CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente divulgação refere-se, no geral, a métodos e os arranjos em um sistema de comunicações sem fio. Em particular, ela diz respeito à transmissão e à recepção de sinais portadores de informação em um sistema de comunicação sem fio, em que uma pluralidade de configurações de transmissão é disponível para transmitir os sinais portadores de informação.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
[002] A fim de melhorar o desempenho do sistema, por exemplo, pela melhoria da cobertura de altas taxas de dados, melhoria do rendimento na borda da célula e/ou aumento do rendimento do sistema, transmissão e/ou recepção Multipontos Coordenadas (CoMP) podem ser usadas em um sistema de comunicações sem fio ou rede de acesso por rádio. No sistema de comunicações sem fio ou no sistema de comunicações por rádio celular, dispositivos e/ou equipamentos de usuário sem fio, também conhecidos como terminais móveis e/ou terminais sem fio, comunicam por meio de uma Rede de Acesso por Rádio (RAN) com uma ou mais centrais de redes. Os equipamentos de usuário podem ser unidades de estações móveis ou de equipamento de usuário, tais como telefones móveis, também conhecidos como telefones "celulares", e laptops com capacidade sem fio, por exemplo, terminal móvel, e, assim, podem ser, por exemplo, dispositivos móveis portáteis, de bolso, de mão, incluídos no computador ou montados no carro que comunicam voz e/ou dados por meio da rede de acesso por rádio. Um dispositivo sem fio pode ser qualquer equipamento que é conectável sem fio em uma RAN para comunicação sem fio.
[003] A rede de acesso por rádio cobre uma área geográfica que é dividida em áreas de cobertura de ponto, tradicionalmente denotadas células, com cada área de cobertura de ponto ou célula sendo servidos por uma estação base, por exemplo, uma Estação Base de Rádio (RBS), que, em algumas redes, também é chamada de "eNB", "eNóB", "NóB" ou "nó B" e que, neste documento, também é referida como uma estação base ou nó da rede de rádio. Uma área de cobertura de ponto é uma área geográfica em que cobertura de rádio é provida por um ponto, também referido como um "ponto de transmissão" e/ou um "ponto de recepção", que é controlado pela estação base de rádio ou pelo nó da rede de rádio em um local da estação base ou local do nó da rede de rádio. Uma área de cobertura de ponto também é frequentemente denotada como uma célula, mas o conceito de uma célula também tem implicações arquitetônicas e a transmissão de certos sinais de referência e informação de sistema. Mais especificamente, múltiplas áreas de cobertura de ponto podem formam em conjunto uma única célula lógica que compartilha o mesmo ID de célula física. Entretanto, a seguir, a notação de uma "célula" é usada intercambiavelmente com "área de cobertura de ponto" para ter o significado do último. Além do mais, um ponto, ou "ponto de transmissão" e/ou um "ponto de recepção", correspondem, na presente divulgação a um conjunto de antenas que cobrem, essencialmente, a mesma área geográfica de uma maneira similar. Assim, um ponto pode corresponder a um dos setores em um local, por exemplo, um local da estação base, mas ele também pode corresponder a um local com uma ou mais antenas, todas pretendendo cobrir uma área geográfica similar. Frequentemente, diferentes pontos representam diferentes locais. Antenas correspondem a diferentes pontos quando elas forem geograficamente separadas de forma suficiente e/ou tiverem diagramas de antena que apontam em direções suficientemente diferentes.
[004] O nó da rede de rádio comunica através de uma interface de ar ou interface de rádio com os equipamentos de usuário no alcance do nó da rede de rádio. Um nó da rede de rádio pode servir a uma ou mais células por meio de uma ou mais antenas que operam em radiofrequências. As células podem ser sobrepostas umas nas outras, por exemplo, como macrocélulas e picocélulas com diferentes áreas de cobertura, ou adjacentes umas às outras, por exemplo, como assim denominadas células de setor, em que cada uma das células servidas pelo nó da rede de rádio cobre uma seção da área total ou alcance cobertos pelo nó da rede de rádio. As células adjacentes ou sobrepostas umas em relação às outras podem ser alternativamente ou adicionalmente servidas por nós da rede de rádio diferentes ou separados que podem ficar colocalizados ou geograficamente separados.
[005] As uma ou mais antenas controladas pelo nó da rede de rádio podem ficar localizadas no local do nó da rede de rádio ou em locais de antena que podem ser geograficamente separados uns dos outros e do local do nó da rede de rádio. Também pode haver uma ou mais antenas em cada local de antena. As uma ou mais antenas em um local de antena podem ser arranjadas como um arranjo de antenas que cobre a mesma área geográfica ou é arranjado de forma que diferentes antenas no local de antena tenham diferentes coberturas geográficas. Um arranjo de antenas também pode ficar colocalizado em um local de antena com antenas que têm diferentes coberturas geográficas, se comparadas com o arranjo de antena. Na subsequente discussão, uma antena ou um arranjo de antenas que cobrem uma certa área geográfica são referidos como um ponto, ou ponto de transmissão e/ou de recepção ou, mais especificamente, para o contexto desta divulgação, como um ponto de transmissão (TP). Neste contexto, múltiplos pontos de transmissão podem compartilhar os mesmos elementos de antena físicos, mas podem usar diferentes virtualizações, por exemplo, diferentes direções do feixe.
[006] As comunicações, isto é, transmissão e recepção de sinais entre a rede de acesso por rádio e um equipamento de usuário, podem ser realizadas através de uma ligação de comunicação ou canal de comunicação por meio de um ou mais pontos de transmissão e/ou de recepção que podem ser controlados pelos mesmos ou diferentes nós da rede de rádio. Um sinal pode, assim, por exemplo, ser transmitido a partir de múltiplas antenas pela transmissão por meio de um ponto de transmissão a partir de mais de uma antena em um arranjo de antenas ou pela transmissão por meio de mais de um ponto de transmissão a partir de uma antena em cada ponto de transmissão. O acoplamento entre um sinal transmitido e um correspondente sinal recebido através da ligação de comunicação pode ser modelado como um canal efetivo que compreende o canal de propagação por rádio, ganhos de antena e todas as possíveis virtualizações de antena. Virtualização de antena é obtida pela pré- codificação de um sinal, de forma que ele possa ser transmitido em múltiplas antenas físicas, possivelmente, com diferentes ganhos e fases. Adaptação de ligação pode ser usada para adaptar a transmissão e a recepção através da ligação de comunicação às condições de propagação por rádio.
[007] Uma porta de antena é uma antena "virtual", que é definida por um sinal de referência específico da porta de antena. Uma porta de antena é definida de maneira tal que o canal através do qual um símbolo na porta de antena é conduzido possa ser inferido a partir do canal através do qual um outro símbolo na mesma porta de antena é conduzido. O sinal correspondente a uma porta de antena pode ser possivelmente transmitido por diversas antenas físicas, que também podem ser geograficamente distribuídas. Em outras palavras, uma porta de antena pode ser virtualizada através de um ou diversos pontos de transmissão. Inversamente, um ponto de transmissão pode transmitir uma ou diversas portas de antena.
[008] Técnicas multiantenas podem aumentar significativamente as taxas de dados e a confiabilidade de um sistema de comunicação sem fio. O desempenho é melhorado em particular se tanto o transmissor quanto o receptor forem equipados com múltiplas antenas, o que resulta em um canal de comunicação de múltiplas entradas e múltiplas saídas (MIMO). Tais sistemas e/ou técnicas relacionados são comumente referidos como MIMO.
[009] O padrão de Evolução de Longo Prazo (LTE) está atualmente evoluído com suporte MIMO aprimorado. Um componente central em LTE é o suporte de implementações de antena MIMO e técnicas relacionadas a MIMO. Uma consideração de trabalho atual em LTE-Avançado, isto é, 3GPP Edição-10, é o suporte de um modo de multiplexação espacial de oito camadas, possivelmente, com pré-codificação dependente de canal. O modo de multiplexação espacial é visado para altas taxas de dados em condições favoráveis de canal. Uma ilustração do modo de multiplexação espacial é provida na Figura 1. Aqui, o sinal transmitido, representado por um vetor do símbolo que porta informação s é multiplicado por um matriz pré- codificadora NT x r, WN T • r, que serve para distribuir a energia de transmissão em um subespaço do espaço do vetor de dimensão NT, correspondente a portas de antena NT. A matriz pré-codificadora é tipicamente selecionada a partir de um livro de código de possíveis matrizes pré-codificadoras, e é tipicamente indicada por meio de um Indicador de Matriz Pré-codificadora (PMI), que, juntamente com um Indicador de Ranque (RI), especifica uma matriz pré-codificadora exclusiva no livro de código. Se a matriz pré- codificadora ficar confinada para ter colunas ortonormais, então, o desenho do livro de código das matrizes pré-codificadoras corresponde a um problema do empacotamento do subespaço Grassmanniano. Cada um dos símbolos r em s é parte de um fluxo contínuo de símbolo, uma assim denominada camada, e r é referido como o ranque ou ranque de transmissão. Desta maneira, multiplexação espacial é alcançada já que múltiplos símbolos podem ser transmitidos simultaneamente através do mesmo Elemento de Recurso (RE) ou Elemento de Recurso de Frequência Temporal (TFRE). O número de símbolos r é tipicamente adaptado para se adequar às atuais propriedades do canal.
[0010] LTE usa Multiplexação por Divisão de Frequência Ortogonal (OFDM) na ligação descendente e OFDM pré-codifcado por Transformada Discreta de Fourier (DFT) na ligação ascendente. O recurso físico LTE básico pode ser visto como uma grade de frequência temporal, da forma ilustrada na Figura 2, em que cada elemento de recurso de frequência temporal (TFRE) corresponde a uma subportadora durante um intervalo do símbolo OFDM, em uma porta de antena em particular. A alocação de recurso em LTE é descrita em termos de blocos de recurso, em que um bloco de recurso corresponde a um intervalo no domínio de tempo e 12 subportadoras contíguas de 15 kHz no domínio da frequência. Dois blocos de recurso consecutivos no tempo representam um par de blocos de recurso, que corresponde ao intervalo de tempo no qual o agendamento opera.
[0011] O vetor NR x 1, yn, recebido para um certo elemento de recurso na subportadora n ou, dito diferentemente, dados RE de número n ou TFRE de número n, considerando nenhuma interferência intercélulas, é modelado por
em que n denota uma ocasião de transmissão no tempo e na frequência, e en é um vetor de ruído e interferência obtido como realizações de um processo aleatório. O pré-codificador, ou matriz pré-codificadora, para o ranque r,
, pode ser um pré-codificador de banda larga, que pode ser constante durante a frequência, ou seletivo de frequência.
[0012] A matriz pré-codificadora é frequentemente escolhida para corresponder às características do canal MIMO NRxNT, Hn, também denotada matriz de canal, resultando em assim denominada pré-codificação dependente de canal. Quando com base em realimentação de Equipamento de Usuário (UE), esta também é comumente referida como pré-codificação em laço fechado e, essencialmente, aspira a focalizar a energia de transmissão em um subespaço que é forte no sentido de conduzir muito da energia transmitida para o UE ou o dispositivo sem fio. Além do mais, a matriz pré-codificadora também pode ser selecionada para aspirar à ortogonalização do canal, significando que, depois da equalização linear apropriada no UE ou no dispositivo sem fio, a interferência intercamadas é reduzida.
