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Bloco de Esquerda

partido político de esquerda em Portugal

O Bloco de Esquerda (BE) é um partido político de esquerda socialista, em Portugal, de cariz ecologista e anticapitalista. Fundado em 1999, tem centrado a sua atividade na promoção de serviços públicos de qualidade, dos direitos laborais e no combate às desigualdades, assim como nas causas feminista, LGBTIA+, antirracista e ambiental.[8][9]

Bloco de Esquerda
Sigla B.E.
Coordenadora da
Comissão Política
Mariana Mortágua
Líder Parlamentar Fabian Figueiredo
Fundação 28 de fevereiro de 1999
Sede Portugal Portugal
Rua da Palma 268, 1100-394 Santa Maria Maior, Lisboa
Ideologia Socialismo[1]
Anticapitalismo[2]
Euroceticismo
Espectro político Esquerda[3] a
extrema-esquerda[4]
Publicação esquerda.net
Ala de juventude Jovens do Bloco[5] (Grupo de trabalho interno, não sendo separado do Partido)[6]
Antecessor União Democrática Popular
Partido Socialista Revolucionário
Política XXI
Membros (2009) 6 830[7]
Afiliação internacional nenhuma
Afiliação europeia Esquerda Anticapitalista Europeia
Grupo no Parlamento Europeu Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde
Assembleia da República
5 / 230
Parlamento Europeu
1 / 21
Assembleia Legislativa da Madeira
1 / 47
Assembleia Legislativa dos Açores
2 / 57
Presidentes de Câmaras Municipais
0 / 308
Vereadores municipais
12 / 2 074
Deputados Municipais
125 / 6 461
Cores Vermelho
Símbolo eleitoral
Bandeira do partido
Flag of the Left Bloc
Página oficial
www.bloco.org

Valores

Grupo de pessoas com bandeiras coloridas com o símbolo do Bloco de Esquerda e o símbolo feminista. Nesta fotografia estão presentes alguns membros do partido como Catarina Martins, Mariana Mortágua, José Soeiro, Marisa Matias, Pedro Filipe Soares. Também estão presentes jornalistas e operadores de câmara. 
Arruada do Bloco de Esquerda, na Rua Santa Catarina, no Porto, durante a campanha das eleições legislativas em 2019.

Socialismo

O Bloco define-se como um partido anticapitalista que propõe um projeto socialista sendo crítico das experiências da ex-URSS, Coreia do Norte, China, etc.[10] Na esteira de uma esquerda radical e heterodoxa, defende o socialismo como um projeto de democracia radical para as maiorias populares, assente no controlo democrático da produção e na distribuição da riqueza em função das necessidades da população, e reconhecendo os direitos fundamentais de opinião, como de organização partidária e sindical.[9]

Centralidade da classe trabalhadora

A contradição entre trabalho e capital é central na visão de mundo que o Bloco de Esquerda sustenta, pelo que o partido defende a organização laboral dos setores mais precarizados na sua ação política, propondo-se a promover o direito da sindicalização e a renovação da experiência de auto-organização da classe trabalhadora.[10]

Anti-imperialismo

No seu percurso político, o Bloco de Esquerda tomou posições públicas pela independência de Timor, contra a guerra no Iraque e no Afeganistão[11], em solidariedade com a Palestina[12], em oposição à invasão russa da Ucrânia[13], além da proposta consistente de saída de Portugal da NATO.[14] O partido tem defendido o direito à autodeterminação dos povos, do Sahara Ocidental ao reconhecimento do estado da Palestina. Na resolução aprovada na sua XIII Convenção, o Bloco de Esquerda refere que o «imperialismo dos EUA continua sendo o mais perigoso», ao mesmo tempo que denuncia a «natureza imperialista da Rússia» e da República Popular da China.[15][16]

Feminismo

As propostas referentes aos direitos das mulheres foram recorrentes no percurso do Bloco, desde a definição da violência doméstica como crime público, a defesa da despenalização do aborto e a correspondente proposta de referendo, à paridade de género e à igualdade salarial.[11] Segundo o Dicionário de História Partidária – Bloco de Esquerda, «O desejo de tranformação feminista é parte do código genético do Bloco, um partido que desde o seu início afirmou a radicalidade da exigência pela igualdade e do respeito pela diferença, recusando uniformismos, estereótipos, a violências preconceitos e hierarquias.»

Antirracismo

Desde a sua fundação que o Bloco de Esquerda procura introduzir no debate público e no seu programa políticas de promoção de igualdade e de combate ao racismo.[17] Exemplo disso foi o seu Programa Eleitoral para as eleições legislativas de Março de 2024, em que se indica «Persistem na sociedade e nas instituições preocupantes manifestações de um racismo estrutural enraizado que priva as pessoas afrodescendentes, ciganas e de outras comunidades racializadas dos seus direitos fundamentais» que o partido se propõe a continuar a combater.[18] Simultâneamente, a representatividade de pessoas migrantes e afrodescendentes tem sido uma preocupação assumida pelo partido.[19][20]

Direitos LGBTQI+

Já na fundação, em 1999, o Bloco assinalava como uma das suas causas centrais a luta contra a «discriminação por preferência sexual»[21] e muitas das pessoas que participaram na fundação e no crescimento do partido eram rostos do movimento LGBT.[22] A inscrição da não discriminação de pessoas do mesmo sexo, o reconhecimento dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo e do direito a adoção, as medidas contra a discriminação das pessoas trans, entre outras leis aprovadas ao longo do século XXI foram propostas ou tiveram o apoio ativo do Bloco de Esquerda.[23]

A defesa de uma perspetiva de transformação social e ecológica de bases socialistas consolidou-se como parte do programa e percurso do Bloco de Esquerda.[24][25] O partido prioriza as causas ambientais, relacionando-as com as sociais e a perspetiva de uma superação do atual modelo económico e social.[9]

História

 
Francisco Louçã, Miguel Portas e Luís Fazenda durante a campanha para as eleições europeias de 2004.

Origens

O partido foi fundado em 1999 e resulta da unificação de partidos já existentes: a União Democrática Popular (marxista), o Partido Socialista Revolucionário (trotskista mandelista) e a Política XXI (socialista democrática), junto com militantes independentes com origens em diversos setores da esquerda portuguesa.

