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Isbi-Erra (em sumério: 𒀭𒁲𒁉𒅕𒊏; romaniz.: ddiš-bi-èr-ra; lit. Išbi-erra; fl. 2 017 a.C. - 1 985 a.C.) foi o fundador da dinastia de Isim. Isbi-Erra foi precedido por Ibi-Sim, da terceira dinastia de Ur, na antiga Mesopotâmia Inferior, e depois sucedido por seu filho Su-ilisu. Segundo o Prisma de Weld-Blundell,[1][2] Isbi-Erra reinou por 33 anos e isso é corroborado pelo número de seus nomes de anos existentes.[3] Embora, em muitos aspectos, essa dinastia emulasse a da anterior, sua língua era acádia, pois a língua suméria havia se tornado moribunda nos últimos estágios da terceira dinastia de Ur.

Isbi-Erra
Rei de Isim
Rei da Suméria e Acádia
Reinado 2 017 a.C. - 1 985 a.C.
Antecessor(a) Ibi-Sim de Ur
Sucessor(a) Su-ilisu
Descendência
  • Embarazi
  • Su-ilisu

Biografia

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Prisma Weld-Blundell que lista todos os reis dinásticos, incluindo a dinastia de Isim.

No início de sua carreira, Isbi-Erra era um funcionário oficial de Ibi-Sim, o último rei da terceira dinastia de Ur. Isbi-Erra foi descrito como um homem de Mari, que seria seu local de origem ou a cidade para a qual ele foi designado governador. Seu progresso foi testemunhado em correspondência entre Ibi-Sim e o governador da cidade-estado de Cazalu (Puzur-Numusda, posteriormente chamado Puzur-Sulgi). Estas eram cópias, utilizadas para o aprendizado dos escribas e por isso sua autenticidade é desconhecida.[4] Isbi-Erra foi encarregado de adquirir grãos em Isim e Cazalu (Kazallu), reclamou que não podia transportar os 72.000 gures (cerca de 18 toneladas) que comprara por 20 talentos de prata - aparentemente um preço exorbitante - e que agora mantinha-o seguro em Isim das incursões dos Amoritas (“Martu”) e solicitou que o Ibi-Sim fornecesse 600 barcos para transportá-lo, além de solicitar o governo de Isim e Nipur.[5] Como Ibi-Sim se recusado a promovê-lo, Isbi-Erra aparentemente iniciou seu governo sobre Isim no 8º ano do reinado de Ibi-Sim, quando começou a atribuir seus próprios nomes de anos e, posteriormente o relacionamento deles estremeceu.[6]

A partir desse momento Ibi-Sim passa a criticar severamente Isbi-Erra alegando que ele "não tinha origem suméria" em outra carta a Puzur-Sulgi e opinou:

Curiosamente, Puzur-Sulgi parece ter sido originalmente quem cuidada da diplomacia de Isbi-Erra indicando até que ponto iam as lealdades durante os últimos anos do regime da terceira dinastia de Ur. Embora não ocorresse um conflito definitivo, Isbi-Erra continuava a estender sua influência, pois a de Ibi-Sim declinava constantemente pelos próximos 12 anos, até que Ur foi finalmente conquistado por Quindatu de Elão.[7]

Isbi-Erra conquistou vitórias decisivas contra os amoritas no 8º ano de seu reinado e contra os elamitas no 16º ano. Alguns anos depois, Isbi-Erra expulsou a guarnição elamita de Ur, assumindo assim a soberania sobre a Suméria e Acádia, celebrada no 27º ano de seu reinado,[3] embora esse epíteto específico não tenha sido usado por essa dinastia até o reinado de Idindagã.[8] Ele adotou prontamente os privilégios reais do antigo regime, encomendando poesia e hinos de louvor às divindades, das quais sete ainda existem, e proclamando-se Dingir-calamana, "um deus em seu próprio país". Ele nomeou sua filha, Embarazi, para suceder a filha de Ibi-Sim como sacerdotisa egípcia de An, comemorada em seu 22º ano. Ele fundou fortalezas e instalou muralhas da cidade, mas apenas uma inscrição real existe.[8]

Precedido por
--
  -- 1º Rei da Dinastia de Isim
fl. 2 017 a.C. - 1 985 a.C.
Sucedido por
Su-ilisu


Ver também

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Referências
  1. «Weld-Blundell Prism, c. 1800 BCE». Center for Online Judaic Studies (em inglês). 25 de dezembro de 2008. Consultado em 26 de fevereiro de 2020 
  2. S. LANGDON, (1923) Historical Inscriptions, Containing Principally the Chronological Prism, W-B. 444 The Weld-Blundell Collection, vol. II. p. 20 OXFORD UNIVERSITY PRESS
  3. a b «Year-Names of Išbi-erra». Cuneiform Digital Library Initiative (University of Oxford). Consultado em 26 de fevereiro de 2020 
  4. Bryce, Trevor (2009). The Routledge Handbook of the Peoples and Places of Ancient Western Asia:. The Near East from the Early Bronze Age to the Fall of the Persian Empire (em inglês). [S.l.]: Routledge, p. 278. ISBN 978-1-134-15908-6 
  5. Aruz), Joan; Wallenfels, Ronald (2003). Art of the First Cities:. The Third Millennium B.C. from the Mediterranean to the Indus (em inglês). [S.l.]: Metropolitan Museum of Art, p. 469. ISBN 978-1-58839-043-1 
  6. Kramer, Samuel Noah (1963). The Sumerians :. their history, culture, and character. [S.l.]: University of Chicago Press, pp. 93/94. ISBN 0-226-45238-7 
  7. Álvarez-Mon, Javier; Basello, Gian Pietro; Wicks, Yasmina (2018). The Elamite World (em inglês). [S.l.]: Routledge, p. 281. ISBN 978-1-317-32983-1 
  8. a b Frayne, Douglas (1 de janeiro de 1990). Old Babylonian Period (2003-1595 BC) (em inglês). [S.l.]: University of Toronto Press, pp. 22-23. ISBN 978-0-8020-5873-7