BRPI1004170A2

BRPI1004170A2 - cÁpsula para a preparaÇço de um extrato de cafÉ com uma estrutura que facilita perfuraÇço para injeÇço de Água

Info

Publication number: BRPI1004170A2
Application number: BRPI1004170-2A
Authority: BR
Inventors: Alfred Yoakim; Alexandre Kollep; Patrice Borne
Original assignee: Nestec Sa
Priority date: 2009-10-30
Filing date: 2010-10-29
Publication date: 2013-02-26
Also published as: CA2719126C; AU2010236108A1; AU2010236108B2; JP2011104358A; ZA201007764B; JP5763905B2; CA2719126A1

Abstract

CÁPSULA PARA A PREPARAÇçO DE UM EXTRATO DE CAFÉ COM UMA ESTRUTURA QUE FACILITA PERFURAÇçO PARA INJEÇçO DE ÁGUA. A presente invenção refere-se a uma cápsula (1) para a preparação de um extrato de café a partir de café contido na cápsula e água quente injetada sob pressão na cápsula por um dispositivo de injeção de água, a cápsula compreendendo: um corpo troncônico (2) que compreende um aro (3), uma parede lateral (4) e uma parede de entrada (5); a parede de entrada compreendendo uma porção plana ou convexa (6), uma parede de distribuição inferior (7) vedada ao aro (3) do corpo, uma quantidade dosada previamente de café na cápsula, em que a porção convexa plana (6) tem uma estrutura (8; 80, 81, 82, 83; 84; 85, 86, 87, 88, 89) em relevo ou em recesso em que a estrutura em relevo ou em recesso é disposta para facilitar penetração de lâminas que pertencem ao dispositivo de injeção e estende-se em uma trajetória substancialmente circular de raio predeterminado R1 igual ao raio R2 da trajetória circular ao longo da qual as lâminas (20, 21, 22) do dispositivo de injeção se estendem.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "CÁPSULA PARA A PREPARAÇÃO DE UM EXTRATO DE CAFÉ COM UMA ESTRU- TURA QUE FACILITA PERFURAÇÃO PARA INJEÇÃO DE ÁGUA".

A presente invenção refere-se a uma cápsula para a preparação de um extrato de café a partir de café contido na cápsula por água quente injetada sob pressão na cápsula utilizando um dispositivo de injeção de água tendo lâminas de perfuração. A invenção também se refere a um sistema de cápsula que compreende a cápsula da invenção associada a um dispositivo de injeção de água em um dispositivo para produção de bebida. Os antecedentes da presente invenção são o campo de cápsu-

las que contêm bebida ou outros ingredientes comestíveis. Por intermédio de uma interação desses ingredientes com um líquido, uma bebida como café, chá ou outros comestíveis, como por exemplo, sopa, pode ser produzida. A interação pode ser baseada no princípio de extração de uma substância de bebida, a mistura ou dissolução, na presença de um diluente líquido como água.

A cápsula da invenção é mais particularmente adaptada para conter café moído para produzir uma bebida de café por injetar água quente sob pressão na cápsula e obter uma bebida de café a partir da cápsula. Sistemas e métodos para obter comestíveis fluidos a partir de

substâncias contendo cápsulas são, por exemplo, conhecidas de EP 512 470 A., portanto, as cápsulas são fechadas por paredes, preferivelmente paredes impermeáveis a líquido incluindo uma parede de entrada que é per- furada somente durante uso, para injeção de água, por exemplo, quando a cápsula é introduzida no dispositivo.