Entretanto, os partidos constituintes entraram num processo de auto-extinção. A Política XXI tornou-se uma associação de Acórdão 199/2008", do Tribunal Constitucional, publicado em Diário da República, 2ª Série – Nº 82 – 28 de Abril de 2008reflexão política que se exprime numa das revistas da área do Bloco, a Manifesto.[26] A dissolução oficial da Política XXI enquanto partido é concluída a 2 de Abril de 2008.[27] O PSR também se extinguiu,[28] transformando-se igualmente numa associação que se exprime numa revista, a Combate.[29] A UDP passou de partido a associação política, no início de 2005.[30] Edita igualmente uma revista, A Comuna.[31]

O Bloco de Esquerda tem como manifesto fundador o documento «Começar de Novo»[21] que aponta à «superação dos sectarismos» para fundar um «partido-movimento» centrado tanto nas lutas sociais e do mundo do trabalho, «contra o capital financeiro»,[32] como em causas como a defesa dos imigrantes indocumentados ou o combate às várias discriminações baseadas no sexo, origem étnica, orientação sexual e de género.[22]

Desde o início, o Bloco dá continuidade ao espaço da esquerda combativa vindo da Revolução de Abril e dos novos movimentos sociais que despontaram no fim do século XX.[32] O movimento pela «alterglobalização»[10] e a causa da paz, primeiro contra a guerra na Jugoslávia e, depois, no Afeganistão e Iraque, as mobilizações cidadãs de apoio a Timor-Leste e a luta estudantil contra as propinas foram parte do caldo de cultura de onde surgiu o Bloco de Esquerda.[10] Em particular, o primeiro referendo pela despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez de 1998, em que a esquerda não obteve o resultado que pretendia, marcou o espaço político que veio a ser ocupado pelo partido, que foi parte do movimento social que levou à vitória no segundo referendo e à consagração na lei desse direito das mulheres.[33]

O Bloco de Esquerda também se propôs a funcionar segundo um regime interno democrático, garantindo o direito a tendência, a diversidade de opiniões e aplicando a paridade de género nos organismos internos ou a rotatividade dos representantes eleitos.[34][35][9]

Primeiros Passos

As primeiras eleições em que o Bloco de Esquerda participou foi nas Europeias de 1999, tendo como cabeça de lista Miguel Portas. Obteve 61 920 votos (1,79% dos votos), não conseguindo eleger nenhum deputado. Em outubro do mesmo ano, concorre às eleições legislativas portuguesas de 1999, obtendo 131 840 votos, 2,46% e 2 deputados eleitos pelo círculo de Lisboa.[36]

Francisco Louçã, homem branco com óculos com casaco castanho e camisola preta, ao lado de Luís Fazenda, homem branco com óculos, cabelo encaracolado e barba com casaco castanho e camisa preta. Atrás deles encontra-se um cartaz com uma fotografia deles, a preto e branco. 
Francisco Louçã e Luís Fazenda, os primeiros deputados eleitos pelo Bloco de Esquerda nas eleições legislativas de 1999

Na sessão de tomada de posse da Assembleia da República, a 25 de outubro de 1999, os dois deputados do Bloco de Esquerda destacaram-se por terem permanecido de pé, recusando os lugares que lhes foram atribuídos nas filas secundárias.[37] Nessa legislatura, no ano 2000, a lei que consagra a Violência Doméstica como crime público, uma das primeiras propostas legislativas do Bloco de Esquerda, é aprovada e publicada em Diário da República.[38]

Em 2001, Fernando Rosas, dirigente e fundador do Bloco de Esquerda, é o primeiro candidato à Presidência da República apoiado pelo partido.[39] Obtém 128 927 votos, correspondentes a 2,98%.[40]

Nas eleições autárquicas portuguesas de 2001, consegue a conquista de uma Câmara, a de Salvaterra de Magos e 6 vereadores.[41][42]

Nas eleições legislativas portuguesas de 2002, obteve 149 543 votos, 2,75% e 3 deputados, dois por Lisboa e um pelo Porto.[43]

Na iminência da invasão do Iraque por uma coligação dirigida pelos EUA, o Bloco de Esquerda empenha-se na organização das grandes manifestações contra a guerra, a maior delas a 15 de fevereiro de 2003.[44] A 1 de março, Francisco Louçã representa o Bloco de Esquerda num comício na Aula Magna, em Lisboa, que junta vários setores políticos contra a Guerra, incluindo oradores como Mário Soares, Odete Santos, Maria de Lourdes Pintassilgo ou Diogo Freitas do Amaral.[45]

O Bloco elegeu o seu primeiro deputado europeu, Miguel Portas, nas eleições de 2004, obtendo 167 313 votos e 4,91% do total.[46][47]

A 17 de outubro de 2004, o Bloco de Esquerda elegeu Paulo Martins como deputado à Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, conseguindo 3,66% do total e 5035 votos, na sua primeira candidatura a este órgão.[48]

 
Francisco Louçã e Fernando Rosas durante a campanha para as eleições autárquicas de 2005

Nas eleições legislativas de 20 de fevereiro de 2005, teve oito deputados eleitos. Nas autárquicas do mesmo ano, foi eleita a candidata independente apoiada pelo Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos. Na sua IV Convenção Nacional, o Bloco de Esquerda oficializou Francisco Louçã como porta-voz da Comissão Política.[32]

Já em 2005, foi aprovado pela convenção um conjunto de estatutos, que incluem um código de conduta e prevêem um quadro disciplinar, que anteriormente não existia.

Em janeiro de 2006, nas eleições presidenciais, Francisco Louçã obtém 5,3%, um total de 288 756 votos.[49]

Um partido consolidado

Em fevereiro de 2007, dá-se o segundo referendo pela despenalização da IVG. No ano anterior, os deputados do Bloco de Esquerda haviam votado favoravelmente à realização deste referendo.[50] O Sim à despenalização ganha por uma importante margem, 59,25% contra 40,75% do Não. O Bloco de Esquerda integrou ativamente as várias plataformas unitárias que fizeram campanha pelo Sim.[51]

Em 2007, na V convenção, foram apresentadas três moções de orientação política e uma quarta moção crítica apenas em relação ao funcionamento interno do Bloco. Na eleição, por voto secreto, da mesa nacional, a lista encabeçada por Francisco Louçã e que incluía as sensibilidades do PSR, da UDP e da PXXI obtém 77,5% dos eleitos, a lista B, encabeçada por Teodósio Alcobia, 5%, a lista C, encabeçada por João Delgado e integrando sindicalistas e membros da Ruptura/FER, 15%, e a lista D, encabeçada por Paulo Silva, 2,5%. Nesta convenção foi reafirmada uma orientação de oposição ao Governo de José Sócrates, do PS, ao mesmo tempo que foi destacada uma reafirmação programática ecologista.[52] Nesse momento, o partido aprofundou um perfil político e programático que combinava a afirmação de uma proposta socialista e anticapitalista com a resposta ambiental e ecológica de transformação social.[9]

Ainda no mesmo ano, em eleições intercalares, o Bloco elege um vereador à Câmara Municipal de Lisboa, o independente José Sá Fernandes, que encabeçou um movimento cidadão alargado em que o Bloco de Esquerda era a única força partidária.[53]

Em fevereiro de 2009, dá-se a VI Convenção em que é aprovada a política de construção de uma «Esquerda Grande», apresentada como uma «esquerda grande a partir de baixo» contra um «Governo Sócrates clamorosamente falhado».[10]

Nas eleições europeias de 2009, Miguel Portas, Marisa Matias e Rui Tavares foram eleitos para o Parlamento Europeu pelo bloco. Tavares viria a romper com o bloco em 2011, juntando-se ao Grupo Europeu dos Verdes.[54]

Nas eleições legislativas de 27 de setembro de 2009, o Bloco de Esquerda viu o seu número de deputados eleitos crescer para 16, conseguindo assim a maior votação até então e tornando-se na 4.ª força política do país.[55][56]

