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Programa de Aceleração do Crescimento: diferenças entre revisões

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Segundo a ONG Contas abertas, até o final de [[2009]] somente 9,8% das obras do PAC teriam sido concluídas e 62% ainda não saíram do projeto.<ref>[http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/12/27/menos-de-10-das-obras-do-pac-foram-concluidas-diz-ong-contas-abertas-915374596.asp Menos de 10% das obras do PAC foram concluídas, diz ONG Contas Abertas]</ref>
Segundo a ONG Contas abertas, até o final de [[2009]] somente 9,8% das obras do PAC teriam sido concluídas e 62% ainda não saíram do projeto.<ref>[http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/12/27/menos-de-10-das-obras-do-pac-foram-concluidas-diz-ong-contas-abertas-915374596.asp Menos de 10% das obras do PAC foram concluídas, diz ONG Contas Abertas]</ref>


Em janeiro de 2010, no interior de Minas Gerais, durante a inauguração de obra do PAC com Lula e outros ministros do governo, Dilma Rousseff reafirmou o discurso do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, em entrevista à revista Veja, que os partidos da oposição do governo, PSDB e do DEM, vão acabar o PAC. Em nota, Sérgio Guerra criticou a acusação e chamou Dilma de mentirosa.<ref>[http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/01/20/e200116061.asp "Dilma Mente", diz presidente do PSDB]</ref><ref>[http://odia.terra.com.br/portal/brasil/html/2010/1/dilma_mente_diz_presidente_do_psdb_em_nota_59729.html Dilma mente, diz nota]</ref>. Como o fim do PAC é impossível, visto que o PAC são as obras planejadas, anualmente, pelo Governo Federal e seus órgãos, estatais e autarquias (reunidos sob uma única nomenclatura), sendo inimaginável que um Governo deixe de realizar obras para sempre, tal afirmação teria sido erroneamente interpretada e utilizada por Dilma, o que gerou a resposta de Sérgio Guerra, em mais um capítulo de brigas políticas entre ambas as partes.
Em janeiro de 2010, no interior de Minas Gerais, durante a inauguração de obra do PAC com Lula e outros ministros do governo, Dilma Rousseff reafirmou o discurso do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, em entrevista à revista Veja, que os partidos da oposição do governo, PSDB e do DEM, vão acabar o PAC. Na entrevista, Sérgio Guerra afirmou que, se vencerem a eleição presidencial de 2010, acabarão com o PAC. Em nota, Sérgio Guerra criticou a acusação e chamou Dilma de mentirosa.<ref>[http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/01/20/e200116061.asp "Dilma Mente", diz presidente do PSDB]</ref><ref>[http://odia.terra.com.br/portal/brasil/html/2010/1/dilma_mente_diz_presidente_do_psdb_em_nota_59729.html Dilma mente, diz nota]</ref>


==Referências==
==Referências==

Revisão das 13h51min de 2 de fevereiro de 2010

Luiz Inácio Lula da Silva anuncia o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ao lado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em 28 de janeiro de 2007[1], é um programa do governo federal brasileiro que engloba um conjunto de políticas econômicas, planejadas para os quatro anos seguintes, e que tem como objetivo acelerar o crescimento econômico do Brasil, [2] prevendo investimentos totais de R$ 503,9 bilhões até 2010, sendo uma de suas prioridades o investimento em infra-estrutura, em áreas como saneamento, habitação, transporte, energia e recursos hídricos, entre outros.[3]

Estrutura do programa

O PAC é composto por cinco blocos:

  1. Medidas de infra-estrutura, incluindo a infra-estrutura social, como habitação, saneamento e transporte em massa (O principal bloco)
  2. Medidas para estimular crédito e financiamento
  3. Melhoria do marco regulatório na área ambiental
  4. Desoneração tributária
  5. Medidas fiscais de longo prazo

Essas ações deverão ser implementadas, gradativamente, ao longo do quatriênio 2007-2010.[4] A meta é obter um crescimento do PIB em torno de 5% ao ano. Isso deverá ser alcançado contornando-se os entraves para o desenvolvimento e com o resultado do papel "indutor" do setor público, já que cada R$ 1,00 investido pelo setor público gera R$ 1,50 em investimentos privados. Os investimentos de R$ 503 bilhões, até 2010, se constituem na espinha dorsal do programa de aceleração do crescimento econômico. Esse conjunto de projetos de infra-estrutura pública deverá ajudar a acelerar os investimentos privados.

Estrutura do investimento

Entre os investimentos anunciados estão incluídos: a soma dos investimentos públicos diretos (R$ 67,8 bilhões em quatro anos), investimentos das estatais, financiamentos dos bancos oficiais e investimentos privados, para atingir o total previsto de R$ 503,9 bilhões no período do programa, entre 2007 e 2010. Foram selecionados mais de cem projetos de investimento prioritários em rodovias, hidrovias, ferrovias, portos, aeroportos, saneamento, recursos hídricos.