Um aperfeiçoamento consiste em fornecer um dispositivo de in- jeção que compreende uma série de lâminas separadas a partir do conduto de injeção central como descrito em EP1299022B1. Uma melhor distribuição de fluxo é obtida em comparação com uma perfuração central obtida por uma agulha de injeção única. Tal dispositivo funciona adequadamente com um corpo de cápsula feito de alumínio fino porque alumínio tende a perfurar facilmente devido a suas propriedades mecânicas. Além disso, as perfura- ções podem ser bem dimensional e geometricamente definidas e, portanto fornecem boa distribuição de fluxo através da camada de ingrediente na cápsula. Entretanto, as modalidades conhecidas apresentam a desvantagem de que certas cápsulas feitas de materiais mais elásticos como polímeros podem ser difíceis de perfurar em um modo repetido e as perfurações resul- tantes não são tão bem dimensional e geometricamente definidas. Especi- almente com cápsulas que compreendem paredes de plástico ou polímeros biodegradáveis, o material pode ser relativamente difícil de perfurar e os e- Iementos de perfuração do dispositivo podem se tornar cegos relativamente rapidamente. Portanto, novas cápsulas podem não mais ser perfuradas cor- retamente, por exemplo, são perfuradas parcialmente ou insuficientemente desse modo fornecendo uma distribuição ruim de fluxo de líquido na cápsula o que afeta a qualidade de extração. O dispositivo para preparação de bebi- da também pode ter de ser devolvido para uma estação de serviço ou manu- tenção para reparo ou substituição dos elementos de perfuração que foram danificados.

A presente invenção tem como objetivo resolver esse problema por fornecer uma cápsula que é mais facilmente perfurável para assegurar uma boa qualidade de extração e que não danifique o dispositivo de injeção da técnica existente.

O documento W02010/041179 refere-se a uma cápsula para preparar uma bebida com uma parede superior que compreende em sua superfície interna uma zona de enfraquecimento adaptada para ser desloca- da quando um elemento externo exerce uma força sobre a mesma. A presente invenção refere-se a uma cápsula para a preparação

de um extrato de café a partir de café contido na cápsula e água quente inje- tada sob pressão na cápsula por um dispositivo de injeção de água, a cápsu- la compreendendo:

um corpo troncônico que compreende um aro, uma parede Iate- ral e uma parede de entrada; a parede e entrada compreendendo uma por- ção plana ou convexa,

uma parede de distribuição inferior vedada ao aro do corpo, uma quantidade dosada previamente de café na cápsula,

em que a porção plana ou convexa tem uma estrutura em relevo ou em recesso,

em que a estrutura em relevo ou em recesso é disposta para fa- cilitar penetração de lâminas que pertencem ao dispositivo de injeção atra- vés da mesma e estende-se em uma trajetória substancialmente circular de raio predeterminado R1 idêntico ao raio R2 da trajetória circular ao longo da qual as lâminas do dispositivo de injeção se estendem.

Em um primeiro modo, a estrutura forma uma porção anular ou circular rebaixada contínua de raio R1.

Em um segundo modo, a estrutura forma uma pluralidade de porções rebaixadas arqueadas de raio R1.

Em um terceiro modo, a estrutura forma um sulco anular ou cir- cular contínuo de raio R1. A vantagem de uma estrutura com sulco é essen- cialmente aumentar a rigidez local em torno da estrutura para facilitar perfu- ração.

Em um quarto modo, a estrutura forma uma pluralidade de por- ções com sulcos descontínuas que se estendem ao longo de uma trajetória circular do raio R1.

Em geral, a estrutura forma preferivelmente uma espessura lo-

calmente reduzida da parede de entrada em comparação com a espessura de parede de entrada fora da estrutura. Como resultado, a resistência à per- furação diminui na estrutura em comparação com a outra parte do corpo da cápsula que assim facilita a perfuração pelas lâminas, porém também forne- ce perfurações definidas de forma geométrica e dimensionalmente melhor.

Em um quinto modo, a estrutura compreende uma porção rebai- xada anular de raio R1 compreendendo uma pluralidade de furos de injeção e uma membrana hermética a gás vedada sobre a parede interna para cobrir de forma vedável os furos de injeção. Em todos os modos anteriores, o corpo é preferivelmente forma-

do de uma peça no formato de copo moldada integralmente independente que forma pelo menos a parede de entrada e a parede lateral e preferível- mente também o aro.

Em um sexto modo, a estrutura é formada por uma membrana porosa ou um ou mais filtros sustentados sobre um esqueleto rígido. O es- queleto pode formar várias pernas que separam porções porosas formando a estrutura que facilita penetração das lâminas.

Em um sétimo modo, a estrutura forma uma ou mais linhas en- fraquecidas. As linhas podem ser distribuídas como um círculo como na pri- meira modalidade ou preferivelmente como uma série de linhas orientadas transversalmente e distribuídas ao longo de uma trajetória circular de raio R1. Mais preferivelmente, as linhas são obtidas por reduzir espessura da parede de entrada como por marcação mecânica ou a laser.