Em 2011, em plena campanha eleitoral das eleições legislativas de 2011, Francisco Louçã afirmou que o Bloco teve a sua maior vitória política desde a sua fundação, ao conseguir um consenso sobre a renegociação da dívida contraída durante a crise da dívida pública da Zona Euro.[57]

O resultado das eleições legislativas de 2011 contrariou o, até então, linear aumento de expressão, dado que o partido reduziu para metade a sua representação na Assembleia da República.[58][59]

A 24 de abril de 2012 morre Miguel Portas, vítima de cancro no pulmão. Miguel Portas foi fundador da Política XXI, e do Bloco de Esquerda. No momento do seu falecimento, foram prestadas homenagens vindas de um amplo espectro político para lá do Bloco de Esquerda.[60]

Novas Lideranças

Em novembro de 2012, na VIII Convenção do partido, foram eleitos João Semedo e Catarina Martins para a liderança do Bloco de Esquerda, sucedendo a Francisco Louçã.[61]

Catarina Martins em frente a parede vermelha com o símbolo branco do Bloco de Esquerda. Catarina tem o cabelo pelos ombros, tem um colar azul, uma blusa axul e um blazer castanho. 
Catarina Martins, coordenadora de 2014 até 2023.

Entre 2012 e 2014, clivagens entre os movimentos e tendências que compunham o partido dão origem a novos projectos políticos. Concretizou-se a desvinculação da Ruptura/FER,[62] e do Fórum Manifesto[63] dando origem a um partido, o Movimento Alternativa Socialista, e a uma "candidatura cidadã"[64] a Tempo de Avançar, que se associou ao partido Livre. O Bloco, após uma queda eleitoral, recuperaria o seu espaço político.[65]

Em março de 2013, Daniel Oliveira, fundador do partido por via da Política XXI, anunciou a sua demissão do Bloco de Esquerda, indicando como motivos o "sectarismo interno, que enfraqueceu o partido e o seu debate democrático" e o "sectarismo externo, que tem impedido o Bloco de ser, como sempre quis ser, um fator de convergência e reconfiguração da esquerda portuguesa".[66]

 
Catarina Martins, Francisco Louçã e Fernando Rosas durante uma homenagem a João Semedo

Daniel Oliveira também apontou como motivação para o seu abandono a criação de uma corrente partidária interna dominante por João Semedo, José Manuel Pureza e Francisco Louçã, denominada Socialismo, que "cristaliza as divergências da última Convenção, exclui dos principais debates e decisões pelo menos um quarto dos militantes e cria um cordão sanitário entre 'poder' e 'oposição', afirmando uma lógica de fidelidades que só pode ser prejudicial ao Bloco".[66]

A 12 de Julho de 2014, os militantes da corrente Fórum Manifesto anunciam a sua desvinculação do Bloco de Esquerda.[67] A corrente Fórum Manifesto apontou como causa da sua desvinculação o resultado da liderança do partido, tendo anunciado "as derrotas que o BE teve nos últimos anos e que o conduziram à magra expressão eleitoral obtida nas últimas eleições europeias, não são um reflexo de fatores externos. São fruto da acumulação de erros não corrigidos, inscritos numa orientação política que divorciou crescentemente o Bloco do seu potencial eleitorado".[67]

Durante o mesmo período, ocorreram em Portugal grandes mobilizações, convocadas por movimentos sociais como a plataforma «Que se Lixe a Troika», além de greves gerais e setoriais. Nesse contexto, o Bloco apostou na mobilização social dando voz à exigência da demissão do governo PSD-CDS encabeçado por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.[68]

 
Cartaz do Bloco de Esquerda na manifestação «Que se Lixe a Troika! Queremos as nossas vidas» de 2 de março de 2013.

Na IX Convenção, em novembro de 2014, houve cinco moções que se apresentaram a votação. Na resolução aprovada é desenvolvida a política antes enunciada como «Esquerda Grande», sendo aprovada uma orientação que preconizava uma política de unidade das várias esquerdas de forma a construir uma alternativa ao chamado Bloco Central (PS e PSD). Adicionalmente, eram enumeradas as bases programáticas na qual se podia basear essa convergência, que incluíam o abandono da política dita de austeridade, a reestruturação das dívidas pública e externa, a nacionalização do sistema bancário e a saída de Portugal da NATO.[10]

A 30 de novembro de 2014, na sequência da IX Convenção do Bloco, é alterado o modelo de liderança e passa a vigorar uma nova Comissão Permanente composta por seis membros, com Catarina Martins como porta-voz.[32]

«Da Geringonça à oposição»

Nas eleições legislativas de 4 de outubro de 2015, o Bloco de Esquerda viu o seu número de deputados eleitos crescer para 19. Consegue assim a maior votação da sua história e torna-se a terceira força política do país, sendo o partido que mais cresceu.[69] Após negociações, o Bloco de Esquerda formaliza um acordo histórico para influenciar um governo do Partido Socialista, apoio parlamentar dado também pelo PEV e PCP. O governo liderado por António Costa toma posse a 25 de novembro de 2015. Foi a legislatura da chamada «Geringonça». O XXI Governo Constitucional, apoiado por toda a esquerda parlamentar, que viabilizou os quatro Orçamentos do Estado entre 2015 e 2019, viria a aumentar sucessivamente o salário mínimo, aumentar pensões e devolver subsídios de férias, repor feriados nacionais e ainda descongelar carreiras, ao mesmo tempo que assegurou o rigor das contas públicas.[70][71]

A 26 de junho de 2016, após a X Convenção do Bloco, Catarina Martins passou a ser a coordenadora do partido.[72]

 
Marisa Matias em comício com Pablo Iglesias, no âmbito das eleições presidenciais de 2016.

Em 2016, Marisa Matias, eurodeputada do Bloco de Esquerda, é candidata à Presidência da República, alcançando 10% dos votos e sendo a mulher mais votada de sempre, até então, em eleições presidenciais.[73]

Nas eleições autárquicas de 2017, o Bloco de Esquerda aumentou a sua representação autárquica, aumentando o número de vereadores eleitos de 8 para 12, de deputados municipais de 100 para 125 e passou de 138 para 213 o número de eleitos em assembleias freguesias.[74]

Na sequência das eleições autárquicas de 2017, Ricardo Robles assume o cargo de vereador da Câmara Municipal de Lisboa. Em 2018, Ricardo Robles demite-se da vereação na sequência da polémica em torno dos seus investimentos imobiliários em Lisboa em edifícios destinados a alojamento local.[75]

No mesmo período, começam a ganhar espaço movimentos sociais como as «Greves Feministas» e as «Greves climáticas estudantis», assim como lutas laborais na educação, na saúde ou entre os trabalhadores do estado com vínculo precário.[76] A XI Convenção, realizada em novembro de 2018, assinalava a importância das lutas sociais em setores como a educação e a saúde, os movimentos sociais ambientalistas e também greves em empresas estratégicas como a Autoeuropa ou a PT/Altice.[77] Na moção aprovada, afirmava-se a pretensão de envolver a militância bloquista nesses processos de contestação social.