[0013] Na pré-codificação em laço fechado, o UE ou o dispositivo sem fio transmitem, com base nas medições de canal na ligação frontal, isto é, a ligação descendente, recomendações para o nó da rede de rádio ou a estação base de um pré-codificador adequado para uso. Um pré-codificador individual que supõe-se cobrir uma grande largura de banda, assim denominada pré- codificação em banda larga, pode ser realimentada. Também pode ser benéfico corresponder às variações de frequência do canal e, em vez disto, realimentar um relato de pré-codificação seletivo de frequência, por exemplo, diversos pré-codificadores, um por sub-banda. Este é um exemplo do caso mais geral da realimentação da Informação do Estado de Canal (CSI), que também abrange realimentar entidades ou informação diferentes de pré- codificadores para auxiliar o nó da rede de rádio ou a estação base nas subsequentes transmissões para o UE ou o dispositivo sem fio. Tal outra informação pode incluir Indicadores da Qualidade de Canal (CQIs), bem como Indicador de Ranque (RI).
[0014] Nas Edições 8 e 9 de LTE, a realimentação de CSI é dada em termos de um indicador do ranque (RI) da transmissão, um indicador de matriz pré-codificadora (PMI) e indicador(es) da qualidade de canal (CQI). O relato de CQI/RI/PMI pode ser de banda larga ou seletivo de frequência, dependendo de qual modo de relato é configurado. Isto significa que, para realimentação de CSI, LTE adotou um mecanismo de CSI implícito, em que um UE não relata explicitamente, por exemplo, os elementos de valor complexo de um canal efetivo medido, mas, em vez disto, o UE recomenda uma configuração de transmissão para o canal efetivo medido. A configuração de transmissão recomendada, assim, implicitamente, dá informação sobre o estado do canal básico.
[0015] O RI corresponde a um número recomendado de fluxos contínuos que devem ser espacialmente multiplexados e, assim, transmitidos em paralelo através do canal efetivo. O PMI identifica um pré-codificador recomendado (em um livro de código) para a transmissão, que diz respeito às características espaciais do canal efetivo. O CQI representa um tamanho de bloco de transporte recomendado, isto é, taxa de código. Há, assim, uma relação entre um CQI e uma Razão de Sinal por Interferência e Ruído (SINR) do(s) fluxo(s) contínuo(s) espacial(is) através do(s) qual(is) o bloco de transporte é transmitido. Portanto, estimativas de ruído e interferência são quantidades importantes durante a estimativa, por exemplo, do CQI, que é tipicamente estimado pelo UE ou pelo dispositivo sem fio e usado para adaptação de ligação e decisões de agendamento no lado do nó da rede de rádio ou da estação base.
[0016] O termo en em (1) representa ruído e interferência em um TFRE e é tipicamente caracterizado em termos de estatísticas de segunda ordem, tais como variância e correlação. A interferência pode ser estimada de diversas maneiras. Por exemplo, ela pode ser estimada como o ruído e a interferência residuais nos TFREs do Sinal de Referência Específico de Célula (CRS), depois que a sequência do CRS conhecida foi pré-subtraída, isto é, depois que o CRS foi cancelado. Uma ilustração de CRS para Rel-8 de LTE pode ser vista na Figura 3.
[0017] Em LTE Edição-10, uma nova sequência do símbolo de referência foi introduzida, o Sinal de Referência da Informação do Estado de Canal (CSI-RS), projetada para ser usada para estimar a informação do estado de canal. O CSI-RS provê diversas vantagens em relação à polarização da realimentação de CSI no CRS que foi usado, com este propósito, em edições prévias. Primeiramente, o CSI-RS não é usado para demodulação do sinal de dados e, assim, não exige a mesma densidade. Isto significa que o sobreprocessamento do CSI-RS é substancialmente menor, se comparado com aquele de CRS. Em segundo lugar, CSI-RS provê um meio muito mais flexível para configurar medições da realimentação de CSI: por exemplo, qual recurso CSI-RS medir pode ser configurado de uma maneira específica de UE. Além do mais, configurações de antena com mais de 4 antenas devem recorrer a CSI-RS para medições de canal, já que o CRS é definido apenas para, no máximo, 4 antenas.
[0018] Um exemplo detalhado que mostra quais elementos de recurso em um par de blocos de recurso podem ser potencialmente ocupados por RS e CSI-RS específico de UE é provido na Figura 4. Neste exemplo, o CSI-RS utiliza um código de cobertura ortogonal de comprimento dois para sobrepor duas portas de antena em dois REs consecutivos. Da forma vista, muitos diferentes padrões CSI-RS estão disponíveis. Para o caso de 2 portas de antena CSI-RS, por exemplo, há 20 diferentes padrões em um subquadro. O correspondente número de padrões é 10 e 5 para 4 e 8 portas de antena CSI- RS, respectivamente.
[0019] Um recurso CSI-RS pode ser descrito como o padrão de elementos de recurso no qual uma configuração de CSI-RS em particular é transmitida. Uma maneira de determinar um recurso CSI-RS é por uma combinação dos parâmetros "resourceConfig", "subframeConfig" e "antennaPortsCount", que podem ser configurados pela sinalização do Controle de Recurso de Rádio (RRC).
[0020] É relacionado ao CSI-RS o conceito de recursos de CSI-RS de zero energia, também conhecido como um CSI-RS atenuado, que são configurados somente como recursos CSI-RS regulares, de forma que um UE saiba que a transmissão de dados é mapeada ao redor destes recursos. A intenção dos recursos de CSI-RS de zero energia é habilitar a rede a atenuar a transmissão nos correspondentes recursos para estimular a SINR de um correspondente CSI-RS de energia não zero, possivelmente transmitido em uma célula / ponto de transmissão vizinhos. Para Rel-11 de LTE, um CSI-RS de zero energia especial que um UE é obrigado a usar para medir interferência mais ruído está sob discussão. Como o nome indica, um UE pode considerar que os TPs de interesse não estão transmitindo no recurso CSI-RS atenuado e a energia recebida pode, portanto, ser usada como uma medida do nível de interferência mais ruído. Com o propósito de melhores medições de interferência, o acordo em LTE Edição 11 é que a rede será capaz de configurar um UE para medir a interferência em um Recurso de Medição de Interferência (IMR) em particular que identifica um conjunto em particular de TFREs que deve ser usado para uma correspondente medição de interferência.
[0021] Com base em um recurso CSI-RS especificado, que define um canal efetivo para a transmissão de dados, e em uma configuração de medição de interferência, por exemplo, um recurso CSI-RS atenuado, o UE pode estimar o canal efetivo e ruído mais interferência, e, consequentemente, também determinar quais ranque, pré-codificador e formato de transporte recomendar que melhor corresponde ao canal efetivo em particular.
[0022] Transmissão e recepção CoMP dizem respeito a um sistema em que a transmissão e/ou a recepção em múltiplos locais de antena geograficamente separados são coordenadas a fim de melhorar o desempenho do sistema. Mais especificamente, CoMP diz respeito à coordenação de arranjos de antena que tem diferentes áreas de cobertura geográficas. A coordenação entre pontos pode ser tanto distribuída, por meio de comunicação direta entre os diferentes locais, quanto por meio de um nó de coordenação central. Uma possibilidade de coordenação adicional é um "agrupamento flutuante", em que cada ponto de transmissão é conectado em, e coordena, um certo conjunto de vizinhos (por exemplo, dois vizinhos). Um conjunto de pontos que realiza transmissão e/ou recepção coordenadas é referido como um agrupamento de coordenação CoMP, um agrupamento de coordenação ou, simplesmente, como um agrupamento a seguir. Em particular, um objetivo de uso de CoMP em uma rede de comunicações sem fio é distribuir o desempenho percebido pelo usuário mais uniformemente na rede pela tomada do controle da interferência no sistema, tanto pela redução da interferência e/ou pela melhor previsão da interferência. Operação CoMP visa a muitas diferentes implementações, incluindo coordenação entre locais e setores em implementações macrocelulares, bem como diferentes configurações de implementações heterogêneas, em que, por exemplo, um macronó coordena a transmissão com piconós na macroárea de cobertura. Nas Figuras 5 - 7, exemplos de implementações da rede de comunicações sem fio com agrupamentos de coordenação CoMP que compreendem três pontos de transmissão, denotados TP1, TP2 e TP3, são mostrados. O termo CoMP é algumas vezes entendido para implicar que diferentes pontos de transmissão têm diferentes locais geográficos. Entretanto, com os propósitos das modalidades desta divulgação, o aspecto da transmissão coordenada é relevante, também, para situações em que pontos de transmissão envolvidos na transmissão coordenada têm o mesmo local geográfico. Por exemplo, múltiplos pontos de transmissão podem, neste contexto, compartilhar os mesmos elementos de antena físicos, mas podem usar diferentes virtualizações, por exemplo, diferentes direções do feixe, da forma aqui mencionada na discussão anterior sobre pontos de transmissão. Embora CoMP seja referido como um exemplo na seguinte discussão desta divulgação, ele não deve ser entendido como limitante para a aplicabilidade dos preceitos aqui expostos.
[0023] Há muitos diferentes esquemas de transmissão CoMP que são considerados, por exemplo:
[0024] Supressão de Ponto Dinâmico, em que múltiplos pontos de transmissão coordenam a transmissão de forma que pontos de transmissão vizinhos possam atenuar as transmissões nos recursos de frequência temporal (TFREs) que são alocados em UEs que experimentam interferência significativa.
[0025] Formação de Feixe Coordenada, em que os TPs coordenam as transmissões no domínio espacial pela formação de feixe da energia de transmissão de uma maneira tal que a interferência nos UEs servidos pelos TPs vizinhos seja suprimida.
[0026] Seleção de Ponto Dinâmica, em que a transmissão de dados para um UE pode comutar dinamicamente (em tempo e frequência) entre diferentes pontos de transmissão, de forma que os pontos de transmissão sejam completamente utilizados.
[0027] Transmissão Conjunta, em que o sinal para um UE é simultaneamente transmitido a partir de múltiplos TPs no mesmo recurso de tempo / frequência. O objetivo da transmissão conjunta (JT) é aumentar a energia do sinal recebida e/ou reduzir a interferência recebida, se os TPs cooperantes, em outras circunstâncias, servirem alguns outros UEs sem levar o UE JT em consideração.
[0028] Um denominador comum para os esquemas de transmissão CoMP é que a rede precisa da informação CSI não apenas para o TP de serviço, mas, também, para os canais que ligam os TPs vizinhos a um terminal ou UE. Por exemplo, pela configuração de um recurso CSI-RS exclusivo por TP, um UE pode resolver os canais efetivos para cada TP pelas medições no correspondente CSI-RS. Note que é provável que o UE não esteja ciente da presença física de um TP em particular, e ele é configurado apenas para medir um recurso CSI-RS em particular, sem sabe de nenhuma associação entre o recurso CSI-RS e um TP.