Em um oitavo modo, a estrutura é obtida pela parede de entrada que é de espessura reduzida em comparação com a parede lateral da cáp- sula.

A invenção também se refere a uma cápsula para a preparação

um corpo troncônico compreendendo um aro, uma parede lateral e uma parede de entrada,

uma parede de distribuição inferior vedada ao aro do corpo, uma quantidade dosada previamente de café na cápsula, Em que a parede de entrada tem uma estrutura disposta para facilitar penetração de lâminas que pertencem ao dispositivo de injeção na forma de uma espessura reduzida, em comparação com a espessura da pa- rede lateral, pelo menos em um raio igual ao raio da trajetória circular ao longo do qual as lâminas do dispositivo de injeção se estendem.

Em um modo, o corpo é preferivelmente uma peça moldada in- tegralmente, independente, que se estende pelo aro semelhante a flange. A redução de espessura pode estender a partir do eixo geomé-

trico central da cápsula para ou em direção à junção da parede lateral.

A parede de entrada de espessura reduzida pode compreender também elementos de reforço (interno e/ou externo) que se estendem local- mente na parede de entrada para assegurar rigidez aperfeiçoada da parede durante perfuração pelas lâminas. Os elementos de reforço podem estender radialmente como uma pluralidade de cristas estreitas e/ou concentricamen- te em torno do eixo geométrico central da parede de entrada. Preferivelmen- te, os elementos de reforço estendem-se tanto na parede de entrada como parede lateral do corpo, por exemplo, como cristas estendidos radialmente estreitos. Preferivelmente, a linha circular de raio predefinida R1 correspon- dendo à linha circular de raio R2 para extensão das lâminas é substancial- mente livre de elemento de reforço. Por "substancialmente livre", quer se dizer aqui que pelo menos 80%, mais preferivelmente pelo menos 95%, do perímetro da linha de raio não são cobertos pelo(s) elemento(s) de reforço. Preferivelmente, a(s) crista(s) estendida(s) concentricamente formando ele- mentos de reforço estende(m)-se para fora da linha de raio circular (R1). Em todas as modalidades, o corpo troncônico pode ser feito de

material de polímero.

Preferivelmente, o corpo troncônico compreende polipropileno ou polietileno.

Em uma alternativa, o corpo troncônico pode também compre- ender um material biodegradável. Por exemplo, o corpo troncônico compre- ende celulose, material à base de amido ou ácido poliláctico (PLA).

Em uma alternativa, a estrutura de espessura reduzida é forma- da de um material diferente a partir do material do corpo fora da estrutura. Mais especificamente, a estrutura pode ser formada de uma folha de alumí- nio ou plástico que é incorporada ou vedada ou conectada de outro modo à parede lateral do corpo.

A parede de distribuição pode ser uma membrana que perfura sob o efeito do acúmulo de pressão na cápsula contra um suporte de cápsu- la que compreende elementos de perfuração como descrito em detalhe em EP 0512470. Preferivelmente, a parede de distribuição é um alumínio fino, polímero fino ou combinação dos mesmos. Em um exemplo preferido, a pa- rede de distribuição é uma folha de alumínio de aproximadamente 20-100 microns.

A parede de distribuição também pode ser uma parede permeá- vel como uma membrana de filtro de plástico, um filtro de papel ou um filtro feito de outro material biodegradável.

A parede de distribuição é conectada de forma vedável à super-

fície inferior do aro do corpo como soldagem ultrassônica ou a calor.

O aro pode compreender um meio de vedação. O meio de veda- ção forma pelo menos uma protuberância ou virola integral que se estende a partir do aro ou um elemento de vedação adicionado como borracha, plásti- co macio, espuma ou fibras.

O meio de vedação pode ser formado por uma espessura de material que amolece quando é comprimido sob as forças compressivas do dispositivo e/ou amolece pelo líquido na temperatura de injeção na cápsula.

O meio de vedação pode ser integral com o corpo da cápsula, is- to é, feito do mesmo material. Por exemplo, pode ser um material biodegra- dável que compreende amido e opcionalmente constituintes escolhidos en- tre: pelo menos uma resina biodegradável, fibras, proteínas, lipídeos e com- binações dos mesmos.