Nas eleições europeias de 2019, o Bloco de Esquerda consolidou a posiçao de terceiro partido do país ao conseguir eleger José Gusmão como segundo eurodeputado, juntamente com a primeira candidata Marisa Matias.[78] Nas eleições legislativas de 2019, o partido manteve-se como a terceira força eleitoral, com os mesmos 19 deputados na Assembleia da República.[79]

Na sequência destes resultados, tendo o Partido Socialista obtido uma maioria relativa na Assembleia da República, Catarina Martins desafia o primeiro-ministro António Costa a assinar um acordo escrito assente em alterações à lei laboral e no reforço do Serviço Nacional de Saúde de forma a garantir o apoio ao Governo por parte do Bloco.[80] Tendo sido recusada a proposta, o Bloco de Esquerda viabilizou o Orçamento de Estado para 2020, mas votou contra os dois orçamentos seguintes por não ter sido alcançado um acordo que protegesse o SNS e alterasse as leis laborais do tempo da troika. Em novembro de 2021, com o voto contra dos eleitos da CDU a somar-se aos do Bloco, o Orçamento foi chumbado. Perante esse voto de rejeição e a demissão do Governo, o Presidente da República decidiu antecipar as eleições para janeiro de 2022.[81]

Nas eleições presidenciais de 2021, Marisa Matias volta a candidatar-se com o apoio do Bloco, ficando desta feita pelos 164 741 votos, 3,95% do total.[82]

Nas eleições legislativas de 2022, o Bloco obteve 4,4% dos votos e desceu de 19 para 5 deputados à Assembleia da República, passando ao estatuto de sexta força política.[83][84] A 30 de abril de 2022, realiza-se a III Conferência do partido uma orientação resumida como «da geringonça à oposição, sem arrependimentos».[85] Em fevereiro de 2023, tem lugar o 1º Fórum LGBTQI+ sob o mote «Orgulho contra o conservadorismo»,[86] dando corpo à presença de ativistas do Bloco nas marchas pelo orgulho em todo o país. Em julho do mesmo ano, organiza-se o acampamento «Liberdade», retomando esta iniciativa de jovens do Bloco interrompida nos anos anteriores devido à pandemia e aos incêndios florestais.[87]

Em maio de 2023, sob o mote «Levar o país a sério», realiza-se a XIII Convenção, centrada na oposição à maioria absoluta do PS e em que Mariana Mortágua é apontada como nova coordenadora.[88] A resolução aprovada vai no mesmo sentido, afirmando que o Bloco de Esquerda se centraria na oposição ao Governo de António Costa, acentuando a luta contra a desigualdade e o desígnio ecossocialista.[89]

Já em setembro do mesmo ano, nas eleições legislativas regionais da Madeira, o Bloco regressa ao parlamento regional, após não ter eleito nenhum representante em 2019, subindo a sua votação e percentagem para 3036 e 2,24%, respectivamente.[90]

Já no início de 2024, houve eleições antecipadas para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores, realizadas a 4 de fevereiro. O Bloco de Esquerda manteve-se como quarta força no arquipélago, com 2,54% da votação e passando de dois para apenas um deputado.[91]

Novo ciclo

Em novembro do mesmo ano, quando o primeiro-ministro António Costa se demite na sequência das buscas policiais no Palácio de S.Bento, no âmbito da Operação Influencer, o Bloco é o primeiro partido de esquerda a exigir a realização de eleições antecipadas.[92]

Após, a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições para 10 março e na sequência da eleição de um novo secretário-geral do PS, Mariana Mortágua declara a disponibilidade do partido para fazer parte de uma solução maioritária pós-eleitoral que mantenha a direita em minoria na Assembleia da República.[93] O Bloco apresenta a habitação, os salários, os serviços públicos, os cuidados e o clima como aspectos programáticos centrais para a constituição dessa maioria.[93]

A 10 de março, ocorrem as eleições e o Bloco aumenta a sua votação e mantém o mesmo número de deputados de 2022.[94]

Do programa do Bloco de Esquerda, apresentado e levado a votos nas eleições de março de 2024,[95] fazem parte as seguintes medidas:

  • Habitação: imposição de tetos para as rendas; limitação dos juros bancários; proibir a venda de casas a estrangeiros não residentes;[96]
  • Trabalho e salários: Aumento do salário mínimo e médio; introdução de leques salariais que diminuam a desigualdade entre salários; fim da caducidade da contratação coletiva; reconhecimento dos direitos laborais do trabalho em plataformas; fim do outsourcing abusivo;[97][98]
  • Serviços públicos: autonomia dos Centros de Saúde e Hospitais para contratar profissionais; criação de uma rede nacional de creches públicas; devolução do tempo de serviço dos professores; contratação de 20 mil pessoas para a função pública para responder às necessidades;[99][100][101]
  • Justiça Fiscal: proibição de transferências para offshores; fim dos benefícios fiscais injustificados; simplificação das regras fiscais sobre o trabalho e o consumo de bens essenciais.[102]

Deputados

 
Arruada do Bloco de Esquerda em Setúbal durante a campanha para as eleições legislativas de 2019

Assembleia da República[103]

XVI Legislatura (2024 – presente)

Círculo Deputado Cargos Refs.
Lisboa Mariana Mortágua Coordenadora do B.E. [104]
Fabian Figueiredo Presidente do Grupo Parlamentar [105]
Porto Marisa Matias [106]
José Soeiro [107]
Setúbal Joana Mortágua [108]

XV Legislatura (2022 – 2024)

Círculo Deputado Cargos Refs.
Lisboa Mariana Mortágua Coordenadora do B.E. (desde 2023) [104]
Pedro Filipe Soares Presidente do Grupo Parlamentar [109]
Porto Catarina Martins
renunciou em 2023
Coordenadora do B.E. (2012-2023) [110][111]
José Soeiro [107]
Isabel Pires
desde 2023
[112][111]
Setúbal Joana Mortágua [108]

XIV Legislatura (2019 – 2022)

Círculo Deputado Cargos Refs.
Lisboa Mariana Mortágua [104]
Pedro Filipe Soares Presidente do Grupo Parlamentar [109]
Beatriz Gomes Dias [113]
Jorge Costa [114]
Isabel Pires [112]
Porto Catarina Martins Coordenadora do B.E. [110]
José Soeiro [107]
Luís Monteiro [115]
Maria Manuel Rola [116]
Braga José Maria Cardoso [117]
Alexandra Vieira [118]
Setúbal Joana Mortágua [108]
Sandra Cunha
renunciou em 2021
[119][120]
Diana Santos
desde 2021
[121][120]
Aveiro Moisés Ferreira [122]
Nelson Peralta [123]
Leiria Ricardo Vicente [124]
Coimbra José Manuel Pureza Vice-presidente da Assembleia da República [125]
Faro João Vasconcelos [126]
Santarém Fabíola Cardoso [127]

XIII Legislatura (2015 – 2019)