[0029] Diversos diferentes tipos de realimentação CoMP são possíveis. A maior parte das alternativas são com base em realimentação de CSI-RS conforme recurso, possivelmente, com agregação de CQI de múltiplos recursos CSI-RS, e, também, possivelmente, com algum tipo de informação de cofaseamento entre recursos CSI-RS. O seguinte é uma lista não exaustiva de alternativas relevantes (note que uma combinação de qualquer uma destas alternativas também é possível):
[0030] Realimentação de CSI-RS conforme recurso corresponde ao relato separado de informação do estado de canal (CSI) pra cada um de um conjunto de recursos CSI-RS. Um relato de CSI como este pode, por exemplo, compreender um ou mais de um Indicador de Matriz Pré- codificadora (PMI), um Indicador de Ranque (RI) e/ou um Indicador da Qualidade de Canal (CQI), que representam uma configuração recomendada para uma transmissão em ligação descendente hipotética através das mesmas antenas usadas para o CSI-RS associado, ou o RS usado para a medição de canal. Mais no geral, a transmissão recomendada deve ser mapeada para antenas físicas, da mesma maneira que os símbolos de referência usados para a medição de canal de CSI.
[0031] Tipicamente, há um mapeamento um para um entre um CSI- RS e um TP, em cujo caso a realimentação de CSI-RS conforme recurso corresponde à realimentação conforme TP; isto é, um PMI/RI/CQI separado é relatado para cada TP. Note que pode haver interdependências entre os relatos de CSI; por exemplo, eles podem ser restritos a ter o mesmo RI. Interdependências entre relatos de CSI têm muitas vantagens, tais como: reduzido espaço de busca quando o UE computar realimentação, reduzido sobreprocessamento de realimentação e, no caso de reuso de RI, há uma reduzida necessidade de realizar neutralização de ranque no eNóB.
[0032] Os recursos CSI-RS considerados são configurados pelo eNóB como o Conjunto de Medição CoMP. No exemplo mostrado na Figura 5, diferentes conjuntos de medição podem ser configurados para dispositivos sem fio 540 e 550. Por exemplo, o conjunto de medição para dispositivo sem fio 540 pode consistir em recursos CSI-RS transmitidos por TP1 e TP2, já que estes pontos podem ser adequados para transmissão para o dispositivo 540. O conjunto de medição para o dispositivo sem fio 550 pode, em vez disto, ser configurado para consistir em recursos CSI-RS transmitidos por TP2 e TP3. Os dispositivos sem fio relatarão informação CSI para os pontos de transmissão correspondentes a seus respectivos conjuntos de medição, desse modo, habilitando a rede, por exemplo, a selecionar o ponto de transmissão mais apropriado para cada dispositivo.
[0033] Realimentação agregada corresponde a um relato de CSI para um canal que corresponde a uma agregação de múltiplos CSI-RS. Por exemplo, um PMI/RI/CQI conjunto pode ser recomendado para uma transmissão conjunta através de todas as antenas associadas com os múltiplos CSI-RS.
[0034] Uma busca conjunta pode, entretanto, ser muito computacionalmente exigente para o UE, e uma forma simplificada de agregação é avaliar um CQI agregado que é combinado com PMIs conforme recurso CSI-RS, que, tipicamente, devem ser, todos, do mesmo ranque correspondente ao CQI ou CQIs agregados. Um esquema como este também tem a vantagem de que a realimentação agregada pode compartilhar muita informação com uma realimentação de CSI-RS conforme recurso. Isto é benéfico, em virtude de muitos esquemas de transmissão CoMP exigirem realimentação de CSI-RS conforme recurso, e, para habilitar flexibilidade do eNóB na seleção dinâmica do esquema CoMP, realimentação agregada será tipicamente transmitida em paralelo com realimentação de CSI-RS conforme recurso. Para suportar transmissão conjunta coerente, tais PMIs conforme recursos CSI-RS podem ser aumentados com informação de cofaseamento que habilita o eNóB a rotacionar os PMIs conforme recurso CSI-RS, de forma que os sinais combinem coerentemente no receptor.
[0035] For eficiente operação de transmissão CoMP ou coordenada, é igualmente importante capturar considerações de interferência apropriadas durante a determinação dos CQIs como eles estão para capturar o sinal desejado recebido apropriado. Em um agrupamento de coordenação, um eNóB pode, em um amplo grau, controlar quais TPs interferem em um UE em qualquer TFRE em particular. Portanto, haverá múltiplas hipóteses de interferência, dependendo de quais TPs estão transmitindo dados para outros terminais. Em outras palavras, a rede pode, assim, controlar a interferência vista em um IMR, por exemplo, pela atenuação de todos os TPs em um agrupamento de coordenação nos TFREs associados, em cujo caso, o terminal medirá efetivamente a interferência interagrupamentos CoMP. No exemplo mostrado na Figura 5, isto corresponderá à atenuação TP1, TP2 e TP3 nos TFREs associados com o IMR. Entretanto, é essencial que um eNóB possa avaliar precisamente o desempenho de um UE, dadas as diferentes hipóteses de transmissão CoMP - caso contrário, a coordenação dinâmica torna-se insignificante. Assim, o sistema precisa poder rastrear / estimar, também, diferentes níveis de interferência intra-agrupamento correspondentes a diferentes hipóteses de transmissão e supressão.
[0036] Considere, por exemplo, um esquema de supressão de ponto dinâmico, em que há pelo menos duas hipóteses de interferência relevantes para um UE em particular: em uma hipótese de interferência, o UE não vê interferência do ponto de transmissão coordenado; e, na outra hipótese, o UE vê interferência do ponto vizinho. Para habilitar a rede a determinar efetivamente se um TP deve ser atenuado ou não, a rede pode configurar o UE a relatar dois ou, no geral, múltiplos CSIs correspondentes a diferentes hipóteses de interferência. Continuando o exemplo da Figura 5, considere que o dispositivo sem fio 550 é configurado para medir CSI a partir de TP3. Entretanto, pode haver, potencialmente, uma transmissão interferente a partir de TP2, dependendo de como a rede agenda a transmissão. Assim, a rede pode configurar o dispositivo 550 para medir o CSI-RS transmitido por TP3 para duas hipóteses de interferência, a primeira sendo que TP2 está silente, e a outra que TP2 está transmitindo um sinal interferente.
[0037] Para colher os ganhos da introdução de transmissão coordenada ou realimentação CoMP, é essencial que um nó da rede de rádio ou estação base, por exemplo, um eNóB, possa prever precisamente o desempenho de um UE ou dispositivo sem fio para várias hipóteses de transmissão coordenada, a fim de selecionar uma atribuição da ligação descendente apropriada. Para este fim, medições de interferência precisas em um terminal são um elemento chave para relato de CSI que visa a diferentes hipóteses de transmissão. Entretanto, soluções do estado da arte atuais para medições de interferência são restritas pelos atuais padrões e/ou limitações impostos pela atenuação específica do UE de canais de dados, tornando as medições de interferência precisas difíceis, em particular, para sistemas CoMP que empregam seleção de ponto dinâmico e/ou transmissão conjunta, em que o associação do ponto de transmissão a um UE varia dinamicamente no tempo. Além do mais, é essencial que, quando a configuração de transmissão, por exemplo, a associação do ponto de transmissão, ao UE variar dinamicamente no tempo, o UE ainda seja capaz de decodificar corretamente transmissões recebidas.
[0038] Assim, há uma necessidade de melhor tratamento das configurações de atenuação, tal como atenuação específica do UE dos canais de dados, quando diferentes configurações de transmissão estiverem disponíveis para transmitir sinais portadores de informação em um sistema de comunicações sem fio.
SUMÁRIO
[0039] Portanto, é um objetivo de pelo menos algumas modalidades da presente divulgação aumentar as possibilidades de decodificar corretamente sinais portadores de informação recebidos em um nó receptor quando diferentes configurações de transmissão estiverem disponíveis para transmitir os sinais portadores de informação em um sistema de comunicações sem fio. É um objetivo adicional para aumentar as possibilidades de atenuação específica do UE dos canais de dados para transmissão CoMP em um sistema de comunicações sem fio.
[0040] De acordo com um primeiro aspecto, estes e ainda outros objetivos são alcançados por um método em um nó receptor para receber um sinal portador de informação que é transmitido para o nó receptor por um nó transmissor. O nós receptores e transmissores ficam compreendidos em um sistema de comunicações sem fio. Uma pluralidade de configurações de transmissão está disponível para transmitir o dito sinal portador de informação para o dito nó receptor. O método compreende receber uma mensagem de configuração dinâmica a partir do nó transmissor. A mensagem de configuração dinâmica identifica, para o dito nó receptor, pelo menos uma configuração de atenuação dentre uma pluralidade de possíveis configurações de atenuação. O método compreende adicionalmente receber o dito sinal portador de informação a partir do nó transmissor e decodificar o dito sinal portador de informação recebido levando a dita pelo menos uma configuração de atenuação em consideração. A pelo menos uma configuração de atenuação é levada em conta pela consideração de que nenhuma informação que espera- se que seja decodificada pelo nó receptor é transmitida nos Elementos de Recurso de Frequência Temporal, TFREs, identificados como atenuados pela dita pelo menos uma configuração de atenuação.
[0041] De acordo com um segundo aspecto, estes e ainda outros objetivos são alcançados por um método em um nó transmissor para transmitir um sinal portador de informação para um nó receptor. Os nós receptores e transmissores ficam compreendidos em um sistema de comunicações sem fio. Uma pluralidade de configurações de transmissão está disponível para transmitir o dito sinal portador de informação para o dito nó receptor. O método compreende determinar uma pluralidade de configurações de atenuação. Cada configuração de atenuação na dita pluralidade de configurações de atenuação corresponde a pelo menos uma configuração de transmissão na dita pluralidade de configurações de transmissão. O método compreende selecionar uma configuração de transmissão a partir da dita pluralidade de configurações de transmissão para transmitir o dito sinal portador de informação para o dito nó receptor e transmitir uma mensagem de configuração dinâmica para o dito nó receptor. A mensagem de configuração dinâmica identifica, para o dito nó receptor, a pelo menos uma configuração de atenuação dentre a dita pluralidade de configurações de atenuação que correspondem à dita configuração de transmissão selecionada. O método compreende adicionalmente transmitir o dito sinal portador de informação para o dito nó receptor em uma transmissão de acordo com a dita configuração de transmissão selecionada, em que a transmissão é atenuada de acordo com a pelo menos uma configuração de atenuação identificada.
[0042] De acordo com um terceiro aspecto, estes e ainda outros objetivos são alcançados por um nó receptor para receber um sinal portador de informação a partir de um nó transmissor. O nó receptor é configurável para comunicar com o nó transmissor em um sistema de comunicações sem fio. Uma pluralidade de configurações de transmissão está disponível para transmitir o dito sinal portador de informação para o dito nó receptor. O nó receptor compreende sistema de circuitos de rádio e sistema de circuitos de processamento. O sistema de circuitos de processamento é configurado para receber uma mensagem de configuração dinâmica a partir do nó transmissor por meio do dito sistema de circuitos de rádio. A mensagem de configuração dinâmica identifica, para o dito nó receptor, pelo menos uma configuração de atenuação dentre uma pluralidade de possíveis configurações de atenuação. O sistema de circuitos de processamento é adicionalmente configurado para receber o dito sinal portador de informação a partir do nó transmissor por meio do dito sistema de circuitos de rádio e para decodificar o dito sinal portador de informação recebido levando a dita pelo menos uma configuração de atenuação em consideração. A pelo menos uma configuração de atenuação é levada em conta pela consideração de que nenhuma informação que espera- se que seja decodificada pelo nó receptor é transmitida nos Elementos de Recurso de Frequência Temporal, TFREs, identificados como atenuados pela dita pelo menos uma configuração de atenuação.