Em relação às dimensões críticas e geometria da cápsula, o raio R1 da estrutura é preferivelmente compreendido entre 4 e 12 mm, mais pre- ferivelmente entre 6 e 9 mm. A parede de entrada tem preferivelmente um diâmetro compreendido entre 22 e 25 mm. A parede de distribuição da cáp- sula tem preferivelmente um diâmetro entre 30 e 40 mm. O corpo da cápsu- la tem preferivelmente uma altura compreendida entre 27 e 30 mm. O aro da cápsula tem preferivelmente uma largura compreendida entre 3 e 5 mm.

Para aperfeiçoar a perfuração da cápsula, a parede de entrada tem uma porção convexa que forma um ângulo entre 5 e 40 graus em rela- ção ao plano que passa pelo aro semelhante a flange do corpo.

A presente invenção também se refere a um sistema de cápsula que compreende a cápsula da invenção associada a um dispositivo de inje- ção de água em um dispositivo para produção de bebida que compreende uma série de lâminas para injetar água na cápsula através da parede de en- trada; em que as lâminas são colocadas ao longo de uma trajetória circular de raio R2 substancialmente igual ao raio R1 ao longo do qual a estrutura em relevo ou recesso se estende. Preferivelmente, o dispositivo de injeção de água compreende três lâminas distribuídas uniformemente ao longo da trajetória circular de raio R2 para assegurar uma distribuição uniforme de água na cápsula através da camada de ingrediente, por exemplo, café moí- do.

A figura 1 mostra uma vista em seção transversal de uma cápsu- la de acordo com uma primeira modalidade da invenção; a figura 2 mostra uma vista superior da cápsula da figura 1;

a figura 3 mostra uma vista superior da cápsula da figura 1 de acordo com uma segunda modalidade;

a figura 4 mostra uma vista em seção transversal de uma cápsu- la da figura 1 quando perfurada pelo dispositivo de injeção do dispositivo para preparação de bebida;

a figura 5 é uma vista em seção transversal de uma cápsula de acordo com uma terceira modalidade;

a figura 6 é uma vista superior da cápsula da figura 5; a figura 7 é uma vista em perspectiva de uma cápsula de acordo com uma quarta modalidade;

a figura 8 é uma vista superior da cápsula da figura 7; a figura 9 é uma vista inferior da cápsula das figuras 7 e 8; a figura 10 é uma vista em perspectiva inferior de um dispositivo de injeção de água;

a figura 11 é uma vista superior da cápsula de acordo com uma

quinta modalidade;

a figura 12 é uma vista em seção transversal de uma cápsula de acordo com a sexta modalidade;

a figura 13 é uma vista superior da cápsula da figura 12. Uma primeira modalidade da cápsula é ilustrada nas figuras 1 e 2.

A cápsula 1 é para a preparação de um extrato de café a partir de café contido na cápsula e água quente injetada sob pressão na cápsula por um dispositivo de injeção de água 50 mostrado nas figuras 10 e 4.

O dispositivo da figura 10 é formado de uma gaiola de cápsula compreendendo uma série de lâminas 20, 21, 22 colocadas ao longo de um padrão circular de raio R2. No centro ou gaiola é fornecido um conduto de injeção de líquido 51 para fornecer água sob pressão na gaiola.

A cápsula da invenção compreende um corpo troncônico 2 com- preendendo um aro 3, uma parede lateral 4 e uma parede de entrada 5.

A parede de entrada compreende uma porção convexa ou plana 6.

A cápsula compreende ainda uma parede de distribuição inferior 7 vedada ao aro 3 do corpo.

A cápsula compreende uma quantidade dosada previamente, por exemplo, de café torrado e moído na cápsula. A porção convexa plana 6 tem uma estrutura anular 8 no reces-

so disposta para facilitar penetração das lâminas 20, 21, 22 do dispositivo de injeção 50.

A estrutura 8 estende-se em uma trajetória substancialmente cir- cular de raio predeterminado R1 substancialmente igual ao raio R2 da traje- tória circular ao longo do qual as lâminas 20, 21, 22 do dispositivo de injeção se estendem.

Na modalidade das figuras 1 e 2, a estrutura forma uma porção anular ou circular rebaixada contínua 8 de raio R1. Como resultado, inde- pendente do posicionamento rotacional de cápsula em relação ao dispositivo de injeção 50, as lâminas entram sempre na porção circular ou anular rebai- xada 8.