Círculo Deputado Cargos Refs.
Lisboa Mariana Mortágua [104]
Pedro Filipe Soares Presidente do Grupo Parlamentar [109]
Jorge Costa [114]
Isabel Pires [112]
Jorge Falcato Simões [128]
Porto Catarina Martins Coordenadora do B.E. [110]
José Soeiro [107]
Luís Monteiro [115]
Domicília Costa
renunciou em 2017
[129][130]
Jorge Campos [131]
Maria Manuel Rola
desde 2017
[116][130]
Braga Pedro Soares [132]
Setúbal Joana Mortágua [108]
Sandra Cunha [119]
Aveiro Moisés Ferreira [122]
Leiria Heitor de Sousa [133]
Coimbra José Manuel Pureza Vice-presidente da Assembleia da República [125]
Faro João Vasconcelos [126]
Santarém Carlos Matias [134]
Madeira Paulino Ascensão
renunciou em 2018
[135][136]
Ernesto Ferraz
desde 2018
[137][136]

XII Legislatura (2011 – 2015)

Círculo Deputado Cargos Refs.
Lisboa Francisco Louçã
renunciou em 2012
Coordenador do B.E. (1999-2012) [138][139]
Ana Drago
renunciou em 2013
[140][141]
Luís Fazenda Presidente do Grupo Parlamentar (2011-2012) [142]
Helena Pinto
desde 2012
[143][139]
Mariana Mortágua
desde 2013
[104][141]
Porto João Semedo
renunciou em 2015
Coordenador do B.E. (2012-2014) [144]
Catarina Martins Coordenadora do B.E. (2012-2023) [110]
José Soeiro
desde 2015
[107]
Setúbal Mariana Aiveca [145]
Aveiro Pedro Filipe Soares Presidente do Grupo Parlamentar (desde 2012) [109]
Faro Cecília Honório
renunciou em 2015
[146][147]
Eugénia Taveira
desde 2015
[148][147]

XI Legislatura (2009 – 2011)

Círculo Deputado Cargos Refs.
Lisboa Francisco Louçã Coordenador do B.E. [138]
Ana Drago [140]
Luís Fazenda Vice-presidente da Assembleia da República [142]
Helena Pinto [143]
Rita Calvário [149]
Porto João Semedo [144]
José Soeiro [107]
Catarina Martins [110]
Braga Pedro Soares [132]
Setúbal Fernando Rosas
renunciou em 2010
[150][151]
Mariana Aiveca [145]
Jorge Costa
desde 2010
[114][151]
Aveiro Pedro Filipe Soares [109]
Coimbra José Manuel Pureza Presidente do Grupo Parlamentar [125]
Leiria Heitor de Sousa [133]
Santarém José Gusmão [152]
Faro Cecília Honório [146]

X Legislatura (2005 – 2009)

IX Legislatura (2002 – 2005)

VIII Legislatura (1999 – 2002)

Parlamento Europeu

X Legislatura (2024-Presente)

IX Legislatura (2019–2024)

VIII Legislatura (2014–2019)

VII Legislatura (2009–2014)

VI Legislatura (2004–2009)

Resultados eleitorais

 
Arruada do Bloco de Esquerda em Lisboa com Catarina Martins e Mariana Mortágua durante a campanha para as eleições legislativas de 2022

Eleições legislativas

Data Líder CI. Votos % +/- Deputados +/- Status
1999 Francisco Louçã 5.º 132 333
2,44 / 100,00
2 / 230
Oposição
2002 5.º 153 877
2,81 / 100,00
Aumento 0,37
3 / 230
Aumento 1 Oposição
2005 5.º 364 971
6,35 / 100,00
Aumento 3,54
8 / 230
Aumento 5 Oposição
2009 4.º 558 062
9,82 / 100,00
Aumento 3,47
16 / 230
Aumento 8 Oposição
2011 5.º 288 973
5,17 / 100,00
Baixa 4,65
8 / 230
Baixa 8 Oposição
2015 Catarina Martins 3.º 550 892
10,19 / 100,00
Aumento 5,02
19 / 230
Aumento 11 Apoio parlamentar
2019 3.º 500 017
9,52 / 100,00
Baixa 0,67
19 / 230
Estável  Oposição
2022 5.º 244 603
4,40 / 100,00
Baixa 5,12
5 / 230
Baixa 14 Oposição
2024 Mariana Mortágua 5.º 282 314
4,36 / 100,00
Baixa 0,04
5 / 230
Estável  Oposição
Resultados por círculo eleitoral

Açores

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 993
1,1 / 100,0
0 / 5
2002 4.º 1 269
1,4 / 100,0
Aumento 0,3
0 / 5
Estável 
2005 4.º 2 636
2,9 / 100,0
Aumento 1,5
0 / 5
Estável 
2009 4.º 6 965
7,3 / 100,0
Aumento 4,4
0 / 5
Estável 
2011 4.º 3 966
4,4 / 100,0
Baixa 2,9
0 / 5
Estável 
2015 3.º 7 330
7,8 / 100,0
Aumento 3,5
0 / 5
Estável 
2019 3.º 6 661
8,0 / 100,0
Aumento 0,2
0 / 5
Estável 

Aveiro

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 4 677
1,3 / 100,0
0 / 15
2002 5.º 6 647
1,8 / 100,0
Aumento 0,5
0 / 15
Estável 
2005 4.º 19 846
5,1 / 100,0
Aumento 3,3
0 / 15
Estável 
2009 4.º 35 183
9,0 / 100,0
Aumento 3,9
1 / 16
Aumento 1
2011 4.º 19 338
5,0 / 100,0
Baixa 4,0
1 / 16
Estável 
2015 3.º 35 327
9,6 / 100,0
Aumento 4,6
1 / 16
Estável 
2019 3.º 35 068
10,0 / 100,0
Aumento 0,4
2 / 16
Aumento 1

Beja

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 6.º 1 314
1,6 / 100,0
0 / 3
2002 6.º 1 554
1,9 / 100,0
Aumento 0,3
0 / 3
Estável 
2005 4.º 4 144
4,7 / 100,0
Aumento 2,8
0 / 3
Estável 
2009 4.º 8 264
10,1 / 100,0
Aumento 5,4
0 / 3
Estável 
2011 5.º 3 890
5,2 / 100,0
Baixa 4,9
0 / 3
Estável 
2015 4.º 6 105
8,2 / 100,0
Aumento 3,0
0 / 3
Estável 
2019 4.º 7 330
9,1 / 100,0
Aumento 0,9
0 / 3
Estável 

Braga

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 5 164
1,2 / 100,0
0 / 17
2002 5.º 7 654
1,7 / 100,0
Aumento 0,5
0 / 18
Estável 
2005 5.º 22 179
4,6 / 100,0
Aumento 2,9
0 / 18
Estável 
2009 4.º 38 898
7,8 / 100,0
Aumento 3,2
1 / 19
Aumento 1
2011 5.º 20 488
4,2 / 100,0
Baixa 3,6
0 / 19
Baixa 1
2015 3.º 41 745
8,8 / 100,0
Aumento 4,6
1 / 19
Aumento 1
2019 3.º 41 331
8,9 / 100,0
Aumento 0,1
2 / 19
Aumento 1