[0043] De acordo com um quarto aspecto, estes e ainda outros objetivos são alcançados por um nó transmissor para transmitir um sinal portador de informação para um nó receptor. O nó transmissor é configurado para ser conectável no sistema de circuitos de rádio para comunicar com o nó receptor. O nó transmissor é, assim, configurável para comunicar com o nó receptor em um sistema de comunicações sem fio. Uma pluralidade de configurações de transmissão está disponível para transmitir o dito sinal portador de informação por meio do dito sistema de circuitos de rádio para o dito nó receptor. O nó transmissor compreende sistema de circuitos de processamento configurado para determinar uma pluralidade de configurações de atenuação. Cada configuração de atenuação na dita pluralidade de configurações de atenuação corresponde a pelo menos uma configuração de transmissão na dita pluralidade de configurações de transmissão. O sistema de circuitos de processamento é adicionalmente configurado para selecionar uma configuração de transmissão a partir da dita pluralidade de configurações de transmissão para transmitir o dito sinal portador de informação para o dito nó receptor. O sistema de circuitos de processamento é adicionalmente configurado para transmitir uma mensagem de configuração dinâmica para o dito nó receptor por meio do dito sistema de circuitos de rádio. A mensagem de configuração dinâmica identifica, para o dito nó receptor, a pelo menos uma configuração de atenuação dentre a dita pluralidade de configurações de atenuação que correspondem à dita configuração de transmissão selecionada. O sistema de circuitos de processamento é adicionalmente configurado para transmitir, por meio do dito sistema de circuitos de rádio, o sinal portador de informação para o dito nó receptor em uma transmissão de acordo com a configuração de transmissão selecionada, em que a transmissão é atenuada de acordo com a pelo menos uma configuração de atenuação identificada.
[0044] Os objetivos expostos são alcançados já que uma pluralidade de configurações de atenuação são determinadas pelo nó transmissor e pelo menos uma configuração de atenuação corresponde a uma configuração de transmissão selecionada usada pelo nó transmissor para transmitir um sinal portador de informação para o nó receptor que foi informado em uma mensagem de configuração dinâmica sobre a pelo menos uma configuração de atenuação, de forma que ele possa ser aplicado durante a decodificação do sinal portador de informação recebido, desse modo, habilitando que o nó receptor decodifique corretamente sinais portadores de informação recebidos.
[0045] Além do mais, as possibilidades de ter configurações de atenuação, por exemplo, para atenuação de canais de dados para transmissão CoMP, que são específicas de um nó receptor, tal como um UE, são melhoradas quando a configuração de atenuação aplicada no nó receptor for colocada em correspondência com as configurações de atenuação aplicadas pelos pontos de transmissão envolvidos na configuração de transmissão selecionada através da mensagem de configuração dinâmica.
[0046] Um efeito dos métodos é que adaptação de ligação e relato de CSI são melhorados no sistema sem fio quando as configurações de atenuação dos nós receptores ficarem de acordo com as configurações de atenuação aplicadas em diferentes pontos de transmissão a partir dos quais o sinal portador de informação é transmitido para os nós receptores.
[0047] Além do mais, as medições de interferência podem ser feitas para refletir melhor o desempenho quando houver interferência intra- agrupamento real presente sem polarização imposta pela variação da carga do tráfego no sistema. Isto se traduzirá em melhores adaptação de ligação e eficiência espectral no sistema sem fio.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0048] A Figura 1 é um diagrama de blocos esquemático que ilustra a estrutura de transmissão do modo de multiplexação espacial pré-codifcado em LTE.
[0049] A Figura 2 é um diagrama esquemático que ilustra a grade de recurso de frequência temporal LTE.
[0050] A Figura 3 é um diagrama esquemático que ilustra sinais de referência específicos de célula.
[0051] A Figura 4 é um diagrama esquemático que mostra esquemas de exemplo dos sinais de referência.
[0052] A Figura 5 é um diagrama esquemático que ilustra um agrupamento de coordenação em uma rede sem fio.
[0053] A Figura 6 é um diagrama esquemático que ilustra um agrupamento de coordenação em uma rede sem fio.
[0054] A Figura 7 é um diagrama esquemático que ilustra um agrupamento de coordenação em uma rede sem fio.
[0055] A Figura 8 é um diagrama esquemático que ilustra um cenário em um agrupamento de coordenação em uma rede sem fio.
[0056] A Figura 9 representa fluxogramas que ilustram métodos de acordo com algumas modalidades.
[0057] A Figura 10 é um diagrama de blocos que ilustra um nó transmissor de acordo com algumas modalidades.
[0058] A Figura 11 é um diagrama de blocos que ilustra um nó receptor de acordo com algumas modalidades.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0059] Nesta seção, a invenção será ilustrada com mais detalhes por algumas modalidades exemplares. Deve-se notar que estas modalidades não são mutuamente exclusivas. Componentes de uma modalidade podem ser tacitamente considerados presentes em uma outra modalidade, e será entendido pelos versados na técnica como estes componentes podem ser usados nas outras modalidades exemplares.
[0060] Deve-se notar que, embora terminologia de LTE do Projeto de Parceria da 3a Geração (3GPP) tenha sido usada nesta divulgação para exemplificar a invenção, isto não deve ser visto como limitante do escopo da invenção apenas ao supramencionado sistema. Outros sistemas sem fio, incluindo sistemas de Acesso Múltiplo por Divisão de Código em Banda Larga (WCDMA), de Interoperabilidade Mundial para Acesso em MicroOndas (WiMax), de Banda Larga Ultra Móvel (UMB) e Sistema Global para Comunicações Móveis (GSM), também pode se beneficiar da exploração das ideias cobertas nesta divulgação.
[0061] Adicionalmente, terminologia, tais como eNóB e UE, deve ser considerada como não limitante e, em particular, não implica em uma certa relação hierárquica entre os dois; no geral os termos "eNóB" ou estação base podem ser considerados como um primeiro dispositivo, primeiro nó ou nó transmissor e o termo "UE" pode ser considerado como um segundo dispositivo, segundo nó ou nó receptor, e estes dois dispositivos comunicam um com o outro através de um canal de rádio que pode ser de vários tipos, por exemplo, um canal de múltiplas entradas e múltiplas saídas, "MIMO". Aqui, também focalizamos em transmissões sem fio na ligação descendente, isto é, do eNóB para o UE, mas os preceitos das modalidades aqui descritas são igualmente aplicáveis na ligação ascendente, isto é, do UE para o eNóB. Assim, em tais modalidades, o nó receptor pode ser o eNóB ou a estação base e o nó transmissor pode ser o UE.
[0062] Da forma supramencionada, recursos de medição de interferência (IMRs) são adotados pelo padrão LTE para habilitar que a rede controle melhor as medições de interferência nos UEs. Pela atenuação de um conjunto em particular de pontos de transmissão em um IMR correspondente, um UE medirá apenas a interferência residual ocasionada por qualquer ponto de transmissão não atenuado na vizinhança. Portanto, em um agrupamento coordenado de pontos de transmissão, o IMR é uma poderosa ferramenta para medir a interferência residual não controlada fora do agrupamento coordenado, quando todos os pontos de transmissão coordenados forem atenuados nos elementos de recurso do IMR. Entretanto, para selecionar uma configuração de transmissão para um UE, o sistema precisa poder rastrear / estimar, também, diferentes níveis de interferência intra-agrupamento correspondente a diferentes hipóteses de transmissão e supressão. Portanto, foi proposto permitir a configuração de múltiplos IMRs distintos, em que a rede é responsável por realizar diferentes hipóteses de interferência relevantes (intra-agrupamento) nos diferentes IMRs, por exemplo, pela atenuação das transmissões de dados desta maneira em diferentes pontos de transmissão, e que um UE deva ser capaz de realizar múltiplas medições de interferência, correspondentes a diferentes hipóteses de interferência intra-agrupamento, por meio de configuração de múltiplos IMRs, assim, habilitando o relato de CQI para as diferentes hipóteses de interferência. Portanto, pela associação de um CQI em particular relatado com um IMR em particular, os CQIs relevantes podem se tornar disponíveis para a rede para efetivo agendamento.
[0063] Assim, a rede será responsável pela configuração das transmissões, de forma que a interferência medida nos diferentes IMRs corresponda às hipóteses de interferência desejadas; isto é, para cada IMR, um conjunto de pontos de transmissão será atenuado, e interferência intra- agrupamento apenas dos pontos de transmissão coordenados (e não coordenados) restantes estarão presentes no IMR.
[0064] Os inventores perceberam que, em sistemas em que a transmissão para um UE específico envolve, ou muda entre, múltiplos pontos de transmissão, tais como sistemas que operam com seleção de ponto dinâmica e/ou transmissão conjunta, isto é, transmissão a partir de múltiplos pontos de transmissão, haverá uma divergência entre um padrão de atenuação configurado específico do UE, e um dos padrões de atenuação visados potencialmente diferentes dos dois pontos de transmissão diferentes envolvidos. Esta situação é ilustrada na Figura 8, em que um UE 803 foi configurado com uma configuração de atenuação 815 pela rede, por exemplo, na sinalização RRC, em que o UE 803 deve esperar TFREs compreendidos em IMR2 855 e IMR3 860 para serem atenuados, enquanto que o UE 803 deve esperar que transmissões podem ocorrer no IMR1 850. O UE 803 está atualmente conectado na rede por meio de TP1 801. Este ponto de transmissão foi configurado pela rede com uma configuração de atenuação 810 de acordo com a qual transmissões são atenuadas em IMR2 840 e IMR3 845, enquanto que transmissões podem ocorrer em IMR1 835. Como esta também é a configuração de atenuação do UE 803, o UE 803 será capaz de demodular / decodificar palavras códigos que são mapeadas ao redor dos TFREs atenuados de IMR2 e IMR3. Se, entretanto, a conexão do UE 803 na rede comutar para TP2 802, haverá uma divergência entre a configuração de atenuação 805 de TP2 802 e a configuração de atenuação 815 do UE 803. Por exemplo, UE 803 esperará transmissões nos TFREs de IMR1 850, enquanto que, de acordo com a configuração de atenuação 805 de TP2 802, IMR1 820 será atenuado. Isto significa que o UE 803 não será capaz de demodular / decodificar palavras códigos que são mapeadas ao redor dos TFREs atenuados de IMR1, significando que o UE 803, então, não será mais capaz de interpretar a informação transmitida. Se, por outro lado, TP2 802, então, transmitir em IMR1 820, ele mudará os resultados das medições feitas por outros UEs em IMR1 820, de forma que estas medições não mais darão informação adequada para relato de CSI. Isto deteriorará a adaptação de ligação e degradará o desempenho e a eficiência espectral gerais da rede.
