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BR102017004519A2 - Vaporized administration of pesticides - Google Patents

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BR102017004519A2
BR102017004519A2 BR102017004519A2 BR 102017004519 A2 BR102017004519 A2 BR 102017004519A2 BR 102017004519 A2 BR102017004519 A2 BR 102017004519A2
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Brazil
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pyrimethanil
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vaporized
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Description

“ADMINISTRAÇÃO VAPORIZADA DE PESTICIDAS” REFERÊNCIA CRUZADA A PEDIDO RELACIONADO
[001 ]0 presente pedido reivindica o benefício conforme dispõe o 35 USC § 119(e) do pedido de patente provisória no de série 62/304,646, depositado em 7 de março de 2016, cuja divulgação completa encontra-se incorporada na presente invenção a título de referência.
CAMPO DO PRESENTE PEDIDO
[002] O presente pedido refere-se a métodos para administrar pirimetanila como um vapor para inibir patógenos de colheitas agrícolas em um ambiente contido.
ANTECEDENTES
[003] A pirimetanila é um composto sintético do grupo químico Anilinopirimidi-na. A pirimetanila é conhecida por atuar como um pesticida, particularmente um fungicida, para fornecer controle preventivo e curativo de doenças de plantas, sementes e colheitas.
[004] Um mecanismo de ação por meio do qual a pirimetanila demonstrou atuação como um fungicida é a inibição da biossíntese de metionina afetando, assim, a formação de proteína e a divisão celular subsequente. A pirimetanila também demonstrou capacidade de bloquear a capacidade de fungos de degradar e digerir plantas, inibindo, assim, a penetração e o desenvolvimento de uma doença e infecção patogênicas. A pirimetanila também foi descrita como tendo uma temperatura de decomposição térmica que varia de 189,54 °C a cerca de 344,74 (Folha de Dados de Segurança Agriphar Pyrimethanil (ISO), revisada em 7 de setembro de 2012, versão 8.1).
[005] Tradicionalmente, fungicidas pós-ceifa são aplicados a plantas, sementes e colheitas como emulsões de solvente à base de água para uso em aplicações de aspersão ou encharcamento durante operações de classificação e embalagem.
Algumas colheitas, tais como frutas de baga, incluindo frutos ou uvas de mesa, são bastante suscetíveis a patógenos fúngicos, mas não são tolerantes à umidade livre presente em aplicações de fungicida tradicionais. Portanto, o tratamento de frutas de baga com fungicidas tradicionais é problemático, Outras colheitas, tais como maçãs e laranjas, podem tolerar a umidade de fungicidas tradicionais, mas a operação de encharcamento tipicamente usada para aplicar um fungicida é custosa, demorada, exige volumes excessivos de água tratada com pesticida e espalha esporos de patógenos não suscetíveis que contribuem para populações de patógeno resistentes a fungicida.
[006] Alguns tratamentos com fungicida pós-ceifa são entregues por meio de nebulização que é tipicamente administrada em uma temperatura fria (abaixo da temperatura ambiente). Entretanto, essa técnica tem problemas com a distribuição uniforme nas colheitas. Por exemplo, as taxas de deposição de um fungicida podem ser muito altas e podem exceder os limites de resíduo máximos reguladores.
[007] Alternativamente, as taxas de deposição de um fungicida podem ser muito baixas e diminuir abaixo do mínimo exigido para eficácia. Adicionalmente, as operações de nebulização de fungicida não são realizadas de modo bem-sucedido quando ventiladores de circulação de resfriamento estão operando na sala ou câmara. Esses ventiladores são essenciais para o importante processo de preservação de resfriamento de frutas, então, ter que desativá-los durante a operação de nebulização de fungicida é uma característica negativa desse tipo de aplicação na medida em que contribui para o aquecimento indesejável da colheita armazenada. Em uma sala de armazenamento, a eficácia de aplicação de fungicida está intimamente ligada à uniformidade de distribuição. Em última análise, mais uniformidade e distribuição regular na colheita de tratamento com pesticida ou fungicida melhoram a eficácia de tais tratamentos para inibir e/ou controlar patógenos de planta.
[008] A presente revelação descreve métodos de administração de pesticidas tradicionais de modos não tradicionais para uso na proteção antimicrobiana de colheitas para inibir patógenos. Mais especificamente, a presente revelação apresenta métodos de uso de pirimetanila vaporizada como uma proteção antimicrobiana para plantas, partes de planta e sementes pós-ceifa que são vantajosos em relação a outros tratamentos antimicrobianos em plantas descritos anteriormente. Em última análise, os métodos descritos na presente invenção fornecem opções de entrega benéficas para sistemas de aplicação e pesticidas estabelecidos.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[009] A presente revelação fornece um método de tratamento de plantas ou partes de planta com um agente antimicrobiano. O método compreende aquecer o composto antimicrobiano para formar um vapor. O método compreende, adicionalmente, resfriar o vapor para formar um sólido. Adicionalmente, o método compreende administrar o composto sólido a um ou mais plantas ou partes de planta em uma câmara.
[010] A um ou mais plantas ou partes de planta do método descrito na presente invenção pode compreender um morango, uma uva, uma maçã, uma laranja ou um mirtilo. O método pode compreender, adicionalmente, circular o composto sólido por toda a câmara com ventiladores. Finalmente, o método fornece, adicionalmente, que as etapas de aquecimento, resfriamento ou administração podem ser realizadas com o uso de um dispositivo de aquecimento.
[011 ]0 composto antimicrobiano do presente método pode ser um sólido. Ademais, o composto sólido pode formar micropartículas que têm um tamanho de 2 mícrons ou menos. Adicionalmente, o composto antimicrobiano de uma presente revelação pode ter uma pressão de vapor à temperatura ambiente que é menor do que a pressão de vapor à temperatura ambiente de benzoxaborol.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[012]Uma breve descrição dos desenhos é da seguinte forma.
[013] A Figura 1 mostra imagens do crescimento de Penicillium digitatum após ser inoculado em laranjas e tratado com pirimetanila vaporizada.
[014] A Figura 2 mostra imagens do crescimento de Penicillium expansum após ser inoculado em maçãs e tratado com pirimetanila vaporizada.
[015] A Figura 3 mostra imagens do crescimento de Botrytis cinerea após ser incoculado em morangos e tratado com pirimetanila vaporizada.
[016] A Figura 4 mostra imagens do crescimento de Botrytis cinerea após ser incoculado em uvas de mesa e tratado com pirimetanila vaporizada.
[017] A Figura 5 mostra imagens do crescimento de Botrytis cinerea após ser incoculado em mirtilos e tratado com pirimetanila vaporizada.
[018] A Figura 6 mostra uma imagem do dispositivo de aquecimento que compreende um elemento de aquecimento ou uma unidade de sublimação.
[019] A Figura 7 mostra uma imagem de uma fonte de alimentação externa.
[020] A Figura 8 mostra uma imagem de carreador de tecido ou pano para o ingrediente ativo.
[021 ]A Figura 9 mostra uma imagem de um carreador de tubo de vidro para o ingrediente ativo.
[022] A Figura 10 mostra uma imagem de um dispositivo de aquecimento que penetra uma câmara (isto é, um minipalete) que compreende morangos.
[023] A Figura 11 mostra uma imagem de um dispositivo de aquecimento para aplicação de vaporização técnica de maçãs em uma câmara (isto é, um túnel) que tem 1 m x 1 m x 8 m de tamanho.
[024] A Figura 12 mostra uma curva isotérmica de DSC da temperatura de fusão de um composto de pirimetanila 1.
[025] A Figura 13 mostra uma curva isotérmica de DSC da temperatura de fusão do composto de pirimetanila 2.
[026] A Figura 14A mostra uma execução de curva isotérmica de TGA no ar da temperatura de degradação do composto de pirimetanila 1.
[027] A Figura 14B mostra uma execução de curva isotérmica de TGA em nitrogênio da temperatura de degradação do composto de pirimetanila 1.
[028] A Figura 15A mostra uma execução de curva isotérmica de TGA no ar da temperatura de degradação do composto de pirimetanila 2.
[029] Figura 15B mostra uma execução de curva isotérmica de TGA em nitrogênio da temperatura de degradação de um composto de pirimetanila 2.
[030] A Figura 16A mostra uma execução de curva isotérmica de TGA-MS no ar da temperatura de degradação do composto de pirimetanila 1.
[031 ]A Figura 16B mostra uma análise de curva isotérmica de TGA-MS da temperatura de degradação de um composto de pirimetanila 1.
[032] A Figura 17A mostra uma execução de curva isotérmica de TGA-MS no ar da temperatura de degradação do composto de pirimetanila 2.
[033] A Figura 17B mostra uma análise de curva isotérmica de TGA-MS da temperatura de degradação de um composto de pirimetanila 2.
[034] A Figura 18 mostra uma curva de taxa de perda de peso para o composto de pirimetanila 2.
[035] A Figura 19 mostra uma curva de taxa de perda de peso para o composto de pirimetanila 1.
[036] A Figura 20 mostra uma comparação de termograma de íons totais dos espectros de massa dos compostos de pirimetanila 1 e 2.
[037] A Figura 21 mostra uma comparação de termograma de íons totais dos perfis de íons moleculares e íons totais dos compostos de pirimetanila 1 e 2.
[038] A Figura 22 mostra um gráfico de barras que compara o efeito no escu-recimento de maçãs tratadas com pirimetanila aplicada com o uso de um método de encharcamento versus um método vaporizado.
[039] A Figura 23 mostra um gráfico de barras que compara o efeito no escu- recimento das incisões superiores e das incisões inferiores de maçãs tratadas com pirimetanila aplicada com o uso de um método de nebulização versus um método vaporizado.
[040]A Figura 24 mostra um gráfico de barras que compara o efeito da distância de tratamento na variação da distribuição de pirimetanila em maçãs tratadas com o uso de um método de nebulização versus um método vaporizado.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[041 ]As seguintes modalidades numeradas são contempladas e não são li-mitantes: [042] 1. Um método de tratamento de plantas ou partes de planta com um tratamento antimicrobiano que compreende: [043] a) preparar o tratamento antimicrobiano que compreende um composto antimicrobiano, [044] b) volatilizar o composto antimicrobiano para formar um vapor, [045] c) resfriar o vapor para formar um sólido e [046] d) administrar o composto antimicrobiano sólido a um ou mais plantas ou partes de planta em uma câmara.
[047] 2. O método da cláusula 1, em que a uma ou mais plantas ou partes de planta é selecionada dentre o grupo que consiste em um morango, uma uva, uma maçã, uma laranja e um mirtilo.
[048] 3. O método da cláusula 1 ou cláusula 2, em que o composto antimicrobiano é um sólido, um gás, um líquido, um vapor ou um aerossol.
[049] 4. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 3, em que o antimicrobiano composto é um sólido.
[050] 5. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 4, em que o método compreende, adicionalmente, circular o composto antimicrobiano por toda a câmara com uma fonte de ar.
[051 ]6. Ο método de qualquer uma das cláusulas 1 a 5, em que o composto antimicrobiano forma micropartículas que têm um tamanho de 2 mícrons ou menos.
[052] 7. O método da cláusula 5 ou cláusula 6, em que a fonte de ar é um ventilador.
[053] 8. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 7, em que a volatiza-ção ocorre por sublimação.
[054] 9. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 7, em que a volatiza-ção ocorre por aquecimento.
[055] 10. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 8, em que a sublimação ocorre por evaporação.
[056] 11. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 10, em que o composto antimicrobiano está na forma de um pó.
[057] 12. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 11, em que o composto antimicrobiano é sublimado diretamente em um vapor.
[058] 13. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 12, em que o composto antimicrobiano é um pesticida.
[059] 14. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 13, em que o composto antimicrobiano é um fungicida.
[060] 15. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 14, em que o composto antimicrobiano é pirimetanila ou um análogo ou derivado da mesma.
[061 ]16. O método da cláusula 15, em que a pirimetanila ou análogo ou derivado da mesma compreende a seguinte estrutura: [062]17. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 16, em que 100% do composto antimicrobiano é volatilizado no vapor.
[063] 18. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 17, em que nenhuma degradação térmica do composto antimicrobiano ocorre a uma temperatura que varia a partir de cerca de 300 °C a cerca de 350 °C.
[064] 19. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 18, em que o composto antimicrobiano é administrado a uma taxa de cerca de 0,001 mg/l a cerca de 5 mg/l.
[065] 20. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 19, em que o tratamento antimicrobiano compreende, adicionalmente, um componente selecionado dentre o grupo que consiste em um carreador, um gás conservante, um composto e um produto químico.
[066] 21. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 20, em que o gás conservante é CO2.
[067] 22. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 20, em que 0 gás conservante é SO2.
[068] 23. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 21, em que a concentração de CO2 do tratamento antimicrobiano varia a partir de cerca de 4% a cerca de 20%.