Bragança

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 679
0,8 / 100,0
0 / 4
2002 5.º 789
0,9 / 100,0
Aumento 0,1
0 / 4
Estável 
2005 4.º 2 044
2,5 / 100,0
Aumento 1,6
0 / 4
Estável 
2009 4.º 5 211
6,2 / 100,0
Aumento 3,7
0 / 3
Estável 
2011 5.º 1 738
2,3 / 100,0
Baixa 3,9
0 / 3
Estável 
2015 3.º 3 858
5,5 / 100,0
Aumento 3,2
0 / 3
Estável 
2019 3.º 3 833
6,0 / 100,0
Aumento 0,5
0 / 3
Estável 

Castelo Branco

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 1 522
1,2 / 100,0
0 / 5
2002 5.º 1 798
1,5 / 100,0
Aumento 0,3
0 / 5
Estável 
2005 5.º 4 660
3,7 / 100,0
Aumento 2,2
0 / 5
Estável 
2009 3.º 10 668
9,1 / 100,0
Aumento 5,4
0 / 4
Estável 
2011 5.º 4 614
4,2 / 100,0
Baixa 4,9
0 / 4
Estável 
2015 3.º 10 450
10,0 / 100,0
Aumento 5,8
0 / 4
Estável 
2019 3.º 10 352
11,1 / 100,0
Aumento 1,1
0 / 4
Estável 

Coimbra

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 4 536
2,0 / 100,0
0 / 10
2002 5.º 5 664
2,4 / 100,0
Aumento 0,4
0 / 10
Estável 
2005 3.º 15 444
6,3 / 100,0
Aumento 3,9
0 / 10
Estável 
2009 3.º 25 508
10,8 / 100,0
Aumento 4,2
1 / 10
Aumento 1
2011 5.º 13 033
5,8 / 100,0
Baixa 5,0
0 / 9
Baixa 1
2015 3.º 21 780
9,9 / 100,0
Aumento 4,1
1 / 9
Aumento 1
2019 3.º 22 808
11,2 / 100,0
Aumento 1,3
1 / 9
Estável 

Évora

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 6.º 1 392
1,5 / 100,0
0 / 4
2002 5.º 1 611
1,8 / 100,0
Aumento 0,3
0 / 3
Estável 
2005 4.º 4 463
4,6 / 100,0
Aumento 2,8
0 / 3
Estável 
2009 4.º 10 167
11,1 / 100,0
Aumento 6,5
0 / 3
Estável 
2011 5.º 4 230
4,9 / 100,0
Baixa 6,2
0 / 3
Estável 
2015 4.º 7 328
8,6 / 100,0
Aumento 3,7
0 / 3
Estável 
2019 4.º 6 624
9,0 / 100,0
Aumento 0,4
0 / 3
Estável 

Faro

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 4 129
2,3 / 100,0
0 / 8
2002 5.º 5 168
2,8 / 100,0
Aumento 0,5
0 / 8
Estável 
2005 3.º 15 316
7,7 / 100,0
Aumento 4,9
0 / 8
Estável 
2009 3.º 31 017
15,4 / 100,0
Aumento 7,7
1 / 8
Aumento 1
2011 5.º 16 414
8,2 / 100,0
Baixa 7,2
1 / 9
Estável 
2015 3.º 26 922
14,1 / 100,0
Aumento 5,9
1 / 9
Estável 
2019 3.º 21 255
12,3 / 100,0
Baixa 1,8
1 / 9
Estável 

Guarda

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 1 088
1,1 / 100,0
0 / 4
2002 5.º 1 231
1,2 / 100,0
Aumento 0,1
0 / 4
Estável 
2005 4.º 3 452
3,4 / 100,0
Aumento 2,2
0 / 4
Estável 
2009 4.º 7 730
7,6 / 100,0
Aumento 4,2
0 / 4
Estável 
2011 5.º 3 102
3,3 / 100,0
Baixa 4,3
0 / 4
Estável 
2015 3.º 6 341
7,4 / 100,0
Aumento 4,1
0 / 4
Estável 
2019 3.º 5 990
7,8 / 100,0
Aumento 0,4
0 / 3
Estável 

Leiria

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 3 848
1,7 / 100,0
0 / 10
2002 5.º 5 289
2,2 / 100,0
Aumento 0,5
0 / 10
Estável 
2005 4.º 13 788
5,5 / 100,0
Aumento 3,3
0 / 10
Estável 
2009 4.º 23 519
9,5 / 100,0
Aumento 4,0
1 / 10
Aumento 1
2011 4.º 13 351
5,4 / 100,0
Baixa 4,1
0 / 10
Baixa 1
2015 3.º 23 034
9,7 / 100,0
Aumento 4,2
1 / 10
Aumento 1
2019 3.º 20 925
9,4 / 100,0
Baixa 0,3
1 / 10
Estável 

Lisboa

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 55 340
4,9 / 100,0
2 / 49
2002 5.º 53 092
4,7 / 100,0
Baixa 0,2
2 / 48
Estável 
2005 4.º 103 944
8,8 / 100,0
Aumento 4,1
4 / 48
Aumento 2
2009 4.º 124 244
10,8 / 100,0
Aumento 2,0
5 / 47
Aumento 1
2011 5.º 66 868
5,7 / 100,0
Baixa 5,1
3 / 47
Baixa 2
2015 3.º 125 071
10,9 / 100,0
Aumento 5,2
5 / 47
Aumento 2
2019 3.º 106 944
9,7 / 100,0
Baixa 1,2
5 / 48
Estável 

Madeira

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 1 481
1,2 / 100,0
0 / 6
2002 4.º 3 911
3,1 / 100,0
Aumento 1,9
0 / 6
Estável 
2005 4.º 5 265
3,8 / 100,0
Aumento 0,7
0 / 6
Estável 
2009 4.º 8 446
6,1 / 100,0
Aumento 2,3
0 / 6
Estável 
2011 4.º 5 567
4,0 / 100,0
Baixa 2,1
0 / 6
Estável 
2015 3.º 13 342
10,7 / 100,0
Aumento 6,7
1 / 6
Aumento 1
2019 5.º 6 806
5,2 / 100,0
Baixa 5,5
0 / 6
Baixa 1

Portalegre

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 6.º 876
1,2 / 100,0
0 / 3
2002 5.º 1 072
1,6 / 100,0
Aumento 0,4
0 / 3
Estável 
2005 4.º 3 216
4,6 / 100,0
Aumento 3,0
0 / 2
Estável 
2009 4.º 7 019
10,8 / 100,0
Aumento 6,2
0 / 2
Estável 
2011 5.º 2 743
4,6 / 100,0
Baixa 6,2
0 / 2
Estável 
2015 4.º 5 427
9,2 / 100,0
Aumento 4,6
0 / 2
Estável 
2019 4.º 4 166
8,1 / 100,0
Baixa 1,1
0 / 2
Estável 

Porto

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 21 374
2,3 / 100,0
0 / 37
2002 5.º 25 195
2,7 / 100,0
Aumento 0,4
1 / 38
Aumento 1
2005 4.º 66 912
6,7 / 100,0
Aumento 4,0
2 / 38
Aumento 1
2009 4.º 92 929
9,2 / 100,0
Aumento 2,5
3 / 39
Aumento 1
2011 5.º 50 985
5,1 / 100,0
Baixa 4,1
2 / 39
Baixa 1
2015 3.º 106 954
11,1 / 100,0
Aumento 6,0
5 / 39
Aumento 3
2019 3.º 94 553
10,1 / 100,0
Baixa 1,0
4 / 40
Baixa 1