[0065] De acordo com modalidades desta divulgação, esta situação é evitada pela configuração dinâmica de um UE com uma configuração de atenuação aplicável para a configuração de transmissão selecionada. Isto significa que, dependendo de qual ponto ou pontos de transmissão forem selecionados para transmissões para o UE, o UE é configurado por um nó da rede de rádio, tal como um eNóB, com um padrão de atenuação de dados / controle dinamicamente configurável, isto é, um conjunto de TFREs que o UE deve esperar que sejam atenuados, que é compatível com o padrão de atenuação ou padrões dos um ou mais pontos de transmissão. Isto pode ser, por exemplo, implementado na forma de uma tabela 870 das configurações de atenuação 875, 880, 885, em que cada configuração de atenuação é aplicável em pelo menos uma configuração de transmissão. No exemplo da Figura 8, configuração de atenuação Atenuação1 875 corresponde a uma configuração de transmissão em que transmissões para o UE 803 são transmitidas a partir de TP1 801, a configuração de atenuação Atenuação2 880 corresponde a uma configuração de transmissão em que transmissões para o UE 803 são transmitidas a partir de TP2 802 e a configuração de atenuação Atenuação3 885 corresponde a uma configuração de transmissão em que transmissões para o UE 803 são transmitidas a partir de TP1 801 e TP2 802. Neste último caso, o UE 803 deve, assim, considerar que nenhuma atenuação é feita em IMR1 835 e IMR2 825, enquanto que IMR3 é atenuado, já que nem TP1 801 nem TP2 802 transmitem em IMR3 830, 845.
[0066] Pela sinalização dinâmica para o UE, por exemplo, pela indicação por bits em um formato da Informação de Controle da Ligação Descendente (DCI) no PDCCH, um indicador da configuração ou das configurações de atenuação que determina quais elementos de recurso que devem ser considerados atenuados, por exemplo, em uma transmissão de dados em ligação descendente, o padrão de atenuação pode ser ajustado para corresponder a um padrão de atenuação desejado para o(s) ponto(s) de transmissão específico(s) que está(ão) transmitindo para o UE em uma dada instância. Isto resolve o problema de divergências entre uma configuração de atenuação específica de UE e o padrões de atenuação desejados para um ponto de transmissão específico.
[0067] Uma outra dificuldade durante a operação da transmissão e recepção coordenada, por exemplo CoMP, em agrupamentos de coordenação em que diferentes pontos de transmissão pertencem a diferentes células, é que os diferentes pontos de transmissão podem, primeiramente, transmitir CRS em diferentes conjuntos de TFREs, por exemplo, correspondentes a diferentes configurações de CRS que compreendem diferentes deslocamentos de CRS e número de portas de antena CRS e, em segundo lugar, podem ter diferentes regiões do PDCCH; isto é, o número de símbolos OFDM iniciais que são devotados ao PDCCH pode ser diferente. Isto se torna desafiador quando a transmissão no PDSCH para um UE que é conectado em uma única célula de serviço de um dos pontos de transmissão for comutada para um ponto de transmissão vizinho, já que o PDSCH, então, pode colidir com o PDCCH e o CRS transmitido por este ponto de transmissão vizinho. Estes problemas também são aliviados por modalidades desta divulgação.
[0068] A Figura 5 ilustra um exemplo de sistema de comunicações sem fio 500 no qual várias modalidades da invenção podem ser implementadas. Os três pontos de transmissão 510, 520 e 530 formam um agrupamento de coordenação CoMP. A seguir, com propósitos de ilustração e não limitação, será considerado que o sistema de comunicações 500 é um sistema LTE. Pontos de transmissão 510, 520 e 530 são unidades de rádio remoto (RRUs), controladas pelo eNóB 560. Em um cenário alternativo (não mostrado), os pontos de transmissão podem ser controlados por eNósB separados. Deve ser percebido que, falando no geral, cada nó de rede, por exemplo, eNóB, pode controlar um ou mais pontos de transmissão, que podem ser tanto fisicamente colocalizado com o nó de rede quanto geograficamente distribuídos. No cenário mostrado na Figura 5, considera-se que os pontos de transmissão 510, 520 e 530 são conectados em eNóB 560, por exemplo, por cabo ótico ou uma conexão de micro-ondas ponto a ponto. No caso em que alguns ou todos os pontos de transmissão que formam o agrupamento forem controlados por diferentes eNósB, estes eNósB serão considerados conectados uns nos outros, por exemplo, por meio de uma rede de transporte, para poder trocar informação para possível coordenação de transmissão e recepção.
[0069] Deve ser percebido que, embora exemplos, aqui, digam respeito a um eNóB, com propósitos de ilustração, a invenção se aplica em qualquer nó de rede. Pretende-se que a expressão "nó de rede", da forma usada nesta divulgação, abranja qualquer estação base de rádio, por exemplo, um eNóB, NóB, eNóB doméstico ou NóB doméstico, ou qualquer outro tipo de nó de rede que controla todo ou parte de um agrupamento CoMP.
[0070] O sistema de comunicações 500 compreende adicionalmente dois dispositivos sem fio 540 e 550. No contexto desta divulgação, o termo "dispositivo sem fio" abrange qualquer tipo de nó sem fio que pode comunicar com um nó de rede, tal como uma estação base, ou com um outro dispositivo sem fio pela transmissão e/ou recepção de sinais sem fio. Assim, o termo "dispositivo sem fio" abrange, mas sem limitações: um equipamento de usuário, um terminal móvel, um dispositivo sem fio estacionário ou móvel para comunicação máquina a máquina, um cartão sem fio integrado ou embutido, um cartão sem fio externamente plugado, um dongle, etc. O dispositivo sem fio também pode ser um nó de rede, por exemplo, uma estação base. Por toda esta divulgação, sempre que o termo "equipamento de usuário" for usado, este não deve ser interpretado como limitante, mas deve ser entendido como abrangendo todos os dispositivos sem fio definidos anteriormente.
[0071] Um recurso do sinal de referência compreende um conjunto de elementos de recurso no qual um ou mais sinais de referência correspondentes a um sinal desejado são recebidos. Em modalidades em particular, o recurso do sinal de referência é um recurso CSI-RS. Entretanto, o recurso do sinal de referência pode ser qualquer outro tipo de recurso RS que pode ser usado para estimar um sinal desejado, por exemplo, um recurso CRS.
[0072] Mais no geral, algumas modalidades proveem um método em um nó receptor para receber um sinal portador de informação, como será agora descrito em relação à Figura 5 e ao fluxograma da Figura 9. O sinal portador de informação é transmitido para o nó receptor 540 por um nó transmissor 560. O nó receptor 540 e o nó transmissor 560 ficam compreendidos em um sistema de comunicações sem fio 500. Uma pluralidade de configurações transmissoras, também denotadas como configurações de transmissão, estão disponíveis para transmitir o sinal portador de informação para o nó receptor 540. Uma configuração de transmissão pode envolver a transmissão a partir de um ou mais pontos de transmissão 510, 520, 530 controlados pelo nó transmissor 560. Outras configurações de transmissão podem, além do mais, envolver pelo menos um ponto de transmissão controlado por um nó transmissor vizinho. O nó receptor 540 pode ser, por exemplo, um UE ou um dispositivo sem fio. O nó transmissor 560 pode ser, por exemplo, um nó da rede de rádio, tal como um eNóB. O sistema de comunicações sem fio 500 pode, em algumas modalidades, ser configurado para aplicar Transmissão MultiPontos Coordenada para transmissões para o nó receptor 540. Pelo menos algumas da pluralidade de configurações de transmissão podem, então, ser providas pela transmissão CoMP. O nó receptor 540 pode ser configurado para realimentar CSI para transmissão CoMP, ou ser capaz de fazê-lo.
[0073] Na etapa 910 o nó receptor 540 recebe uma mensagem de configuração dinâmica a partir do nó transmissor 560. A mensagem de configuração dinâmica identifica pelo menos uma configuração de atenuação ao nó receptor, dentre uma pluralidade de possíveis configurações de atenuação. A pluralidade de configurações de atenuação podem compreender configurações de atenuação que cobrem Elementos de Recurso de Frequência Temporal (TFREs) que são configuráveis em CSI-RS de zero energia, isto é, que podem ser configurados como configurações de CSI-RS de zero energia. Adicionalmente ou alternativamente, a pluralidade de configurações de atenuação podem compreender pelo menos uma configuração de atenuação que cobre TFREs de pelo menos uma configuração de CRS. Além do mais, a pluralidade de configurações de atenuação podem compreender pelo menos uma configuração de atenuação que cobre todos os TFREs de um símbolo OFDM. Em algumas modalidades, uma configuração de atenuação que cobre TFREs que são configuráveis em CSI-RS de zero energia pode, além do mais, cobrir TFREs de pelo menos uma configuração de CRS e/ou todos os TFREs de um símbolo OFDM.
[0074] Em algumas modalidades, a pelo menos uma configuração de atenuação pode ser identificada por um indicador na mensagem de configuração dinâmica. O indicador pode compreender um ou mais bits em um formato de Informação de Controle da Ligação Descendente, DCI. A pelo menos uma configuração de atenuação pode compreender uma configuração do Sinal de Referência da Informação do Estado de Canal, CSI-RS, de zero energia. De acordo com algumas modalidades, a pelo menos uma configuração de atenuação pode cobrir Adicionalmente ou alternativamente, TFREs de pelo menos uma configuração do Sinal de Referência Específico de Célula, CRS, e/ou todos os TFREs de um símbolo de Multiplexação por Divisão de Frequência Ortogonal, OFDM.
[0075] Na etapa 920, o nó receptor 540 recebe o sinal portador de informação a partir do nó transmissor 560. O sinal portador de informação pode ser recebido a partir do nó transmissor 560 em uma transmissão coordenada por meio de um ou mais pontos de transmissão 510, 520, 530. Os pontos de transmissão podem, em algumas modalidades, ser controlados pelo nó transmissor 560. Em outras modalidades, pelo menos um dos um ou mais pontos de transmissão podem ser controlados por um nó transmissor vizinho. A transmissão coordenada pode, em algumas modalidades, ser uma transmissão MultiPontos Coordenada. O sinal portador de informação pode ser, por exemplo, uma transmissão de dados e/ou de controle na ligação descendente.
[0076] Na etapa 930, o nó receptor 540 decodifica o sinal portador de informação recebido levando a pelo menos uma configuração de atenuação em consideração. Para levar a pelo menos uma configuração de atenuação em conta, o nó receptor 540 considera que nenhuma informação que espera-se que seja decodificada pelo nó receptor 540 é transmitida nos Elementos de Recurso de Frequência Temporal, TFREs, que são identificados como atenuados por pelo menos uma configuração de atenuação. De acordo com algumas modalidades, a pelo menos uma configuração de atenuação identificada na mensagem de configuração dinâmica recebida a partir do nó transmissor 560 em um subquadro atual pode ser aplicada pelo nó receptor 540 para decodificação do sinal portador de informação no subquadro atual.
[0077] A pelo menos uma configuração de atenuação pode, em alguns exemplos, ser um padrão de atenuação dinâmico dos elementos de recurso de frequência temporal nos quais o nó receptor 540 pode considerar que um sinal de dados e/ou de controle não é transmitido. Em tais exemplos, o padrão de atenuação é dinâmico, em que ele é um padrão de atenuação de TFREs que foi ajustado pelo nó transmissor 560 para corresponder a um padrão de atenuação desejado para um ou mais pontos de transmissão específicos que estão transmitindo para o nó receptor 540 em uma dada instância. A dada instância pode ser um subquadro atual no qual a mensagem de configuração dinâmica é recebida a partir do nó transmissor 560, e em que o padrão de atenuação é aplicado para decodificação do sinal portador de informação no subquadro atual.