[069] 24. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 21 e 23, em que a concentração de CO2 do tratamento antimicrobiano é cerca de 12% [070] 25. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 20 e 22, em que a concentração de SO2 do tratamento antimicrobiano varia a partir de cerca de 0,01% a cerca de 5%.
[071 ]26. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 20, em que 0 composto químico é selecionado dentre 0 grupo que consiste em 1-metilciclopropeno (1-MCP), oxaborol, imazalila, fludioxonila, tiabendazol e dioadjuvante (ou dioadjuvan-tes).
[072J27. O método da cláusula 26, em que o oxaborol é benzoxaborol.
[073]28. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 27, em que o composto antimicrobiano tem uma pressão de vapor à temperatura ambiente que é menor do que a pressão de vapor à temperatura ambiente de benzoxaborol.
[074J29. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 28, em que o método é eficaz contra patógenos de planta.
[075] 30. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 29, em que os patógenos de planta são patógenos fúngicos ou patógenos bacterianos.
[076] 31. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 30, em que os patógenos de planta são selecionados dentre o grupo que consiste em Acremonium spp., Albugo spp., Alternaria spp., Ascochyta spp., Aspergillus spp., Botryodiplodia spp., Botryospheria spp., Botrytis spp., Byssochlamys spp., Candida spp., Cephalosporium spp., Ceratocystis spp., Cercospora spp., Chalara spp., Cladosporium spp., Colleto-trichum spp., Cryptosporiopsis spp., CyHndrocarpon spp., Debaryomyces spp., Dia-porthe spp., Didymella spp., Diplodia spp., Dothiorella spp., Elsinoe spp., Fusarium spp., Geotrichum spp., Gloeosporium spp., Glomerella spp., Helminthosporium spp., Khuskia spp., Lasiodiplodia spp., Macrophoma spp., Macrophomina spp., Microdo-chium spp., Monilinia spp., Monilochaethes spp., Mucor spp., Mycocentrospora spp., Mycosphaerella spp., Nectria spp., Neofabraea spp., Nigrospora spp., Penicillium spp., Peronophythora spp., Peronospora spp., Pestalotiopsis spp., Pezicula spp., Phacidiopycnis spp., Phoma spp., Phomopsis spp., Phyllosticta spp., Phytophthora spp., Polyscytalum spp., Pseudocercospora spp., Pyricularia spp., Pythium spp., Rhizoctonia spp., Rhizopus spp., Sclerotium spp., Sclerotinia spp., Septoria spp., Sphaceloma spp., Sphaeropsis spp., Stemphyllium spp., Stilbella spp., Thielaviopsis spp., Thyronectria spp., Trachysphaera spp., Uromyces spp., Ustilago spp., Venturia spp., Verticillium spp., Bacillus spp., Campylobacter spp., Clavibacter spp., Clostri-dium spp., Erwinia spp., Escherichia spp., Lactobacillus spp., Leuconostoc spp., Lis- teria spp., Pantoea spp., Pectobacterium spp., Pseudomonas spp., Ralstonia spp., Salmonella spp., Shigella spp., Staphylococcus spp., Vibrio spp., Xanthomonas spp. e Yersinia spp.
[077] 32.O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 31, em que os pató-genos de planta são selecionados dentre o grupo que consiste em Botrytis cinerea, Mucor piríformis, Fusarium sambucinum, Aspergillus brasiliensis e Peniciliium expan-sum.
[078] 33. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 32, em que a câmara é vedada.
[079] 34. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 33, em que a câmara é hermeticamente fechada.
[080] 35. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 34, em que a temperatura da câmara varia a partir de cerca de -2 °C a cerca de 25 °C.
[081 ]36. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 35, em que a temperatura da câmara varia a partir de cerca de 0 °C a cerca de 23 °C.
[082] 37. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 36, em que a câmara é semipermeável ou impermeável.
[083] 38. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 37, em que a câmara é produzida a partir de um material selecionado dentre o grupo que consiste em plástico, vidro, madeira e metal.
[084J39. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 38, em que a câmara compreende uma porta, uma saída ou ambas.
[085] 40. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 39, em que a uma ou mais plantas ou partes de planta são colocadas de modo manual ou robótico na câmara.
[086] 41. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 40, em que a câmara é selecionada dentre o grupo que consiste em uma sala de armazenamento frio, um recipiente marinho, um recipiente aéreo, um vagão de trem, um veículo local, um caminhão de transporte, um trailer, uma caixa, uma embalagem de paletes, uma estufa, um silo de grãos, um ginásio, um celeiro e uma instalação de armazenamento industrial.
[087J42. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 41, em que o tempo para administrar o tratamento antimicrobiano varia a partir de cerca de 1 hora a cerca de 5 dias.
[088] 43. O método de qualquer uma das cláusulas 1 a 42, em que o método é realizado com o uso de um dispositivo de aquecimento.
[089] 44. Um dispositivo de aquecimento adaptado para realizar o método de qualquer uma das cláusulas 1 a 43, em que o dispositivo de aquecimento compreende: [090] um elemento de aquecimento, [091] uma câmara de aquecimento, [092] uma fonte de alimentação, [093] o composto antimicrobiano, [094] e um ou mais orifícios.
[095] 45. O dispositivo de aquecimento da cláusula 44, em que a câmara de aquecimento compreende um tubo de cobre.
[096] 46. O dispositivo de aquecimento da cláusula 44, em que a câmara de aquecimento compreende um tubo de vidro.
[097] 47. O dispositivo de aquecimento da cláusula 44, em que a câmara de aquecimento compreende uma fonte de ar.
[098] 48. O dispositivo de aquecimento da cláusula 47, em que a fonte de ar é um ventilador.
[099] 49. O dispositivo de aquecimento de qualquer uma das cláusulas 44 a 48, em que a fonte de alimentação é interna ou externa ao dispositivo de aquecimen- to.
[0100]50. O dispositivo de aquecimento de qualquer uma das cláusulas 44 a 49, em que a energia fornecida pela fonte de alimentação é selecionada dentre o grupo que consiste em energia elétrica, energia a gás e energia eólica.
[0101 ]51. O dispositivo de aquecimento de qualquer uma das cláusulas 44 a 50, em que a temperatura da câmara de aquecimento varia a partir de cerca de 90 °C a cerca de 300 °C.
[0102] 52. O dispositivo de aquecimento de qualquer uma das cláusulas 44 a 50, em que a temperatura da câmara de aquecimento não diminui abaixo de 100 °C.
[0103] 53. O dispositivo de aquecimento de qualquer uma das cláusulas 44 a 50, em que a temperatura da câmara de aquecimento não diminui abaixo de cerca de 96 °C a cerca de 98 °C.
[0104] 54. O dispositivo de aquecimento de qualquer uma das cláusulas 44 a 53, em que o um ou mais orifícios são localizados na extremidade proximal do dispositivo de aquecimento.
[0105] 55. O dispositivo de aquecimento de qualquer uma das cláusulas 44 a 54, em que a estabilidade do composto antimicrobiano é mantida a temperaturas que variam a partir de cerca de 300 °C a cerca de 350 °C.
[0106] 56. Um método de uso do dispositivo de aquecimento de qualquer uma das cláusulas 44 a 55, sendo o método compreende: [0107] a) carregar o tratamento antimicrobiano que compreende o composto antimicrobiano na câmara de aquecimento, [0108] b) ligar a fonte de alimentação para aquecer o elemento de aquecimento e a câmara de aquecimento, [0109] c) volatilizar o composto antimicrobiano em um vapor, e [0110] d) liberar o vapor do um ou mais orifícios do dispositivo de aquecimento na câmara.
[0111] 57. Ο método da cláusula 56, em que o composto antimicrobiano é colocado diretamente na superfície da câmara de aquecimento.
[0112] 58. O método da cláusula 56, em que o composto antimicrobiano é colocado diretamente na câmara de aquecimento.
[0113] 59. O método da cláusula 58, em que o composto antimicrobiano é colocado no tubo de vidro compreendido dentro da câmara de aquecimento.
[0114] 60. O método da cláusula 56, em que o composto antimicrobiano é dissolvido dentro de um solvente.
[0115] 61. O método da cláusula 60, em que o solvente é um solvente volátil.
[0116] 62. O método da cláusula 60 ou cláusula 61, em que o solvente que compreende o composto antimicrobiano dissolvido é colocado em um carreador de composto.
[0117] 63. O método da cláusula 62, em que o carreador de composto é sólido.
[0118] 64. O método da cláusula 62 ou cláusula 63, em que o carreador de composto é um material absorvente.
[0119] 65. O método de qualquer uma das cláusulas 62 a 64, em que o carreador de composto é algodão.
[0120] 66. O método de qualquer uma das cláusulas 62 a 64, em que o carreador de composto é não inflamável.
[0121] 67. O método de qualquer uma das cláusulas 62 a 66, em que o solvente é seco do carreador de composto para formar um carreador de composto seco.
[0122J68. O método da cláusula 67, em que o solvente é evaporado do carreador de composto para formar o carreador de composto seco.
[0123]69. O método de qualquer uma das cláusulas 56 a 68, em que o dispositivo de aquecimento penetra na câmara.
[0124] 70. Ο método de qualquer uma das cláusulas 56 a 69, em que o dispositivo de aquecimento é vedado dentro da câmara.
[0125] 71. O método de qualquer uma das cláusulas 56 a 70, em que a câmara é hermeticamente fechada.
[0126] 72. O método de qualquer uma das cláusulas 56 a 71, em que o vapor solidifica mediante a liberação do dispositivo de aquecimento.
[0127] 73. O método de qualquer uma das cláusulas 56 a 72, em que o vapor forma micropartículas.
[0128] 74. O método da cláusula 73, em que as micropartículas são sólidas.
[0129] 75. O método da cláusula 73 ou cláusula 74, em que as micropartículas são pó.
[0130] 76. O método de qualquer uma das cláusulas 73 a 75, em que o tamanho das micropartículas é 2 mícrons ou menos.
[0131 ]77. O método de qualquer uma das cláusulas 73 a 76, em que o tamanho das micropartículas é menor do que 1 mícron.
[0132J78. O método de qualquer uma das cláusulas 73 a 77, em que as micropartículas são distribuídas por toda a câmara por uma fonte de fluxo de ar.
[0133]79. O método da cláusula 78, em que a fonte de fluxo de ar está compreendida no dispositivo de aquecimento, na câmara ou em ambos.
[0134J80. O método da cláusula 78 ou cláusula 79, em que a fonte de fluxo de ar é um ventilador.
[0135] 81. O método de qualquer uma das cláusulas 73 a 80, em que as micropartículas permitem a distribuição regular do composto antimicrobiano sem ume-decimento.
[0136] Os termos “planta (ou plantas)” e “partes de planta” incluem, mas sem limitação, plantas inteiras, células de planta e tecidos de planta, tais como folhas, calos, caules, vagens, raízes, frutas, flores ou partes de flor, pólen, sementes, óvu- los, zigotos, estacas, culturas de célula ou tecido ou qualquer outra parte ou produto de uma planta. Uma classe de plantas que podem ser usadas na presente invenção é geralmente tão ampla quanto a classe de plantas superiores e inferiores incluindo, mas sem limitação, plantas dicotiledôneas, plantas monocotiledôneas, colheitas agronômicas e colheitas de horticultura que incluem, mas sem limitação, colheitas de legumes, colheitas de frutas, nozes comestíveis, colheitas de flores e ornamentais, colheitas de viveiro, colheitas aromáticas e colheitas medicinais.
[0137] Mais especificamente, as colheitas de horticultura da presente revelação incluem, mas sem limitação, fruitas selecionadas dentre, mas sem limitação, amêndoa, maçã, abacate, banana, frutos (incluindo morango, mirtilo, framboesa, amora, groselha e outros tipos de frutos), carambola, cereja, cítricos (incluindo laranja, limão, lima, tangerina, toranja e outros cítricos), coco, figo, uva, goiaba, kiwi, manga, nectarina, melões (incluindo cantalupo, melão-de-casca-de-carvalho, melancia e outros melões), azeitona, mamão, maracujá, pêssego, pera, caqui, abacaxi, ameixa e romã.
[0138] Um legume é selecionado dentre o grupo que inclui, mas sem limitação, aspargo, beterraba (incluindo beterraba sacarina e forrageira), feijão, brócolis, repolho, cenoura, mandioca, couve-flor, aipo, pepino, berinjela, alho, pepino, folhas verdes (alface, couve, espinafre e outras folhas verdes), alho-porro, lentilha, cogumelo, cebola, ervilhas, pimenta (pimenta doce, pimentão ou pimenta malagueta), batata, abóbora, batata-doce, vagem, moranga, tomate e nabo. Uma planta ou flor ou parte de planta de viveiro é selecionada dentre o grupo que inclui, mas sem limitação, rosa, cravo, gerânio, gérbera, lírio, orquídea ou outras flores de corte ou flores ornamentais, bulbos de flores, arbusto, árvore conífera ou caducifólia.
