Francisco Portela
Francisco Portela | |
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Francisco Portela | |
Governador do Rio de Janeiro | |
Período | de 16 de novembro de 1889 a 10 de dezembro de 1891 |
Antecessor(a) | Francisco Silva |
Sucessor(a) | José Marques Guimarães |
Dados pessoais | |
Nascimento | 22 de junho de 1833 Oeiras, Piauí |
Morte | 22 de dezembro de 1913 (80 anos) Rio de Janeiro, DF |
Partido | Partido Republicano Fluminense |
Profissão | médico |
Francisco Portela (Oeiras, 22 de julho de 1833 — Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 1913) foi um médico e político brasileiro. Governador do estado do Rio de Janeiro entre 1889 e 1891.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Formou-se em medicina pela Faculdade da Corte e foi eleito vereador em Campos dos Goytacazes, onde havia fixado residência. Foi eleito membro da Academia Nacional de Medicina em 1859.[1]
Foi deputado na Assembleia Legislativa provincial.
Quando da Proclamação da República, foi nomeado governador do Estado do Rio de Janeiro por decreto do marechal Deodoro da Fonseca, em novembro de 1889, tendo recebido este das mãos do então comandante da Força Policial, Francisco Silva. Também foi eleito como primeiro governador constitucional do Estado em 11 de maio de 1891, tendo como vice Artur Getúlio das Neves.[2]
Portela procurou transferir a capital estadual de Niterói para a cidade de Teresópolis, elaborando vários projetos e leis. Em 19 de maio de 1890, firmou um contrato absurdo com a empresa particular, pertencente ao Barão de Mesquita, garantindo-lhe juros para construção de uma estrada de ferro entre Niterói e Teresópolis, e inúmeros privilégios por 70 anos para exploração de todos os serviços públicos, neles compreendidos abastecimento de água, luz, esgotos, telégrafos, telefones, bondes, além do direito de desapropriações e outras vantagens, como a construção de edifícios públicos. Em 6 de outubro, um novo decreto de Portela transfere para Teresópolis a capital do estado do Rio de Janeiro.[3]
No decorrer do governo de Francisco Portela a oposição ao seu governo se articulou. O conselheiro Paulino de Souza, filho do Visconde de Uruguai, e José Tomás da Porciúncula eram chefes do grupo de oposição ao então governador, e discordavam das medidas tomadas por ele, que favoreciam seu poder pessoal em detrimento da corrente republicana fluminense.[4][5]
Após a dissolução do Congresso Nacional, em 3 de novembro de 1891, o marechal Deodoro perdeu apoio político e acabou por renunciar a presidência do país. Uma série de conflitos ocorre no estado do Rio de Janeiro, registrando-se mortes nas cidades de Campos dos Goytacazes e Sapucaia. Os revoltosos estabeleceram uma junta governativa na cidade de Paraíba do Sul. Sem auxílio federal, da mesma forma que Deodoro, um pouco depois, Portela renunciou ao governo fluminense em 10 de dezembro.[6] Mesmo afastado do cargo, em dezembro de 1892 houve uma sublevação do corpo policial do estado, tendo sido novamente aclamado como governador pelos membros da guarda. Comandado pelo coronel Moreira César, o 7º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro foi enviado a Niterói, os amotinados renderam-se, e o então governador, José Tomás de Porciúncula, reconduzido ao cargo, dissolveu a Força Pública.[7][8]
Portela, foi ainda deputado federal, em 1909, e, em seguida, senador.
Homenagens
[editar | editar código-fonte]Recebeu diferentes homenagens:
- Nome do distrito de Governador Portela, situado no município fluminense de Miguel Pereira.
- Nome de Portela, terceiro distrito do município de Itaocara, situado no noroeste fluminense.
- Escola municipal na cidade de Teresópolis, a Escola Municipal Governador Portela,
- Praça Governador Portela, na cidade de Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense.
- Nome em diferentes ruas e praças públicas em várias cidades do estado do Rio de Janeiro.
- ↑ Biografia na página oficial da Academia Nacional de Medicina
- ↑ LACOMBE, Lourenço Luiz. Os chefes do Executivo Fluminense. Petrópolis, RJ : Museu Imperial, 1973.
- ↑ José Kopke Fróes (25 de janeiro de 1996). «Petrópolis, capital do estado». Instituto Histórico de Petrópolis. Consultado em 25 de novembro de 2017
- ↑ FERREIRA, Marieta de Moraes.A República na Velha Província Rio de Janeiro: Oligarquias e crise no estado do Rio de Janeiro (1889 1930). Rio de Janeiro: Editora Rio Fundo, 1989. ISBN 85-85297-04-2
- ↑ Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil; Raimundo Helio Lopes. «Dicionário da Elite Política Republicana (1889-1930), verbete: José Tomás da Porciúncula» (PDF). Fundação Getulio Vargas. Consultado em 25 de novembro de 2017
- ↑ Francisco de Vasconcellos. «Edwiges de Queiroz, oitenta anos depois - Parte 1». Instituto Histórico de Petrópolis. Consultado em 25 de novembro de 2017
- ↑ Valquíria Velasco (19 de agosto de 1893). «Antônio Moreira César». Info Escola. Consultado em 8 de dezembro de 2017
- ↑ SOARES, Emmanuel de Macedo.História Política do Estado do Rio de Janeiro (1889-1975). Niterói: Imprensa Oficial-Biblioteca de Estudos Fluminenses, 1987.
Precedido por Francisco Vítor da Fonseca e Silva |
Presidente do Estado do Rio de Janeiro 1889 — 1891 |
Sucedido por José Marques Guimarães |
- Nascidos em 1833
- Mortos em 1913
- Membros da Academia Nacional de Medicina
- Vereadores de Campos dos Goytacazes
- Governadores do Rio de Janeiro
- Deputados do Império do Brasil
- Senadores do Brasil pelo Rio de Janeiro
- Deputados federais do Brasil pelo Rio de Janeiro
- Deputados estaduais do Rio de Janeiro
- Médicos brasileiros do século XIX
- Política do estado do Rio de Janeiro (1891–1960)
- Naturais de Oeiras (Piauí)
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