Segundo o governo federal, haverá desoneração dos setores de bens de capital (máquinas e equipamentos), matérias-primas para a construção civil, equipamentos de transmissão digital, semicondutores e computadores. Nos casos de investimentos em infra-estrutura (energia, portos, saneamento, etc.), haverá isenção do recolhimento do PIS/Cofins.

Estima-se uma diminuição na arrecadação de R$ 6,6 bilhões em 2007. A mudança de data para recolhimento das contribuições ao INSS, que passará do dia 2 para o dia 10 de cada mês e do PIS/Cofins, do dia 15 para o dia 20, aumentarão o capital de giro das empresas.

Balanços do PAC

Em 7 de maio de 2007 foi publicado pelo comitê gestor do PAC o Primeiro Balanço do PAC, referente ao período de janeiro a abril de 2007,[5] um estudo detalhado de seus projetos em andamento.

Em 20 de setembro de 2007 o comitê gestor apresentou o Segundo Balanço do PAC, notando que o programa ganhou velocidade e investimentos que já têm reflexos nas previsões do PIB, mas ainda é preciso acelerar a conversão de grande parte dos recursos ainda não gastos de 2007 em obras reais. Conforme o balanço, em abril o PAC tinha 1 646 ações registradas e passou para 2 014 de maio a agosto. Em 31 de agosto de 2007, 60% dessas ações estavam no estágio de obra e 40% na fase de licenciamento, licitação ou projeto, indicando que desempenho do PAC que apresentava andamento satisfatório foi de 94,1% do valor investido e de 90,3% em ações. [6]

Origem do dinheiro

  • R$ 67,80 bilhões deverão ser investidos com recursos do orçamento fiscal da União e da seguridade;
  • R$ 216,9 bilhões deverão ser investidos pela iniciativa privada, induzidos pelos investimentos públicos já anunciados.

Destino do dinheiro

  • R$ 274,8 bilhões deverão ser investidos em Energia (inclui petróleo), assim divididos [7]:
    • R$ 65,9 bilhões para geração de energia elétrica
    • R$ 12,5 bilhões para transmissão de energia elétrica
    • R$ 179,0 bilhões para petróleo e gás natural
    • R$ 17,4 bilhões para combustíveis renováveis.
  • R$ 170,8 bilhões serão investidos em Infra-Estrutura Social e Urbana, assim divididos:
    • R$ 8,7 bilhões para o projeto Luz Para Todos
    • R$ 40,0 bilhões para projetos de saneamento básico
    • R$ 106,3 bilhões para projetos de habitação
    • R$ 3,1 bilhões para Metrôs
    • R$ 12,7 bilhões para recursos hídricos.
  • R$ 58,3 bilhões serão investidos em Logística, assim distribuídos:
    • R$ 33,4 bilhões para rodovias
    • R$ 7,9 bilhões para ferrovias
    • R$ 2,7 bilhões para portos
    • R$ 3,0 bilhões para aeroportos
    • R$ 700 milhões para hidrovias
    • R$ 10,6 bilhões para marinha mercante.

De acordo com balanço divulgado pela casa civil em junho de 2009, o PAC concluiu 15,1% do total programado. [8]

O PAC das crianças

Em 11 de outubro de 2007, na véspera do Dia das Crianças, foi lançado o "PAC das Crianças" [9] um sub-programa do PAC que se constitui num pacote para enfrentar a violência contra crianças e adolescentes, prevendo gastos de R$ 2,9 bilhões até 2010, que virão de 14 ministérios e de empresas estatais.

O "PAC das Crianças" inclui projetos para adolescentes internados que consumirão R$ 534 milhões entre 2008 e 2010. Segundo a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, entre 1996 e 2006 quase quadruplicou o número de adolescentes internados por prática de violência. O pacote prevê gastos de R$ 199 milhões na reforma e construção de 49 unidades de internação e prevê a criação de um financiamento para municípios com mais de 50 mil habitantes para implementar medidas socioeducativas fazendo com que os internos prestem serviços à comunidade.

O "PAC das Crianças", por meio do Ministério do Esporte, destinará R$ 37,6 milhões para a construção de quadras esportivas em unidades de internação -- elas ainda terão bibliotecas, oficinas e ambulatórios [9].

Foi criado um incentivo, que repassa R$ 1 500, num único pagamento, às famílias que acolherem de volta crianças levadas para abrigos por causa da pobreza, a partir de 2008, e outro que transfere jovens com mais de 18 anos dos abrigos para moradias coletivas oferecendo a eles estágios em bancos estatais; e o último repassa R$ 70 milhões a 445 municípios para reforma dos abrigos.[9]

Uma verba de R$ 1,4 bilhão será destinada ao auxílio a crianças e adolescentes que sofrerem violência e para criar, até 2009, um cadastro nacional de adoção.