[0078] Modalidades adicionais proveem um método em um nó transmissor para transmitir um sinal portador de informação, como será agora descrito em relação à Figura 5 e ao fluxograma da Figura 9. Este método corresponde ao método do nó receptor supradescrito em relação às mesmas Figuras 5 e 9. O nó transmissor fica compreendido em um agrupamento para transmissão multipontos coordenada, ou o controla, por exemplo, o agrupamento TP1 - TP3 mostrado na Figura 5. Mais no geral, o nó transmissor é associado com o agrupamento. Como um exemplo em particular, o nó transmissor pode ser o eNóB 560 que controla TP1 - TP3, que são cabeças de rádio remotas. Em um cenário alternativo, tal como aquele mostrado na Figura 6, o nó transmissor é um eNóB com três antenas de setor que correspondem a pontos de transmissão TP1 - TP3, que formam um agrupamento CoMP 600 em que um nó receptor 640 está localizado. Em um ainda outro cenário, da forma mostrada na Figura 7, TP1 - TP3 pode formar um agrupamento CoMP 700 em que um nó receptor 740 fica localizado, e o nó transmissor pode ser tanto o eNóB que controla TP1 e TP3 quanto o eNóB que controla TP2, e que serve a picocélula 720.
[0079] No método, o sinal portador de informação é transmitido para um nó receptor 540 pelo nó transmissor 560. O nó receptor 540 e o nó transmissor 560 ficam compreendidos em um sistema de comunicações sem fio 500. Uma pluralidade de configurações transmissoras, também denotadas configurações de transmissão, estão disponíveis para transmitir o sinal portador de informação para o nó receptor 540. Uma configuração de transmissão pode envolver a transmissão a partir de um ou mais pontos de transmissão 510, 520, 530 controlados pelo nó transmissor 560. Outras configurações de transmissão podem, além do mais, envolver pelo menos um ponto de transmissão controlado por um nó transmissor vizinho. O nó receptor 540 pode ser, por exemplo, um UE ou um dispositivo sem fio. O nó transmissor 560 pode ser, por exemplo, um nó da rede de rádio, tal como um eNóB. O sistema de comunicações sem fio 500 pode, em algumas modalidades, ser configurado para aplicar Transmissão MultiPontos Coordenada para transmissões pelo nó transmissor 560. Pelo menos algumas da pluralidade de configurações de transmissão podem, então, ser providas pela transmissão CoMP. O nó receptor 540 pode ser configurado para realimentar CSI para transmissão CoMP, ou ser capaz de fazê-lo.
[0080] Na etapa 940, o nó transmissor 560 determina uma pluralidade de configurações de atenuação. Cada configuração de atenuação na pluralidade de configurações de atenuação corresponde a pelo menos uma configuração de transmissão na pluralidade de configurações de transmissão, ou pode ser associado com esta. A pluralidade de configurações de atenuação podem compreender configurações de atenuação que cobrem elementos de recurso de frequência temporal (TFREs) que são configuráveis em CSI-RS de zero energia, isto é, que podem ser configurados como configurações de CSI- RS de zero energia. Adicionalmente ou alternativamente, a pluralidade de configurações de atenuação podem compreender pelo menos uma configuração de atenuação que cobre TFREs de pelo menos uma configuração de CRS. Além do mais, a pluralidade de configurações de atenuação podem compreender pelo menos uma configuração de atenuação que cobre todos os TFREs de um símbolo OFDM. Em algumas modalidades, uma configuração de atenuação que cobre TFREs que são configuráveis em CSI-RS de zero energia pode, além do mais, cobrir TFREs de pelo menos uma configuração de CRS e/ou todos os TFREs de um símbolo OFDM. Em algumas modalidades, cada configuração de transmissão na pluralidade de configurações de transmissão é associada com uma ou mais configurações de atenuação na dita pluralidade de configurações de atenuação. A pluralidade de configurações de atenuação podem, em algumas modalidades, corresponder a uma pluralidade de hipóteses de transmissão em ligação descendente para as quais o nó receptor 540 pode ter sido solicitado a relatar informação CSI.
[0081] Na etapa 950, o nó transmissor 560 seleciona uma configuração de transmissão da pluralidade de configurações de transmissão para transmitir o sinal portador de informação para o nó receptor 540. A configuração de transmissão pode, em algumas modalidades, ser selecionada com base na informação CSI relatada a partir do nó receptor 540. A configuração de transmissão selecionada pode corresponder a uma hipótese específica da pluralidade de hipóteses de transmissão em ligação descendente.
[0082] Na etapa 960, o nó transmissor 560 transmite uma mensagem de configuração dinâmica para o nó receptor 540. A mensagem de configuração dinâmica identifica pelo menos uma configuração de atenuação dentre a pluralidade de configurações de atenuação em relação ao nó receptor 540. A pelo menos uma configuração de atenuação corresponde à configuração de transmissão selecionada, ou é associada com esta. Em algumas modalidades, a pelo menos uma configuração de atenuação pode ser identificada por um indicador na mensagem de configuração dinâmica. O indicador pode compreender um ou mais bits em um formato de Informação de Controle da Ligação Descendente, DCI. A pelo menos uma configuração de atenuação pode compreender uma configuração do Sinal de Referência da Informação do Estado de Canal, CSI-RS, de zero energia. De acordo com algumas modalidades, a pelo menos uma configuração de atenuação pode cobrir Adicionalmente ou alternativamente, TFREs de pelo menos uma configuração do Sinal de Referência Específico de Célula, CRS, e/ou todos os TFREs de um símbolo de Multiplexação por Divisão de Frequência Ortogonal, OFDM.
[0083] Na etapa 970, o nó transmissor 560 transmite o sinal portador de informação para o nó receptor 540 em uma transmissão de acordo com a configuração de transmissão selecionada. A transmissão é atenuada de acordo com a pelo menos uma configuração de atenuação identificada ou, em outras palavras, de acordo com a pelo menos uma configuração de atenuação associada com a configuração de transmissão selecionada. De acordo com algumas modalidades, a pelo menos uma configuração de atenuação identificada na mensagem de configuração dinâmica transmitida pelo nó transmissor 560 em um subquadro atual pode ser projetada para ser aplicada pelo nó receptor 540 para decodificação do sinal portador de informação no subquadro atual. Em alguns exemplos, a pelo menos uma configuração de atenuação pode ser um padrão de atenuação dinâmico dos elementos de recurso de frequência temporal nos quais o nó receptor 540 pode considerar que um sinal de dados e/ou de controle não é transmitido. Em tais exemplos, o padrão de atenuação é dinâmico, em que ele é um padrão de atenuação de TFREs que pode ser ajustado pelo nó transmissor 560 para corresponder a um padrão de atenuação desejado para um ou mais pontos de transmissão específicos que estão transmitindo para o nó receptor 540 em uma dada instância. A dada instância pode ser um subquadro atual no qual a mensagem de configuração dinâmica é transmitida pelo nó transmissor 560 e em que o padrão de atenuação deve ser aplicado pelo nó receptor 540 para decodificação do sinal portador de informação no subquadro atual.
[0084] O sinal portador de informação pode ser transmitido pelo nó transmissor 560 em uma transmissão coordenada por meio de um ou mais pontos de transmissão 510, 520, 530. Os pontos de transmissão podem, em algumas modalidades, ser controlados pelo nó transmissor 560. Em outras modalidades, pelo menos um dos um ou mais pontos de transmissão podem ser controlados por um nó transmissor vizinho. A transmissão coordenada pode, em algumas modalidades, ser uma transmissão MultiPontos Coordenada. O sinal portador de informação pode ser um sinal de dados e/ou de controle na ligação descendente.
[0085] Quando os métodos ilustrados anteriormente forem implementados em um sistema de comunicações sem fio de acordo com o padrão LTE, o nó receptor 540 pode ser um Equipamento de Usuário, UE, servido por uma célula de serviço e o nó transmissor 560 pode ser um eNóB. A pelo menos uma configuração de atenuação pode, então, ser determinada a partir do indicador transmitido pelo eNóB e recebido pelo UE na mensagem de configuração dinâmica, na informação de sistema da célula de serviço do UE e/ou nas mensagens de controle do recurso de rádio dedicadas do eNóB para o UE.
[0086] Além do mais, quando os métodos forem implementados em um sistema de comunicações sem fio de acordo com o padrão LTE, informação que especifica o mapeamento do Elemento de Recurso de um Canal Compartilhado em Ligação Descendente Física pode incluir um ou mais de: a pelo menos uma configuração de atenuação, a informação sobre um número de símbolos OFDM ocupados por um Canal de Controle da Ligação Descendente Física, TFREs ocupados por CRS e CSI-RS de energia não zero configurado. Em algumas tais modalidades, a informação que especifica o mapeamento do Elemento de Recurso de um Canal Compartilhado em Ligação Descendente Física inclui a pelo menos uma configuração de atenuação, juntamente com um ou mais de: informação sobre um número de símbolos OFDM ocupados por um Canal de Controle da Ligação Descendente Física, TFREs ocupados por CRS e CSI-RS de energia não zero configurado.
[0087] Um efeito dos métodos é que a adaptação de ligação e o relato de CSI são melhorados no sistema sem fio quando as configurações de atenuação dos nós receptores ficarem de acordo com as configurações de atenuação aplicadas em diferentes pontos de transmissão a partir dos quais o sinal portador de informação é transmitido para os nós receptores.
[0088] Nos supradescritos métodos, "dinâmico" deve ser interpretado como ocorrendo substancialmente mais rápido que, por exemplo, uma reconfiguração de Controle de Recurso de Rádio (RRC) semiestática. Um típico caso é que a configuração dinâmica é instantânea e associada com uma alocação na ligação descendente específica.
[0089] Uma configuração de atenuação, por exemplo, um padrão de atenuação, pode abarcar múltiplos subquadros, e pode ser potencialmente repetido ciclicamente. Além do mais, os elementos de recurso atenuados em um padrão de atenuação como este podem não estar presentes em cada subquadro, mas, por exemplo, ocorrem apenas em um único subquadro que é repetido com uma periodicidade específica.
[0090] Para tais padrões de atenuação multissubquadros, entende-se que, se um padrão como este for dinamicamente configurado, então, deve ser considerado para a decodificação do sinal recebido que o padrão de atenuação correspondente ao subquadro do sinal recebido deve ser aplicado.
[0091] Também pode ser considerado ter padrões de atenuação que abarcam um único subquadro somente, e a configuração dinâmica do padrão de atenuação, então, corresponde à aplicação do padrão de atenuação de subquadro único para decodificação do sinal no subquadro atual (ou no subquadro de uma atribuição de ligação descendente associada).
[0092] Adicionalmente, um exemplo especial de um padrão de atenuação é um padrão sem nenhuma atenuação.
[0093] Atenuação de dados / controle pode ser implementada de diferentes maneiras. Uma maneira comum é puncionar a transmissão de dados; isto é, a palavra código de dados / controle é mapeada como se não houvesse atenuação e, então, os elementos de recurso que devem ser atenuados são definidos em zero energia de transmissão. Alternativamente, a palavra código passa por correspondência de taxa ao redor (isto é, mapeada ao redor) dos elementos de recurso atenuados. A última opção tem melhor desempenho, mas não pode ser decodificada, a menos que o UE saiba completamente o exato padrão de atenuação. Portanto, se a atenuação for puncionada, é suficiente que um UE "possa considerar" que os dados são puncionados já que uma diferente consideração não é catastrófica, isto é, não tem impacto severo no desempenho, enquanto que, no caso de correspondência de taxa, um UE "deve considerar" que os dados são atenuados no conjunto de REs, já que uma diferente consideração resulta em desempenho catastrófico.