[0139] As colheitas da presente revelação podem também incluir, mas sem limitação, colheitas de cereais e grãos (por exemplo, milho, arroz e trigo), pulses e leguminosas de grãos (por exemplo, feijões e lentilhas), colheitas de semente olea- ginosa (por exemplo, soja, girassol e canola), alimento para uso industrial, colheitas de pasto e feno, colheitas de fibras (por exemplo, algodão, linho e cânhamo), colheitas de açúcar (por exemplo, beterrabas sacarinas e cana-de-açúcar) e colheitas de tubérculo e raiz amilácea (por exemplo, beterrabas, cenouras e batatas-doces).
[0140]Os termos “micro-organismo” ou “patógeno de planta” referem-se a organismos tais como Botrytis cinerea, Mucor piriformis, Fusarium sambucinum, As-pergillus brasiliensis e Peniciliium expansum. Os patógenos adicionais abrangidos pela presente invenção incluem, mas sem limitação, Acremonium spp., Albugo spp., Alternaria spp., Ascochyta spp., Aspergillus spp., Botryodiplodia spp., Botryospheria spp., Botrytis spp., Byssochlamys spp., Candida spp., Cephalosporium spp., Cerato-cystis spp., Cercospora spp., Chalara spp., Cladosporium spp., Colletotrichum spp., Cryptosporiopsis spp., Cylindrocarpon spp., Debaryomyces spp., Diaporthe spp., Didymella spp., Diplodia spp., Dothiorella spp., Elsinoe spp., Fusarium spp., Geo-trichum spp., Gloeosporium spp., Glomerella spp., Helminthosporium spp., Khuskia spp., Lasiodiplodia spp., Macrophoma spp., Macrophomina spp., Microdochium spp., Monilinia spp., Monilochaethes spp., Mucor spp., Mycocentrospora spp., Mycosphae-rella spp., Nectria spp., Neofabraea spp., Nigrospora spp., Peniciliium spp., Perono-phythora spp., Peronospora spp., Pestalotiopsis spp., Pezicula spp., Phacidiopycnis spp., Phoma spp., Phomopsis spp., Phyllosticta spp., Phytophthora spp., Polyscyta-lum spp., Pseudocercospora spp., Pyricularia spp., Pythium spp., Rhizoctonia spp., Rhizopus spp., Sclerotium spp., Sclerotinia spp., Septoria spp., Sphaceloma spp., Sphaeropsis spp., Stemphyllium spp., Stilbella spp., Thielaviopsis spp., Thyronectria spp., Trachysphaera spp., Uromyces spp., Ustilago spp., Venturia spp., e Verticillium spp., e patógenos bacterianos, tal como Bacillus spp., Campylobacter spp., Clavibac-ter spp., Clostridium spp., Erwinia spp., Escherichia spp., Lactobacillus spp., Leuco-nostoc spp., Listeria spp., Pantoea spp., Pectobacterium spp., Pseudomonas spp., Ralstonia spp., Salmonella spp., Shigella spp., Staphylococcus spp., Vibrio spp., Xanthomonas spp., e Yersinia spp.
[0141] Os termos “vaporizado”, “volatilizado” e “aerossolizado” referem-se à transformação física de um elemento, objeto ou composto que é exposto ao calor intenso. Frequentemente, um vapor ou gás resultará quando o elemento, objeto ou composto na fase líquida ou fase sólida é exposto ao calor intenso.
[0142] A vaporização pode incluir a transição de fase de um elemento ou composto da fase líquida para um vapor. A vaporização pode ocorrer por evaporação quando a pressão parcial do vapor é menor do que a pressão de vapor de equilíbrio, em que a transição de fase de líquido para vapor ocorre abaixo do ponto de ebulição do dito composto a uma determinada pressão. A vaporização de um líquido para gás pode também ocorrer no ou acima do ponto de ebulição. A ebulição ocorre quando a pressão de vapor de equilíbrio da substância é maior ou igual à pressão do ambiente.
[0143] A vaporização pode também incluir a transição de fase de um elemento ou composto da fase sólida para um vapor. Por exemplo, os termos “sublimado” ou “sublimação” referem à transição de fase de um elemento ou composto da fase sólida para um vapor. Frequentemente, a sublimação é a transição de fase direta da fase sólida para a fase gasosa, pulando a fase líquida intermediária. Alternativamente, a “sublimação” pode também incluir a “evaporação” de um composto sólido, quando o composto sólido é primeiramente exposto a sua temperatura de fusão e induzido a fundir em uma forma líquida ou pseudolíquida (por exemplo, amolecimento, gel, pasta, etc.) antes de sua transição final em um vapor ou fase gasosa.
COMPOSTOS E COMPONENTES DOS PRESENTES MÉTODOS
[0144] Os métodos da presente revelação são direcionados ao uso de compostos de pirimetanila como um antimicrobiano para tratar plantas ou partes de planta. Os métodos da presente revelação para tratar plantas ou partes de planta compreendem, consistem essencialmente em ou consistem em compostos de pirimetani- Ia. Uma modalidade exemplificativa de um composto de pirimetanila (4,6-Dimetil-N-fenilpirimidin-2-amina ou 4, 6-Dimetil-N-fenil-2-pirimidinamina) do presente método é: ou um análogo ou derivado do mesmo.
[0145] Pirimetanila é um ingrediente ativo que pode ser usado individualmente ou como uma mistura ou combinação com outros compostos ou um carreador. Por exemplo, o composto de pirimetanila pode também ser usado em combinação com gases conservantes ou produtos químicos para formar um cotratamento com pirimetanila. O composto de pirimetanila pode também ser usado em combinação com um carreador para formar um tratamento com pirimetanila. O tratamento com pirimetanila fornece proteção antimicrobiana a plantas ou partes de planta quando administrado, aplicado ou exposto a plantas ou partes de planta.
[0146] A temperatura de fusão para pirimetanila varia a partir de cerca de 96 °C a cerca de 98 °C. A ou acima de cerca de 120 °C, os compostos de pirimetanila experimentam perda de massa em um estado estacionário que é gradual devido à evaporação. Já que a perda observada de pirimetanila ocorre acima de sua temperatura de fusão, considera-se que a perda do ingrediente ativo inclui a evaporação, em vez da sublimação direta, já que a perda do ingrediente ativo ocorre a partir da forma fundida. Além disso, não se observa a ocorrência de nenhuma alteração molecular ao composto ativo de pirimetanila durante o processo de sublimação.
[0147] A pirimetanila pode ser usada em qualquer forma, incluindo, mas sem limitação, um sólido (por exemplo, um pó), um gás, um vapor ou uma composição aerossol. Particularmente, a pirimetanila pode ser usada na forma de um gás, e/ou um vapor, (“vapor”) quando calor suficiente é aplicado à pirimetanila sólida. Em uma modalidade, um composto de pirimetanila ou uma pluralidade de compostos de piri-metanila pode ser vaporizado com o uso de calor para converter um sólido em uma composição líquida de pirimetanila e, então, em um vapor. Em outra modalidade, um composto de pirimetanila ou uma pluralidade de compostos de pirimetanila pode ser vaporizado com o uso de calor para converter uma composição sólida de pirimetanila em um vapor por sublimação. Em uma modalidade ilustrativa, uma composição em pó de pirimetanila é aquecida a fim de converter a composição sólida diretamente em um vapor por sublimação.
[0148] Tipicamente, à temperatura ambiente e inferior, a pirimetanila existe como um sólido. Entretanto, quando a temperatura aumenta, tal como em resposta ao calor, a pirimetanila sólida volatiliza ou vaporiza para se tornar um gás, um vapor ou um aerossol (“vapor”). O calor pode ser aplicado ao composto de pirimetanila por qualquer método que fará com que a pirimetanila vaporize. Entretanto, em uma modalidade do presente método, o calor pode ser aplicado ao composto de pirimetanila com o uso de um aparelho ou dispositivo. Em uma modalidade ilustrativa do presente método, um dispositivo de aquecimento ou aparelho é utilizado para vaporizar pirimetanila técnica (consultar o Exemplo 7).
[0149] Por exemplo, um dispositivo de aquecimento da presente revelação compreende um elemento de aquecimento que circunda uma câmara de aquecimento ou um recipiente (por exemplo, um tubo de cobre). O elemento de aquecimento tem a capacidade de produzir altas temperaturas necessárias para alcançar a temperatura de vaporização de um ingrediente ativo sólido técnico, tal como a pirimetanila.
[0150] O ingrediente ativo é colocado na câmara de aquecimento de vários modos possíveis. Por exemplo, o ingrediente ativo sólido (por exemplo, pó) pode ser colocado diretamente na superfície da câmara de aquecimento ou elemento de aquecimento ou colocado em um tubo de vidro que é inserido na câmara de aqueci- mento do dispositivo. Alternativamente, o ingrediente ativo sólido pode ser dissolvido com um solvente volátil, e a quantidade desejada do ingrediente ativo dissolvido pode ser colocada em ou sobre um carreador sólido, tal como algodão ou um material absorvente não inflamável. Se um solvente for utilizado, o solvente pode ser evaporado, e o material carreador seco que contém o ingrediente ativo é carregado na câmara de aquecimento. Quaisquer outros modos para carregar a quantidade desejada de ingrediente técnico ativo na câmara de aquecimento do dispositivo de aquecimento são também abrangidos pela presente revelação.
[0151 ]0 dispositivo de aquecimento também compreende uma fonte de alimentação. A fonte de alimentação pode ser interna ou externa ao dispositivo de aquecimento e fornece energia ao elemento de aquecimento por quaisquer meios, incluindo energia elétrica, a gás ou eólica. Quando a energia é ligada, calor é aplicado à câmara de aquecimento que contém o ingrediente ativo que vaporiza em um estado gasoso (“vapor”).
[0152] Tipicamente, a temperatura da câmara de aquecimento pode variar a partir de cerca de 90 °C a cerca de 300 °C. Por exemplo, a câmara de aquecimento pode variar a partir de cerca de 100 °C a cerca de 300 °C e de cerca de 100 °C a cerca de 200 °C, de modo que temperaturas mais baixas na câmara de aquecimento induzam a vaporização mais lenta do ingrediente ativo, enquanto que temperaturas mais altas induzem a vaporização mais rápida do ingrediente ativo.
[0153] Embora a perda e/ou degradação total do ingrediente ativo de pirime-tanila possa ocorrer entre cerca de 200 °C a cerca de 300 °C, em algumas modalidades da composição de pirimetanila da presente revelação, nenhuma degradação térmica de pirimetanila foi observada a temperaturas a ou cerca de 300 °C a cerca de 350 °C. Esses resultados são inesperadamente surpreendentes e contrários à faixa de decomposição térmica conhecida de 189,54 a 344,74 °C para pirimetanila.
[0154] Uma fonte de fluxo de ar de baixo volume é também compreendida pelo dispositivo de aquecimento. Por exemplo, um ventilador ou algum mecanismo para empurrar o ar através da câmara de aquecimento do dispositivo é necessário. A fonte de fluxo de ar (por exemplo, um ventilador) empurrará o ar através da câmara de aquecimento que compreende o ingrediente ativo vaporizado e através da porção de extremidade proximal do dispositivo de aquecimento através de um ou mais orifícios ou aberturas localizadas na extremidade proximal do dispositivo de aquecimento. O fluxo de ar através do dispositivo de aquecimento deve ter a capacidade de ser mantido e deve ser mantido a uma velocidade escalar ou velocidade vetorial que seja suficiente e/ou lenta o suficiente para impedir que o ar que percorre através do dispositivo resfrie a câmara de aquecimento (que compreende o ingrediente ativo) abaixo da temperatura em que o ingrediente ativo vaporizado é formado. Por exemplo, ao vaporizar pirimetanila, tipicamente, a temperatura da câmara de aquecimento não deve diminuir abaixo de 100 °C, e, ademais, não abaixo de 96 °C a 98 °C, a temperatura de fusão da pirimetanila.
[0155] A fonte de fluxo de ar no dispositivo de aquecimento pode empurrar o ar e o ingrediente ativo para fora do orifício (ou orifícios) do dispositivo e diretamente para um ambiente fechado, recipiente ou câmara. O dispositivo de aquecimento pode penetrar na câmara e pode ser vedado na mesma, de modo que uma quantidade significativa de ingrediente ativo vaporizado não seja perdida no ambiente. A câmara pode compreender plantas ou partes de planta, tal como frutas, flores ou vegetais, a serem tratadas com o ingrediente ativo vaporizado a fim de controlar os patógenos de planta.
