Marginellidae
Marginellidae | |||||||||||||
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Marginella belcheri Hinds, 1844, uma das espécies atlânticas encontrada na costa da África Ocidental[1], região com grande incidência de moluscos Marginellidae.[2] | |||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||
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Distribuição geográfica | |||||||||||||
Gêneros | |||||||||||||
Marginellidae (nomeadas, em inglês e português, marginella -sing.).[1] é uma família de moluscos gastrópodes marinhos predadores[2], classificada pelo naturalista John Fleming, em 1828, e pertencente à subclasse Caenogastropoda, na ordem Neogastropoda.[4] Sua distribuição geográfica abrange principalmente os oceanos tropicais da Terra (particularmente na costa da África Ocidental).[2][6] No passado, o gênero Marginella englobava quase todos os representantes da família Marginellidae; redefinida, após várias revisões[7], em novos gêneros; com apenas um representante de água doce no gênero Rivomarginella Brandt, 1968[4][8] São cerca de 30[4] gêneros e mais de 650 espécies conhecidas, nesta família.[5]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Compreende, em sua totalidade, caramujos ou búzios de conchas ovoides ou subcilíndricas, de espiral baixa, média ou oculta; com a superfície lustrosa e colorida ou homogeneamente brancas; geralmente pequenas e raramente atingindo tamanhos superiores aos 10 centímetros de comprimento, como Afrivoluta pringlei, da África do Sul; com a maioria não ultrapassando os 5 centímetros. Algumas conchas com plicaturas axiais. É sempre característica na família a presença de um lábio externo com os bordos engrossados e columela com pregas visíveis. A grossa margem do lábio externo pode ter sido origem da denominação Marginella, inicial.[1][2][6][9]
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Duas conchas de Bullata bullata (Born, 1778), da costa central do Brasil. Atingindo até os 9 centímetros de comprimento, ultrapassa em dimensões a maioria dos Marginellidae.[5]
Alimentação
[editar | editar código-fonte]A maioria dos moluscos Marginellidae perfura a armadura calcária de diversos invertebrados, enquanto outros são principalmente ectoparasitas hematófagos noturnos de peixes Scaridae.[10]
Classificação de Marginellidae: subfamílias e gêneros viventes
[editar | editar código-fonte]De acordo com o World Register of Marine Species, suprimidos os sinônimos e gêneros extintos.[4]
- Subfamília Granulininae G. A. Coovert & H. K. Coovert, 1995
- Granulina Jousseaume, 1888
- Granulinella Boyer, 2017
- Granulinopsis Boyer, 2017
- Marginellopsis Bavay, 1911
- Paolaura Smriglio & Mariottini, 2001
- Pugnus Hedley, 1896
- Subfamília Marginellinae J. Fleming, 1828
- Alaginella Laseron, 1957
- Austroginella Laseron, 1957
- Balanetta Jousseaume, 1875
- Bullata Jousseaume, 1875
- Caribeginella Espinosa & Ortea, 1998
- Closia Gray, 1857
- Cryptospira Hinds, 1844
- Dentimargo Cossmann, 1899
- Eratoidea Weinkauff, 1879
- Gibbacousteau Espinosa & Ortea, 2013
- Glabella Swainson, 1840
- Hyalina Schumacher, 1817
- Hydroginella Laseron, 1957
- Marginella Lamarck, 1799
- Marigordiella Espinosa & Ortea, 2010
- Mesoginella Laseron, 1957
- Ovaginella Laseron, 1957
- Protoginella Laseron, 1957
- Prunum Herrmannsen, 1852
- Rivomarginella Brandt, 1968
- Serrata Jousseaume, 1875
- Volvarina Hinds, 1844
- Subfamília Marginelloninae Coan, 1965
- Afrivoluta Tomlin, 1947
- Marginellona Martens, 1904
- Tateshia Kosuge, 1986
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Glabella pseudofaba (Sowerby II, 1846) (espécie da África Ocidental)[1], no Flickr.
- ↑ a b c d e ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 231-237. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0
- ↑ a b c d e SILVA, José António; MONTALVERNE, Gil (1980). Iniciação à Colecção de Conchas. Colecção Habitat. Lisboa, Portugal / Livraria Martins Fontes, Brasil: Editorial Presença. p. 72-73. 110 páginas
- ↑ «Persicula cingulata» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2019
- ↑ a b c d e «Marginellidae» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ a b c FERRARIO, Marco (1992). Guia del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 156-158. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X
- ↑ a b LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 77-79. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3
- ↑ Souza Jr., Paulino José Soares de (1997). «A Tribo Marginellini Fleming, 1828 na Costa Brasileira (Mollusca, Gastropoda, Marginellidae)» (PDF) (em inglês). Pantheon - UFRJ. 1 páginas. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ BALIAN, E. V.; LÉVÊQUE, C.; SEGERS, H.; MARTENS, K. (2008). Freshwater Animal Diversity Assessment (em inglês). Netherlands: Springer - Google Books. p. 150. 640 páginas. ISBN 978-1-4020-8258-0. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 147. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2
- ↑ HELLER, Joseph (2015). Sea Snails. A natural history (em inglês). Netherlands: Springer - Google Books. p. 189-190. 354 páginas. ISBN 978-3-319-15451-0. Consultado em 31 de dezembro de 2018