Além disso, a estrutura 8 forma uma espessura localmente redu- zida t da parede de entrada 5 em comparação com a espessura to da parede de entrada ou parede lateral do corpo fora da dita estrutura. Embora a estru- tura 8 facilite perfuração, a cápsula permanece fechada e o pó de café não pode escapar para fora da cápsula durante armazenagem.

A figura 3 ilustra uma segunda modalidade da cápsula da figura 1 na qual a estrutura forma uma pluralidade de porções rebaixadas 80, 81, 82, 83 colocadas ao longo de uma trajetória circular de raio R1. As porções podem ser arqueadas ou retilíneas. Portanto, em vez de uma estrutura anu- lar contínua, a estrutura é descontínua e forma várias porções discretas, es- tendendo ao longo do raio R1 e separada por porções não rebaixadas da parede de entrada. As porções rebaixadas são de espessura reduzida t em comparação com a espessura t0 fora da estrutura. A redução de espessura pode ser entre 30 e 90% da espessura da parede fora da estrutura. O núme- ro e comprimento das porções 80-83 são fornecidos para assegurar que as lâminas 20, 21, 22 encontrarão a estrutura independente da posição da cáp- sula no dispositivo de injeção. A redução de espessura pode ser obtida por meio diferente como diretamente por termoformação, moldagem a sopro ou moldagem por injeção do corpo ou por moldagem do corpo e então marca- ção mecânica ou a laser ou estampagem da própria estrutura. A cápsula permanece também fechada pela estrutura de espessura reduzida desse modo assegurando conservação do café contra umidade.

Evidentemente, em vez de porções rebaixadas, a estrutura po- deria ser substituída por um sulco circular contínuo de raio R1 ou uma plura- lidade de porções com sulco descontínuas estendendo ao longo de uma tra- jetória circular de raio R1.

As figuras 5 e 6 ilustram uma cápsula com uma estrutura que compreende uma porção rebaixada anular 84 estendendo ao longo do raio R1. A porção 84 deve ser estreita o bastante para guiar as lâminas durante introdução da cápsula na gaiola do dispositivo de injeção 50. Na porção re- baixada 8, uma pluralidade de furos de injeção 89 é fornecida para assegu- rar a distribuição do fluxo de água na cápsula. Uma membrana hermética a gás 30 pode ser opcionalmente fornecida que é vedada sobre a parede in- terna para cobrir de forma vedável a porção 84 incluindo os furos de injeção 89. Deve ser observado que a parte inferior da porção 84, pelo menos, é formada de uma espessura mais baixa do que a espessura da parede de entrada fora da porção para facilitar entrada das lâminas na cápsula. Em caso negativo, a porção 84 deve ser profunda o bastante para assegurar que as lâminas são totalmente alojadas no recesso formado pela porção ou a porção pode estirar para dentro sob a força de introdução transmitidas às lâminas.

As figuras 7 a 9 ilustram uma quarta modalidade na qual a estru- tura é formada por uma membrana fina porosa ou não porosa ou um filtro 60 sustentado sobre um esqueleto rígido 61. O esqueleto assegura o suporte da membrana ou filtro em particular após extração para evitar que a cápsula ceda ou deforme quando umedecida. A membrana ou filtro pode ser um filtro de papel ou uma membrana porosa de polímero, não trançada ou trançada, por exemplo. A membrana também pode ser uma membrana que não é po- rosa à água injetada como folha de polietileno fino. Pode ser sustentada pelo esqueleto que é feito de um papel ou papelão mais rígido e mais grosso ou um polímero. O esqueleto forma várias pernas 62, 63, 64, 65 separando a membrana porosa ou não porosa ou porções de filtro 85, 86, 87, 88 forman- do a estrutura que facilita penetração das lâminas através das mesmas. De- ve ser observado que a penetração das lâminas não é crítica quando a membrana é porosa ou quando é um filtro. Em tal caso, o material pode e- ventualmente ser elástico o bastante para estirar sem ser atravessado pelas lâminas. O filtro pode estender ao longo da parede lateral do corpo. Em uma alternativa, o filtro é limitado na parede interna da cápsula e o esqueleto for- ma a parede lateral inteira.