[0156] A câmara é tipicamente mantida a uma temperatura adequada para armazenar frutas, flores ou vegetais. Por exemplo, a temperatura da câmara pode variar de cerca de -2 °C a cerca de 25 °C e varia frequentemente a partir de cerca de 0 °C a cerca de 23 °C que é significativamente mais fria do que temperatura da câmara de aquecimento do dispositivo. Quando o vapor ativo se move da temperatura mais quente do dispositivo de aquecimento para a temperatura mais fria da câmara, o ingrediente ativo vaporizado ressolidifica imediatamente. O vapor resfriado forma pequenas micropartículas sólidas de pirimetanila ativa em pó que ressolidificaram individualmente em seu estado de submícron. As micropartículas ativas sólidas são distribuídas e dispersas por toda a câmara pela fonte de fluxo de ar do dispositivo de aquecimento adicionalmente a outras fontes de fluxo de ar e ao moimento que pode estar presente na câmara (por exemplo, ventiladores). Por exemplo, a pirimetanila vaporizada transita imediatamente de volta para sua forma sólida (por exemplo, pó) mediante sua entrada na câmara.
[0157] O tamanho das micropartículas de pirimetanila sólidas após a vapori-zação pode ser de cerca de menos do que 1 mícron (tamanho de submícron), de cerca de 1 mícron ou menos ou de menos do que 1 mícron a cerca de 5 mícrons, de cerca de 0,5 mícron a cerca de 5 mícrons, de cerca de 0,5 mícron a cerca de 2 mícrons, de cerca de 1 mícron a cerca de 1,5 mícron, cerca de 1 mícron a cerca de 2 mícrons, cerca de 0,5 mícron a cerca de 1,5 mícron, cerca de 1,5 mícron a cerca de 2 mícrons, cerca de 1 mícron a cerca de 5 mícrons e cerca de 2 mícrons a cerca de 5 mícrons. Outras técnicas de aplicação, tal como nebulização e encharcamento, usam tamanhos de partícula que variam de cerca de 2 mícrons a cerca de 90 mícrons. O tamanho extremamente pequeno a submícron das micropartículas de pirimetanila sólidas que se formam após a vaporização no presente método permite a distribuição e a dispersão uniformes e regulares do ingrediente ativo para a eficácia melhorada de tratamentos com fungicida ou pesticida de plantas e partes de planta em relação a métodos da técnica anterior.
[0158] Particularmente, as micropartículas sólidas pequenas são muito mais facilmente circuladas e distribuídas em uma câmara com ventiladores, enquanto que ventiladores não podem ser usados em alguns métodos da técnica anterior (por exemplo, nebulização). Além disso, as partículas sólidas pequenas permitem a dis- tribuição uniforme do ingrediente ativo nas plantas ou partes de planta sem umede-cimento, tal como com água ou um solvente. Assim, o presente método fornece um modo exclusivo de tratamento de plantas e partes de planta sem umedecer a fruta, mas ainda permitindo a aplicação uniforme e o controle de doença eficaz e a inibição de patógenos de planta.
[0159] Os compostos de pirimetanila ativos podem ser aplicados a plantas ou partes de planta em qualquer volume de um ambiente contido ou câmara e podem ser usados em plantas ou partes de planta em produção em estufa e pós-ceifa durante a embalagem em campo, paletização, em caixas, durante o armazenamento e por toda a rede de distribuição. Um ambiente contido ou câmara da presente revelação pode ser qualquer volume contido de espaço livre do qual um gás, vapor ou produto químico não pode escapar prontamente uma vez que o mesmo foi introduzido. Por exemplo, um ambiente contido ou câmara pode ser produzido a partir de plástico, vidro, madeira, metal ou quaisquer outros materiais de construção semipermeá-veis ou impermeáveis típicos usados para armazenar ou transportas plantas ou partes de planta.
[0160] Qualquer espaço contido que é utilizado para reter plantas ou colheitas pode ser usado como uma câmara no presente método. A câmara da presente revelação compreende um espaço livre (isto é, volume de capacidade) que pode ser de qualquer tamanho que seja grande o suficiente para reter as plantas e partes de planta a serem tratadas. Por exemplo, um espaço contido ou câmara inclui, mas sem limitação, uma sala de armazenamento frio, um recipiente marinho, um recipiente aéreo, um vagão de trem ou veículo local, um caminhão ou trailer de transporte, uma caixa ou embalagem e paletes, uma estufa, um silo de grãos ou similar. Ademais, ginásios, celeiros e outras instalações de armazenamento industriais grandes são abrangidos no escopo da presente revelação da câmara. Adicionalmente, produtos embalados minimamente processados (por exemplo, vegetais ou frutas embaladas) podem também ser tratados com o método descrito na presente invenção.
[0161 ]A câmara pode ter uma porta (por exemplo, uma porta de septo de antepara) para a introdução ou liberação do tratamento químico como um vapor ou aerossol. A câmara de ambiente contido pode também ter uma saída para ventilar ou liberar a porção não usada do carreador de tratamento ou para manter a pressão atmosférica.
[0162] Uma vantagem do método da presente revelação em relação à técnica anterior é que um carreador não é exigido para ativar ou entregar o composto de pirimetanila a plantas ou partes de planta. Em outras palavras, o método da presente invenção pode ser usado com cerca de 100% de ingrediente ativo, tal como pirimetanila. Já que o presente método tem a capacidade de usar apenas o ingrediente ativo sólido para tratar as plantas e partes de planta.
[0163] Os tratamentos com pirimetanila vaporizada podem ser aplicados às plantas ou partes de plantas a uma taxa que é relatada como a quantidade (miligramas, mg) de ingrediente ativo (isto é, composto de pirimetanila) por volume (litro, I) de espaço livre de câmara. Por exemplo, a taxa a qual o tratamento com pirimetanila pode ser eficazmente aplicado em uma câmara e/ou a plantas pode variar a partir de 0,001 mg/l a 5 mg/l. Por exemplo, a taxa do tratamento com pirimetanila pode ser de cerca de 0,01 mg/l a cerca de 3 mg/l, de cerca de 0,01 mg/l a cerca de 4 mg/l, de cerca de 0,01 mg/l a cerca de 0,2 mg/l, de cerca de 0,01 mg/l a cerca de 1 mg/l, de cerca de 1 mg/l a cerca de 5 mg/l de cerca de 0,5 mg/l a cerca de 3 mg/l, de cerca de 0,01 mg/l a cerca de 0,05 mg/l, de cerca de 0,01 mg/l a cerca de 0,04 mg/l, de cerca de 0,01 mg/l a cerca de 0,03 mg/l, de cerca de 0,1 mg/l a cerca de 0,5 mg/l, de cerca de 0,1 mg/l a cerca de 0,4 mg/l, de cerca de 0,1 mg/l a cerca de 0,3 mg/l, de cerca de 0,1 mg/l a cerca de 0,2 mg/l, de cerca de 0,001 mg/l a cerca de 0,2 mg/l, de cerca de 0,001 mg/l a cerca de 0,05 mg/l, de cerca de 0,001 mg/l a cerca de 0,04 mg/l, de cerca de 0,001 mg/l a cerca de 3 mg/l e a cerca de 0,01 mg/l, cerca de 0,03 mg/l, cerca de 0,04 mg/l, cerca de 0,1 mg/l, cerca de 0,2 mg/l, cerca de 0,3 mg/l e cerca de 1 mg/l.
[0164] Gases conservantes adicionais do método descrito na presente invenção podem ser incluídos no tratamento câmara, mas sem limitação, dióxido de carbono (CO2) e dióxido de enxofre (SO2). Embora qualquer concentração de gás conservante ou produto químico que fornece 0 efeito antimicrobiano descrito na presente invenção possa ser utilizada, uma porcentagem de gás CO2 que pode ser usada na presente método inclui, mas sem limitação, de cerca de 4% a cerca de 20%, de cerca de 5% a cerca de 18%, de cerca de 6% a cerca de 17%, de cerca de 7% a cerca de 15%, de cerca de 8% a cerca de 14%, de cerca de 8% a cerca de 13%, de cerca de 8% a cerca de 12%, de cerca de 5% a cerca de 14%, de cerca de 6% a cerca de 13%, de cerca de 7% a cerca de 13% e a cerca de 8%, cerca de 9%, cerca de 10%, cerca de 11%, cerca de 12%, cerca de 13% e cerca de 14%. Uma porcentagem de gás SO2 que pode ser usada no presente método inclui, mas sem limitação, de cerca de 0,01% a cerca de 5%, de cerca de 0,02% a cerca de 4%, de cerca de 0,03% a cerca de 3%, de cerca de 0,04% a cerca de 2%, de cerca de 0,05% a cerca de 1%, e de cerca de 0,01% a cerca de 1%.
[0165] Os produtos químicos adicionais que podem ser combinados com o composto de pirimetanila na presente revelação incluem, mas sem limitação, 1-metilciclopropeno (1-MCP), oxaboróis (por exemplo, benzoxaborol), imazalila, fludio-xonila, tiabendazol, dioadjuvante (ou dioadjuvantes) e outros pesticidas comerciais. Os produtos químicos adicionais que podem ser usados no presente método incluem alguns que foram federalmente reconhecidos. Por exemplo, os compostos da Lei de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos § § 201 e 409 Geralmente Reconhecidos Como Seguros (GRAS) e os compostos químicos da Lei Federal de Inseticidas, Fungicidas e Rodenticidas (FIFRA) § 25(b), incluindo eugenol, óleos de cravo, tomilho ou hortelã, compostos naturais ou compostos derivados de fontes naturais po- dem também ser usados no presente método.
[0166] Deve ser notado que o uso de compostos voláteis adicionais sozinhos ou em combinação com pirimetanila no presente método pode exigir calor adicional ou menos calor para vaporizar os ingredientes ativos. Foi determinado que, geralmente, quanto maior a pressão de vapor e/ou quanto menores as moléculas do ingrediente ativo, menos calor vai ser exigido para vaporizar esse ingrediente ativo. Por exemplo, o fungicida de benzoxaborol sólido tem uma pressão de vapor relativamente alta à temperatura ambiente (isto é, cerca de 4,8 Pa (0,036 Torr) a 25 °C) e é inerentemente volátil, então, o benzoxaborol exigiria a adição de muito menos calor para vaporizar no presente método em comparação à pirimetanila. Por outro lado, pirimetanila tem uma pressão de vapor relativamente baixa à temperatura ambiente (isto é, cerca de 2,2 x 10-3 Pa a 25 °C). A pirimetanila exige a adição de muito mais calor para sublimar ou vaporizar a temperatura ambiente do que o benzoxaborol. Assim, o calor deve ser ajustado de modo correspondente para vaporizar apropriadamente os cotratamentos de ingredientes ativos usados no método da presente revelação, tal como, por exemplo, pirimetanila e 1 -metilciclopropeno ou pirimetanila e benzoxaborol.
[0167] Assim, o presente método abrange um composto antimicrobiano ativo que tem uma pressão de vapor à temperatura ambiente que é menor que a pressão de vapor à temperatura ambiente de benzoxaborol. Além disso, a presente revelação inclui o uso de tal composto de baixa pressão de vapor, tal como pirimetanila, sozinho ou em combinação com outros compostos ativos, conforme descrito na presente invenção.
[0168] Quaisquer plantas ou partes de planta (por exemplo, flores), células de planta ou tecidos de planta podem ser tratados com o uso do presente método. Uma classe de plantas que pode ser tratada na presente invenção é geralmente tão ampla quanto colheitas hortículas. As colheitas hortículas incluem, mas sem limitação, colheitas vegetais, colheitas de fruta, nozes comestíveis, flores e colheitas ornamentais, colheitas de viveiro, colheitas aromáticas e colheitas medicinais. Mais especificamente, frutas (por exemplo, uvas, maçãs, laranjas, peras, caquis e bananas) e frutos (por exemplo, morangos, amoras, mirtilos e framboesas) são plantas abrangidas pela presente revelação. Deve-se perceber que qualquer espécie de frutos ou frutas pode ser usada na presente invenção (por exemplo, uvas de mesa).
