Xegundo Xou da Xuxa
Xegundo Xou da Xuxa | |||||||
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Álbum de estúdio de Xuxa | |||||||
Lançamento | 23 de junho de 1987 | ||||||
Gravação | 1986—1987 | ||||||
Gênero(s) | |||||||
Duração | 50:14 | ||||||
Formato(s) | CD · download digital · cassete · streaming · vinil | ||||||
Gravadora(s) | Som Livre | ||||||
Produção | |||||||
Cronologia de Xuxa | |||||||
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Singles de Xegundo Xou da Xuxa | |||||||
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Xegundo Xou da Xuxa é o terceiro álbum de estúdio da artista musical e apresentadora brasileira Xuxa. O seu lançamento ocorreu em 23 de junho de 1987, pela gravadora Som Livre. Este álbum é o segundo de uma série de sete dedicados ao programa Xou da Xuxa.
Inicialmente, o repertório foi selecionado por Guto Graça Mello, mas precisava da aprovação da própria intérprete. Devido a atrasos e à insatisfação dela com algumas faixas, ele foi substituído por Michael Sullivan e Paulo Massadas na produção. Com um investimento de cerca de Cz$ 3,5 milhões, o presidente da gravadora, João Araújo, declarou que a expectativa era que Xuxa superasse seu próprio recorde de vendas, algo que nem mesmo Roberto Carlos havia conseguido.
Xegundo Xou da Xuxa apresenta participações especiais de artistas como o grupo Trem da Alegria e Os Abelhudos, além de destaques como "Festa do Estica e Puxa", do Chiclete com Banana, e a versão de Mickey da estadunidense Toni Basil. Com mais de 3,2 milhões de cópias vendidas no Brasil, é segundo álbum de estúdio mais vendido de todos os tempos por uma artista solo feminina no Brasil, apenas atrás de Xou da Xuxa 3 (1988). A obra solidificou o status de sua intérprete como uma das mais importantes artistas do mercado fonográfico brasileiro e latino-americano.
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Após o sucesso do álbum Xou da Xuxa, que vendeu 2.179.618 cópias apenas em 1986 e recebeu o Prêmio Vila-Lobos da Associação Brasileira dos Produtores de Discos como Melhor Disco Infantil de 1986,[1] a gravadora Som Livre levou apenas alguns meses para iniciar a produção do segundo álbum da artista sob o selo. O objetivo era utilizar a mesma fórmula do disco anterior e aproveitar o crescente sucesso de Xuxa no programa da Rede Globo.[2][3]
Produção e composição
[editar | editar código-fonte]A exigência agora é muita, mas vai ser bom, farei igual ou melhor que o primeiro. Mas não estou preocupada com o resultado das vendas, não sou uma cantora. Fico muito mais gratificada por ser uma apresentadora que, nos shows em ginásios e estádios do Brasil, canta com 25 a 30 mil crianças em coro total. Elas decoram as letras para me mostrar. É um carinho e é muito bom. Quem escolhe o repertório do disco é o Guto, eu dou palpites na escolha de cinco ou seis faixas porque acredito no meu “taco” com as crianças."
Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da gravadora, João Araújo, anunciou um investimento de cerca de Cz$ 3,5 milhões na produção do álbum, afirmando que Xuxa já era "a rainha do mercado fonográfico brasileiro e latino-americano". Ele expressou a expectativa de que ela superasse seu próprio recorde de 2,6 milhões de cópias, algo que Roberto Carlos jamais conseguiu.[5] Inicialmente, o repertório do disco foi selecionado por Guto Graça Mello, com aprovação da própria artista.[2] Cada faixa incluída representava um adiantamento de cerca de CZ$ 800 mil em direitos autorais para os compositores.[2] A produção também estave a cargo de Mello,[3] mas, devido a atrasos relacionados aos compromissos da intérprete e ao desagrado deela com algumas canções, ele foi demitido e a produção passou para Michael Sullivan e Paulo Massadas.[3][3]
