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O Phaseolus lunatus, também conhecido pelos nomes de feijão-de-lima,[1] bonje, feijão-bonje, fava-belém,[2] fava-de-lima,[2] fava-terra, feijão-espadinho, feijão-farinha, feijão-favona, feijão-fígado-de-galinha, feijão-manteiga, feijão-verde, feijoal e mangalô-amargo é uma planta da família das leguminosas.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaFeijão-de-lima

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Género: Phaseolus
Espécie: P. lunatus
Nome binomial
Phaseolus lunatus
Feijões da espécie Phaseolus lunatus.

É uma trepadeira que pode alcançar até os quatro metros de altura. Produz flores branco-esverdeadas ou amarelo-pálidas e vagens bem arqueadas, com sementes de grande valor alimentício.

Phaseolus lunatus - MHNT

Origem e uso

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Phaseolus lunatus possuí origem andina e mesoamericana. Acredita-se que tenham ocorrido dois eventos de domesticação separados. A primeira, a ter lugar nos Andes por volta de 2 000 a.C.,[3] produziu uma grande variedade sem sementes (tipo Lima), enquanto a segunda, que se realiza na Mesoamericana em torno de 800 d.C., produziu uma variedade de sementes pequenas (tipo Sieva). Por volta de 1300, o cultivo se espalhou para o norte de Rio Grande, e em 1500, a planta começou a ser cultivada no Velho Mundo.[3]

A forma selvagem de sementes pequenas (tipo Sieva) encontram-se distribuídas desde o México até a Argentina, geralmente abaixo de 1.600 metros acima do nível do mar,[4] enquanto que a forma selvagem de sementes grandes (tipo Lima) se encontram distribuídas no norte do Peru, de 320 a 2.030 metros acima do nível do mar.

A civilização Moche (0-800 d.C.) cultivava muito feijão e muitas vezes os representava em sua arte.[5] Durante o vice-reinado espanhol do Peru, o feijão foi exportado para o resto das Américas e da Europa, e uma vez que as caixas de tais bens tiveram seu lugar de origem identificados como "Lima - Peru", o feijão foi nomeado como tal.

Referências
  1. Julio Seabra Inglez Souza (1995). Enciclopédia agrícola brasileira: E-H. EdUSP. pp. 190 – 191. ISBN 978-85-314-0584-6.
  2. a b Sigmund Rehm (1994). Multilingual Dictionary of Agronomic Plants. Springer Science & Business Media. p. 143. ISBN 978-0-7923-2970-1.
  3. a b Motta-Aldanaa, Jenny R.; Serrano-Serranoa, Martha L.; Hernández-Torresa, Jorge; Castillo-Villamizara, Genis; Debouckb, Daniel G.; ChacónS, Maria I. (2010). «Multiple Origins of Lima Bean Landraces in the Americas: Evidence from Chloroplast and Nuclear DNA Polymorphisms». Crop Science Society of America. Crop Science (em inglês). 50 (5): 1773-1787. doi:10.2135/cropsci2009.12.0706 
  4. National Research Council (U.S.); Advisory Committee on Technology Innovation (1989). Lost crops of the Incas: little-known plants of the Andes with promise for worldwide cultivation (em inglês) reimpressão ed. [S.l.]: National Academies. p. 163 
  5. Larco Hoyle, Rafael. Los Mochicas. Museo Arqueológico Rafael Larco Herrera. Lima 2001. ISBN 9972-9341-0-1
 
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