MÉTODOS DE USO DE COMPOSTOS DE PIRIMETANILA
[0169]A presente revelação é direcionada a métodos para fornecer proteção antimicrobiana a plantas e partes de planta contra patógenos de planta. Mais especificamente, patógenos fúngicos de planta podem ser tratados, prevenidos ou erradicados pelo método descrito na presente invenção. Os patógenos exemplificativos abrangidos pela presente revelação incluem, mas sem limitação, Botrytis cinerea, Mucor piriformis, Fusarium sambucinum, Aspergillus brasiliensis e Peniciliium expan-sum. Os patógenos adicionais abrangidos pela presente invenção incluem, mas sem limitação Acremonium spp., Albugo spp., Alternaria spp., Ascochyta spp., Aspergillus spp., Botryodiplodia spp., Botryospheria spp., Botrytis spp., Byssochlamys spp., Candida spp., Cephalosporium spp., Ceratocystis spp., Cercospora spp., Chalara spp., Cladosporium spp., Colletotrichum spp., Cryptosporiopsis spp., Cylindrocarpon spp., Debaryomyces spp., Diaporthe spp., Didymella spp., Diplodia spp., Dothiorella spp., Elsinoe spp., Fusarium spp., Geotrichum spp., Gloeosporium spp., Glomerella spp., Helminthosporium spp., Khuskia spp., Lasiodiplodia spp., Macrophoma spp., Macrophomina spp., Microdochium spp., Monilinia spp., Monilochaethes spp., Mucor spp., Mycocentrospora spp., Mycosphaerella spp., Nectria spp., Neofabraea spp., Nigrospora spp., Peniciliium spp., Peronophythora spp., Peronospora spp., Pestaloti-opsis spp., Pezicula spp., Phacidiopycnis spp., Phoma spp., Phomopsis spp., Phyl-losticta spp., Phytophthora spp., Polyscytalum spp., Pseudocercospora spp., Pyricu-laria spp., Pythium spp., Rhizoctonia spp., Rhizopus spp., Sclerotium spp., Scleroti- nia spp., Septoria spp., Sphaceloma spp., Sphaeropsis spp., Stemphyllium spp., Stil-bella spp., Thielaviopsis spp., Thyronectria spp., Trachysphaera spp., Uromyces spp., Ustilago spp., Venturia spp., e Verticillium spp., e patógenos bacterianos, tal como Bacillus spp., Campylobacter spp., Clavibacter spp., Clostridium spp., Erwinia spp., Escherichia spp., Lactobacillus spp., Leuconostoc spp., Listeria spp., Pantoea spp., Pectobacterium spp., Pseudomonas spp., Ralstonia spp., Salmonella spp., Shi-gella spp., Staphylococcus spp., Vibrio spp., Xanthomonas spp. e Yersinia spp.
[0170]Tratamentos com pirimetanila podem ser aplicados às plantas ou às partes de planta dentro de um recipiente ou câmara. Tipicamente, as plantas ou as partes de planta são manual ou roboticamente colocadas na câmara, e a câmara é, então, vedada. O tratamento com pirimetanila pode ser, então, aplicado à câmara vedada que compreende as plantas ou as partes de planta por meio da porta (por exemplo, uma porta de septo de divisória) ou por um dispositivo dentro do ambiente ou recipiente.
[0171 ]0 tratamento com pirimetanila é aplicado à câmara vedada por um período de tempo inicial. Por exemplo, as plantas podem ser expostas ao tratamento com pirimetanila no recipiente vedado pelo período de tempo inicial que varia de cerca de 1 hora a cerca de 5 dias (120 horas), de cerca de 1 dia a cerca de 4 dias, de cerca de 2 dias a cerca de 3,5 dias, de cerca de 2 dias a cerca de 3,5 dias e por cerca de 3 dias. A temperatura da câmara pode variar de cerca de -2 °C a cerca de 25 °C e, frequentemente, de cerca de 0 °C a cerca de 23 °C.
[0172]Após o período de tempo inicial em que o tratamento é exposto às plantas ou partes de planta na câmara vedada, a câmara pode ser deixada vedada ou não vedada. As plantas ou as partes de planta podem, então, permanecer na câmara de ambiente contido ou armazenadas em outra instalação de armazenamento de atmosfera controlada ou atmosfera regular até estar pronta para envio, venda ou consumo. A temperatura da câmara ou instalação de armazenamento tipicamente varia a partir de cerca de -2 °C a cerca de 25 °C e frequentemente de cerca de 0 °C a cerca de 23 °C.
[0173] Após a expiração do período de tempo secundário, a inibição de pató-genos de planta pode ser avaliada. Por exemplo, amostras in vitro podem ter ao crescimento do patógeno em ágar ou em meio testado, avaliado e comparado a uma amostra de controle, em que nenhum tratamento com pirimetanila foi administrado ou diferentes condições de tratamento foram aplicadas. Similarmente, amostras in vivo podem ter a gravidade e a incidência de doença fúngica, bacteriana ou patogênica testada, avaliada e comparada a uma amostra de controle em que nenhum tratamento com pirimetanila foi administrado ou diferentes condições de tratamento foram aplicadas.
EXEMPLOS
[0174] As modalidades ilustrativas dos métodos da presente revelação são fornecidas no presente documento a título de exemplos. Embora os conceitos e a tecnologia da presente revelação sejam suscetíveis à ampla aplicação, várias modificações e formas alternativas, modalidades específicas serão descritas aqui em detalhes. Deve-se entender, no entanto, que não há intenção de limitar os conceitos da presente revelação às formas particulares reveladas, mas, pelo contrário, a intenção é abranger todas as modificações, equivalentes e alternativas consistem com a presente revelação e as reivindicações anexas. Os seguintes experimentos foram usados para determinar o efeito de diferentes concentrações de composto de pirimetanila vaporizada a plantas ou partes de planta ou a fim de fornecer proteção antimicro-biana às plantas ou partes de planta contra patógenos de planta. EXEMPLO 1: TRATAMENTO COM PIRIMETANILA VAPORIZADA EM PATÓGENOS (IN VITRO) [0175] Um ensaio in vitro foi usado para avaliar a capacidade de pirimetanila de vaporizar a fim de controlar a infecção de vários micro-organismos patogênicos quando aplicado às plantas e partes de planta. Para experimentos in vitro, uma placa de microtitulação de 12 cavidades, 6 cavidades ou uma placa de Petri de 10 cm, cada uma contendo volumes de 7,5 ml, 16,5 ou 22 ml, respectivamente, de Ágar de Dextrose de Batata (PDA) com metade de resistência foi preparada. Cada cavidade ou placa foi inoculada com 1 microlitro (μΙ) de 1 x 105 esporos/ml da suspensão de esporo patogênico adequado (por exemplo, Botrytis cinerea, Penicillium expansum, Glomerella cingulata, Penicillium digitatum, Aspergillus flavus, Colletotrichum acuta-tum, Fusarium sambucinum e Geotrichum candidum) formando-se uma mancha de patógeno no centro da cavidade ou placa de ágar. A placa inoculada de microtitulação ou Petri foi, então, vedada com um filme respirável. Um conjunto de placas de triplicada para cada patógeno foi colocado dentro do fundo de uma câmara de des-secador de 36 I hermética ao ar e fechado com grampos de segurança.
[0176] Uma quantidade adequada de pirimetanila para atingir uma concentração de espaço livre final de 1 mg/l, 0,3 mg/l e 0,1 mg/l foi dissolvida em acetona e 100 μΙ da solução foram pipetados em um tubo de vidro pequeno. O tubo foi, então, colocado dentro de um dispositivo de vaporização pré-aquecido (tubo de cobre aquecido termostaticamente de 1,27 cm (0,5") OD por 15,24 cm (6") de comprimento montado em um ventilador de baixo fluxo de 0,5 l/min) ajustado a 60 °C por 1 minuto para permitir que a acetona evapore. A evaporação da acetona deixou para trás cristais sólidos de pirimetanila.
[0177] Pirimetanila foi, então, introduzido nas cabines da câmara contendo as placas de ágar com o uso do dispositivo de vaporização definido a 180 °C. O tubo do dispositivo foi fixado a uma porta na lateral da câmara que permitiu o fluxo de ar do vapor de pirimetanila para a câmara. A câmara estava à temperatura ambiente durante a administração da pirimetanila. As câmaras foram, então, incubadas por três (3) dias a 23 °C. Após a incubação, a inibição de crescimento pós-tratamento de cada patógeno in vitro foi medida nas placas inoculadas e comparada às amostras de controle.
[0178]O resultado desse experimento in vitro é sumarizado na Tabela 1. Os resultados demonstram que o presente método que compreende pirimetanila vapori-zada fornece boa inibição in vitro de crescimento antimicrobiano de múltiplos pató-genos inoculados nas placas de ágar. Em particular, todas as três concentrações de pirimetanila (isto é, 1 mg/l, 0,3 mg/l e 0,1 mg/l) tiveram a capacidade de inibir completamente o crescimento de A. flavus e P. digitatum. Ambas as concentrações de 1 mg/l e 0,3 mg/l de pirimetanila tiveram também a capacidade de inibir totalmente o crescimento de P. expansum, enquanto a concentração de 0,1 mg/l de pirimetanila inibiu 92,4% de crescimento de P expansum. As concentrações de pirimetanila de 1 mg/l, 0,3 mg/l e 0,1 mg/l tiveram também a capacidade de inibir o crescimento de B. cinerea em 95,2%, 92,1% e 91,9%, respectivamente. Similarmente, concentrações de pirimetanila de 1 mg/l, 0,3 mg/l e 0,1 mg/l tiveram também a capacidade de inibir o crescimento de C. acutatum em 89,7%, 90,0% e 100%, respectivamente. No entanto, todas as concentrações de pirimetanila foram eficazes em controlar G candi-dum e G cingulata, ambos os quais foram inibidos em 75,2% e 77,3%, respectivamente, na concentração máxima de 1 mg/l. Por fim, a Tabela 1 demonstra que o presente método que usa pirimetanila vaporizada pode ser usado para inibir o crescimento de patógenos de planta inoculados em placas de ágar. EXEMPLO 2: TRATAMENTO COM PIRIMETANILA VAPORIZADA EM P. DIGITATUM (IN VIVO) [0179] Um ensaio in vivo foi usado para avaliar a capacidade de pirimetanila vaporizada de controlar a infecção patogênica de laranjas por Penicillium digitatum. Duas laranjas (por repetição, em triplicata) foram colocadas em um contentor bipartido, e três incisões recentes foram feitas próximas à região equatorial de cada fruta. Cada incisão foi, então, inoculada com 30 μΙ de 1 x 106 esporos/ml de suspensão de P digitatum. Os contentores bipartidos foram, então, colocados no fundo de uma câmara de dessecador acrílico de 36 I em triplicata.
[0180] Uma quantidade adequada de pirimetanila para atingir uma concentração de tratamento final de 1 mg/l, 0,2 mg/l ou 0,04 mg/l foi dissolvida em acetona e 100 μΙ da solução foram pipetados em um tubo de vidro pequeno. Esse tubo foi, então, colocado dentro de um dispositivo de vaporização pré-aquecido (tubo de cobre aquecido termostaticamente de 1,27 cm (0,5") OD por 15,24 cm (6") de comprimento montado em um ventilador de baixo fluxo de 0,5 l/min) ajustado a 60 °C por 1 minuto para permitir que a acetona evapore, deixando para trás os cristais sólidos de pirimetanila.
[0181 ]A pirimetanila foi, então, introduzida no espaço livre contido através da porta de divisória com o uso do dispositivo de vaporização conforme descrito no Exemplo 1 ajustado a 180 °C. As câmaras foram, então, incubadas a 21 °C por três (3) dias. Após a incubação, as frutas foram avaliadas diariamente por mais 2 dias a 21 °C. As frutas foram avaliadas a fim de observar o crescimento de lesões embebidas em água e diâmetro de esporulação fúngica (ambos medidos em milímetros, mm).
[0182] O resultado desse experimento in vivo é sumarizado na Tabela 2 e na Figura 1. Os resultados demonstram que o presente método que compreende pirimetanila vaporizada fornece boa inibição in vivo de crescimento antimicrobiano de P. digitatum inoculado em laranjas. Mais especificamente, esses dados indicam que a pirimetanila vaporizada fornece inibição de crescimento de lesões embebidas em água de P. digitatum e esporulação fúngica em laranjas.
[0183] Em particular, no Dia 2, as laranjas de controle mostraram lesões embebidas em água e esporulação fúngica atingindo 38,2 mm e 22,4 mm, respectivamente. Entretanto, todas as três concentrações de pirimetanila (isto é, 1 mg/l, 0,2 mg/l e 0,04 mg/l) tiveram capacidade de inibir completamente o crescimento lesões embebidas em água em laranjas no Dia 2, exceto por 1,5 mm de lesões observadas em laranjas tratadas com o tratamento com 0,2 mg/l de pirimetanila (consultar a Tabela 2). Similarmente, concentrações de 1 mg/l, 0,2 mg/l e 0,04 mg/l de pirimetanila vaporizada tiveram a capacidade de inibir a esporulação fúngica em laranjas inocu-ladas que têm apenas 2,1 mm, 2,4 mm e 2,1 mm de esporulação fúngica observada no Dia 2, respectivamente. Os resultados de esporulação mostrados na Tabela 2 e na Figura 1 também indicam uma resposta dependente de dose à pirimetanila vaporizada. Por fim, esses dados demonstram que o presente método que usa pirimetani- Ia vaporizada pode ser usado para inibir o crescimento de patógenos de planta, tal como P. digitatum, inoculados em frutas, tal como laranjas.