[0094] Também deve ser notado que o dito padrão de atenuação dinâmico, tipicamente, não especifica o completo mapeamento de elemento de recurso de um canal de dados e/ou de controle, por exemplo, o PDSCH. Outros parâmetros que impactam o mapeamento de RE de um Canal Compartilhado em Ligação Descendente Física (PDSCH) podem incluir: O número de símbolos OFDM ocupados pelo Canal de Controle da Ligação Descendente Física (PDCCH), o mapeamento da transmissão de CRS (por exemplo, o PDSCH não é mapeado sobre TFREs ocupados pelo CRS), um CSI-RS de energia não zero configurado, etc.
[0095] Em uma primeira modalidade, a dita configuração de atenuação dinâmica é completamente determinada por um indicador dinâmico transmitido para o UE, informação de sistema da célula de serviço do UE e/ou mensagens de controle do recurso de rádio dedicadas do eNóB para o UE; isto é, não espera-se que o UE decodifique nenhuma informação de sistema difundida de nenhuma célula vizinha para adquirir a dita informação.
[0096] Em uma modalidade, os ditos padrões de atenuação ou configurações de atenuação dinâmicos são configurações de CSI-RS de zero energia.
[0097] Em uma outra modalidade, os ditos padrões de atenuação dinâmicos podem ser limitados a elementos de recurso que podem ser configurados como configurações de CSI-RS de zero energia.
[0098] Em uma outra modalidade, pelo menos uma das ditas configurações de atenuação dinâmicas cobre os TFREs de pelo menos uma configuração de CRS.
[0099] Esta modalidade tem a vantagem de que é possível atenuar dinamicamente o PDSCH em uma configuração de CRS específica. Portanto, se o UE for dinamicamente agendado entre dois pontos de transmissão com diferentes configurações de CRS, o UE pode ser informado para não receber o PDSCH nos TFREs quando o ponto de transmissão vizinho estiver transmitindo seu CRS. Isto é particularmente útil quando a transmissão no PDSCH para o UE estiver originando a partir do dito ponto de transmissão vizinho.
[00100] Em uma outra modalidade, pelo menos uma das ditas configurações de atenuação dinâmicas cobre todos os TFREs de um símbolo OFDM, em um caso especial como este, se a pelo menos uma configuração de atenuação dinâmica cobrir todos os TFREs dos primeiros N símbolos OFDM. Tipicamente, N será um, dois ou três símbolos OFDM, correspondentes às possíveis regiões do PDCCH de uma célula vizinha.
[00101] Esta modalidade tem a vantagem de que o UE pode ser instruído a não receber o PDSCH nos símbolos OFDM quando um ponto de transmissão vizinho que pertence a uma célula diferente estiver transmitindo seu PDCCH, o que é altamente útil quando a transmissão para o dito UE originar a partir do dito ponto de transmissão vizinho.
[00102] Padrões de atenuação dinâmicos que são configurações de CSI-RS de zero energia têm a vantagem de que terminais LTE Rel-10 também podem ser configurados para ser atenuados nos recursos específicos, já que eles são capazes de configurações de CSI-RS de zero energia. Note também que UEs Rel-10 não são capazes de realimentação de CSI multipontos e, provavelmente, portanto, não são candidatos para comutação de pontos de transmissão e, portanto, é suficiente alocar estaticamente um CSI-RS de zero energia para estes terminais.
[00103] Em uma modalidade adicional, o método compreende adicionalmente receber, a partir de um eNóB, uma mensagem de configuração que identifica um conjunto enumerado de padrões de atenuação candidatos, e em que a dita configuração dinâmica indica um subconjunto específico dos ditos padrões de atenuação candidatos enumerados, e em que o dito padrão de atenuação dinâmico sobrepõe a união do dito subconjunto específico de padrões de atenuação candidatos.
[00104] Em uma tal modalidade, pelo menos um do dito conjunto de padrões de atenuação candidatos cobre um CSI-RS de zero energia configuração.
[00105] Em uma tal modalidade, pelo menos um do dito conjunto de padrões de atenuação candidatos cobre os TFREs de uma configuração de CRS.
[00106] Em uma outra tal modalidade, pelo menos um do dito conjunto de padrões de atenuação candidatos cobre todos os TFREs de um símbolo OFDM.
[00107] Deve-se entender que um caso especial da modalidade exposta é quando o dito subconjunto específico contiver (ou for limitado a) um único padrão de atenuação candidato. Também nota-se que, neste contexto, subconjunto não deve ser limitado a ser um subconjunto estrito; isto é, ele pode conter muito bem todos os ditos padrões de atenuação candidatos enumerados.
[00108] Em uma tal modalidade adicional, o padrão de atenuação dinâmico é a união do dito subconjunto específico de padrões de atenuação candidatos e de um padrão de atenuação estático (ou semiestático) configurado para o UE.
[00109] Por exemplo, uma configuração de CSI-RS de zero energia (ZP) pode ser realizada para o UE, que cobre elementos de recurso que devem ser atenuados, independente de a partir de qual ponto de transmissão (correspondente aos recursos, por exemplo, no Conjunto de Medição CoMP) a transmissão para o UE pode ocorrer. No topo desta configuração de atenuação comum, uma parte dinâmica pode ser configurada cobrindo apenas a diferença das configurações de atenuação desejadas, por exemplo, de dois pontos de transmissão candidatos diferentes.
[00110] Em modalidade alternativa, os ditos padrões de atenuação dinâmicos são determinados como um padrão de atenuação estático (ou semiestático) configurado, mas, quando a dita configuração dinâmica indicar um conjunto de elementos de recurso no qual os dados não devem ser atenuados, mesmo se uma atenuação for indicada pelo padrão de atenuação estático, isto é, a configuração sem atenuação dinâmica neutraliza a configuração de atenuação estática.
[00111] Em uma tal modalidade, o padrão de atenuação estático é um conjunto enumerado de CSI-RS de zero energia, configurado por parâmetros que inclui zeroTxPowerResourceConfigList, e em que a dita configuração dinâmica identifica um mapa de bits, em que cada bit determina se uma atenuação correspondente a um CSI-RS de zero energia específico, configurado por zeroTxPowerResourceConfigList, não deve ser realizada.
[00112] Alternativamente, em uma outra modalidade, o padrão de atenuação dinâmico pode ser um conjunto enumerado de CSI-RS de zero energia, configurado por parâmetros que inclui zeroTxPowerResourceConfigList, e a mensagem de configuração dinâmica pode identificar um mapa de bits, em que cada bit determina se um CSI-RS de zero energia específico, configurado por zeroTxPowerResourceConfigList, deve ser atenuado.
[00113] Em uma outra modalidade, o UE é informado, por um eNóB, de uma pluralidade de padrões de atenuação desejados de uma pluralidade de nós ou pontos de transmissão, e a dita configuração dinâmica identifica um nó ou ponto de transmissão específicos para receber a dita transmissão.
[00114] Aqui, o conceito de uma "hipótese de transmissão" corresponde a uma alocação específica em termos de, por exemplo, qual ponto de transmissão está transmitindo e/ou em qual subquadro a transmissão ocorre e/ou em qual sub-banda a transmissão ocorre.
[00115] As modalidades da invenção proveem uma solução para construir livremente a composição da interferência em um IMR sem nenhuma limitação imposta por configurações de atenuação específicas do UE. Além do mais, as medições de interferência podem ser feitas para refletir melhor o desempenho quando houver interferência intra-agrupamento real presente sem polarização imposta pela carga do tráfego variável no sistema.
[00116] Isto se traduzirá em melhores adaptação de ligação e eficiência espectral no sistema sem fio.
[00117] As Figuras 10 - 11 ilustram dispositivos configurados para executar os métodos descritos em relação à Figura 9.
[00118] A Figura 10 ilustra um nó transmissor 1000 para transmitir um sinal portador de informação para um nó receptor 540. O nó transmissor 1000 compreende um sistema de circuitos de processamento 1020, e é configurado para ser conectável no sistema de circuitos de rádio 1010 para comunicar com o nó receptor 540 em um sistema de comunicações sem fio 500. Uma pluralidade de configurações transmissoras, também denotadas configurações de transmissão, estão disponíveis para transmitir o sinal portador de informação por meio do sistema de circuitos de rádio 1010 para o nó receptor 540. O sistema de comunicações sem fio 500 pode, em algumas modalidades, ser configurado para aplicar Transmissão MultiPontos Coordenada. O nó transmissor 1000 pode, então, ser configurado para prover pelo menos algumas da pluralidade de configurações de transmissão pela transmissão CoMP. Em algumas variantes, o sistema de circuitos de rádio 1010 fica compreendido no nó transmissor 1000, enquanto que, em outras variantes, o sistema de circuitos de rádio 1010 é externo. Por exemplo, no cenário de exemplo da Figura 5, o nó transmissor 560 corresponde ao nó transmissor 1000. O sistema de circuitos de rádio, neste exemplo, reside nos pontos de transmissão distribuídos TP1 - TP3, que não ficam fisicamente colocalizados com o nó transmissor 560. Entretanto, no exemplo mostrado na Figura 6, os pontos de transmissão correspondem a antenas de setor no nó transmissor, por exemplo, o eNóB, e, neste caso, o sistema de circuitos de rádio pode ficar compreendido no nó transmissor. O nó transmissor 560, 1000 compreende uma memória 1030, uma interface de rede 1040 para comunicar com nós de rede e sistema de circuitos de processamento 1020.
[00119] O sistema de circuitos de processamento 1020 é configurado para determinar uma pluralidade de configurações de atenuação. Cada configuração de atenuação na pluralidade de configurações de atenuação corresponde a pelo menos uma configuração de transmissão na pluralidade de configurações de transmissão, ou pode ser associada com esta. A pluralidade de configurações de atenuação podem compreender configurações de atenuação que cobrem elementos de recurso de frequência temporal (TFREs) que são configuráveis em CSI-RS de zero energia, isto é, que podem ser configurados como configurações de CSI-RS de zero energia. Adicionalmente ou alternativamente, a pluralidade de configurações de atenuação podem compreender pelo menos uma configuração de atenuação que cobre TFREs de pelo menos uma configuração de CRS. Além do mais, a pluralidade de configurações de atenuação podem compreender pelo menos uma configuração de atenuação que cobre todos os TFREs de um símbolo OFDM. Em algumas modalidades, uma configuração de atenuação que cobre TFREs que são configuráveis em CSI-RS de zero energia pode, além do mais, cobrir TFREs de pelo menos uma configuração de CRS e/ou todos os TFREs de um símbolo OFDM.