Como ilustrado na figura 9, a membrana ou filtro pode estender e forma a parede de distribuição inferior 7 da cápsula. O esqueleto pode formar ainda o aro 3 da cápsula. Em todas as modalidades, o corpo troncô- nico pode ser feito de material de polímero ou material à base de celulose (papel, papelão) ou fibras naturais.

Em um modo preferido, o corpo troncônico compreende polipro- pileno ou polietileno.

Em outro modo, o corpo troncônico compreende um material bi- odegradável.

O corpo troncônico compreende celulose, material à base de a- mido ou ácido poliláctico (PLA). Preferivelmente1 o aro da cápsula compreende um meio de ve- dação 40 para encher entalhes radiais 52 formados na superfície de pres- sionar extremidade 53 do dispositivo de injeção (figura 10). Mais preferivel- mente, o meio de vedação 40 forma pelo menos uma protuberância ou virola integral que se estende a partir do aro ou é um elemento de vedação adicio- nado como borracha, plástico macio, espuma ou fibras (por exemplo, papel, papelão ou fibras sintéticas ou naturais).

A figura 11 mostra outra modalidade na qual a estrutura da pa- rede de entrada é formada de uma série de linhas enfraquecidas estendendo transversalmente a uma trajetória circular de raio R1. As linhas podem ser zonas discretas de espessura reduzida como obtido por marcação mecânica ou a laser.

A figura 12 mostra outra modalidade da cápsula da invenção na qual a parede de entrada 5 e parede lateral 4 são formadas de um corpo no formato de copo moldado integralmente, independente, que compreende uma estrutura 801 de espessura reduzida "t" estendendo a partir do centro axial da cápsula até a extremidade da periferia da parede de entrada 5. A redução da espessura "t" é comparada com a espessura maior da parede lateral "t0". Preferivelmente, a redução da espessura é de pelo menos 20%, preferivelmente pelo menos 50% da espessura "t0"- A espessura da parede de entrada "t" é preferivelmente mais baixa do que 1,0 mm, mais preferivel- mente compreendida entre 0,2 e 0,8 mm. Como resultado as lâminas do dis- positivo de injeção são capazes de perfurar a parede de entrada na região da parede de entrada correspondendo ao raio R2 em um modo facilitado. Ao mesmo tempo, a cápsula é suficientemente enrijecida pela parede lateral de espessura aumentada (t0). As lâminas podem, portanto, perfurar a entrada na linha circular de raio (R1) correspondendo à linha de raio (R2) de exten- são da lâmina no dispositivo sem a cápsula ceder na direção axial da cápsu- la. Quando mais rigidez é necessária dependendo da rigidez específica do polímero e/ou material biodegradável, elementos de reforço 70, 71, 72, 73 são fornecidos em ou sobre as paredes 4, 5. Os elementos de reforço po- dem ter comprimentos diferentes, por exemplo, com os mais curtos 70, 71, para reduzir a cobertura ao longo do raio R1. Os elementos de reforço são preferivelmente feitos integrais com o corpo por moldagem (por exemplo, injeção, termoformação, moldagem por sopro, estampagem, etc.) na superfí- cie externa ou interna do corpo. Entretanto, elementos de reforço podem ser também fornecidos como elementos incorporados no material de constitui- ção do próprio corpo como metal ou fibras de plástico duro e/ou fios. Os e- Iementos de reforço podem estender somente na parede de entrada 5, po- rém preferivelmente também se estendem na parede lateral 4 para assegu- rar uma resistência axial aperfeiçoada à deformação axial durante perfura- ção. Para evitar flexão acidental das lâminas e/ou forças de resistência de- masiadamente elevadas atuando contra o fechamento do dispositivo na cáp- sula, os elementos de reforço são substancialmente livres na linha circular de raio R1.

Claims

1. Cápsula (1) para a preparação de um extrato de café a partir de café contido na cápsula e água quente injetada sob pressão na cápsula por um dispositivo de injeção de água, a cápsula compreendendo: um corpo troncônico (2) que compreende um aro (3), uma pare- de lateral (4) e uma parede de entrada (5); a parede de entrada compreen- dendo uma porção plana ou convexa (6), uma parede de distribuição inferior (7) vedada ao aro (3) do cor- po, uma quantidade dosada previamente de café na cápsula, em que a porção convexa plana (6) tem uma estrutura (8; 80, 81, 82, 83; 84; 85, 86, 87, 88, 89) em relevo ou em recesso, em que a estrutura em relevo ou em recesso é disposta para fa- cilitar penetração de lâminas que pertencem ao dispositivo de injeção atra- vés da mesma e estende-se em uma trajetória substancialmente circular de raio predeterminado R1 igual ao raio R2 da trajetória circular ao longo da qual as lâminas (20, 21, 22) do dispositivo de injeção se estendem.

