2 e E3, respectivamente. Os sinais de vídeo são ainda aplicados a um circuito de composição 1 que compreende, para cada sinal de vídeo, um dispositivo de sub-amostragem horizontal e vertical 10, 11, e 12. Cada dispositivo de sub-amostragem gera uma sub-imagem de pequenas dimensões da imagem de vídeo respectiva. As sub-imagens são guardadas nas secções respectivas de uma memória de imagens 13 sob o controlo de um circuito de controlo 14, de modo que um ecrã de televisão é ocupado com sub-imagens de 4*4 ou 5*5. O circuito de controlo 14 é ainda preparado para ler a memória de imagens 13 de modo a obter um sinal de video do mosaico Vm. O referido sinal Vm é aplicado a um outro codificador MPEG2 5 para ser codificado num fluxo elementar de bits adicional Em. Na forma de realização apresentada, os fluxos elementares de bits V1, V2, V3 e Vm são multiplexados por um multiplexador 6 para um fluxo de transporte TS. Contudo, o fluxo elementar Vm também pode ser transmitido como um fluxo de transporte separado. O circuito de controlo 14 é ainda preparado para gerar dados de ligação L e para adicionar os referidos dados de ligação ao fluxo de transporte TS. A Fig. 2 mostra uma segunda forma de realização do transmissor. Esta forma de realização difere da primeira pelo facto de os sinais de vídeo V1... V3 serem agora gerados localmente por uma fonte respectiva (não representada). Além disso, cada fonte gera uma imagem auxiliar, por exemplo uma imagem fixa, que é característica do programa. Como exemplo, o sinal de video V1 transmite o espectáculo de Oprah Winfrey, 6 enquanto o sinal auxiliar Via é uma imagem fixa que mostra Oprah Winfrey. Esta forma de realização é vantajosa por o ecrã em mosaico no receptor indicar claramente que está a ser difundido o espectáculo de Oprah Winfrey, mesmo que o programa seja temporariamente interrompido por um anúncio televisivo. A Fig. 3 apresenta uma terceira forma de realização do transmissor. Nesta forma de realização, parte-se do princípio de que os sinais de vídeo que serão transmitidos já estão disponíveis sob a forma dos fluxos elementares MPEG respectivos E1... E3. São lidos de um fluxo de transporte TS1 recebido por um desmultiplexador 7 e aplicados directamente ao mulltiplexador 6. São ainda aplicados ao circuito de composição 1 que compreende agora os meios 16, 17, 18 para descodificar os fluxos elementares e gerar a sub-imagem respectiva. Os referidos meios podem assumir a forma de descodificadores MPEG de acordo com o padrão de vídeo MPEG2. Contudo, podem usar-se em seu lugar descodificadores MPEG «simples», como se explicará agora.

Como é do conhecimento geral no campo da codificação de vídeo, cada fluxo elementar E1... E3 inclui imagens codificadas autonomamente (imagens I) e imagens previsivelmente codificadas (imagens P e B). As imagens codificadas compreendem blocos de coeficientes, que representam componentes espectrais do sinal de vídeo. O coeficiente de comunicação de dados dos blocos codificados autonomamente representa o valor médio dos pixels de um bloco de pixels 8*8. Isto aplica-se em particular a todos os blocos das imagens I. O funcionamento dos descodificadores MPEG «simples» 16... 18 será agora elucidada com referência a um fluxograma apresentado na Fig. 5. Num primeiro passo 30, o descodificador põe de lado todos os dados até ser encontrado o código de início de uma imagem. Os dados que definem uma imagem estão agora a ser recebidos. Num passo 31, o tipo de codificação da imagem instalado no registo de cabeçalho da imagem é descodificado. Num passo 32, verifica-se se o referido tipo de codificação da imagem indica ou não que está a ser recebida uma imagem I. Se não for o caso, o descodificador regressa ao passo 30, para esperar pelo código de início da imagem seguinte. Se a imagem for uma imagem I, o descodificador espera sucessivamente pela recepção do registo de cabeçalho de uma parte de onda (passo 33) e pela recepção de um macrobloco (passo 34). 7