[00120] O sistema de circuitos de processamento 1020 é adicionalmente configurado para selecionar uma configuração de transmissão a partir da dita pluralidade de configurações de transmissão para transmitir o sinal portador de informação para o nó receptor 540 e para transmitir, para o nó receptor 540 por meio do sistema de circuitos de rádio 1010, uma mensagem de configuração dinâmica que identifica, para o nó receptor 540, a pelo menos uma configuração de atenuação dentre a dita pluralidade de configurações de atenuação que correspondem à configuração de transmissão selecionada, ou é associada com esta. Em algumas modalidades, o sistema de circuitos de processamento 1020 pode ser configurado para indicar a pelo menos uma configuração de atenuação por um indicador na mensagem de configuração dinâmica. O indicador pode compreender um ou mais bits em um formato de Informação de Controle da Ligação Descendente, DCI. A pelo menos uma configuração de atenuação pode compreender uma configuração do Sinal de Referência da Informação do Estado de Canal, CSI-RS, de zero energia. De acordo com algumas modalidades, a pelo menos uma configuração de atenuação pode cobrir adicionalmente ou alternativamente TFREs de pelo menos uma configuração do Sinal de Referência Específico de Célula, CRS, e/ou todos os TFREs de um símbolo de Multiplexação por Divisão de Frequência Ortogonal, OFDM. Adicionalmente, de acordo com algumas modalidades, o sistema de circuitos de processamento 1020 pode ser configurado para transmitir a mensagem de configuração dinâmica que identifica a pelo menos uma configuração de atenuação em um subquadro atual no qual pretende-se que a pelo menos uma configuração de atenuação seja aplicada pelo nó receptor 540 para decodificação do sinal portador de informação. Em alguns exemplos, a pelo menos uma configuração de atenuação pode ser um padrão de atenuação dinâmico dos elementos de recurso de frequência temporal nos quais o nó receptor 540 pode considerar que um sinal de dados e/ou de controle não é transmitido. Em tais exemplos, o padrão de atenuação é dinâmico, em que o sistema de circuitos de processamento 1020 pode ser configurado para ajustar o padrão de atenuação para corresponder a um padrão de atenuação desejado para um ou mais pontos de transmissão específicos que estão transmitindo para o nó receptor 540 em uma dada instância. A dada instância pode ser um subquadro atual no qual o sistema de circuitos de processamento 1020 é configurado para transmitir a mensagem de configuração dinâmica e em que o padrão de atenuação deve ser aplicado pelo nó receptor 540 para decodificação do sinal portador de informação.
[00121] Além do mais, o sistema de circuitos de processamento 1020 é configurado para transmitir, por meio do sistema de circuitos de rádio 1010, o sinal portador de informação para o nó receptor 540 em uma transmissão de acordo com a configuração de transmissão selecionada. A transmissão é atenuada de acordo com a pelo menos uma configuração de atenuação identificada. O sistema de circuitos de processamento 1020 pode ser configurado para transmitir o sinal portador de informação em uma transmissão coordenada por meio de sistema de circuitos de rádio 1010 em um ou mais pontos de transmissão 510, 520, 530. Os pontos de transmissão podem, em algumas modalidades, ser controlados pelo nó transmissor 1000. Em outras modalidades, pelo menos um dos um ou mais pontos de transmissão podem ser controlados por um nó transmissor vizinho. A transmissão coordenada pode, em algumas modalidades, ser uma transmissão MultiPontos Coordenada. O sinal portador de informação pode ser um sinal de dados e/ou de controle na ligação descendente.
[00122] Em uma realização alternativa do nó transmissor 1000, o nó transmissor 1000 pode compreender diversas unidades funcionais que podem ser implementadas em hardware, software, software embarcado ou qualquer combinação destes. Em uma modalidade, o nó transmissor 1000 inclui: uma unidade de determinação configurada para determinar a pluralidade de configurações de atenuação, uma unidade de seleção configurada para selecionar a configuração de transmissão a partir da dita pluralidade de configurações de transmissão e uma unidade de transmissão configurada para transmitir a mensagem de configuração dinâmica que identifica a pelo menos uma configuração de atenuação e o sinal portador de informação para o nó receptor 540. Os detalhes adicionais das configurações destas unidades funcionais são de acordo com o que foi descrito para as correspondentes funções em relação ao sistema de circuitos de processamento 1020.
[00123] A Figura 11 mostra um nó receptor 1100 para receber um sinal portador de informação a partir de um nó transmissor 560. O nó receptor compreende uma memória 1130, sistema de circuitos de rádio 1110 e sistema de circuitos de processamento 1120, e é configurável para comunicar com o nó transmissor 560 em um sistema de comunicações sem fio 500. Uma pluralidade de configurações transmissoras, também denotadas configurações de transmissão, estão disponíveis para transmitir o sinal portador de informação para o nó receptor 1100. O sistema de comunicações sem fio 500 pode, em algumas modalidades, ser configurado para aplicar Transmissão MultiPontos Coordenada. O nó receptor 1100 pode, então, ser configurado para esperar que pelo menos algumas da pluralidade de configurações de transmissão sejam providas pela transmissão CoMP. O nó receptor 1100 pode ser configurado para realimentar CSI para transmissão CoMP, ou ser capaz de fazê-lo.
[00124] O sistema de circuitos de processamento 1120 é configurado para receber, a partir do nó transmissor 560 por meio do sistema de circuitos de rádio 1110, uma mensagem de configuração dinâmica que identifica, para o nó receptor 540, 1100, pelo menos uma configuração de atenuação dentre uma pluralidade de possíveis configurações de atenuação. A pluralidade de configurações de atenuação podem compreender configurações de atenuação que cobrem elementos de recurso de frequência temporal (TFREs) que são configuráveis em CSI-RS de zero energia, isto é, que podem ser configurados como configurações de CSI-RS de zero energia. Adicionalmente ou alternativamente, a pluralidade de configurações de atenuação podem compreender pelo menos uma configuração de atenuação que cobre TFREs de pelo menos uma configuração de CRS. Além do mais, a pluralidade de configurações de atenuação podem compreender pelo menos uma configuração de atenuação que cobre todos os TFREs de um símbolo OFDM. Em algumas modalidades, uma configuração de atenuação que cobre TFREs que são configuráveis em CSI-RS de zero energia pode, além do mais, cobrir TFREs de pelo menos uma configuração de CRS e/ou todos os TFREs de um símbolo OFDM.
[00125] Em algumas modalidades, o sistema de circuitos de processamento 1120 pode ser configurado para identificar a pelo menos uma configuração de atenuação por um indicador na mensagem de configuração dinâmica. O indicador pode compreender um ou mais bits em um formato de Informação de Controle da Ligação Descendente, DCI. A pelo menos uma configuração de atenuação pode compreender uma configuração do Sinal de Referência da Informação do Estado de Canal, CSI-RS, de zero energia. De acordo com algumas modalidades, a pelo menos uma configuração de atenuação pode cobrir adicionalmente ou alternativamente TFREs de pelo menos uma configuração do Sinal de Referência Específico de Célula, CRS e/ou todos os TFREs de um símbolo de Multiplexação por Divisão de Frequência Ortogonal, OFDM.
[00126] O sistema de circuitos de processamento 1120 é adicionalmente configurado para receber o sinal portador de informação a partir do nó transmissor 560 por meio do dito sistema de circuitos de rádio 1110. O sistema de circuitos de processamento 1120 pode ser configurado para receber o sinal portador de informação a partir do nó transmissor 560 em uma transmissão coordenada por meio de um ou mais pontos de transmissão 510, 520, 530. Os pontos de transmissão podem, em algumas modalidades, ser controlados pelo nó transmissor 560. Em outras modalidades, pelo menos um dos um ou mais pontos de transmissão podem ser controlados por um nó transmissor vizinho. A transmissão coordenada pode, em algumas modalidades, ser uma transmissão MultiPontos Coordenada. O sinal portador de informação pode ser, por exemplo, uma transmissão de dados e/ou de controle na ligação descendente.
[00127] O sistema de circuitos de processamento 1120 é adicionalmente configurado para decodificar o sinal portador de informação recebido levando a pelo menos uma configuração de atenuação em consideração pela consideração de que nenhuma informação que espera-se que seja decodificada pelo nó receptor 540, 1100 é transmitida nos Elementos de Recurso de Frequência Temporal, TFREs, identificados como atenuados pela dita pelo menos uma configuração de atenuação. De acordo com algumas modalidades, o sistema de circuitos de processamento 1120 pode ser configurado para receber a mensagem de configuração dinâmica que identifica a pelo menos uma configuração de atenuação a partir do nó transmissor 560 em um subquadro atual no qual a pelo menos uma configuração de atenuação deve ser aplicada pelo nó receptor 1100 para decodificação do sinal portador de informação. A pelo menos uma configuração de atenuação pode, em alguns exemplos, ser um padrão de atenuação dinâmico dos elementos de recurso de frequência temporal nos quais o sistema de circuitos de processamento 1120 pode ser configurado para considerar que um sinal de dados e/ou de controle não é transmitido. Em tais exemplos, o padrão de atenuação é dinâmico, em que ele é um padrão de atenuação que foi ajustado pelo nó transmissor 560 para corresponder a um padrão de atenuação desejado para um ou mais pontos de transmissão específicos que estão transmitindo para o nó receptor 1100 em uma dada instância. A dada instância pode ser um subquadro atual no qual a mensagem de configuração dinâmica é recebida a partir do nó transmissor 560 e no qual o padrão de atenuação é aplicado para decodificação do sinal portador de informação.
[00128] Em uma realização alternativa do nó receptor 1100, o nó receptor 1100 pode compreender diversas unidades funcionais que podem ser implementadas em hardware, software, software embarcado ou qualquer combinação destes. Em uma modalidade, o nó receptor 1100 inclui: uma unidade de recepção configurada para receber a mensagem de configuração dinâmica e para receber o sinal portador de informação e uma unidade de decodificação configurada para decodificar o sinal portador de informação recebido levando a pelo menos uma configuração de atenuação em consideração. Os detalhes adicionais das configurações destas unidades funcionais são de acordo com o que foi descrito para as correspondentes funções em relação ao sistema de circuitos de processamento 1120.
[00129] O sistema de circuitos de processamento 1020, 1120 pode compreender um ou diversos microprocessadores, processadores de sinal digital e congêneres, bem como outros hardwares digitais e uma memória. A memória, que pode compreender um ou diversos tipos de memória, tais como memória exclusiva de leitura (ROM), memória de acesso aleatório, memória cache, dispositivos de memória flash, dispositivos de armazenamento ótico, etc., armazena código de programa para executar um ou mais protocolos de telecomunicações e/ou de comunicações de dados e para realizar uma ou mais das técnicas aqui descritas. A memória armazena adicionalmente dados de programa e dados de usuário recebidos a partir do nó receptor.
[00130] Nem todas as etapas das técnicas aqui descritas são necessariamente realizadas em um único microprocessador ou mesmo em um único módulo.
[00131] Deve-se notar que, embora a terminologia de 3GPP LTE tenha sido usada nesta divulgação para exemplificar a invenção, isto não deve ser visto como limitante do escopo da invenção apenas ao supramencionado sistema. Outros sistemas sem fio, incluindo Acesso Múltiplo por Divisão de Código em Banda Larga (WCDMA), Interoperabilidade Mundial para Acesso em Micro-Ondas (WiMax), Banda Larga Ultra Móvel (UMB) e Sistema Global para Comunicações Móveis (GSM), também podem se beneficiar da exploração das ideias cobertas nesta divulgação.
[00132] Durante o uso das palavras "compreende" ou "compreendendo", elas devem ser interpretadas como não limitantes, isto é, significando "consiste pelo menos em".
[00133] A presente invenção não é limitada às supradescritas modalidades preferidas. Várias alternativas, modificações e equivalentes podem ser usados. Portanto, as modalidades expostas não devem ser tomadas como limitantes do escopo da invenção, que é definido pelas reivindicações anexas.