TABELA 2. ENSAIO IN VIVO DE PIRIMETANILA VAPORIZADA PARA INIBIR PENICILLIUM DIGITATUM EM LARANJAS EXEMPLO 3: TRATAMENTO COM PIRIMETANILA VAPORIZADA EM P. EXPANSUM (IN VIVO) [0184] Um ensaio in vivo foi usado para avaliar a capacidade de pirimetanila vaporizada de controlar uma infecção patogênica de maçãs por Penicillium expan-sum. Duas maçãs (por repetição, em triplicata) foram colocadas em um contentor bipartido, e três incisões recentes foram feitas próximas à região equatorial de cada fruta. Cada incisão foi, então, inoculada com 30 μΙ de 1 x 106 esporos/ml de suspensão de P. expansum. Os contentores bipartidos foram, então, colocados no fundo de uma câmara de dessecador acrílico de 36 I em triplicata.
[0185] Uma quantidade adequada de pirimetanila para atingir uma concentração de tratamento final de 1 mg/l, 0,2 mg/l ou 0,04 mg/l foi dissolvida em acetona e 100 μΙ da solução foram pipetados em um tubo de vidro pequeno. Esse tubo foi, então, colocado dentro de um dispositivo de vaporização pré-aquecido (tubo de cobre aquecido termostaticamente de 1,27 cm (0,5") OD por 15,24 cm (6") de compri- mento montado em um ventilador de baixo fluxo de 0,5 l/min) ajustado a 60 °C por 1 minuto para permitir que a acetona evapore, deixando para trás os cristais sólidos de pirimetanila.
[0186] A pirimetanila foi, então, introduzida nas cabines da câmara através da porta de divisória com o uso do dispositivo de vaporização, conforme descrito no Exemplo 1 ajustado a 180 °C. As câmaras foram, então, incubadas a 21 °C por três (3) dias. Após a incubação, as frutas foram avaliadas diariamente por mais 3 dias a 21 °C. As frutas foram avaliadas a fim de observar a incidência de doença (isto é, escurecimento) e a esporulação fúngica (ambos medidos em milímetros, mm).
[0187] O resultado desse experimento in vivo é sumarizado na Tabela 3 e na Figura 2. Os resultados demonstram que o presente método que compreende pirimetanila vaporizada fornece boa inibição in vivo de crescimento antimicrobiano de P expansum inoculado em maçãs. Mais especificamente, esses dados indicam que a pirimetanila vaporizada fornece inibição de crescimento de P. expansum que causa escurecimento e esporulação fúngica em maçãs.
[0188] Em particular, as maças de controle do Dia 3 mostraram escurecimento e esporulação fúngica atingindo 32,4 mm e 3,7 mm, respectivamente. No entanto, concentrações de 1 mg/l, 0.2 mg/l e 0,04 mg/l de pirimetanila tiveram a capacidade de inibir o escurecimento em maçãs no Dia 3 a 11,4 mm, 16,2 mm e 28,8 mm, respectivamente (consultar a Tabela 2). Similarmente, concentrações de 1 mg/l, 0,2 mg/l e 0,04 mg/l de pirimetanila vaporizada tiveram a capacidade de inibir a esporulação fúngica em maçãs inoculadas que têm apenas 1,6 mm, 2,6 mm e 3,1 mm de esporulação fúngica observada no Dia 3. Os resultados de esporulação mostrados na Tabela 3 e na Figura 2 também indicam uma resposta dependente de dose da pirimetanila vaporizada. Por fim, esses dados demonstram que o presente método que usa pirimetanila vaporizada pode ser usado para inibir o crescimento de patógenos de planta, tal como P. expansum, inoculados em frutas, tais como maçãs. EXEMPLO 4: TRATAMENTO COM PIRIMETANILA VAPORIZADA EM B. CINEREA (IN VIVO) [0189] Um ensaio in vivo foi usado para avaliar a capacidade de pirimetanila vaporizada de controlar uma infecção patogênica de morangos por Botrytis cinerea. B. cinerea é um patógeno fúngico conhecido por causar infecção por mofo cinzento de frutas, tal como uvas e morangos.
[0190] Oito morangos (por repetição, em triplicata) foram colocados em um contentor bipartido de padrão industrial com o caule voltado para baixo. Uma incisão recente na ponta voltada para cima da fruta foi, então, inoculada com 20 μΙ de 1 x 105 esporos/ml de suspensão de B. cinerea. Os contentores bipartidos foram, então, colocados no fundo de uma câmara de dessecador acrílico de 36 I em triplicata.
[0191] Uma quantidade adequada de pirimetanila para atingir uma concentração de espaço livre final de 1 mg/l, 0,3 mg/l, 0,1 mg/l ou 0,03 mg/l foi dissolvida em acetona e 100 μΙ da solução foram pipetados em um tubo de vidro pequeno. Esse tubo foi, então, colocado dentro de um dispositivo de vaporização preaquecido (tubo de cobre aquecido termostaticamente de 1,27 cm (0,5") OD por 15,24 cm (6") de comprimento montado em um ventilador de baixo fluxo de 0,5 l/min) ajustado a 60 °C por 1 minuto para permitir que a acetona evapore, deixando para trás os cristais sólidos de pirimetanila.
[0192] A pirimetanila foi, então, introduzida nas cabines da câmara através da porta de divisória com o uso do dispositivo de vaporização, conforme descrito no Exemplo 1 ajustado a 180 °C. As câmaras foram, então, incubadas a 21 °C por três (3) dias. Após a incubação, as frutas foram avaliadas diariamente por mais 3 dias a 21 °C. As frutas foram avaliadas a fim de observar a porcentagem de incidência de doença (%) e a gravidade da doença. A gravidade da doença foi classificada em uma escala que varia de 0 a 4, em que “0” indicou nenhuma gravidade de doença, Ί” indicou gravidade de doença mínima, “2” indicou gravidade de doença média, “3” indicou gravidade de doença alta e “4” indicou gravidade de doença excepcionalmente alta.
[0193] O resultado desse experimento in vivo é sumarizado na Tabela 4 e na Figura 3. Os resultados demonstram que o presente método que compreende pirimetanila vaporizada fornece inibição in vivo de crescimento antimicrobiano de B. cinerea inoculado em morangos. Mais especificamente, esses dados indicam que a pirimetanila vaporizada inibe B. cinerea que causa a incidência e gravidade de doença de mofo cinzento em morangos.
[0194] Em particular, os morangos de controle do Dia 3 mostraram incidência e gravidade de doença de 100% e 2,7, respectivamente. Entretanto, concentrações de 1 mg/l e 0,3 mg/l de pirimetanila tiveram a capacidade de inibir a incidência de mofo cinzento em morangos no Dia 3 a 91,7% e 95,8%, respectivamente (consultar a Tabela 4). Similarmente, concentrações de 1 mg/l, 0,3 mg/l, 0,1 mg/l e 0,03 mg/l de pirimetanila vaporizada tiveram a capacidade de inibir a gravidade de mofo cinzento no Dia 3 em morangos inoculados a 1,0,1,1,1,7 e 2,1, respectivamente. A incidência e a gravidade de mofo cinzento mostradas na Tabela 4 e na Figura 3 também indicam uma resposta dependente de dose à pirimetanila vaporizada. Por fim, esses dados demonstram que o presente método que usa pirimetanila vaporizada pode ser usado para inibir o crescimento de patógenos de planta, tal como B. cinerea, inocu-lados em frutas, tal como morangos.
TABELA 4. ENSAIO IN VIVO DE PIRIMETANILA VAPORIZADA PARA INIBIR BOTRYTIS CINEREA EM MORANGOS
Incidência de Mofo Cinzento (%) Gravidade de Mofo Cinzento (0 a 4) EXEMPLO 5: TRATAMENTO COM PRIMETANIL VAPORIZADO EM B. CINEREA {IN VIVO) [0195] Um ensaio in vivo foi usado para avaliar a capacidade de pirimetanila vaporizada de controlar uma infecção patogênica de uvas de mesa por Botrytis cinerea. Quinze (15) uvas de mesa (por repetição, em triplicata) foram colocadas em um contentor bipartido de 0,57 I (1 quartilho) de padrão industrial com a extremidade de caule voltada para cima. Uma incisão recente foi colocada na uva com um alfinete, e a incisão foi, então, inoculada com 20 μΙ de 1 x 105 esporos/ml de suspensão de B. cinerea. Os contentores bipartidos foram, então, colocados no fundo de uma câmara de dessecador acrílico de 36 I em triplicata.
[0196] Uma quantidade adequada de pirimetanila para atingir uma concentração de espaço livre final de 0,3 mg/l, 0,1 mg/l, 0,03 mg/l ou 0,01 mg/l foi dissolvida em acetona e 100 μΙ da solução foram pipetados em um tubo de vidro pequeno. Es- se tubo foi, então, colocado dentro de um dispositivo de vaporização preaquecido (tubo de cobre aquecido termostaticamente de 1,27 cm (0,5”) OD por 15,24 cm (6") de comprimento montado em um ventilador de baixo fluxo de 0,5 l/min) ajustado a 60 °C por 1 minuto para permitir que a acetona evapore, deixando para trás os cristais sólidos de pirimetanila.
[0197] A pirimetanila foi, então, introduzida nas cabines da câmara através da porta de divisória com o uso do dispositivo de vaporização, conforme descrito no Exemplo 1, ajustado a 180 °C. As câmaras foram, então, incubadas a 21 °C por três (3) dias. Após a incubação, as frutas foram avaliadas diariamente por mais 3 dias a 21 °C. As frutas foram avaliadas a fim de observar a porcentagem de incidência de doença (%) e gravidade de doença. A gravidade da doença foi classificada em uma escala que varia de 0 a 4, em que “0” indicou nenhuma gravidade de doença, “1” indicou gravidade de doença mínima, “2” indicou gravidade de doença média, “3” indicou gravidade de doença alta e “4” indicou gravidade de doença excepcionalmente alta.
[0198] 0 resultado desse experimento in vivo é sumarizado na Tabela 5 e na Figura 4. Os resultados demonstram que o presente método que compreende pirimetanila vaporizada fornece inibição in vivo de crescimento antimicrobiano de B. cinerea inoculado em uvas. Mais especificamente, esses dados indicam que a pirimetanila vaporizada inibe B. cinerea que causa incidência e gravidade de doença de mofo cinzento em uvas.
[0199] Em particular, as uvas de controle do Dia 3 mostraram incidência e gravidade de doença de 100% e 3,9, respectivamente. Uma concentração de 0,3 mg/l de pirimetanila teve a capacidade de inibir toda menos 16,7% de incidência de mofo cinzento em uvas no dia 0 (consultar a Tabela 5). Adicionalmente, concentrações de 0,3 mg/l, 0,1 mg/l, 0,03 mg/l ou 0,01 mg/l de pirimetanila vaporizada tiveram a capacidade de inibir a gravidade de mofo cinzento no Dia 3 em uvas inoculadas a 1,3, 1,8, 3,4 e 3,6, respectivamente. A incidência e a gravidade de mofo cinzento mostradas na Tabela 5 e na Figura 4 também indicam uma resposta dependente de dose à pirimetanila vaporizada. Por fim, esses dados demonstram que o presente método que usa pirimetanila vaporizada pode ser usado para inibir o crescimento de patógenos de planta, tal como B. cinerea, inoculados em frutas, tal como uvas._ EXEMPLO 6: TRATAMENTO COM PIRIMETANILA VAPORIZADA EM B. CINEREA (IN VIVO) [0200]Um ensaio in vivo foi usado para avaliar a capacidade de pirimetanila vaporizada controlar uma infecção patogênica de mirtilos por Botrytis cinerea. Vinte e sete (27) mirtilos (por repetição, em triplicata) foram colocados em um contentor bipartido de 0,57 I (1 quartilho) de padrão industrial com a extremidade de caule voltada para cima. Uma incisão recente foi colocada em cada mirtilo com um alfinete, e a incisão foi, então, inoculada com 20 μΙ de 1 x 105 esporos/ml de suspensão de B. cinerea. Os contentores bipartidos foram, então, colocados no fundo de uma câmara de dessecador acrílico de 36 I em triplicata.
[0201 ]Uma quantidade adequada de pirimetanila para atingir uma concentração de espaço livre final de 0,3 mg/l, 0,1 mg/l, 0,03 mg/l ou 0,01 mg/l foi dissolvida em acetona e 100 μΙ da solução foram pipetados em um tubo de vidro pequeno. Esse tubo foi, então, colocado dentro de um dispositivo de vaporização preaquecido (tubo de cobre aquecido termostaticamente de 1,27 cm (0,5") OD por 15,24 cm (6") de comprimento montado em um ventilador de baixo fluxo de 0,5 l/min) ajustado a 60 °C por 1 minuto para permitir que a acetona evapore, deixando para trás os cristais sólidos de pirimetanila.
[0202] A pirimetanila foi, então, introduzida nas cabines da câmara através da porta de divisória com o uso do dispositivo de vaporização, conforme descrito no Exemplo 1, ajustado a 180°C. As câmaras foram, então, incubadas a 21 °C por três (3) dias. Após a incubação, as frutas foram avaliadas diariamente por mais 3 dias a 21 °C. As frutas foram avaliadas a fim de observar a porcentagem de incidência de doença (%) e gravidade de doença. A gravidade da doença foi classificada em uma escala que varia de 0 a 4, em que “0” indicou nenhuma gravidade de doença, “1” indicou gravidade de doença mínima, “2” indicou gravidade de doença média, “3” indicou gravidade de doença alta e “4” indicou gravidade de doença excepcionalmente alta.