Num passo 35, o descodificador descodifica e dá saída ao coeficiente de comunicação de dados de um bloco incluído no macrobloco em curso. Num passo 36, são postos de lado os coeficientes subsequentes de um bloco até à detecção de um código de fim de bloco. Num passo 37, verifica-se se foram ou não processados todos os blocos de um macrobloco. Enquanto não for o caso, o descodificador regressa ao passo 35. Num passo 38, verifica-se se todos os macroblocos de uma parte da onda foram ou não processados. Enquanto não for o caso, o descodificador regressa ao passo 34. Finalmente, verifica-se, num passo 39, se todas as partes da onda da imagem foram ou não processadas. Enquanto não for o caso, o descodificador regressa ao passo 33. Se todas as partes da onda foram processadas, o descodificador regressa ao passo 30 para procurar a imagem I seguinte do fluxo de bits.

Assim, o descodificador extrai os coeficientes de comunicação de dados das imagens I do fluxo de bits de entrada. Os referidos coeficientes são sujeitos a quantificação inversa e depois guardados na memória 14 (ver a Fig. 3). Cada coeficiente de comunicação de dados representa o valor médio de luminância ou crominância de um bloco de pixels de 8*8 e constitui um pixel de uma sub-imagem. Os descodificadores 16... 18 são simples porque o circuito de compensação de movimento é redundante e porque os descodificadores de comprimento variável precisam apenas de descodificar um conjunto restrito de palavras de código de comprimento variável. Além disso, dado que as sub-imagens são reduzidas tanto espacial como temporalmente, a transmissão do sinal do mosaico Em requer uma taxa de bits muito baixa. A Fig. 4 apresenta uma quarta forma de realização do transmissor. Esta forma de realização difere da terceira porque o fluxo de transporte TS1 recebido inclui, para cada sinal elementar E1... E3, um fluxo elementar auxiliar com uma taxa de bits reduzida E1a... E3a, que transporta uma versão de baixa qualidade do fluxo elementar a ele associado. Mais especificamente, cada fluxo elementar auxiliar pode compreender apenas os coeficientes de comunicação de dados das imagens I, obtidos do modo já explicado com referência à Fig. 5. Nesse caso, os fluxos auxiliares E1a... E3a são, tanto espacial como temporalmente, versões reduzidas do sinal principal a eles associado. O fluxo de baixa taxa de bits pode transportar também uma imagem fixa que é característica do programa. 8

Será agora apresentado um método para instalar os dados de ligação no fluxo de transporte a partir do transmissor. Como se descreveu no padrão dos sistemas MPEG2, os pacotes de transporte são identificados com um identificador do pacote (packet identifier - PID), que identifica o fluxo elementar a que pertence o pacote. Um ou mais fluxos elementares constituem um programa com um número de programa. Um programa característico pode conter três fluxos elementares, áudio, vídeo e dados. Efectua-se a união de vários fluxos elementares para formar um programa gerando uma entrada numa tabela de associação de programa que é transmitida em pacotes de transporte com um PID predeterminado. A tabela de associação de programa contém, para cada programa, o seu número de programa e o PID dos pacotes de transporte que transportam uma tabela de aplicação do programa. A tabela de aplicação do programa inclui uma lista dos fluxos elementares que constituem o programa e os PID’s respectivos. A tabela de aplicação do programa pode conter ainda outras informações acerca de cada fluxo elementar. As informações referidas são transmitidas sob a forma dos chamados descriptores.

Numa forma de realização da invenção, a imagem em mosaico é transmitida como um programa que compreende o fluxo elementar Em e também, se assim se pretender, um fluxo elementar áudio. Os dados de ligação a ela associados são transmitidos utilizando um descriptor da tabela do programa, como se referiu acima. O descriptor é designado como mosaic_picture_descriptor. No Quadro I abaixo apresenta-se um exemplo da sintaxe relevante da tabela de aplicação do programa:

Quadro I mosaic_picture_descriptor } } descri ptorjag 8 uimsbf descriptorjength 8 uimsbf horizontal_partitioning 4 uimsbf vertical_partitioning 4 uimsbf para (1 = 0;l<n;l + + ) { program_number 16 uimsbf 9

