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RTP2

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Sétimo Direito)
RTP2
RTP2
Tipo Rede de televisão pública
País Portugal Portugal
Fundação 25 de dezembro de 1968 (55 anos)
Pertence a Rádio e Televisão de Portugal
Proprietário Governo Português
Presidente Nicolau Santos
Cidade de origem Vila Nova de Gaia, Distrito do Porto
Slogan Culta e Adulta
Formato de vídeo 16:9
576i (SDTV)
1080i (HDTV)
Audiência 0,8% (outubro de 2020)
Canais irmãos RTP1
RTP3
RTP Memória
RTP Açores
RTP Madeira
RTP África
RTP Internacional
RTP1 HD
Cobertura Portugal Portugal
Nome(s) anterior(es) II Programa (1968 - 1978)
RTP Canal 2 (1989 - 1992)
TV2 (1992 - 1996)
2: (2004 - 2007)
Página oficial http://rtp.pt/rtp2
Disponibilidade aberta e gratuita
2
Disponibilidade por cabo
2
2
2
2

RTP2 é o segundo canal de televisão da RTP — Rádio e Televisão de Portugal, a empresa pública de rádio e televisão. As suas emissões iniciaram-se a 25 de dezembro de 1968, passando a ser regulares a partir de 21 de novembro de 1970,[1] mas autonatizando-se definitivamente a 16 de outubro de 1978.[2]

Em 1992, passou a chamar-se TV2. Em abril de 1996, voltou ao antigo (e atual) nome, e deixou de ser um canal comercial, deixando de ter publicidade e passando a ser serviço alternativo aberto à sociedade civil que possa reforçar, pela diferença, os princípios de universalidade, coesão e proximidade do Serviço Público de Televisão.

Desde então, a sua programação é dedicada à cultura, aos documentários, às modalidades desportivas que não o futebol, às artes, à ciência, às minorias e ao público infanto-juvenil. A RTP2 é muitas vezes considerada o canal de referência a nível de séries e documentários da televisão portuguesa.

A 5 de janeiro de 2004, o canal assumiu uma nova postura passando a ser designado por 2: (A Dois), autonomizando-se da RTP1, e tomando conta dos Estúdios do Lumiar, em Lisboa, que tinham sido deixado vagos pelo primeiro canal que se mudara para as actuais instalações.

Contudo, a 19 de março de 2007, passou novamente a ser designado por RTP2 e voltou a estar sediado nas mesmas instalações da RTP1, na Avenida Marechal Gomes da Costa, em Lisboa.[3]

A 14 de maio de 2012, a RTP2 tornou-se o primeiro canal generalista português a emitir em 16:9.[4]

Em 2014, a sede do canal foi transferida para a RTP-Porto, localizada nos estúdios do Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia, e a direção de programas da RTP2 foi novamente autonomizada da RTP1, com a nomeação de Elíseo Oliveira para dirigir o canal.[5]

No dia 2 de julho de 2019, a RTP2 passou a ser transmitida em alta definição, passando a haver o canal RTP2 HD, disponibilizado inicialmente na NOS e na MEO, e posteriormente na Vodafone.[6] Em novembro de 2020 chega, por fim, à NOWO.

Torre dos estúdios da RTP-Porto, no Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia, a quando a sua sede na RTP — Porto

São objetivos deste canal a defesa da língua e da cultura portuguesas nas suas diversas vertentes — humana, social, artística, cultural, intelectual, profissional, académica e científica, mantendo uma identidade própria como meio de comunicação complementar à RTP1.

A vocação do canal traduz-se numa programação criativa e variada de divulgação de saber, de informação e das artes e espectáculos, direccionada ao desenvolvimento da compreensão da sociedade e das instituições, do melhor conhecimento do planeta, das civilizações e da sua história, da defesa do ambiente e das minorias e da divulgação do papel das confissões religiosas na sociedade.

A RTP2 começou as suas emissões a 25 de dezembro de 1968, na altura sob o nome de II Programa, na banda de UHF, retransmitindo ao longo de duas horas todas as noites, alguns programas que horas antes foram transmitidas no I Programa (a actual RTP1). As suas emissões regulares apenas começariam a 21 de novembro de 1970.[1][7] À medida em que os anos 1970 avançavam, o II Programa começou a apresentar na sua programação, programas (predominantemente europeus) que ainda a I Programa não tinha transmitido.