Santarém

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 4 800
2,0 / 100,0
0 / 10
2002 5.º 6 760
2,8 / 100,0
Aumento 0,8
0 / 10
Estável 
2005 5.º 16 590
6,5 / 100,0
Aumento 3,7
0 / 10
Estável 
2009 3.º 29 379
11,9 / 100,0
Aumento 5,4
1 / 10
Aumento 1
2011 5.º 13 747
5,8 / 100,0
Baixa 6,1
0 / 10
Baixa 1
2015 3.º 24 489
10,8 / 100,0
Aumento 5,0
1 / 9
Aumento 1
2019 3.º 21 141
10,2 / 100,0
Baixa 0,6
1 / 9
Estável 

Setúbal

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 13 806
3,5 / 100,0
0 / 17
2002 5.º 18 213
4,6 / 100,0
Aumento 1,1
0 / 17
Estável 
2005 4.º 43 862
10,3 / 100,0
Aumento 4,7
1 / 17
Aumento 1
2009 4.º 58 827
14,0 / 100,0
Aumento 3,7
2 / 17
Aumento 1
2011 5.º 29 620
7,0 / 100,0
Baixa 7,0
1 / 17
Baixa 1
2015 4.º 55 276
13,1 / 100,0
Aumento 6,1
2 / 18
Aumento 1
2019 4.º 47 863
12,1 / 100,0
Baixa 1,0
2 / 18
Estável 

Viana do Castelo

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 1 689
1,2 / 100,0
0 / 6
2002 5.º 2 485
1,8 / 100,0
Aumento 0,6
0 / 6
Estável 
2005 4.º 6 415
4,5 / 100,0
Aumento 2,7
0 / 6
Estável 
2009 4.º 12 098
8,6 / 100,0
Aumento 4,1
0 / 6
Estável 
2011 5.º 5 925
4,4 / 100,0
Baixa 4,2
0 / 6
Estável 
2015 3.º 10 225
8,0 / 100,0
Aumento 3,6
0 / 6
Estável 
2019 3.º 10 320
8,5 / 100,0
Aumento 0,5
0 / 6
Estável 

Vila Real

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 995
0,8 / 100,0
0 / 5
2002 5.º 1 113
0,9 / 100,0
Aumento 0,1
0 / 5
Estável 
2005 5.º 3 019
2,4 / 100,0
Aumento 1,5
0 / 5
Estável 
2009 4.º 6 958
5,5 / 100,0
Aumento 3,1
0 / 5
Estável 
2011 5.º 2 801
2,3 / 100,0
Baixa 3,2
0 / 5
Estável 
2015 3.º 5 707
5,2 / 100,0
Aumento 2,9
0 / 5
Estável 
2019 3.º 6 078
6,1 / 100,0
Aumento 0,9
0 / 5
Estável 

Viseu

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 5.º 2 400
1,2 / 100,0
0 / 9
2002 5.º 3 049
1,4 / 100,0
Aumento 0,2
0 / 9
Estável 
2005 4.º 7 149
3,3 / 100,0
Aumento 1,9
0 / 9
Estável 
2009 4.º 13 971
6,5 / 100,0
Aumento 3,2
0 / 9
Estável 
2011 5.º 5 786
2,9 / 100,0
Baixa 3,6
0 / 9
Estável 
2015 3.º 12 816
6,7 / 100,0
Aumento 3,8
0 / 9
Estável 
2019 3.º 13 956
7,9 / 100,0
Aumento 1,2
0 / 8
Estável 

Europa

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 7.º 145
0,6 / 100,0
0 / 2
2002 6.º 250
1,1 / 100,0
Aumento 0,5
0 / 2
Estável 
2005 5.º 535
2,3 / 100,0
Aumento 1,2
0 / 2
Estável 
2009 3.º 794
4,7 / 100,0
Aumento 2,4
0 / 2
Estável 
2011 5.º 602
3,4 / 100,0
Baixa 1,3
0 / 2
Estável 
2015 4.º 785
5,8 / 100,0
Aumento 2,4
0 / 2
Estável 
2019 3.º 6 106
5,7 / 100,0
Baixa 0,1
0 / 2
Estável 

Fora da Europa

Data CI. Votos % +/- Deputados +/-
1999 7.º 63
0,4 / 100,0
0 / 2
2002 6.º 60
0,4 / 100,0
Estável 
0 / 2
Estável 
2005 6.º 92
0,7 / 100,0
Aumento 0,3
0 / 2
Estável 
2009 4.º 177
2,0 / 100,0
Aumento 1,3
0 / 2
Estável 
2011 4.º 165
1,1 / 100,0
Baixa 0,9
0 / 2
Estável 
2015 6.º 229
1,6 / 100,0
Aumento 0,5
0 / 2
Estável 
2019 6.º 1 404
3,5 / 100,0
Aumento 1,9
0 / 2
Estável 

Eleições europeias

Data Cabeça de Lista Votos % +/- Deputados +/-
1999 Miguel Portas 5.º 61 920
1,79 / 100,00
0 / 25
2004 5.º 167 313
4,91 / 100,00
Aumento 3,12
1 / 24
Aumento 1
2009 3.º 382 667
10,72 / 100,00
Aumento 5,81
3 / 22
Aumento 2
2014 Marisa Matias 5.º 149 628
4,56 / 100,00
Baixa 6,16
1 / 21
Baixa 2
2019 3.º 325 450
9,82 / 100,00
Aumento 5,26
2 / 21
Aumento 1
2024 Catarina Martins 5.º 168 107
4,25 / 100,00
Baixa 5,57
1 / 21
Baixa 1
 
Comício da campanha de Marisa Matias durante as eleições presidenciais de 2021

Eleições presidenciais

Data Candidato
apoiado
1.ª Volta
CI. Votos %
2001 Fernando Rosas 4.º 129 840
3,00 / 100,00
2006 Francisco Louçã 5.º 292 198
5,32 / 100,00
2011 Manuel Alegre 2.º 831 838
19,76 / 100,00
2016 Marisa Matias 3.º 469 321
10,12 / 100,00
2021 5.º 164.731
3,95 / 100,00