[0203] 0 resultado desse experimento in vivo é sumarizado na Tabela 6 e na Figura 5. Os resultados demonstram que o presente método que compreende pirimetanila vaporizada fornece inibição in vivo de crescimento antimicrobiano de B. cinerea inoculado em mirtilos. Mais especificamente, esses dados indicam que pirimetanila vaporizada inibe B. cinerea que causa incidência e gravidade de mofo cinzento em mirtilos.
[0204] Em particular, as uvas de controle do Dia 3 mostraram incidência e gravidade de doença de 98,8% e 2,1, respectivamente. No entanto, a concentração de 0,3 mg/l de pirimetanila teve capacidade de inibir a incidência de mofo cinzento em mirtilos a 52,0% no Dia 3 (consultar a Tabela 6). Adicionalmente, concentrações de 0,3 mg/l, 0,1 mg/l e 0,03 mg/l de pirimetanila vaporizada tiveram capacidade de inibir a gravidade de mofo cinzento no Dia 3 em mirtilos inoculados a 0,3, 1,7 e 1,7, respectivamente. Nenhuma inibição de mofo cinzento ocorreu com a concentração de 0,01 mg/l de pirimetanila.
[0205] A incidência e a gravidade de mofo cinzento mostradas na Tabela 6 e na Figura 5 também indicam uma resposta dependente de dose à pirimetanila vaporizada. Por fim, esses dados demonstram que o presente método que usa pirimetanila vaporizada pode ser usado par inibir o crescimento de patógenos de planta, tal como B. cinerea, inoculados em frutas, tal como mirtilos.______________________ EXEMPLO 7: UM DISPOSITIVO DE AQUECIMENTO PARA VAPORIZAR O TRATAMENTO ANTIMICROBIANO
[0206] Esse exemplo refere-se ao dispositivo de aquecimento da presente revelação (consultar as Figuras 6 a 10). O dispositivo de aquecimento compreende um elemento de aquecimento que circunda uma câmara de aquecimento ou recipi- ente, tal como um tubo de cobre (consultar a Figura 6 e 10). O dispositivo de aquecimento também compreende uma fonte de alimentação (consultar a Figura 7).
[0207] 0 elemento de aquecimento tem a capacidade de produzir as altas temperaturas necessárias para atingir a temperatura de vaporização de um ingrediente ativo sólido técnico, tal como pirimetanila. O ingrediente ativo é colocado na câmara de aquecimento de diversas formas possíveis, tal como colocado em um tubo de vidro (consultar a Figura 9) que é inserido na câmara de aquecimento do dispositivo. A solução de ingrediente ativo pode ser também colocada diretamente na superfície aquecida com o uso de uma pipeta, seringa ou similar. Alternativamente, o ingrediente ativo sólido pode ser dissolvido com um solvente volátil, e a quantidade desejada de produto ativo dissolvido pode ser colocada em ou sobre um carreador sólido, tal como algodão ou um material absorvente não inflamável (consultar a Figura 8).
[0208] Uma fonte de fluxo de ar de baixo volume, tal como um ventilador, é também compreendida pelo dispositivo de aquecimento (não mostrado). A fonte de fluxo de ar (por exemplo, um ventilador) impulsionará o ar através da câmara de aquecimento que compreende o ingrediente ativo vaporizado e através do dispositivo de aquecimento e, ainda, através de um ou mais orifícios localizados na extremidade distai do dispositivo de aquecimento. O um ou mais orifícios na extremidade distai do dispositivo de aquecimento podem penetrar em uma câmara (consultar as Figuras 10 a 11) que compreende frutas, flores ou vegetais a serem tratados conforme descrito no Exemplo 1 a 6.
EXEMPLO 8: PONTO DE FUSÃO DE COMPOSTO DE PIRIMETANILA
[0209] Esse exemplo refere-se a experimentos realizados para determinar as temperaturas de fusão de compostos técnicos de pirimetanila e amostras de fungicida. No presente exemplo, compostos de pirimetanila da China (composto 1) e da Europa (composto 2) foram analisados por Calorimetria de Varredura Diferencial (DSC). Os compostos de pirimetanila foram passados em uma bandeja de alumínio TzeroTM hermeticamente vedado no instrumento de DSC Q2000 (TA Instruments) equipado com um sistema de resfriamento por nitrogênio líquido e com o uso de métodos de teste de DSC padrão conforme segue: equilibrado a 0 °C, isotérmico por 5 minutes, elevação a 10 °C por minute para 140 °C e método final.
[0210] Os resultados desse exemplo para os compostos de pirimetanila chineses (CH; composto 1) e europeus (EU; composto 2) são mostrados nas Figuras 12 e 13, respectivamente. Conforme mostrado na Figura 12, a temperatura de fusão do composto de pirimetanila 1 variou de cerca de 96,8 °C a cerca de 97,6 °C e teve um calor de fusão de cerca de 112,4 J/g. A Figura 13 mostra que a temperatura de fusão do composto de pirimetanila 2 variou de cerca de 96,5 °C a cerca de 97,7 °C e teve um calor de fusão de cerca de 147,4 J/g. Assim, as Figuras 12 e 13 confirmam que a temperatura de fusão de pirimetanila varia a partir de cerca de 96 °C a cerca de 98 °C. Entretanto, visto que os calores de perfis de fusão dos dois compostos de pirimetanila não são similares (112,4 J/g para o composto de pirimetanila 1 e 147.4 J/g para o composto de pirimetanila 2), não está determinado se os compostos de pirimetanila 1 e 2 são idênticos.
EXEMPLO 9: TEMPERATURA DE DEGRADAÇÃO DO COMPOSTO DE PIRIMETANILA
[0211] Esse exemplo refere-se a experimentos realizados para determinar as temperaturas de degradação de compostos técnicos de pirimetanila e amostras de fungicida. No presente exemplo, compostos de pirimetanila da China (composto 1) e da Europa (composto 2) foram analisados por Análise de Gravidade Térmica (TGA). As amostras de pirimetanila foram passadas em ambas as atmosferas de ar e nitrogênio no instrumento de TGA Q5000 (TA Instruments) equipado em bandejas de platina abertas e com o uso de métodos de teste de TGA padrão conforme segue: gás de seleção 1 e 2, armazenamento de dados ligado, elevação a 10 °C por minuto pa- ra 300 °C, armazenamento de dados desligado e método final. Um método isotérmi-co foi realizado de acordo com métodos padrão.
[0212] Os resultados desse exemplo para o composto de pirimetanila chinês (CH; composto 1) em ar e nitrogênio são mostrados nas Figuras 14A e 14B, respectivamente. Os resultados desse exemplo para o composto de pirimetanila europeu (EU; composto 2) em ar e nitrogênio são mostrados nas Figuras 15A e 15B, respectivamente. Conforme mostrado nas Figuras 14 a 15, a degradação de ambos os compostos de pirimetanila começou a cerca de 120,3 ‘C em ar e a cerca de 120,6 °C em nitrogênio e foi concluída a cerca de 200 °C tanto em ar como em nitrogênio. Assim, as Figuras 14 a 17 demonstram que a temperatura de degradação de pirimetanila varia a partir de cerca de 120 °C a cerca de 200 °C.
EXEMPLO 10: DEGRADAÇÃO POR EVAPORAÇÃO DE COMPOSTO DE PIRIMETANILA
[0213] Esse exemplo refere-se a experimentos realizados para determinar se a degradação de compostos técnicos de pirimetanila observada em altas temperaturas foi devido à evaporação. No presente exemplo, sete miligramas (7 mg) de compostos de pirimetanila 1 e 2 foram analisados em ar por Espectrometria de Massa Acoplada a Análise de Gravidade Térmica (TGA-MS). As amostras de pirimetanila foram carregadas em uma bandeja de platina de TGA do instrumento de TGA Q5000 (TA Instruments) e com o uso de métodos de teste de TGA padrão conforme segue: gás de seleção 2 (ar), armazenamento de dados ligado, elevação a 5 °C por minuto para 100 °C, isotérmico por 180 min, armazenamento de dados desligado, equilibrado a 60 °C e método final. Um método isotérmico foi realizado de acordo com métodos padrão.
[0214] A fornalha de TGA foi fechada e purgada com hélio, então, aquecida da temperatura ambiente a cerca de 300 °C a 10 °C por minuto. O efluente da fornalha de TGA foi transferido para um espectrômetro de massa através de uma interfa- ce aquecida e uma linha de transferência, que tinha uma temperatura máxima de 300 °C. Um método isotérmico também foi realizado de acordo com os métodos padrão. Os resultados desse exemplo para o composto de pirimetanila 1 chinês (CH) são mostrados nas Figuras 16A e 16B. Os resultados desse exemplo para o composto de pirimetanila 2 europeu (EU) são mostrados nas Figuras 17A e 17B.
[0215] As Figuras 18 e 19 mostram curvas de taxa de perda de peso para os compostos de pirimetanila 2 e 1, respectivamente. As Figures 18 e 19 demonstram que os dois compostos de pirimetanila são muito similares. De fato, o formato das curvas de taxa de perda de peso e a ausência de variação espectral de massa sobre a faixa de perda de peso observada evidencia que a perda de composto ativo está ocorrendo devido ao processo de evaporação. Ademais, esses dados indicam que o material de pirimetanila é muito volátil para se decompor a pressão atmosférica. Assim, o início da decomposição térmica do composto de pirimetanila da presente revelação provavelmente exige um dispositivo fechado ou pressurizado.
[0216] A Figura 20 mostra uma comparação dos termogramas de íon total dos dois compostos de pirimetanila testados. Os termogramas de íons total dos compostos ativos 1 e 2 são muito similares a suas respectivas curvas de perda de peso correspondentes mostradas nas Figuras 18 e 19. A Figura 21 mostra o perfil de evolução dos termogramas de íon total e íon molecular dos dois compostos de pirimetanila.
[0217] As Figuras 20 e 21 demostram que os compostos de pirimetanila se sobrepõem perfeitamente, indicando a ausência de quaisquer alterações moleculares significativas durante o evento térmico a 300 °C. Os espectros tomados em vários tempos de retenção confirmam a ausência de degradação química detectável dos compostos de pirimetanila. Assim, as Figuras 20 a 21 demonstram os resultados inesperados de que os compostos de pirimetanila testados não sofrem degradação molecular ou química significativa em resposta a eventos térmicos que têm tempera- tura até 300 °C, o que possibilita a capacidade dos presentes compostos de pirime-tanila de volatizar em altas temperaturas para uso em tratamentos vaporizados de plantas e partes de planta. Esses dados são surpreendentes e inesperados à luz da técnica, indicando que os esses compostos de pirimetanila começam a degradas em temperaturas tão baixas quanto 189,5 °C.
EXEMPLO 11: MÉTODOS DE ENCHARCAMENTO VERSUS VAPORIZAÇÃO PARA TRATAR FRUTAS
[0218] Um ensaio in vivo foi usado para avaliar a capacidade de pirimetanila vaporizada de controlar uma infecção patogênica de maçãs por Penicillium expan-sum em comparação a métodos de encharcamento de tratamento de maçã. Os tratamentos vaporizados de maçãs foram realizados conforme descrito anteriormente nos Exemplos 1 a 6, com a exceção do uso de um túnel com 1 m de largura x 1 m de altura x 8 m de profundidade (consultar a Figura 11). Uma quantidade adequada de pirimetanila para atingir uma concentração/taxa de tratamento vaporizado final de 0,125 mg/l, 0,5 mg/l ou 2 mg/l foi preparada. Adicionalmente, tratamentos por encharcamento que compreendem uma concentração final de 125 mg/l, 500 mg/l e 2.000 mg/l de ingrediente ativo de pirimetanila foram também preparados. As frutas foram armazenadas por nove semanas a 1 °C e avaliadas a fim de observar e/ou determinar a área de escurecimento na fruta (consultar a Figura 22) e a porcentagem de inibição de escurecimento (consultar a Tabela 7).
[0219] Os resultados demonstram que o presente método que compreende pirimetanila vaporizada fornece melhor inibição in vivo de crescimento antimicrobia-no de P. expansum inoculado em maçãs em comparação a maçãs que foram encharcadas com concentrações ainda mais altas de composto de pirimetanila líquido. A Figura 22 demonstra que as maçãs tratadas de uma maneira preventiva com pirimetanila vaporizada tiveram a mesma área (mm) de escurecimento que aquelas maçãs tratadas por pirimetanila encharcada. Adicionalmente, a Tabela 7 indica que concentrações mais baixas da pirimetanila vaporizada tiveram uma inibição percentual mais alta em maçãs do que as concentrações mais altas de concentrações de pirimetanila encharcada.