Aqui, os parâmetros descriptor_tag e descriptorjength especificam respectivamente o tipo e o comprimento do descriptor. Os parâmetros horizontal_partitioning e vertical_partitioning indicam quantas sub-imagens são instaladas na imagem em mosaico. A cláusula «para» na sintaxe indica que número de programa é atribuído a cada sub-imagern, sendo as sub-imagens ordenadas, por exemplo, da esquerda para a direita e de cima para baixo. A Fig. 6 mostra uma primeira forma de realização de um receptor de televisão de acordo com a invenção. O receptor compreende um desmultiplexador 40, um descodificador de áudio MPEG 41, um altifalante 42, um descodificador de vídeo MPEG 43, um ecrã de exibição 44, um microprocessador 45 e um dispositivo de controlo à distância 46. O desmultiplexador 40 recebe um ou mais fluxos de transporte TS para MPEG, cada um dos quais compreende uma pluralidade de programas digitais de televisão. De uma maneira conhecida per se, o microprocessador 45 aplica ao referido desmultiplexador identificadores de pacote PI D que identificam o fluxo elementar de áudio A e o fluxo elementar de vídeo V de um programa pretendido, bem como o PID dos pacotes que compreendem dados de ligação L. O fluxo de áudio A seleccionado é descodificado pelo descodificador de áudio MPEG 41 e reproduzido pelo altifalante 42. O fluxo de vídeo V seleccionado é descodificado pelo descodificador de vídeo MPEG 43 e reproduzido no ecrã de exibição 44. Os dados de ligação L são aplicados ao microprocessador 45. O funcionamento do receptor de televisão será agora elucidado com referência a um fluxograma apresentado na Fig. 8. Num passo 50, o microprocessador recebe, da unidade de controlo à distância, um pedido para exibir a imagem em mosaico. Num passo 51, verifica-se se essa imagem em mosaico está ou não presente no fluxo de transporte TS. Esta verificação compreende a recepção da tabela de aplicação do programa e a sua análise para verificar se nela está instalado ou não um mosaic_picture-descriptor. O receptor verifica assim automaticamente se uma imagem em mosaico é ou não transmitida no fluxo de transporte. Se não está disponível uma imagem em mosaico, o programa executa um subprograma 52 para permitir que o utilizador seleccione um programa de televisão pretendido de uma forma convencional. 10

Se se verificar que está disponível uma imagem em mosaico, realiza-se um passo 53 em que o processador aplica o PID do fluxo elementar de vídeo do mosaico ao desmultiplexador. Nesta fase, o receptor exibe a imagem em mosaico. Num passo 54, o microprocessador deriva o número de sub-imagens dos parâmetros horizontal_partitioning e vertical_partitioning na tabela de aplicação do programa (ver o Quadro I).

Utilizando as teclas do cursor do dispositivo de controlo à distância, o utilizador pode agora mover um cursor no ecrã de exibição e seleccionar uma das sub-imagens nele exibidas. Num passo 55, o microprocessador lê as coordenadas do cursor e explora a tabela de aplicação do programa (ver o Quadro I) em busca do número do programa a elas associado. Num passo 56, os PID’s dos fluxos elementares de áudio e de vídeo associados ao referido número do programa são aplicados ao desmultiplexador. O programa de televisão seleccionado está agora a ser recebido. O programa do microprocessador regressa ao passo 50 para esperar novo pedido para exibir a imagem em mosaico. A Fig. 7 mostra uma segunda forma de realização de um receptor de televisão de acordo com a invenção. O receptor difere da primeira forma de realização por compreender um descodificador de vídeo MPEG 47 adicional e um interruptor de vídeo 48. O descodificador adicional recebe o fluxo elementar Em que representa o sinal do mosaico. O descodificador também recebe, do microprocessador 45, as coordenadas X, Y da sub-imagem para a qual o utilizador apontou. Enquanto o primeiro descodificador 43 descodifica e exibe o programa seleccionado, o descodificador adicional 47 recebe o fluxo do mosaico Em. O descodificador adicional determina, para cada macrobloco do fluxo elementar Em, se ele pertence ou não à sub-imagem que tem as coordenadas X, Y. Se for o caso, o macrobloco é descodificado e os pixels obtidos são aplicados ao interruptor de vídeo 48. A sub-imagem que é característica do programa seleccionado é assim extraída e exibida como uma imagem-em-imagem.