A 21 de julho de 1978, o II Programa suspendeu as suas emissões para se submeter a uma remodelação, tendo as suas emissões reabertas a 16 de outubro do mesmo ano, "separando" a RTP1 da RTP2, tendo estas duas as suas próprias equipas e operações de notícias e programação própria. Fernando Lopes tornou-se o controlador do canal recém-separado, sendo apelidado como "O Canal Lopes". José Júdice e António Mega Ferreira alternavam na apresentação da Informação/2 que era apresentado diariamente às 22h00 e tinha magazines de atualidades ao fim-de-semana. Outros nomes foram Margarida Marante, Joaquim Letria ou Dina Aguiar.[8]

Por volta do início dos anos 1980, devido às medidas de corte de custos, RTP2 passou a estar sob o controlo da RTP1 de novo.

Em 1986, o canal era parte do consórcio Europa TV, sendo a programação do canal no horário compreendido entre as 16h30 e as 20h. Passado alguns meses, a Europa TV fechou, tendo alguns programas da Music Box (programa da Europa TV) serem retransmitidas no canal. O programa Agora Escolha estreou no mesmo ano, revolucionando a televisão portuguesa. O programa consistia num programa phone-in que permitiu o espectador a escolher entre dois programas de televisão diferentes. O "Agora Escolha" foi cancelado em meados dos anos 1990, tendo regressado em 2011 na RTP Memória.

Em 1990, a RTP2 foi renomeado Canal 2, em seguida, TV2 em 1992. Como TV2, o slogan do canal foi A Outra TV.

Em 1994, com o surgimento das televisões privadas (SIC e TVI), a TV2 foi forçada a concentrar-se nas minorias, causando grandes alterações na sua programação, passando a ser serviço alternativo aberto à sociedade civil que possa reforçar, pela diferença, os princípios de universalidade, coesão e proximidade do Serviço Público de Televisão. Futebol e telenovelas foram banidas do canal, tendo as audiências vindo a cair.

Desde então, a sua programação é dedicada à cultura, aos documentários, às modalidades desportivas que não o futebol, às artes, à ciência, às minorias e ao público infantil. A RTP2 é muitas vezes considerada o canal de referência a nível de séries e documentários da televisão portuguesa.

A 27 de abril de 1996, voltou ao antigo (e atual) nome, deixando de ter publicidade e continuando a sua grelha de programação idêntica à da TV2, começando a transmitir em determinados momentos a Euronews em português.

No início de 2001, o presidente da RTP afirmou que a RTP2 mantinha-se, mas tornar-se-ia um canal dedicado maioritariamente à informação, mas também a ciência, tecnologia e educação.[9] Chegou a ser construído um novo estúdio para o canal, mas com a chegada de Emídio Rangel no final de 2001, o projeto foi cancelado e os estúdios foram utilizados para a remodelação do Telejornal em janeiro de 2002.

A 5 de janeiro de 2004, o canal assumiu uma nova postura passando a ser designado por 2:, autonomizando-se da RTP1, e tomando conta dos Estúdios do Lumiar, em Lisboa, que tinham sido deixado vagos pelo primeiro canal, que se mudara para as atuais instalações. Como resultado, o canal foi agora forçado a se concentrar em interesses culturais e da sociedade civil.

Contudo, a 19 de março de 2007, passou novamente a ser designado por RTP2 e voltou a estar sediado nas mesmas instalações do canal 1, na Av. Marechal Gomes da Costa, em Lisboa.[3]

A 14 de maio de 2012, a RTP2 tornou-se o primeiro canal generalista português a emitir em 16:9.[4]

Em abril de 2014, a sede do canal foi transferida para a RTP-Porto, localizada nos estúdios do Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia, e a direção de programas da RTP2 foi novamente autonomizada da da RTP1, com a nomeação de Elíseo Oliveira para dirigir o canal.[5]

Identidade gráfica

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O logótipo e identidade global da RTP2 mudaram várias vezes ao longo dos anos. O primeiro logótipo da RTP2 como uma entidade separada (até então era costume usar o logótipo da RTP) surgiu em 1978 e consistia em letras minúsculas elegantes, com o 2 formado no 't'. O logótipo é famoso por aparecer na série Zé Gato, que foi ao ar no canal.