Eleições autárquicas

Câmaras Municipais

Data CI. Votos % +/- Presidentes CM +/- Vereadores +/- Deputados

Municipais

+/- Deputados de

Freguesia

+/-
2001 9.º 61 789
1,18 / 100,00
Novo
1 / 308
Novo
6 / 2 044
Novo
28 / 6 876
Novo
46 / 34 627
Novo
2005 6.º 159 254
2,95 / 100,00
Aumento 1,77
1 / 308
Estável 
7 / 2 046
Aumento 1
114 / 6 876
Aumento 107
229 / 34 627
Aumento 183
2009 7.º 167 101
3,02 / 100,00
Aumento 0,07
1 / 308
Estável 
9 / 2 078
Aumento 2
139 / 6 946
Aumento 25
235 / 34 672
Aumento 6
2013 7.º 120 982
2,42 / 100,00
Baixa 0,60
0 / 308
Baixa 1
8 / 2 086
Baixa 1
100 / 6 487
Baixa 39
138 / 27 167
Baixa 97
2017 6.º 170 027
3,29 / 100,00
Aumento 0,87
0 / 308
Estável 
12 / 2 074
Aumento 4
125 / 6 461
Aumento 25
213 / 27 019
Aumento 75
2021 7.º 137 521
2,75 / 100,00
Baixa 0,54
0 / 308
Estável 
5 / 2 074
Baixa 7
94 / 6 461
Baixa  31
162 / 27 019
Baixa 51
Câmaras Municipais com representação do Bloco de Esquerda
Municípios 2001 2005 2009 2013 2017 2021
Abrantes
0 / 7
0 / 7
Estável 
0 / 7
Estável 
0 / 7
Estável 
1 / 7
Aumento 1
1 / 7
Estável 
Almada
0 / 11
0 / 11
Estável 
1 / 11
Aumento 1
0 / 11
Baixa 1
1 / 11
Aumento 1
1 / 11
Estável 
Amadora
0 / 11
0 / 11
Estável 
0 / 11
Estável 
0 / 11
Baixa 1
1 / 11
Aumento 1
0 / 11
Baixa 1
Entroncamento
1 / 7
1 / 7
Estável 
1 / 7
Estável 
1 / 7
Estável 
1 / 7
Estável 
0 / 7
Baixa 1
Lisboa
0 / 17
1 / 17
Aumento 1
0 / 17
Baixa 1
0 / 17
Estável 
1 / 17
Aumento 1
1 / 17
Estável 
Moita
0 / 9
1 / 9
Aumento 1
1 / 9
Estável 
1 / 9
Estável 
1 / 9
Estável 
0 / 9
Baixa 1
Olhão
1 / 7
1 / 7
Estável 
0 / 7
Baixa 1
0 / 7
Estável 
Portimão
0 / 7
0 / 7
Estável 
0 / 7
Estável 
1 / 7
Aumento 1
1 / 7
Estável 
0 / 9
Baixa 1
Porto
0 / 13
0 / 13
Estável 
0 / 13
Estável 
0 / 13
Estável 
0 / 13
Estável 
1 / 13
Aumento 1
Salvaterra de Magos
5 / 7
4 / 7
Baixa 1
4 / 7
Estável 
2 / 7
Baixa 2
2 / 7
Estável 
1 / 7
Baixa 1
Seixal
0 / 11
0 / 11
Estável 
1 / 11
Aumento 1
1 / 11
Estável 
1 / 11
Estável 
0 / 11
Baixa 1
Torres Novas
0 / 7
0 / 7
Estável 
0 / 7
Estável 
1 / 7
Aumento 1
1 / 7
Estável 
0 / 7
Baixa 1
Vila Franca de Xira
0 / 9
0 / 9
Estável 
0 / 9
Estável 
0 / 11
Estável 
1 / 11
Aumento 1
0 / 11
Baixa 1

Eleições regionais

Região Autónoma dos Açores

Data CI. Votos % +/- Deputados +/- Status
2000 5.º 1 387
1,4 / 100
0 / 52
Extra-parlamentar
2004 4.º 1 022
1,0 / 100
Baixa 0,4
0 / 52
Estável  Extra-parlamentar
2008 4.º 2 972
3,3 / 100
Aumento 2,3
2 / 57
Aumento 2 Oposição
2012 4.º 2 428
2,3 / 100
Baixa 1,0
1 / 57
Baixa 1 Oposição
2016 4.º 3 410
3,7 / 100
Aumento 1,4
2 / 57
Aumento 1 Oposição
2020 5.º 3 962
3,8 / 100,0
Aumento 0,1
2 / 57
Estável  Oposição
2024 4.º 2 936
2,5 / 100,0
Baixa 1,3
1 / 57
Baixa 1 Oposição

Região Autónoma da Madeira

Data CI. Votos % +/- Deputados +/- Status
2004 5.º 5 035
3,7 / 100,0
1 / 68
Oposição
2007 5.º 4 186
3,0 / 100,0
Baixa 0,7
1 / 47
Estável  Oposição
2011 9.º 2 512
1,7 / 100,0
Baixa 1,3
0 / 47
Baixa 1 Extra-parlamentar
2015 6.º 4 850
3,8 / 100,0
Aumento 2,1
2 / 47
Aumento 2 Oposição
2019 6.º 2 489
1,7 / 100,0
Baixa 2,1
0 / 47
Baixa 2 Extra-parlamentar
2023 8.º 3 036
2,2 / 100,0
Aumento 0,5
1 / 47
Aumento 1 Oposição

Coordenadoria

O coordenador nacional do Bloco de Esquerda é a figura política mais importante do Bloco de Esquerda. O cargo é atualmente ocupado por Mariana Mortágua desde 2023.

Funções

O/a coordenador/a nacional do Bloco de Esquerda é, ex-officio, membro da Comissão Política e do Secretariado Nacional.[153]

De acordo com a Lei das precedências do Protocolo do Estado Português, o/a Coordenador/a Nacional do Bloco de Esquerda, tal como os líderes de outros partidos com assento parlamentar, é o 16º ordem de precedência no Protocolo de Estado Português.[154]

Coordenadores nacionais

# Coordenador/a
(Nascimento-Morte)
Retrato Círculo eleitoral Início do mandato Fim do mandato Cargos enquanto líder Outros cargos Afiliação partidária anterior Primeiro-Ministro (mandato)
1 Francisco Anacleto Louçã
(1956–)
  Lisboa 24 de março de 1999 11 de novembro de 2012 Deputado à Assembleia da República (1999-2012) Dirigente do PSR (1979-1999)
Conselheiro de Estado (2015-2022)
PSR   António Guterres 1995-2002
  Durão Barroso 2002-2004
  Pedro Santana Lopes 2004-2005
  José Sócrates 2005-2011
  Pedro Passos Coelho 2011-2015
2 João Pedro Furtado da Cunha Semedo
(1951–2018)
  Porto 11 de novembro de 2012 30 de novembro de 2014 Deputado à Assembleia da República (2006-2015) - PCP
Catarina Soares Martins
(1973–)
  Porto 28 de maio de 2023 Deputada à Assembleia da República (2009-2023) Eurodeputada (2024-...) -
3
  António Costa 2015-2024[155]
4 Mariana Rodrigues Mortágua
(1986–)
  Lisboa 28 de maio de 2023 presente Deputada à Assembleia da República (2013-...) Deputada à Assembleia Municipal de Lisboa (2013-2017)
  Luís Montenegro 2024-presente

Lista de ex-coordenadores nacionais vivos

Nome Mandato(s) Idade
Francisco Louçã 1999-2012 68 anos e 16 dias
Catarina Martins 2012-2023 51 anos e 82 dias
Referências
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  4. https://www.jpn.up.pt/2005/01/02/bloco-de-esquerda-sem-jota-com-juventude/
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