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Batalha de Avarair

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha de Avarair

Miniatura do século XV representando a batalha
Data 26 de maio de 451[1]
Local Planície de Avarair, distrito de Mardistão, Vaspuracânia
Desfecho Vitória pírrica sassânida;[2] vitória estratégica armênia[3]
Beligerantes
Rebeldes armênios
Império Sassânida
Comandantes
Vardanes II Mamicônio
Leôncio de Vananda[4]
Império Sassânida Mir-Narses
Império Sassânida Isdigusnas
Império Sassânida Astate
Forças
66 mil rebeldes[5] 120 mil sassânidas[5]
20 mil armênios leais
Baixas
Pesadas Desconhecidas, mas mais baixas que as armênias

Batalha de Avarair (em armênio/arménio: Ավարայրի ճակատամարտ) ou Batalha de Vartanantz (em armênio/arménio: Վարդանանց Պատերազմ) foi um confronto travado em 26 de maio de 451 entre as tropas rebeldes armênias lideradas por Vardanes II Mamicônio (beatificado como São Vardanes) e os exércitos sassânidas na planície de Avarair, em Vaspuracânia. Embora os sassânida tenham sido vitoriosos no campo de batalha, a batalha provou ser uma grande vitória estratégica armênia, com Avarair pavimentando o caminho para o tratado de Nuarsaque (484), que afirmou o direito armênio de professar o cristianismo livremente.[3]

Neste período, a Armênia era uma satrapia do Império Sassânida e os xá persas pretendiam impor o rito do sol e do fogo aos armênios. A Armênia, o primeiro país oficialmente cristão do mundo (desde 301, quando São Gregório Iluminador converteu Tirídates III), fez forte oposição ao abandono de sua fé, criando um impasse. O clero armênio respondeu ao Isdigerdes II com essas palavras:

[6]

Os persas mandaram cerca de 700 magos e sacerdotes para converter a população armênia, mas alguns arcebispos armênios incitaram a população a hostilizar os sacerdotes persas. Irritados com essa atitude e resistência, o rei persa enviou 200 mil soldados para impor a força sua decisão. Com uma força de aproximadamente 66 mil homens e liderados pelo senhor de terras Vardanes II Mamicônio, os armênios contavam com a ajuda do também cristão Império Bizantino para combaterem em pé de igualdade com os persas. A ajuda não veio e o conflito não pôde ser evitado. Na planície de Avarair, os dois povos se combateram e devido a superioridade militar e a deserção de muitos armênios para as linhas inimigas, esperando benefícios políticos, deu a vitória aos persas.

Referências
  1. Izady 1992, p. 76.
  2. Pattie 1997, p. 40.
  3. a b Burgan 2009, p. 69.
  4. Hacikyan 2000, p. 360.
  5. a b Bedrosian 1991, p. 7.
  6. Loureiro, Heitor. Breve histórico dos primórdios da Igreja Apostólica Armênia. In: Rhema. Juiz de Fora: v. 13, n. 40, 2006.
  • Bedrosian, Margaret (1991). The Magical Pine Ring. [S.l.]: Wayne State University Press 
  • Burgan, Michael; Thomas G. Urban (2009). Empires of Ancient Persia. [S.l.]: Infobase Publishing. ISBN 1438127847 
  • Hacikyan, Agop Jack (2000). The Heritage of Armenian Literature. From the Oral Tradition to the Golden Age. 1. Detroit: Wayne State University. ISBN 978-0-8143-2815-6 
  • Izady, Mehrdad R. (1992). The Kurds: A Concise Handbook. Washington, D.C.: Taylor & Francis 
  • Pattie, Susan Paul (1997). Faith in History: Armenians Rebuilding Community. [S.l.]: Smithsonian Institution Press 

Ligações externas

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