Esta forma de realização é particularmente vantajosa quando o sinal do mosaico transmite uma imagem que é característica do programa a ela associado. Por exemplo, 11 se o espectáculo de Oprah Winfrey está a ser difundido, a sub-imagem (fixa) a ele associado do ecrã em mosaico pode mostrar uma fotografia de Oprah Winfrey. O utilizador pode assim deduzir, em qualquer momento, da imagem em mosaico que o espectáculo está a ser difundido, mesmo que o espectáculo seja temporariamente interrompido para a transmissão de anúncios televisivos. Extraindo a sub-imagem (fixa) e exibindo-a durante um determinado período de tempo, evita-se a dúvida sobre se o programa exibido (anúncios) é ou não o programa seleccionado (o espectáculo de Oprah Winfrey).

Em síntese, os antecedentes desta invenção são a introdução de televisão digital pela qual um grande número de programas é difundido num único canal físico. Como é difícil para o espectador ter uma visão global dos serviços fornecidos, consideram-se, para o futuro, diferentes tipos de «Guias Electrónicos de Programas» («Electronic Program Guides») ou «Sistemas de Navegação no Canal» («Channel Navigation Systems»). A invenção refere-se a um sistema muito simples deste tipo. O método de acordo com a invenção baseia-se em MPEG2 e inclui a transmissão (num programa separado de um fluxo de transporte) de um fluxo de vídeo que representa uma imagem em mosaico cujas sub-imagens são versões em miniatura do fluxo de vídeo de outros programas desse fluxo de transporte. O método inclui ainda a transmissão de informações que ligam a posição de cada sub-imagem inserida na imagem em mosaico com o número do programa de que a sub-imagem deriva. A imagem em mosaico e as informações de ligação são depois usadas para um sistema de navegação simples.

Em termos gerais, o sistema de navegação funciona do seguinte modo. O utilizador está a ver determinado programa e pretende ver outro. Passa então para o programa em mosaico, que pode ser revelado por outros programas, por exemplo pela presença do mosaic_picture_descriptor na sua definição do programa. Depois de localizar, na imagem em mosaico, o programa que pretende ver, o utilizador envia uma ordem ao sistema de navegação no canal, informando-o da localização da sub-imagem correspondente na imagem em mosaico. Isto pode ser feito por exemplo «apontando e clicando». O sistema de navegação no canal traduz então essa posição para um número de programa, utilizando, por exemplo, as informações fornecidas na mosaic_picture_description. 12

Finalmente, o sistema de navegação no canal envia um pedido ao desmultiplexador para que seleccione esse programa.

Lisboa, 31 MAR. 2000

Por Koninkljke Philips Electronics N.V.

Agente Oficial da Propriedade Industriai Arco da Conceição, 3, 1?- 1100 LISBOA 13

