[go: up one dir, main page]
More Web Proxy on the site http://driver.im/Saltar para o conteúdo

Althaea

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para o asteroide, veja 119 Althaea.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaAlthaea

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae
Género: Althaea
Espécies
Ver texto

Althaea é um género botânico de 18 espécies reconhecidas [1] de herbáceas perenes pertencente à família das malváceas, comummente designadas malvaísco[2] O género foi descrito por L., tendo sido publicado em Species Plantarum 2: 686. 1753.[3]

Há espécimes cujas flores vão desde o branco (Althaea officinalis), passando pelo rosa suave até ao rosa intenso (Althaea rosea).[4]

Além do nome malvaísco, dá ainda pelos nomes alteia[5] e malvavisco[6]

Herbáceas perenes com talos geralmente cotanilhosos ou com densa penugem. Folhas inteiras, crenadas, dentadas, palmatilobadas o palmatipartidas razoavelmente pubescentes. Flores relativamente pequenas, em general largamente pedunculadas, solitárias ou em fascículos axilares.[4]

Epicálice de 6-12 peças soldadas na base e cálice de 5 sépalas também soldados. Pétalas de 1 a 3 centímetros, obovados, geralmente marginados, em forma de cunha, coloridos em tons de púrpura-azulado ou esbranquiçados.[7] Carpelos uniloculares, que podem alternar entre 8 aos 25 exemplares por verticilo. Fruto em esquizocarpo discóide com mericarpos indeiscentes, planos, de dorso convexo, ápteros, pubescentes ou glabros.[8]

Distribuição

[editar | editar código-fonte]

São nativas da Europa e do Próximo Oriente.[9]

Em Portugal este género está representado pelas seguintes espécies, todas nativas de Portugal Continental:[10]

Privilegiam as zonas ribeirinhas e ripícolas, medrando sobre solos húmidos e arenosos.[9]

As espécies do género Althaea servem de alimento às larvas de algumas espécies de Lepidopteras, incluindo a Bucculatrix quadrigemina.[9]

Este género foi descrito por Carlos Linneo e publicado na obra Species Plantarum, vol. 2, p. 686, em 1753. A espécie-tipo é a Althaea officinalis L.[7]

Etimologia

O termo Althaea provém do Grego αλθαία, -ας, derivado de άλθω, «médico, medicina, curar»; que chegou ao Latim sob a forma de althaea, -ae, alusivo ao Malvaísco ou alteia (Althaea officinalis), mas também a outras malváceas.[8]

Este género anteriormente abarcava espécies agora incluídas no género Alcea.

Caracteres de diferenciação entre os géneros Althaea e Alce
  • Pétalas de 3–6 cm; tubo estaminal pentangular, glabro; mericarpos biloculares, sulcados e ligeiramente alados no dorso > Alcea
  • Pétalas de 1–3 cm; tubo estaminal cilíndrico, piloso na base; mericarpos uniloculares, planos e ápteros no dorso > Althaea[11]
Sistema Classificação Referência
Linné Classe Monadelphia, ordem Polyandria Species plantarum (1753)

Propriedades químicas

[editar | editar código-fonte]

A raiz contém amido (37%), mucilagem (11%), pectina (11%), flavonoides, ácidos fenólicos, sacarose e asparagina.[12]

As alteias são usadas como ervas medicinais, especialmente, para tratar das úlceras de garganta, mas também para tratar das úlceras gástricas.[12]

As flores e os talos tenros são comestíveis. Amiúde juntam-se a saladas ou servem-se cozidas ou fritas. São utilizadas também em cosméticos para a pele.[12]

Referências
  1. Althaeae en The Plant List
  2. S.A, Priberam Informática. «malvaísco». Dicionário Priberam. Consultado em 23 de março de 2021 
  3. Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. 11 Oct 2014 <http://www.tropicos.org/Name/40011012>
  4. a b Castroviejo, S. (1986–2012). «Althea» (PDF). Real Jardín Botánico, CSIC, Madrid. p. 228. Consultado em 17 de março de 2020 
  5. S.A, Priberam Informática. «ALTEIA». Dicionário Priberam. Consultado em 23 de março de 2021 
  6. S.A, Priberam Informática. «MALVAVISCO». Dicionário Priberam. Consultado em 23 de março de 2021 
  7. a b «Althaea». Tropicos.org. Jardín Botánico de Misuri. Consultado em 31 de agosto de 2010 
  8. a b Althaea en Flora Ibérica, RJB/CSIC, Madrid
  9. a b c Hill, Steven R. “A MONOGRAPH OF THE GENUS MALVASTRUM - III.” Rhodora, vol. 84, no. 839, 1982, pp. 317–409. JSTOR, www.jstor.org/stable/23310989. Accessed 23 Mar. 2021.
  10. Sequeira M, Espírito-Santo D, Aguiar C, Capelo J & Honrado J (Coord.) (2010). Checklist da Flora de Portugal (Continental, Açores e Madeira) Arquivado em 29 de maio de 2014, no Wayback Machine.. Associação Lusitana de Fitossociologia (ALFA).
  11. Malvaceae en Flora Ibérica, RJB/CSIS, Madrid
  12. a b c Ross, Ivan A. (1999). Medicinal Plants of the World: Chemical Constituents, Traditional, and Modern Medicinal Uses (em inglês). [S.l.]: Humana Press 
  • Medicina Natural vol.1 Editora Três

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Commons Imagens e media no Commons
Wikispecies Diretório no Wikispecies
Ícone de esboço Este artigo sobre Malvales, integrado no Projeto Plantas é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.