Para garantir que o repertório agradaria ao público, as músicas selecionadas tinham sua base instrumental tocada durante o programa Xou da Xuxa, observando a reação das crianças; se elas ficassem indiferentes, a música era reprovada. O álbum contou com participações do Trem da Alegria e de Os Abelhudos.[6] Outros destaques incluem o primeiro single "Festa do Estica e Puxa", do grupo baiano Chiclete com Banana, e a versão de "Mickey", da estadunidense Toni Basil, feita por Xuxa.[7][6] A música "Banda da Xuxa" gerou controvérsia pelo uso da palavra "bundão" em um dos versos. Após ser ouvida pelo Conselho Superior de Censura, foi marcada uma reunião para decidir se a canção poderia ser veiculada em rádios e na televisão. Apesar do veto, isso não impactou as vendas do disco, e o processo foi encerrado em 21 de agosto de 1987.[8]
Divulgação
[editar | editar código-fonte]Xuxa realizou um show promovendo o disco em 4 de julho de 1987, no Scala, Rio de Janeiro.[9] A turnê promocional, chamada Xou da Xuxa 87, começou em 27 de agosto de 1987, no Palace São Paulo, e os últimos concertos ocorreram em dezembro de 1987, durante a Chegada do Papai Noel.[10]
Lista de faixas
[editar | editar código-fonte]Créditos adaptados do encarte do LP.[11]
Xegundo Xou da Xuxa – Lado A | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
1. | "Festa do Estica e Puxa" |
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4:10 | |||||||
2. | "Hey Mickey" ("Hey Mickey") |
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3:32 | |||||||
3. | "Feliz" |
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3:53 | |||||||
4. | "O Circo" |
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3:16 | |||||||
5. | "Banda da Xuxa" |
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3:25 | |||||||
6. | "Croc Croc" | Rubens Alexandre | 3:12 | |||||||
7. | "Campeão" |
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3:39 |
Xegundo Xou da Xuxa – Lado B | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
1. | "Rambo" |
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4:14 | |||||||
2. | "Quem Quiser que Conte Outra" |
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3:30 | |||||||
3. | "Aquecendo (Ginástica)" |
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3:19 | |||||||
4. | "Comigo Ninguém Pode" (cantada por Patricia Marx) | Patricia Marx | 3:15 | |||||||
5. | "Dodói Neném" |
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3:40 | |||||||
6. | "Rexeita da Xuxa" |
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3:09 | |||||||
7. | "Nós Somos o Amanhã" (com part. de Os Abelhudos, Trem da Alegria, Gabriela e Tatiana) |
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4:00 | |||||||
Duração total: |
50:14 |
Xegundo Xou da Xuxa – Edição em CD de 1995[a] | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
1. | "Estrela-Guia (Natal)" |
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5:38 | |||||||
2. | "Festa do Estica e Puxa" |
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4:13 | |||||||
3. | "Hey Mickey" ("Hey Mickey") |
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3:30 | |||||||
4. | "Feliz" |
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3:55 | |||||||
5. | "O Circo" |
|
3:16 | |||||||
6. | "Beijinho, Beijinho" |
|
2:27 | |||||||
7. | "Banda da Xuxa" |
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3:26 | |||||||
8. | "Croc Croc" | Rubens Alexandre | 3:14 | |||||||
9. | "Campeão" |
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3:41 | |||||||
10. | "Rambo" |
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4:15 | |||||||
11. | "Quem Quiser que Conte Outra" |
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3:32 | |||||||
12. | "Aquecendo (Ginástica)" |
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3:18 | |||||||
13. | "Comigo Ninguém Pode" (cantada por Patricia Marx) | Patricia Marx | 3:15 | |||||||
14. | "Dodói Neném" |
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3:39 | |||||||
15. | "Rexeita da Xuxa" |
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3:10 | |||||||
16. | "Nós Somos o Amanhã" (com part. de Os Abelhudos, Trem da Alegria, Gabriela, e Tatiana) |
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4:00 | |||||||
Duração total: |
58:35 |
Créditos
[editar | editar código-fonte]- Todo o processo de elaboração de Xegundo Xou da Xuxa atribui os seguintes créditos:[11]
- Produzido por: Michael Sullivan e Paulo Massadas
- Coordenação Artística: Max Pierre
- Engenheiros da sala de teclados: Carlos Ronconi e Felipe Nery