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Transmissor de televisão para transmitir uma pluralidade de sinais de vídeo, em que cada sinal de vídeo tem um número de programa, em que o transmissor compreende meios de mistura (6) para transmitir os sinais de vídeo através de um canal comum e meios de composição (1) para gerar um sinal de vídeo do mosaico que compreende uma pluralidade de sub-imagens, representando cada sub-imagem um sinal de vídeo da referida pluralidade de sinais de vídeo, caracterizado por o transmissor compreender ainda meios de ligação (14) para gerar dados que ligam a posição de cada sub-imagem num ecrã de exibição com o número do programa do sinal de vídeo a ela associado, em que os meios de mistura (6) estão preparados para transmitir o referido sinal de vídeo do mosaico e os dados de ligação através do referido canal comum.
2. Transmissor de televisão tal como reivindicado na reivindicação 1, em que os sinais de vídeo são sinais digitais de vídeo e cada sinal é codificado para ser transformado num fluxo elementar de bits respectivo, em que o transmissor compreende ainda meios (5) para codificar a referida imagem em mosaico sob a forma de um fluxo elementar de bits adicional, em que os meios de mistura compreendem um muiltiplexador (6) para multiplexar cada fluxo elementar de bits, o fluxo elementar de bits adicional e os dados de ligação respectivos num fluxo de transporte que será transmitido através do referido canal comum.
3. Transmissor tal como reivindicado nas reivindicações 1 ou 2, em que pelo menos uma das sub-imagens é característica do programa de televisão transmitido pelo sinal de vídeo a ela associado.
4. Transmissor tal como reivindicado nas reivindicações 1 ou 2, em que as sub-imagens são características dos programas respectivos escalonados para transmissão posterior e os dados de ligação incluem dados de escalonamento para programar o receptor para exibir ou gravar automaticamente os referido programas escalonados. 1
5. Transmissor tal como reivindicado na reivindicação 2, em que os referidos dados de ligação são transmitindo usando um descriptor MPEG2 (15).
6. Transmissor tal como reivindicado na reivindicação 2, em que um fluxo elementar de bits inclui imagens codificadas autonomamente e previsivelmente codificadas que compreendem blocos codificados para serem transformados com coeficientes de comunicação de dados e em que os meios (1) para compor a imagem em mosaico compreendem meios (16, 17, 18) para seleccionar os coeficientes de comunicação de dados de imagens autonomamente codificadas para constituir a referida sub-imagem.
7. Receptor de televisão para receber e exibir uma pluralidade de sinais de vídeo num sinal de vídeo do mosaico que representa uma imagem em mosaico que compreende uma pluralidade de sub-imagens, representando cada sub-imagem um sinal de vídeo da referida pluralidade de sinais de vídeo, em que cada sinal de vídeo tem um número de programa, em que o receptor de televisão compreende um ecrã de exibição (44), caracterizado por o receptor de televisão compreender ainda um dispositivo apontador (46) controlado pelo utilizador, para seleccionar uma sub-imagem seleccionada da imagem em mosaico, e um dispositivo de controlo (45), para receber e descodificar dados que ligam a posição de cada sub-imagem da imagem em mosaico com o número do programa do sinal de vídeo a ela associado, e preparado para seleccionar um. sinal de vídeo seleccionado representado pela sub-imagem seleccionada para exibição.
8. Receptor de televisão tal como reivindicado na reivindicação 7, em que os sinais de vídeo são sinais digitais de vídeo e codificados para serem transformados em fluxos elementares de bits, em que uma pluralidade de fluxos elementares de bits é multiplexada formando um fluxo de transporte, em que um dos referidos fluxos de bits representa a imagem em mosaico, em que o receptor de televisão compreende ainda um dispositivo desmultiplexador (40) para extrair os referidos fluxos elementares de bits do fluxo de transporte e um dispositivo para receber e descodificar um fluxo elementar de bits para exibição no ecrã de exibição (44), em que o dispositivo de controlo (45) está ainda preparado para forçar o dispositivo de recepção e 2
13. Método para receber e exibir uma pluralidade de sinais de vídeo e um sinal de vídeo do mosaico que representa uma imagem em mosaico que compreende uma pluralidade de sub-imagens, representando cada sub-imagem um sinal de vídeo da referida pluralidade de sinais de vídeo, em que cada sinal de vídeo tem um número de programa, caracterizado por o método compreender um passo de receber dados que ligam a posição de cada sub-imagem no ecrã com o número do programa do sinal de vídeo a ela associado e um passo de descodificar o número do programa de um sinal de vídeo representado pela posição da sub-imagem que é exibida e à qual se aponta com um dispositivo apontador e de seleccionar o referido sinal de vídeo para exibição.
