Althaea
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Classificação científica | |||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||
Althaea é um género botânico de 18 espécies reconhecidas [1] de herbáceas perenes pertencente à família das malváceas, comummente designadas malvaísco[2] O género foi descrito por L., tendo sido publicado em Species Plantarum 2: 686. 1753.[3]
Há espécimes cujas flores vão desde o branco (Althaea officinalis), passando pelo rosa suave até ao rosa intenso (Althaea rosea).[4]
Nomes comuns
[editar | editar código-fonte]Além do nome malvaísco, dá ainda pelos nomes alteia[5] e malvavisco[6]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Herbáceas perenes com talos geralmente cotanilhosos ou com densa penugem. Folhas inteiras, crenadas, dentadas, palmatilobadas o palmatipartidas razoavelmente pubescentes. Flores relativamente pequenas, em general largamente pedunculadas, solitárias ou em fascículos axilares.[4]
Epicálice de 6-12 peças soldadas na base e cálice de 5 sépalas também soldados. Pétalas de 1 a 3 centímetros, obovados, geralmente marginados, em forma de cunha, coloridos em tons de púrpura-azulado ou esbranquiçados.[7] Carpelos uniloculares, que podem alternar entre 8 aos 25 exemplares por verticilo. Fruto em esquizocarpo discóide com mericarpos indeiscentes, planos, de dorso convexo, ápteros, pubescentes ou glabros.[8]
Distribuição
[editar | editar código-fonte]São nativas da Europa e do Próximo Oriente.[9]
Portugal
[editar | editar código-fonte]Em Portugal este género está representado pelas seguintes espécies, todas nativas de Portugal Continental:[10]
- Althaea cannabina L.
- Althaea hirsuta L.
- Althaea longiflora Boiss. & Reut.
- Althaea officinalis L.
Ecologia
[editar | editar código-fonte]Privilegiam as zonas ribeirinhas e ripícolas, medrando sobre solos húmidos e arenosos.[9]
As espécies do género Althaea servem de alimento às larvas de algumas espécies de Lepidopteras, incluindo a Bucculatrix quadrigemina.[9]
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]Este género foi descrito por Carlos Linneo e publicado na obra Species Plantarum, vol. 2, p. 686, em 1753. A espécie-tipo é a Althaea officinalis L.[7]
- Etimologia
O termo Althaea provém do Grego αλθαία, -ας, derivado de άλθω, «médico, medicina, curar»; que chegou ao Latim sob a forma de althaea, -ae, alusivo ao Malvaísco ou alteia (Althaea officinalis), mas também a outras malváceas.[8]
Este género anteriormente abarcava espécies agora incluídas no género Alcea.
- Caracteres de diferenciação entre os géneros Althaea e Alce
- Pétalas de 3–6 cm; tubo estaminal pentangular, glabro; mericarpos biloculares, sulcados e ligeiramente alados no dorso > Alcea
- Pétalas de 1–3 cm; tubo estaminal cilíndrico, piloso na base; mericarpos uniloculares, planos e ápteros no dorso > Althaea[11]
Sistema | Classificação | Referência |
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Linné | Classe Monadelphia, ordem Polyandria | Species plantarum (1753) |
Espécies
[editar | editar código-fonte]Propriedades químicas
[editar | editar código-fonte]A raiz contém amido (37%), mucilagem (11%), pectina (11%), flavonoides, ácidos fenólicos, sacarose e asparagina.[12]
Usos
[editar | editar código-fonte]As alteias são usadas como ervas medicinais, especialmente, para tratar das úlceras de garganta, mas também para tratar das úlceras gástricas.[12]
As flores e os talos tenros são comestíveis. Amiúde juntam-se a saladas ou servem-se cozidas ou fritas. São utilizadas também em cosméticos para a pele.[12]
- ↑ Althaeae en The Plant List
- ↑ S.A, Priberam Informática. «malvaísco». Dicionário Priberam. Consultado em 23 de março de 2021
- ↑ Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. 11 Oct 2014 <http://www.tropicos.org/Name/40011012>
- ↑ a b Castroviejo, S. (1986–2012). «Althea» (PDF). Real Jardín Botánico, CSIC, Madrid. p. 228. Consultado em 17 de março de 2020
- ↑ S.A, Priberam Informática. «ALTEIA». Dicionário Priberam. Consultado em 23 de março de 2021
- ↑ S.A, Priberam Informática. «MALVAVISCO». Dicionário Priberam. Consultado em 23 de março de 2021
- ↑ a b «Althaea». Tropicos.org. Jardín Botánico de Misuri. Consultado em 31 de agosto de 2010
- ↑ a b Althaea en Flora Ibérica, RJB/CSIC, Madrid
- ↑ a b c Hill, Steven R. “A MONOGRAPH OF THE GENUS MALVASTRUM - III.” Rhodora, vol. 84, no. 839, 1982, pp. 317–409. JSTOR, www.jstor.org/stable/23310989. Accessed 23 Mar. 2021.
- ↑ Sequeira M, Espírito-Santo D, Aguiar C, Capelo J & Honrado J (Coord.) (2010). Checklist da Flora de Portugal (Continental, Açores e Madeira) Arquivado em 29 de maio de 2014, no Wayback Machine.. Associação Lusitana de Fitossociologia (ALFA).
- ↑ Malvaceae en Flora Ibérica, RJB/CSIS, Madrid
- ↑ a b c Ross, Ivan A. (1999). Medicinal Plants of the World: Chemical Constituents, Traditional, and Modern Medicinal Uses (em inglês). [S.l.]: Humana Press
- Medicina Natural vol.1 Editora Três
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «PPP-Index» (em alemão)
- «USDA Plants Database» (em inglês)
- «Germplasm Resources Information Network (GRIN)» (em inglês)