Em seguida, de 1980 a 1985, ambos os canais utilizaram o mesmo formato do logótipo, com cores diferentes para cada canal. Por exemplo, em 1983 houve um separador (ou vinheta), cuja música era uma melodia no sintetizador que soava muito parecido com o deep note do THX.

Em 1985, a RTP2 introduziu um novo logótipo, que consiste num 2 vermelho desenhado sobre três linhas e a imagem de marca da RTP em azul em baixo. O imagem de marca foi adoptada no logótipo da RTP no ano seguinte.

Em 1986, a RTP2 mudou o seu logótipo para um rectângulo arredondado com a imagem de marca da RTP à esquerda ao lado do 2.

Em 1988, um novo logótipo, que consiste num 2 vermelho, num 2 verde e num 2 azul formando um 2 maior introduzido. A imagem é aqui vista a partir da fase transitória para a nova identidade.

Em 1990 um permanente, branco e opaco logótipo foi introduzido. O logótipo era um "2" manuscrito. As vinhetas consistiam principalmente em várias frutas picadas no meio do logótipo, acompanhado de peças de música sintetizados. Na abertura de emissão, o filme consistia em um desenho animado de uma linha que saía de uma antena de emissão a entrar num aparelho de TV, mais tarde formando o logo. No fim de emissão, foi usada uma animação com o mesmo estilo, mostrando uma tempestade em alto mar e caravelas portuguesas, ao som do hino nacional de Portugal.

Mais tarde, a 14 de setembro de 1992, RTP Canal 2 foi renomeada de TV2, e o logótipo era uma listra amarela formando um "2", e dois pedaços de quartzo que formam a palavra "TV". Os separadores na época contaram com listras com destaque amarelo. Em 1994, o visual mudou um pouco a um fundo amarelo com diversos matizes, mas o logótipo permaneceu o mesmo.

A TV2 foi rebaptizada de RTP2 a 22 de abril de 1996, e o novo logótipo consistiu num branco "2" num fundo laranja claro, com as letras "RTP" por baixo em branco, cobertas em um fundo azul escuro. As vinhetas da RTP2 consistiam principalmente no logótipo brilhando em vários temas, tais como máquinas de escrever, listras (uma referência à identidade anterior), um grupo de pessoas dançando, acompanhado por uma melodia orquestral com arranjos de harpa proeminente, violino e violoncelo. Este pacote gráfico do canal continua a ser, de longe, um dos mais originais e criativos já feito pela televisão portuguesa.

Em 1998, um novo esquema gráfico, desenhado por Thomas Sabel em Novocom, foi introduzido, dando predominância de pessoas reais e adicionando verde para o esquema de cores do canal. Isso foi alterado por outro mais simples em 2000, projetado pela BBC Broadcast.

O logótipo da RTP2 foi alterado novamente em 28 de janeiro de 2002. Apenas um separador foi utilizado durante a vigência do presente logótipo, e consistiu de uma representação do logótipo de branco, com um fundo laranja escuro.

A identidade e conceito da RTP2 foram substituídos a 5 de janeiro de 2004, às 21h. "2:" (a dois) tornou-se o nome do canal. As vinhetas da "2:" foram feitas com CGI e acompanhados por música eletrónica e clássica, com arranjos para piano de destaque, como sintonizador o canal.

A "2:" foi novamente rebatizada de RTP2 a 19 de março de 2007, os novos separadores continuaram a ser CGIs com listras verticais, em várias formas, como o tema principal.

A 7 de abril de 2014, houve uns pequenos ajustes no grafismo e na sonoridade do canal, mantendo-se o logótipo. A mudança foi pouco significativa.

A 7 de março de 2015, o grafismo voltou a mudar, utilizando uma linha gráfica mais moderna e irreverente, tendo além dos laranjas, os azuis e rosas como cores predominantes. Além disso, a nova imagem tem como "protagonistas" as pessoas. O logótipo manteve-se até maio de 2016.[10]

Em maio de 2016 a RTP2 mudou de logótipo, desta vez mais moderno (parecido ao da RTP1), os grafismo são feitos a partir de animes e cenas em realidade acompanhados com música adequada e o novo slogan: Culta e Adulta.[11]

Diferenças do logo de 2016

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Do lado esquerdo vê-se o logo esticado (com o nome RTP), do lado direito o logo reduzido (sem o nome RTP).