2. Cápsula, de acordo com a reivindicação 1, em que a estrutura forma uma porção anular ou circular rebaixada contínua (8) de raio R1.

3. Cápsula, de acordo com a reivindicação 2, em que a estrutura forma uma pluralidade de porções rebaixadas (80, 81, 82, 83) ou linhas (89) estendendo ao longo de uma trajetória circular de raio R1.

4. Cápsula, de acordo com a reivindicação 1, em que a estrutura forma um sulco circular ou anular contínuo de raio R1.

5. Cápsula, de acordo com a reivindicação 1, em que a estrutura forma uma pluralidade de porções com sulco descontínuas estendendo ao longo de uma trajetória circular de raio R1.

6. Cápsula, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, em que a estrutura (8; 80, 81, 82, 83; 89) forma uma espessura Iocalmen- te reduzida da parede de entrada (5) em comparação com a espessura da parede de entrada fora da estrutura.

7. Cápsula, de acordo com a reivindicação 6, em que a redução local de espessura é obtida por marcação mecânica ou a laser.

8. Cápsula, de acordo com a reivindicação 1, em que a estrutura compreende uma porção rebaixada anular (84) de raio R1 e compreendendo uma pluralidade de furos de injeção (89) e uma membrana hermética a gás (30) vedada sobre a parede interna para cobrir de forma vedável os furos de injeção.

9. Cápsula, de acordo com a reivindicação 1, em que a estrutura é formada por uma membrana porosa ou filtro (60) sustentado sobre um es- queleto rígido (61).

10. Cápsula, de acordo com a reivindicação 9, em que o esque- leto forma várias pernas (62, 63, 64, 65) separando porções porosas (85, 86, 87, 88) que formam a estrutura facilitando penetração das lâminas.

11. Cápsula para a preparação de um extrato de café a partir do café contido na cápsula e água quente injetada sob pressão na cápsula por um dispositivo de injeção de água, a cápsula compreendendo: um corpo troncônico (2) que compreende um aro (3), uma pare- de lateral (4) e uma parede de entrada (5); uma parede de distribuição inferior (7) vedada ao aro (3) do cor- po, uma quantidade dosada previamente de café na cápsula, em que a parede de entrada (5) tem uma estrutura (8; 80, 81, 82, 83, 85, 86, 87, 88, 89, 801) disposta para facilitar penetração de lâminas (20, 21, 22) que pertencem ao dispositivo de injeção, na forma de uma es- pessura reduzida (t), em comparação com a espessura da parede lateral (4), pelo menos em um raio (R1) igual ao raio (R2) da trajetória circular ao longo da qual as lâminas (20, 21, 22) do dispositivo de injeção se estendem.

12. Cápsula, de acordo com a reivindicação 11, em que o corpo é uma peça integralmente moldada, independente, que se estende por um aro semelhante a flange (3).

13. Cápsula, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, em que o corpo troncônico é feito de material de polímero.

14. Cápsula, de acordo com a reivindicação 13, em que o corpo troncônico compreende polipropileno ou polietileno.

15. Cápsula, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, em que o corpo troncônico compreende um material biodegradável.

16. Cápsula, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, em que o aro compreende um meio de vedação (40).

17. Sistema de cápsula compreendendo uma cápsula como de- finida em qualquer uma das reivindicações 1 a 16, e um dispositivo de inje- ção de água em um dispositivo para produção de bebida; o dispositivo de injeção de água compreendendo uma série de lâminas (20, 21, 22) para inje- tar água na cápsula através da parede de entrada; em que as lâminas são colocadas ao longo de uma trajetória circular de raio R2 substancialmente igual ao raio R1 ao longo do qual a estrutura em relevo ou recesso (8; 80, 81, 82, 83; 84; 85, 86, 87, 88, 89) se estende.