- Assistentes de Estúdio e Mixagem: Sergio Rocha, Marcos Andre, Marquinhos, Ivan Carvalho, Chambinho, Beto Vaz, Billy e Marcelo Ser
- Engenheiros de Gravação: Jorge 'Gordo' Guimarães
Recepção comercial
[editar | editar código-fonte]As lojas brasileiras encomendaram mais de 1 milhão e 200 mil unidades de Xegundo Xou da Xuxa antecipadamente.[14] Após dez dias de lançamento, 1,5 milhões de cópias foram vendidas.[15] Em 23 de julho de 1987, o projeto atingiu a primeira posição na lista dos álbuns mais vendidos da semana publicada pelo Jornal do Brasil, com dados fornecidos pelo instituto Nelson Oliveira Pesquisa e Estudo de Mercado (Nopem).[16] Com mais de 2 milhões e 639 mil cópias comercializadas, tornou-se o disco mais vendido do ano.[17] Atualmente ultrapassa 3 milhões e 200 mil vendas, o que o converte no segundo álbum de estúdio mais vendido de todos os tempos por uma artista solo feminina no Brasil, apenas atrás de Xou da Xuxa 3 (1988).[18][19][20]
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Ver também
[editar | editar código-fonte]- ↑ As músicas "Estrela Guia" e "Beijinho, Beijinho" foi lançada originalmente no LP Karaokê da Xuxa, em 1987.[12] E para que as músicas deste álbum não ficassem sem relançar em CD, colocaram 2 faixas como bônus no álbum Xegundo Xou da Xuxa. Na capa desta versão está escrito "Incluindo os sucessos Estrela Guia e Beijinho, Beijinho".[13]
- ↑ Ayres, Fred (16 de agosto de 1987). «Preferência nacional». Jornal do Commercio. p. 13. Consultado em 23 de outubro de 2020
- ↑ a b c Souza, Tárik de (26 de junho de 1987). «Xegou o novo Xou». Jornal do Brasil. p. 1. Consultado em 23 de outubro de 2020
- ↑ a b c d Cezimbra, Marcia (27 de junho de 1987). «A dupla que é um trio». Jornal do Brasil. p. 1. Consultado em 23 de outubro de 2020
- ↑ Dumar, Deborah (16 de março de 1987). «A musa dos baixinhos». O Globo. p. 3
- ↑ Dumar, Deborah (18 de junho de 1987). «Xuxa vende tudo». O Globo. p. 1
- ↑ a b Brasília, Júlio (14 de agosto de 1987). «Metal: Xegundo Xou da Xuxa». Diário do Pará. p. 4. Consultado em 23 de outubro de 2020
- ↑ Siqueira, Jaques (31 de agosto de 1987). «Xuxexo agora se escreve com 'x' de Xuxa Meneghel». Diário de Pernambuco. p. 1. Consultado em 23 de outubro de 2020
- ↑ Magalhães, Leila (5 de agosto de 1987). «Censurada a "Banda da Xuxa"». Tribuna da Imprensa. p. 6. Consultado em 23 de outubro de 2020
- ↑ Angel, Hidelgard (11 de julho de 1987). «Xou de xuxexo no Scala». O Globo. p. 10
- ↑ «Namoradinha do Brasil». Folha de S.Paulo. 1 de agosto de 1987
- ↑ a b (1987) Créditos do álbum Xegundo Xou Da Xuxa por Xuxa [Disco de vinil]. Brasil: Som Livre (530.058).
- ↑ (1987) Créditos do álbum Karaokê Da Xuxa por Xuxa [Disco de vinil]. Brasil: Som Livre (406.0006).
- ↑ (1987) Créditos do álbum Xegundo Xou Da Xuxa por Xuxa [Compact disc]. Brasil: Som Livre (2035-2).
- ↑ Izabel, Edde (14 de junho de 1987). «Rápidas». Correio de Notícias. p. 15. Consultado em 23 de outubro de 2020
- ↑ Cidinha (11 de julho de 1987). «Roberto e Iglesias contra Xuxa». O Fluminense. p. 26. Consultado em 23 de outubro de 2020
- ↑ a b «Discos/Os mais vendidos». Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 23 de julho de 1987. Consultado em 7 de abril de 2020
- ↑ Ayres, Fred (17 de janeiro de 1988). «Mega-Star». Jornal do Commercio. Rio de Janeiro. p. 13. Consultado em 7 de abril de 2020
- ↑ «'The Joshua Tree' é o quarto LP mais vendido em ano roqueiro». Folha de S. Paulo. 12 de setembro de 2013. Consultado em 19 de outubro de 2017
- ↑ Araripe, Ana Paula (26 de setembro de 1993). «A partir dos EUA,um X no planeta». O Dia. Consultado em 16 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 26 de janeiro de 2016
- ↑ a b Nascimento, Sandro (2 de fevereiro de 2018). «Fenômeno "Xou da Xuxa 3" completa 30 anos e produtor revela: "Ilariê" teria outro nome». Na Telinha. UOL HOST. Consultado em 27 de julho de 2024. Cópia arquivada em 2 de fevereiro de 2018
- ↑ Vicente, Eduardo. «Listagens Nopem 1965-1999». Academia.edu. Consultado em 13 de novembro de 2022. Cópia arquivada em 13 de novembro de 2022
- ↑ a b «Sem saber cantar, Xuxa vendeu 2,5 milhões de cópias de "Xou da Xuxa"». UOL. Consultado em 2 de julho de 2016