Batalha de Casilino (214 a.C.)
A Batalha de Casilino, conhecida como Segunda Batalha de Casilino, foi uma batalha travada entre o exército cartaginês e o exército romano em 214 a.C. durante a Segunda Guerra Púnica nas imediações da cidade de Casilino, na Campânia.
Batalha de Casilino | |||
---|---|---|---|
Segunda Guerra Púnica | |||
Campanha de Aníbal em 214 a.C. | |||
Data | 214 a.C. | ||
Local | Casilino, Campânia | ||
Coordenadas | |||
Desfecho | Vitória romana | ||
Beligerantes | |||
| |||
Comandantes | |||
| |||
Forças | |||
| |||
Baixas | |||
| |||
Localização de Casilino no que é hoje a Itália | |||
Introdução
editarDepois de dois anos do desastre da Batalha de Canas, Roma havia conseguido reconstruir seus exércitos e, pouco a pouco, começava a reconquistar as localidades que haviam debandando para o lado cartaginês. A campanha de 214 a.C. foi liderada por Marco Cláudio Marcelo e Fábio Máximo, que recrutaram seis legiões adicionais com as que conseguiu elevar a cinco o número de exércitos no sul da península Itálica (Lucânia, Apúlia, Salentino e dois na Campânia).
A cidade de Casilino, que ficava às margens do rio Volturno e abria o caminho da Campânia ao Campo Falerno, estava em mãos cartaginesas desde o começo de 215 a.C. e que contava com uma forte guarnição de 2 000 campânios e 700 cartagineses[1].
Acontecimentos prévios
editarMarcelo se encontrava com seu exército consular em Nola, onde havia conseguido rechaçar Aníbal antes na 3ª batalha de Nola, o que fez com que ele mudasse seu teatro de operações para abandonar a Campânia na direção de Salentino. Enquanto isto, Fábio Máximo se concentrou na região da Campânia fronteiriça com o Sâmnio caudino e com o Lácio.
Cerco de Casilino
editarSem a presença de Aníbal na Campânia, Fábio decidiu atacar Casilino com seu exército[2]. Ele acampou nos arredores da cidade e iniciou suas atividades de cerco[1]. Diante da dificuldade e da acirrada defesa da guarnição de Casilino, além do risco de ser atacado de seu acampamento a partir de Cápua pelo exército que os campânios estavam recrutando entre plebeus e escravos[3], Fábio Máximo indicou a Marcelo que deixasse uma forte guarnição em Nola e acudisse com o resto de seus homens a colaborar cobrindo seu flanco[4]. Dado que os sucessivos assaltos à cidade foram rechaçados sucessivas vezes, Fábio sugeriu levantar o cerco, mas Marcelo o convenceu a perseverar[5]. Finalmente, a paciência deu frutos e Fábio Máximo conseguiu a rendição da cidade de seus nobres. Quando estavam saindo por uma das portas os rendidos, Marcelo ordenou que seus homens atacassem, o que provocou um massacre do qual somente se salvaram os cinquenta que já haviam chegado até a posição de Fábio, que foram escoltados até Cápua. O resto foi morto ou aprisionado.
Acontecimentos posteriores
editarDepois de tomar controle da cidade, Fábio prosseguiu com uma brilhante campanha que lhe permitiu recuperar o controle de numerosas localidades no Sâmnio caudino e no norte da Apúlia, enquanto Marcelo levou seu exército consular para a Sicília para dar a resposta à deserção do Reino de Siracusa, que passou a apoiar os cartagineses, começando uma campanha na ilha que duraria quatro anos. Enquanto isto, o procônsul Tibério Semprônio Graco, continuava seguindo os movimentos de Aníbal na Lucânia e na Apúlia.
- ↑ a b Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 19, 1
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 14, 1
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 19, 2
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 19, 5
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 19, 6-7
Bibliografia
editar- Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 14 e 19