Monodissidência
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Monodissidência[1], plurissexualidades, multissexualidades ou não monossexualidade,[2] são termos guarda-chuva para orientações sexuais que indicam atração por mais de um gênero.[3] Embora alguns usem a bissexualidade ou a polissexualidade para denotar o mesmo significado, nem todo plurissexual se reconhece como membro da comunidade bissexual ou polissexual, como é o caso de pansexuais e omnissexuais.[4][5][6]
O termo multissexual já foi usado para descrever diversidade sexual multicultural.[7]
Usam-se também os termos pluriafetividade, pluriafetivo(a), multiafetividade e multiafetivo, podendo conotar afetividade entre mais de duas pessoas, como no poliamor, palavra para relações poliafetivas (poliafetividade).[8] Mas o sufixo afetivo pode ser relacionado a romanticidade, como sinônimo de multirromanticidade ou plurirromanticidade.[9] Nem todo plurissexual é plurirromântico, podem ter qualquer orientação romântica, ou serem arromânticos, por exemplo.[10]
Por não serem monossexuais ou monorromânticos, monodissidentes podem sofrer preconceitos como monossexismo.[11]
A palavra dissidência é mais usada na América Latina e Caribe para diversidade e movimentos de reivindicações identitárias, como forma de resistência ao heteropatriarcado.[12]
Os termos mais conhecidos e amplamente utilizados para descrever a atração por múltiplos gêneros são bissexualidade, que seria a atração por dois ou mais gêneros, e pansexualidade, atração por pessoas independentemente de seu gênero.[13] Bissexualidade e pansexualidade são conceitos mais estabelecidos e compreendidos dentro da comunidade LGBT e entre o público em geral.[14][15][16]
Um dos primeiros registros da multissexualidade data a década de 1970.[17][18]
- ↑ Motta, Monaco, Helena (2020). «"A gente existe!": ativismo e narrativas bissexuais em um coletivo monodissidente». Consultado em 18 de fevereiro de 2023
- ↑ «'Nem hetero, nem homo': como se identificam as pessoas não monossexuais?». Geledés. 16 de outubro de 2021. Consultado em 18 de fevereiro de 2023
- ↑ «» Múlti». Consultado em 18 de fevereiro de 2023
- ↑ House, Rebecca; Jarvis, Nigel; Burdsey, Daniel (3 de julho de 2022). «Representation Matters: Progressing Research in Plurisexuality and Bisexuality in Sport». Journal of Homosexuality (8): 1301–1321. ISSN 1540-3602. PMID 33999781. doi:10.1080/00918369.2021.1913916. Consultado em 18 de fevereiro de 2023
- ↑ Cipriano, Allison E.; Nguyen, Daniel; Holland, Kathryn J. (2 de outubro de 2022). «"Bisexuality Isn't Exclusionary": A Qualitative Examination of Bisexual Definitions and Gender Inclusivity Concerns among Plurisexual Women». Journal of Bisexuality (4): 557–579. ISSN 1529-9716. doi:10.1080/15299716.2022.2060892. Consultado em 18 de fevereiro de 2023
- ↑ José, María (4 de dezembro de 2020). «Descubre qué y cuáles son las plurisexualidades». Homosensual. Consultado em 18 de fevereiro de 2023
- ↑ Pallotta-Chiarolli, M. (1999). «Diary entries from the "teachers' professional development playground": multiculturalism meets multisexualities in Australian education». Journal of Homosexuality (3-4): 183–205. ISSN 0091-8369. PMID 10197554. doi:10.1300/J082v36n03_12. Consultado em 18 de fevereiro de 2023
- ↑ Trindade, Jordana; Araújo, Marigley Leite da Silva de (2 de dezembro de 2016). «Uniões Poliafetivas: Evolução ou retrocesso?». ANAIS CONGREGA MIC - ISBN 978-65-86471-05-2 (0). Consultado em 18 de fevereiro de 2023
- ↑ Clark, Alyssa N.; Zimmerman, Corinne (1 de maio de 2022). «Concordance Between Romantic Orientations and Sexual Attitudes: Comparing Allosexual and Asexual Adults». Archives of Sexual Behavior (em inglês) (4): 2147–2157. ISSN 1573-2800. doi:10.1007/s10508-021-02194-3. Consultado em 18 de fevereiro de 2023
- ↑ Monaco, Helena Motta (24 de dezembro de 2020). «Acolhimento como ativismo: ações de um coletivo bissexual na criação de espaços "monodissidentes"». Simbiótica. Revista Eletrônica (3, jul.-dez.): 228–251. ISSN 2316-1620. doi:10.47456/simbitica.v7i3.33701. Consultado em 11 de outubro de 2023
- ↑ Galupo, M. Paz (2018). Swan, D. Joye; Habibi, Shani, eds. «4 Plurisexual Identity Labels and the Marking of Bisexual Desire». Cham: Springer International Publishing (em inglês): 61–75. ISBN 978-3-319-71535-3. doi:10.1007/978-3-319-71535-3_4. Consultado em 18 de fevereiro de 2023
- ↑ «Políticas de disidencia sexual». www.clam.org.br. CLAM - Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos. Consultado em 25 de fevereiro de 2023
- ↑ «O que significa se identificar como pansexual». BBC News Brasil. Consultado em 11 de outubro de 2023
- ↑ Siqueira, Monalisa Dias de; Klidzio, Danieli (28 de julho de 2020). «Bissexualidade e pansexualidade: Identidades monodissidentes no contexto interiorano do Rio Grande do Sul». Revista Debates Insubmissos (9). 186 páginas. ISSN 2595-2803. doi:10.32359/debin2020.v3.n9.p186-217. Consultado em 11 de outubro de 2023
- ↑ «Pansexual vs. Bisexual: What is the difference?». www.medicalnewstoday.com (em inglês). 18 de junho de 2020. Consultado em 11 de outubro de 2023
- ↑ Zane, Zachary (29 de junho de 2018). «What's the Real Difference between Bi- and Pansexual?». Rolling Stone (em inglês). Consultado em 11 de outubro de 2023
- ↑ Bode, Janet (1976). View from another closet : exploring bisexuality in women. Internet Archive. [S.l.]: New York : Hawthorn Books
- ↑ Paslé-Green, Jeanne; Haynes, Jim (1977). Hello, I Love You!: Voices from Within the Sexual Revolution (em inglês). [S.l.]: Times Change Press