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Guerra dos Mascates (livro)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Guerra dos Mascates
Autor(es) José de Alencar
Idioma português brasileiro
País  Brasil
Gênero Romance histórico
Linha temporal 1710-1701
Localização espacial Pernambuco
Editora B. L. Garnier
Formato 2 volumes
Lançamento Vol. I 1873, Vol. II 1874 (1a. edição)
Cronologia
Alfarrábios
Ao Correr da Pena
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Guerra dos Mascates é um romance em dois volumes do escritor brasileiro José de Alencar. O livro entrou no prelo em 1871, como se vê na página de rosto, mas apenas em 1873 foi publicado e segundo o próprio Alencar: "ainda assim desacompanhado do outro tomo, que lhe serve de parelha", que foi publicado em 1874.[1]

Romance histórico situado no episódio de mesmo nome, ocorrido em Pernambuco, em 1710-1711, foi escrito em 1870, após a desilusão do autor com a política. Foi publicado em dois volumes: o primeiro, em 1873; o segundo, em 1874. Para esse romance em que a mesquinharia dos motivos políticos ganha relevo, Alencar redigiu três notas de apresentação ou comentários: duas para o primeiro e uma para o segundo volume. Em todas, adverte contra a tentação dos leitores de "ver personagens contemporâneos disfarçados nessas figuras do século passado" – ou seja, desperta e renova a atenção do leitor para aquilo que justamente finge repudiar.[1]

A luta opôs as famílias proprietárias de engenhos do interior, que viam com desconfiança a prosperidade de Recife, aos habitantes de Recife, onde residiam os "mascates", como eram designados os comerciantes portugueses,  resultando forte animosidade. Para fugir à autoridade de Olinda, então sede da capitania, os recifenses solicitaram e obtiveram do reino a jurisdição própria da sua vila. Rebelaram-se os de Olinda, que, armados, se apoderaram de Recife, depondo o governador e nomeando para o cargo o bispo de Olinda. A disputa era uma mistura de poder econômico e poder político, pois que os comerciantes do Recife pretendiam fugir à autoridade de Olinda, então sede da capitania. Depois de várias lutas, os ânimos serão serenados, conservado Recife, sua autonomia. Os recifenses solicitaram e obtiveram da Coroa liberdade de jurisdição para sua cidade, então uma simples vila portuária.

  • Vidal Rebelo: filho de mercador e partidário do Recife.
  • Sebastião de Castro Caldas Barbosa: governador que apoiava os mascates.
  • D. Leonor Barbalho: aristocrata olindense
  • Lisardo: o poeta de rimas pobres.
  • Nuno: o cavaleiro petiço e magriço.
  • D. Severa
  • Miguel Viana
  • Carlos de Enéia: antigo secretário do governador.
  • Capitão-mor, Pedro Ribeiro da Silva
  • Bernardo Vieira de Melo: um dos chefes da rebelião.
  • Coronel Leonardo Bezerra Cavalcanti: pai de Bernardo.
  • Manuel Álvares da Costa: o bispo.
  • Felix José de Mendonça: o novo governador.
  • Em Portugal, Miguel Real lançou um livro com um título homónimo, um romance baseado neste acontecimento histórico. O livro foi publicado em 2011 pela Dom Quixote, uma editora do grupo Leya, com sede em Alfragide.

Ligações externas

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Referências