Críticas

O PAC vem sendo criticado por parte da população brasileira, pois sua criação seria um programa eleitoreiro, que favoreceria a pré-candidata à sucessão de Lula, Dilma Rousseff. A sigla PAC teria sido criada com objetivos de publicidade, já que uniria todos os gastos, investimentos e obrigações normais do Governo Federal sob uma única nomenclatura, para facilitar a divulgação. [10][11]

Além disso, algumas obras do PAC teriam sido realizadas sob decreto, a fim de burlar a legislação eleitoral que proibe repasses de recursos federais para novas obras nos três meses que antecedem a escolha dos prefeitos, [12]. A legislação eleitoral também proibe o uso da máquina governamental para fazer o que vem sendo considerada, segundo o ministro Gilmar Mendes e críticos de partidos de oposição, uma campanha eleitoral antecipada por Dilma, acompanhada de Lula em todas as inaugurações do referido programa [13][14][15]

O PAC também se tornou alvo do TCU, Tribunal de Contas da União, por supostos indícios de irregularidades nas obras do programa.[16] O Governo Federal, preocupado com a possibilidade de paralisação de obras pelo TCU, enviou advogados para acompanharem os processos com o objetivo de fazer a defesa na execução das obras. [17]

Outra crítica é o fato de que administrações aliadas ao Governo Federal estariam sendo favorecidos na distribuição das verbas do programa. [18][19]

Segundo a ONG Contas abertas, até o final de 2009 somente 9,8% das obras do PAC teriam sido concluídas e 62% ainda não saíram do projeto.[20]

Em janeiro de 2010, no interior de Minas Gerais, durante a inauguração de obra do PAC com Lula e outros ministros do governo, Dilma Rousseff reafirmou o discurso do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, em entrevista à revista Veja, que os partidos da oposição do governo, PSDB e do DEM, vão acabar o PAC. Na entrevista, Sérgio Guerra afirmou que, se vencerem a eleição presidencial de 2010, acabarão com o PAC. Em nota, Sérgio Guerra criticou a acusação e chamou Dilma de mentirosa.[21][22]

Referências

  1. Saiba o que muda na sua vida com o lançamento do PAC
  2. Veja alguns pontos do PAC divulgados pelos ministros. Economia: pacote econômico. Globo.com, 22 de janeiro de 2007, 11h24m, atualizado em 22 de janeiro de 2007, 12h57m
  3. Confira as principais medidas do Programa de Aceleração do Crescimento. Economia. São Paulo: da Redação, UOL Economia, 22 de janeiro de 2007, 13h57
  4. FREIRE, Gustavo e MARQUES, Gerusa. Com PAC, governo quer investir 503,9 bilhões de reais em cinco blocos. Economia. Estadao.com.br, 22 de janeiro de 2007 às 13:47
  5. [Primeiro Balanço do PAC, Comitê Gestor do PAC, 7/5/2007
  6. Comitê gestor apresenta segundo balanço do PAC.Notícias/Destaques, Federação Nacional dos Engenheiros. 21/9/2007
  7. a b Em Busca do Crescimento. Economia e Negócios. O Estado de S. Paulo, pp. B1 - B10, 24/1/2007 Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "INVEST" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  8. Valor das obras concluídas no PAC é de 15,1% do previsto. Brasília: Estadão Online, 3 de junho de 2009, 12:20
  9. a b c RODRIGUES, Lorenna. Lula lança PAC das Crianças; projetos consumirão R$ 2,9 bi até 2010. Brasília: Folha de S.Paulo, Folha Online 11 de outubro de 2007, 10h49
  10. Aécio Neves Critica PAC para uso político e diz que que açoẽs são tímidas
  11. Povo diz que PAC é eleitoreiro
  12. Lula nega que PAC seja eleitoreiro
  13. Oposição protocola representação contra Lula e Dilma no TSE por campanha antecipada
  14. Marina critica uso da máquina pública
  15. Lula diz que não está em campanha para Dilma
  16. TCU recomenda paralisação de 41 obras, sendo 13 do PAC
  17. Governo pressiona TCU para liberar obras do PAC
  18. Divisão de verbas do PAC privilegia capitais do PT
  19. Dilma nega que PAC pertença à política do "é dando que se recebe" e rebate caráter "eleitoreiro"
  20. Menos de 10% das obras do PAC foram concluídas, diz ONG Contas Abertas
  21. "Dilma Mente", diz presidente do PSDB
  22. Dilma mente, diz nota

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