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A Sina do Aventureiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Sina do Aventureiro
 Brasil
1958 •  p&b •  88 min 
Gênero ação, faroeste e drama
Direção José Mojica Marins
Produção Nilza de Lima e Augusto Pereira
Roteiro José Mojica Marins
Elenco Acácio Lima, Shirley Alves, Augusto Pereira e Ruth Ferreira
Música João da Silva, José Mojica Marins e Enibalú
Diretor de fotografia Honório Marin
Direção de arte Graveto
Edição Luiz Elias
Companhia(s) produtora(s) Indústria Cinematográfica Apolo
Distribuição Polifilmes Satélite Filmes
Lançamento 19 de dezembro de 1958
Idioma português
Cronologia
Meu destino em suas mãos (1962)

A Sina do Aventureiro é um filme de ação, faroeste e drama brasileiro escrito e dirigido, por José Mojica Marins,também conhecido pelo seu alter ego Zé do Caixão, concluído em 1958. O filme foi produzido pela Indústria Cinematográfica Apolo, e distribuído Polifilmes Satélite Filmes, e contou com os atores Acácio Lima, Shirley Alves, Augusto Pereira e Ruth Ferreira, além do próprio Mojica.[1]

O filme acompanha o forasteiro Jaime (Acácio de Lima), que depois de roubar dois homens, é perseguido e baleado. O jovem é encontrado as margens de um rio pela jovem Dorinha (Shirley Alves), que o resgata, e leva até a fazenda de seu pai. O filme traz em seu enredo, além de ação e aventura, um romance, típico dos filmes western.

O filme de José Mojica Martins, foi o seu primeiro longa sonoro completo, que seguiu a produção de Sentença de Deus, no qual três atrizes morreram, antes do filme ser cancelado. O filme foi classificado como o primeiro “Western Feijoada”, pelo pesquisador Rodrigo Pereira. [2] José Mojica Martins disse ter produzido uma grande miscelânea cultural, misturando em seu filme, roupa nordestina, gaúcha e americana, [3] e creditou como um dos fatores do sucesso desse longa, que permaneceu no cinema por um longo período.

O filme conta a história de Jaime (Acácio de Lima), um aventureiro que busca a sobrevivência no interior de São Paulo, em São José da Bela Vista. Depois de um assalto a dois homens que negociavam uma fazenda, Jaime é perseguido e acaba baleado, porém consegue se safar. Ferido, desmaia a beira de um rio onde é resgatado por duas belas mulheres, Dorinha (Shirley Alves) e Rosária (Ruth Ferreira).

Debilitado é levado para a fazenda do pai de Dorinha, no qual permanece um tempo se recuperando. Mas a polícia procurava pelo aventureiro errante, e depois de engatar um romance com Dorinha, é convencido a se entregar para os oficiais.

Depois de um tempo na cadeia Jaime retorna para Dorinha, e a pede em casamento. Nesse momento, Xavier (Amides Martinez), que por um período trabalhou na fazendo do pai de Dorinha, e havia tentado um romance com a jovem, descobre sobre o casamento e planeja arruinar tudo. [4]

O elenco de Sina do Aventureiro, foi composto por muitos atores que frequentavam a escola de atores que José Mojica Marins havia criado em 1956, Arte Dramática Apolo, por exceção de Ruth Ferreira e Shirley Alves, que depois ingressariam na escola do cineasta. [5]

Trilha Sonora

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José Mojica Marins compôs as 10 músicas da trilha sonora do filme,[4] musicalizadas por Enibalú. As letras são muito representativas sobre o que se passa na história, de maneira a guiar o espectador pela narrativa, apenas com as músicas que o compõe. A orquestra e a regência foram responsabilidade de João da Silva.

N.º TítuloCompositor Duração
1. "A Sina do Aventureiro"  José Mojica Marins  
2. "Olhar Boiadero"  José Mojica Marins  
3. "Ventania"  José Mojica Marins  
4. "Numa Promessa de Amor"  José Mojica Marins  
5. "Renúncia a Tristeza"  José Mojica Marins  
6. "Baião da Liberdade"  José Mojica Marins  
7. "Confissão de uma Saudade"  José Mojica Marins  
8. "Meia Lua"  José Mojica Marins  
9. "Quando decide o Coração"  José Mojica Marins  
10. "Alvorecer"  José Mojica Marins [6]  

Recepção Crítica

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José Mojica Marins explica um dos motivos do sucesso do filme: "Eu colocava os alunos na fila de outro filme qualquer e depois de uns minutos, eles falavam entre si: "Por que ficamos aqui na fila, esperando esse filme? Por que não vamos ao Coral? (Coral era um cinema que pertencia ao irmãos Valency, com quem Mojica Marins fez amizade, e passaram a exibir seus filmes.) Parece que o filme de lá é bem melhor. Vamos. Vamos". E eles iam todos e levavam as demais pessoas da fila. E isso todos os dias, todas as horas. Foi sucesso...na ‘marra’, não é? Mas foi".[2] Além desse motivo, o filme contou com divulgação espontânea em algumas capitais como Salvador e Porto Alegre.

Num primeiro momento o filme não despertou a atenção dos críticos nacionais, que esnobavam do filme. Mais tarde, quando ganhou expressão internacional, o filme foi visto com outros olhos no Brasil.

Referências
  1. «A Sina do Aventureiro:». 24 de junho de 2015 
  2. a b «Biografia de José Mojica Marins para o museu da televisão brasileira:». 24 de junho de 2015 [ligação inativa]
  3. LuDiasBH (24 de junho de 2015). «Mestres do Cinema – JOSÉ MOJICA MARINS:» [ligação inativa]
  4. a b «A Sina do Aventureiro:». 24 de junho de 2015 
  5. «José Mojica Marins». 24 de junho de 2015 [ligação inativa]
  6. Cinemateca Brasleira (25 de junho de 2015). «Filmografia». Consultado em 11 de dezembro de 2019. Arquivado do original em 10 de março de 2016 

Ligações externas

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