Lago Solar
| Solar | |
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| Afluentes principais |
Golfo de Ácaba |
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| Coordenadas | 29° 25′ 20,82″ N, 34° 49′ 47,81″ L |
Solar (em árabe: بركة الشمس Birkat aš-Šams) é um lago de água salina situado à beira do mar Vermelho, próximo da fronteira com Israel; e cerca de dezoito quilômetros ao sul de Eilat, na península de Sinai, Taba, Egito. Este pequeno lago de alta salinidade é um local de fenômenos bioquímicos complexos, ligados a ciclos de evaporação e infiltração de águas.[1]
O lago Solar ficou isolado do mar Vermelho quando os sedimentos costeiros fecharam um poço entre dois promontórios rochosos.[2][3] As águas salinas do Golfo de Ácaba, que se infiltram no lago Solar, ficam ainda mais concentradas por evaporação no lago.[2] Acredita-se que, além das perdas por evaporação, exista um sistema de trincas no fundo do lago.[2]
Os monohidrocalcitos e outros carbonatos parecem ser depositados no lago pela ação de camadas cianobactérias bentônicas (estromatólito), que podem ter um metro de espessura.[4][5]
Às noites, na superfície, a camada superior de água perde calor para o clima frio do deserto, mas isola a camada inferior. Esta, isolada, continua a ganhar energia solar todos os dias, acumulando salmoura pesada de cima.[2] O lago Solar desenvolve algumas das águas aquecidas por energia solar com a mais alta temperatura de qualquer lago: certas camadas podem atingir até 60 °C, temperaturas compatíveis apenas com alguns lagos geotérmicos. Devido às fortes camadas durante certos períodos, os gradientes térmicos podem chegar a 18ºCm−1.[3]
No verão, o lago se transforma e se equilibra em contextos térmicos e salinidade. Acredita-se que o tempo de permanência da água no lago seja de cinco a seis meses.[3] O lago detém um volume de água um pouco superior a dez mil metros cúbicos.[6]
- ↑ Seckbach; Oren 2010, p. 12.
- ↑ a b c d Grant 2009.
- ↑ a b c Cohen; et al. 1977, pp. 597–608.
- ↑ Krumbein 1975, pp. 631–634.
- ↑ Jorgensen; Cohen 1977, pp. 657–666.
- ↑ Eckstein 1970, pp. 363–372.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Fontes onlines
- Grant, Dave. «Solar Lake» (em inglês). brookdalecc.edu. Consultado em 6 de março de 2020. Arquivado do original em 31 de janeiro de 2009
- Cohen, Y; Krumbein, W.E; Goldberg, M; Shilo, M (1977). «Solar Lake (Sinai).1. Physical and chemical limnology» (PDF). Limnology and Oceanography (em inglês). 22 (4): 597–608. doi:10.4319/lo.1977.22.4.0597. Arquivado do original (PDF) em 20 de julho de 2011
- Jorgensen, B.B; Cohen, Y (1977). «Solar Lake (Sinai).5. The sulfur cycle of the benthic cyanobacterial mats» (PDF). Limnology and Oceanography (em inglês). 22 (4): 657–666. doi:10.4319/lo.1977.22.4.0657. Arquivado do original (PDF) em 20 de julho de 2011
- Fontes impressas
- Krumbein, W.E (1975). «Biogenic monohydrocalcite spherules in lake sediments of Lake Kivu (Africa) and the Solar Lake (Sinai)». Sedimentology (em inglês). 22 (4): 631–634. doi:10.1111/j.1365-3091.1975.tb00251.x
- Seckbach, Joseph; Oren, Aharon (7 de novembro de 2010). Microbial Mats: Modern and Ancient Microorganisms in Stratified Systems. [S.l.]: Springer Science & Business Media. 606 páginas</ref>
- Eckstein,Y. (1970). «Physicochemical limnology and geology of a meromictic pond on the Red Sea shore». Limnology and Oceanography (em inglês). 15 (3): 363–372. doi:10.4319/lo.1970.15.3.0363
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- De mystérieux lacs salés ? (French)