14. Sinal de televisão que inclui uma pluralidade de sinais de vídeo, em que cada sinal tem um número de programa, em que um sinal de vídeo do mosaico representa uma imagem em mosaico que compreende uma pluralidade de sub-imagens, representando cada sub-imagem um sinal de vídeo da referida pluralidade de sinais de vídeo, caracterizado por o sinal de televisão incluir ainda dados que ligam a posição de cada sub-imagem num ecrã de exibição com o número do programa do sinal de vídeo correspondente.
15. Sinal de televisão tal como reivindicado na reivindicação 14, em que o sinal é um sinal de televisão MPEG2 que inclui uma pluralidade de sinais digitais de vídeo, em que cada sinal é codificado para ser transformado num fluxo elementar de bits respectivo, em que um fluxo elementar de bits adicional representa a imagem em mosaico e dados de ligação que ligam cada sub-imagem inserida na imagem em mosaico com o sinal de vídeo a ela associado.
16. Sinal de vídeo tal como reivindicado na reivindicação 15, em que os referidos dados de ligação são transmitidos utilizando um descriptor MPEG2.
17. Sinal tal como reivindicado nas reivindicações 15 ou 16, em que os fluxos elementares de bits respectivos incluem imagens autonomamente codificadas e previsivelmente codificadas que compreendem blocos codificados para serem transformados com coeficientes de comunicação de dados e em que o fluxo 4 descodificação a receber e descodificar o fluxo elementar de bits que representa o referido sinal de vídeo seleccionado. 9. Receptor tal como reivindicado nas reivindicações 7 ou 8, que compreende ainda meios (47) para derivar a referida sub-imagem seleccionada do sinal do mosaico e meios (48) para exibir simultaneamente a sub-imagem seleccionada e o sinal de vídeo a ela associado durante um período de tempo predeterminado depois da selecção do referido sinal de vídeo. 10. Receptor tal como reivindicado na reivindicação 8, em que os referidos dados de ligação são recebidos sob a forma de um descriptor MPEG2 e em que o dispositivo de controlo (45) está preparado para detectar a recepção do referido descriptor e para receber e exibir, em reacção à referida detecção, o fluxo elementar de bits que representa o sinal de vídeo do mosaico. 11. Método para transmitir uma pluralidade de sinais de vídeo através de um canal comum, em que cada sinal de vídeo tem um número de programa, em que o método compreende um passo de gerar um sinal de vídeo do mosaico que compreende uma pluralidade de sub-imagens, representando cada sub-imagem um sinal de vídeo da referida pluralidade de sinais de vídeo, caracterizado por o método compreender ainda um passo de gerar dados que ligam a posição de cada sub-imagem num ecrã de exibição com o número do programa do sinal de vídeo correspondente e um passo de transmitir o referido sinal de vídeo do mosaico e dados de ligação através do referido canal comum. 12. Método tal como reivindicado na reivindicação 11, em que os sinais de vídeo são sinais digitais de vídeo, em que cada sinal de vídeo é codificado para ser transformado num fluxo elementar de bits respectivo e em que o sinal de vídeo do mosaico é codificado para ser transformado num fluxo elementar de bits respectivo adicional, em que o método compreende um passo de multiplexar cada fluxo elementar de bits, o fluxo elementar de bits adicional e os dados de ligação respectivos num fluxo de transporte que será transmitido através do referido canal comum. 3 elementar de bits adicional compreende coeficientes de comunicação de dados das referidas imagens autonomamente codificadas. Lisboa, 31 MAR. 2000 Por Koninklijke Philips Electronics N.V.

Agente Oficial da Propriedade Industria. Arco da Conceição. 3. 1100 LíSBOa· 5 RESUMO DISPOSIÇÃO E MÉTODO PARA TRANSMITIR E RECEBER SINAIS DE VÍDEO Os sistemas de transmissão com base em MPEG2 transmitem um grande número de programas digitais de televisão num único canal físico. Descreve-se aqui um «Sistema de Navegação no Canal» (Channel Navigation System») que permite a um utilizador ter uma visão global dos programas digitais existentes e seleccionar facilmente um programa pretendido. O método da invenção inclui a transmissão (num programa separado de um fluxo de transporte) de um fluxo de vídeo que representa uma imagem em mosaico cujas sub-imagens são versões em miniatura do fluxo de vídeo de outros programas desse fluxo de transporte. O método inclui ainda a transmissão de informações que ligam a posição de cada sub-imagem inserida na imagem em mosaico ao número do programa do qual deriva a sub-imagem. O utilizador selecciona um programa pretendido limitando-se a «apontar e clicar» («pointing and clicking») a sua versão em miniatura na imagem em mosaico.