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Corymbia citriodora

Corymbia citriodora, conhecido pelos nomes comuns de eucalipto-cidró, eucalipto-limão ou eucalipto-cheiroso, é uma espécie pertencente ao grupo dos eucaliptos caracterizados por produzir árvores de médio a grande porte, ocasionalmente podendo atingir 35-50 metros de altura e 1,2 metro de diâmetro à altura do peito, com excelente forma do tronco e folhagem rala. A espécie tem distribuição natural nas regiões de clima temperado e subtropical do nordeste da Austrália. O epíteto específico citriodora deriva do latim citriodorus, que significa odor a limão.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCorymbia citriodora
eucalipto-limão, eucalipto-cheiroso
Corymbia citriodora.
Corymbia citriodora.
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Angiospermae
Classe: Dicotiledoneae
Subclasse: Archichlamydeae
Ordem: Myrtales
Família: Myrtaceae
Subfamília: Myrtoideae
Tribo: Eucalypteae
Género: Corymbia
Subgénero: Ochraria
Série: Maculatae
Espécie: C. citriodora
Nome binomial
Corymbia citriodora
(Hook.) K.D.Hill & L.A.S.Johnson
Distribuição geográfica
Distribuição natural.
Distribuição natural.
Sinónimos
  • Corymbia citriodora subsp. variegata (F.Muell.) A.R.Bean & M.W.McDonald
  • Corymbia variegata (F.Muell.) K.D.Hill & L.A.S.Johnson
  • Eucalyptus citriodora Hook.
  • Eucalyptus maculata var. citriodora (Hook.) F.M.Bailey
  • Eucalyptus melissiodora Lindl.
  • Eucalyptus variegata F.Muell.[1]
C. citriodora no Kings Park, Austrália Ocidental.

Características e distribuição

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Corymbia citriodora apresenta ritidoma suave, de coloração uniforme ou ligeramente manchado, esbranquiçado a acobreado no verão. A casca é lisa ao longo da altura da árvore, por vezes com aspecto pulverulento e com tiras muito finas e encaracoladas.[2]

A copa é conspícua. com folhas estreitas e com uma forte fragrância a essência de limão. As gemas, em forma de pêra, surgem em grupos de três na axila de cada folha. Os frutos são cápsulas em forma de urna.[2] A floração ocorre na primavera e verão. Corymbia citriodora apresenta um lignotúber.

A espécie prefere solos ligeiramente francos e limosos, em bosques esclerófilos e encostas.

As duas principais áreas de ocorrência são em Queensland, em grande extensão de Maryborough até Mackay. É limitada pelas cadeias montanhosas e secas de Atherton, Herberton e Mount Garnet. Entre as duas principais áreas de ocorrência, aparece de maneira dispersa. A latitude da área do Norte esta entre 16º 45’ e 20º 30’ S, com altitudes de 450 a 1000 m. Nas áreas do Sul as latitudes são 22º 45’ e 26º S, e as altitudes de 70 a 400 m. O clima e quente e úmido a subúmido. Há variação na temperatura conforme a área de ocorrência desde alta precipitação, perto da costa em Bundaberg nas redondezas de Atherton, para seca me áreas isoladas. A média da temperatura máxima no mês mais quente esta entre 30º e 32 °C, e a média da temperatura mínima no mês mais frio esta entre 9º e 12 °C, mas nas áreas isoladas podem ocorrer respectivamente 34º a 36 °C, e 5º e 10 °C. Pode ocorrer geadas nas maiores altitudes. A precipitação varia de 650 a 1600 mm com predomínio no verão. O final do inverno e a primavera são secos. Tolera uma ampla variação de solos que vão dos podzólicos à areia quartzosa nos vales.

É de floresta aberta alta e as principais espécies associadas nas áreas do norte são Eucaliptus cloeziana, E. polycarpa, E. drepanophylla e E. trachyphloia. Nas áreas do sul são E. crebra, E. fibrosa, E. cloeziana, E. acmenoides, E. polycarpa, E. blaxsomei e Angophora costata. Densidade básica = Db = 1,010 g/cm3.[3]

A madeira é muito utilizada para: construções, estruturas, caixotaria, postes, dormentes, mourões, lenha e carvão.

No Estado de São Paulo a espécie apresenta susceptibilidade à geadas, boa resistência à deficiências hídrica. Em solos pobres pode haver alta incidência de bifurcações ligadas a deficiências nutricionais (principalmente boro); regenera-se muito bem por brotações das cepas.

Em função das característica básicas da espécie e dos resultados obtidos em São Paulo, deve-se sempre considerar as geadas severas como fator limitante.

A espécie é considerada uma importante essência florestal, utilizada para a produção de madeira etrutural e para produzir mel. Também é popular em horticultura tanto dentro como fora da Austrália.

O óleo essencial do "eucalipto-limão" contém citronelal (80%),[4] produzido principalmente no Brasil e China.[5] É utilizado como repelente de insectos e em perfumaria. Contudo, investigação recente demonsrou que não é muito efectivo como repelente de insectos,[6] mas foi demonstrado o seu efeito contra os mosquitos é similar ao dos repelentes contendo baixas concentrações de dietiltoluamida ou benzamida.[7]

Corymbia citriodora foi descrita por William Jackson Hooker como Eucalyptus citriodora, sendo em 1995 transferida para o género Corymbia por K.D.Hill & L.A.S.Johnson, alteração publicada em Telopea 6(2–3): 388. 1995.[8]

A espécie apresenta razoável diversidade morfológica, o que justifica a abundante sinonímia.

Notas
  1. Corymbia citriodora en PlantList
  2. a b Factsheet - Corymbia citriodora
  3. AZAMBUJA, W. Óleos Essenciais. Disponível em: <http://www.oleosessenciais.org/>. Acesso em 8 de agosto de 2012.
  4. Boland, D.J. et al, Aceites foliares de Eucalyptus - Uso, Química, Destilación y Marketing, ISBN 0-909605-69-6.
  5. Lawless, J., La Enciclopedia Ilustrada de Aceites Esenciales, ISBN 1-85230-661-0
  6. Assessment of the efficacy of quwenling as a mosquito repellent. Collins, D. A.; Brady, J. N.; Curtis, C. F. Dep. Biol., Imp. Coll. Sci. Technol. Med., London, UK. Phytotherapy Research (1993), 7(1), 17-20. CODEN: PHYREH ISSN: 0951-418X. Journal en inglés.
  7. CDC: West Nile Virus - Updated Insect Repellent
  8. «Corymbia citriodora». Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. Consultado em 3 de março de 2013 

Ver também

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Ligações externas

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O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Corymbia citriodora