Apresentadores

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Pedro Lamares apresenta «Literatura Agora»

Direção RTP2

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Direção de Programas

Diretora de Programas: Teresa Paixão

Subdiretora de Programas:Maria João Saint-Maurice

Responsável pelos Conteúdos Infantis e Juvenis da RTP 2 :Andrea Basilio

Diretores de Programas da RTP2

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  • Fernando Lopes (†), 1978-1980
  • Carlos Cruz, 1980 (como Director-Coordenador de Programas da RTP)
  • Maria Elisa Domingues, 1980-1983 (como Directora-Coordenadora de Programas da RTP)
  • Luís Andrade (†), 1983-1984 (como Director-Coordenador de Programas da RTP)
  • Afonso Rato, 1984 (como Director-Coordenador de Programas da RTP)
  • Alberto Seixas Santos (†), 1985-1986 (como Director-Coordenador de Programas da RTP)
  • Carlos Pinto Coelho (†), 1986-1989 (como Director de Programas da RTP)
  • Adriano Cerqueira (†), 1989-1995 (como gestor da RTP Canal 2/TV2 e a partir de 1994 como Director-Geral)
  • Joaquim Furtado, 1995-1998 (como Diretor-Coordenador de Informação e Programação)
  • Maria Elisa Domingues, 1998-1999 (como Directora de Programas da RTP)
  • João Grego Esteves, 1999-2000 (como Director-Geral)
  • Clara Alvarez, 2000-2003 (como Gestora da RTP2)
  • Manuel Falcão, 2003-2006
  • Jorge Wemans, 2006-2012
  • Hugo Andrade, 2012-2014[12]
  • Elíseo Oliveira, 2014-2015[5]
  • Teresa Paixão, 2015-presente[13]

Estando prevista a entrada de novos parceiros com o intuito de esta entrada reflectir a dinâmica da própria sociedade e acompanhar a sua transformação e evolução, os actuais parceiros são:

Referências
  1. a b Lopes, Anabela de Sousa; Coutinho, Manuel João de Carvalho. «Os programas de informação no segundo canal da RTP: de 1968 a 1991» (PDF). p. 361 
  2. «RTP-2: um novo Canal». museu.rtp.pt. Consultado em 25 de março de 2023 
  3. a b «Dois vai voltar a ser RTP2». Jornal de Notícias. 10 de março de 2007. Consultado em 4 de julho de 2019 
  4. a b David Ferreira (7 de maio de 2012). «RTP2 em 16:9 a partir de 14 de maio». A Televisão. Consultado em 4 de julho de 2019 
  5. a b c Telma Alves (4 de abril de 2014). «"Nova" RTP2 quer captar as forças vivas do Norte e do centro». Público. Consultado em 4 de julho de 2019 
  6. João Ferreira (4 de julho de 2019). «RTP2 passa a estar disponível em HD». Olhar a Televisão. Consultado em 4 de julho de 2019 
  7. «TV dia a dia». Casa Comum. Diário de Lisboa (17213): 7. 21 de novembro de 1970. Consultado em 19 de março de 2024 
  8. Tiago Fernandes (1 de setembro de 2002). «Informação 2: Uma "pedrada no charco"». Público. Consultado em 4 de julho de 2019 
  9. Sofia Rodrigues (10 de janeiro de 2002). «RTP2 vira-se para a informação». Público. Consultado em 4 de julho de 2019 
  10. João Ferreira (7 de março de 2015). «RTP2 com novos grafismos (c/vídeo)». Olhar a Televisão. Consultado em 4 de julho de 2019 
  11. Ana Lopes (9 de maio de 2016). «A nova RTP2 culta e adulta». RTP Extra. Consultado em 4 de julho de 2019 
  12. Sofia Fonseca (2 de outubro de 2012). «Hugo Andrade acumulará direção da RTP2». Diário de Notícias. Consultado em 4 de julho de 2019 
  13. Adriano Nobre (13 de março de 2015). «Novos diretores: Paulo Dentinho e Daniel Deusdado na RTP, João Paulo Baltazar na RDP». Expresso. Consultado em 4 de julho de 2019 

Ligações externas

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