[0220]Esses dados indicam que a pirimetanila vaporizada fornece uma inibição percentual mais alta de crescimento de P. expansum que causa escurecimento em maçãs do que maçãs tratadas por encharcamento. Por fim, esses dados demonstram que o presente método que usa pirimetanila vaporizada pode ser um método melhor e de menor custo para inibir o crescimento de patógenos de planta, tal como P. expansum, inoculados em frutas (por exemplo, maçãs) em comparação a métodos mais tradicionais de tratamento, tal como encharcamento.__________ EXEMPLO 12: MÉTODOS DE NEBULIZAÇÃO VERSUS VAPORIZAÇÃO PARA TRATAR FRUTAS
[0221 ]Um ensaio in vivo foi usado para avaliar a capacidade de pirimetanila vaporizada de controlar uma infecção patogênica de maçãs por Penicillium expansum em comparação a métodos de nebulização de tratamento de maçã. Tratamentos vaporizados de maçãs foram realizados conforme descrito anteriormente nos Exemplos 1 a 6, com a exceção do uso de um túnel com 1 m de largura x 1 m de altura x 8 m de profundidade (Figura 11). Uma quantidade de 2,66 g de pirimetanila foi nebulizada ou vaporizada no túnel. As frutas foram expostas ao tratamento por 72 horas a 21 °C e, então, removidas do túnel e avaliadas 4 dias após a remoção a fim de observar e/ou determinar a área de incisão de escurecimento na parte superior e na parte inferior da fruta (consultar a Figura 23).
[0222] Os resultados demonstram que o presente método que compreende pirimetanila vaporizada fornece melhor inibição in vivo de crescimento antimicrobia-no de P. expansum inoculado em maçãs em comparação a maçãs que foram nebuli-zadas com composto de pirimetanila. Embora as maçãs tratadas com pirimetanila vaporizada tenham escurecimento comparável na parte superior da fruta, como maçãs, que foram nebulizadas, a Figura 23 demonstra que as maçãs tratadas com pirimetanila vaporizada tiveram muito menos área (mm) de escurecimento na parte inferior da fruta do que aquelas tratadas por pirimetanila nebulizada.
[0223] Esses dados indicam que a pirimetanila vaporizada fornece um método de tratamento melhor de crescimento de P. expansum que causa escurecimento em maçãs do que maçãs tratadas por nebulização. Em particular, os dados fornecidos no presente documento demonstram que a técnica de tratamento por vaporiza-ção reivindicada é melhor para tratar a fruta inteira, incluindo a parte inferior das frutas. Portanto, esse método se torna particularmente valioso para o tratamento de frutas em que as partes inferiores da fruta podem não ser facilmente expostas, tal como, por exemplo, frutas em ambientes e/ou câmaras de armazenamento. Por fim, esses dados demonstram que o presente método que usa pirimetanila vaporizada pode ser melhor e menos dispendioso para inibir o crescimento de patógenos de planta, tal como P. expansum, inoculados em frutas (por exemplo, maçãs) em comparação a métodos mais tradicionais de tratamento, tal como nebulização.
EXEMPLO 13: DISTÂNCIA DE APLICAÇÃO DE PIRIMETANIL
[0224] Um ensaio in vitro foi usado para avaliar a distribuição uniforme sobre a distância do tratamento vaporizado com pirimetanila em comparação aos métodos de nebulização de tratamento de maçã. Os tratamentos vaporizados de maçãs foram realizados conforme descrito anteriormente nos Exemplos 1 a 6, com a exceção do uso de um túnel com 1 m de largura x 1 m de altura x 8 m de profundida (consultar a Figura 11). Uma quantidade de 2,66 g de pirimetanila foi nebulizada ou vaporizada no túnel. O vapor ou a névoa foi entregue, e a distribuição foi monitorada em distância variável (metros) em relação à fonte a fim de testar o efeito da distância de tratamento sobre a distribuição.
[0225] Antes da aplicação de pirimetanila, placas de Petri de área de superfície conhecida foram colocadas dentro do túnel e foram cuidadosamente removidas após 72 horas a fim de determinar a variação de distribuição de pirimetanila na área de tratamento como uma função da distância de tratamento com pirimetanila em relação à fonte de aplicação (consultar a Figura 24). Após a remoção, a pirimetanila foi extraída das placas e quantificada por HPLC.
[0226] Os resultados demonstram que o presente método que compreende pirimetanila vaporizada fornece melhor consistência in vitro de distribuição de pirimetanila em comparação a pirimetanila que foi nebulizada. A pirimetanila vaporizada mostrou não mais que uma variação de 40% em relação à distribuição média de pirimetanila até a distância de tratamento ter sido aumentada até 8 metros, enquanto a pirimetanila nebulizadora mostrou variação de quase 50% a 110% em relação à média em distâncias de 1 a 2 metros e teve uma variação de cerca de 20% a 50% em distâncias de 5 a 8 metros (consultar a Figura 24).
[0227] As barras mostradas na Figura 24 indicam a quantidade de variação de uma aplicação uniforme a 100% de composto de pirimetanila. Assim, a Figura 24 demonstra que a pirimetanila vaporizada teve distribuição muito mais uniforme de ingrediente ativo sobre distâncias de tratamento muito mais altas em comparação a pirimetanila nebulizada.
[0228] Esses dados indicam que a pirimetanila vaporizada fornece um méto- do de tratamento melhor de frutas que o tratamento de frutas por nebulização. Em particular, os dados fornecidos no presente documento demonstram que a técnica de tratamento por vaporização reivindicada é melhor para tratar uniformemente frutas de distâncias aumentadas de menos de 1 metro a cerca de 8 metros, de cerca de 1 meter a cerca de 7 metros, de cerca de 1 metro a cerca de 6 metros, de cerca de 1 metro a cerca de 5 metros, de cerca de 1 metro a cerca de 4 metros, de cerca de 1 metro a cerca de 3 metros e de cerca de 1 metro a cerca de 2 metros.
[0229] Portanto, esse método é particularmente valioso para o tratamento uniforme de frutas em que as partes inferiores da fruta não podem ser facilmente expostas, tal como, por exemplo, frutas em ambientes e/ou câmaras de armazenamento. Por fim, esses dados demonstram que o presente método que usa pirimetanila vaporizada para tratar frutas fornece melhor distribuição em comparação a métodos mais tradicionais de tratamento de frutas, tal como nebulização.
EXEMPLO 14: TAMANHO DE PARTÍCULA DE COMPOSIÇÃO DE PIRIMETANIL
[0230] Um ensaio in vitro foi realizado para estimar os tamanhos de partícula de pirimetanila quando entregue por nebulização ou vaporização. Uma quantidade de 2,66 g de pirimetanila foi nebulizada ou vaporizada em um túnel de tratamento que mede 1 m de altura x 1 m de largura x 8 m de profundidade (consultar a Figura 11). Antes da aplicação de pirimetanila, placas de Petri de área de superfície conhecida foram colocadas dentro do túnel e foram cuidadosamente removidas após 7,5, 15, 30, 60 ou 360 minutos. Após a remoção, a pirimetanila foi extraída das placas e quantificada por HPLC.
[0231 ]Os resultados da Tabela 8 demonstram que o presente método que compreende pirimetanila vaporizada fornece tamanhos de partícula menores em comparação a uma aplicação por nebulização. Por exemplo, após 30 minutos, 100% das partículas de névoa se assentaram, o que poderia corresponder a um tamanho de partícula de aproximadamente 2,8 mícrons. Em comparação, após 30 minutos, ainda não havia uma quantidade detectável de pirimetanila vaporizada assentada nas placas. Entretanto, após 60 e 360 minutos, 26% e 91% da pirimetanila vaporizada total foram assentados, respectivamente. Essas velocidades/taxas de assentamento correspondem a um tamanho de partícula de pirimetanila estimado de 1,9 mícron e 0,75 mícron, respectivamente (Tabela 8).__________________________________ [0232JA descrição anterior possibilita que outros versados na técnica utilizem a tecnologia em várias modalidades e com várias modificações conforme sejam adequadas para o uso particular contemplado. Em conformidade com as provisões dos estatutos de patente, os princípios e modos de operação desta revelação foram explicados e ilustrados em modalidades exemplificativas. De modo correspondente, a presente invenção não é limitada às modalidades particulares descritas e/ou exemplificadas no presente documento.
[0233]Pretende-se que o escopo da revelação da presente tecnologia seja definido, não apenas com referência à descrição acima, mas também pelas seguintes reivindicações e seus equivalentes sejam assim abrangidos. Será entendido por aqueles versados na técnica que várias alternativas às modalidades descritas na presente invenção podem ser empregadas na prática das reivindicações sem afastamento do espírito e do escopo conforme definido nas seguintes reivindicações. Em suma, deve-se entender que a revelação tem capacidade de modificação e variação e é limitada apenas pelas seguintes reivindicações.
REIVINDICAÇÕES

Claims (20)

1 .Método de tratamento de plantas ou partes de planta com um tratamento antimicrobiano CARACTERIZADO pelo fato de que compreende: a) preparar o tratamento antimicrobiano que compreende um composto antimicrobiano, b) volatilizar o composto antimicrobiano para formar um vapor, c) resfriar o vapor para formar um sólido, e d) administrar o composto antimicrobiano sólido a uma ou mais plantas ou partes de planta em uma câmara.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a uma ou mais plantas ou partes de planta são selecionadas dentre o grupo que consiste em um morango, uma uva, uma maçã, uma laranja, e um mirtilo.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o composto antimicrobiano é um sólido, um gás, um líquido, um vapor ou um aerossol.
4. Método, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADO pelo fato de que o composto antimicrobiano é um sólido.
5. Método, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADO pelo fato de que o composto antimicrobiano sólido forma uma ou mais micropartículas que têm um tamanho de 2 mícrons ou menos.
6. Método, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADO pelo fato de que o composto antimicrobiano sólido está na forma de um pó.
7. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o composto antimicrobiano é pirimetanila ou um análogo ou derivado da mesma.
8. Método, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADO pelo fato de que a pirimetanila ou análogo ou derivado da mesma compreende a seguinte estrutura:
9. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que 100% do composto antimicrobiano são volatilizados para produzir o vapor.
10. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que não ocorre degradação térmica do composto antimicrobiano a uma temperatura na faixa de cerca de 300 °C a cerca de 350 °C.
11. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o composto antimicrobiano é administrado em uma taxa de cerca de 0,001 mg/l a cerca de 5 mg/l.
12. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que o tratamento antimicrobiano compreende adicionalmente um componente selecionado dentre o grupo que consiste em um carreador, um gás conservante, um composto e um produto químico.
13. Método, de acordo com a reivindicação 12, CARACTERIZADO pelo fato de que o gás conservante é CO2OU SO2.
14. Método, de acordo com a reivindicação 1, em que 0 método é CARACTERIZADO pelo fato de que é eficaz para inibir patógenos de plantas selecionados dentre 0 grupo que consiste em Acremonium spp., Albugo spp., Alternaria spp., Ascochyta spp., Aspergillus spp., Botryodiplodia spp., Botryospheria spp., Bo-trytis spp., Byssochlamys spp., Candida spp., Cephalosporium spp., Ceratocystis spp., Cercospora spp., Chalara spp., Cladosporium spp., Colletotrichum spp., Cryptosporiopsis spp., Cylindrocarpon spp., Debaryomyces spp., Diaporthe spp., Didymella spp., Diplodia spp., Dothiorella spp., Elsinoe spp., Fusarium spp., Geo-trichum spp., Gloeosporium spp., Glomerella spp., Helminthosporium spp., Khuskia spp., Lasiodiplodia spp., Macrophoma spp., Macrophomina spp., Microdochium spp., Monilinia spp., Monilochaethes spp., /Wi/corspp., Mycocentrospora spp., Mycosphae-rella spp., Nectria spp., Neofabraea spp., Nigrospora spp., Penicillium spp., Perono-phythora spp., Peronospora spp., Pestalotiopsis spp., Pezicula spp., Phacidiopycnis spp., Phoma spp., Phomopsis spp., Phyllosticta spp., Phytophthora spp., Polyscyta-lum spp., Pseudocercospora spp., Pyricularia spp., Pythium spp., fíhizoctonia spp., Rhizopus spp., Sclerotium spp., Sclerotinia spp., Septoria spp., Sphaceloma spp., Sphaeropsis spp., Stemphyllium spp., Stilbella spp., Thielaviopsis spp., Thyronectria spp., Trachysphaera spp., Uromyces spp., Ustilago spp., Venturia spp., Verticillium spp., Bacillus spp., Campylobacter spp., Clavibacter spp., Clostridium spp., Erwinia spp., Escherichia spp., Lactobacillus spp., Leuconostoc spp., Listeria spp., Pantoea spp., Pectobacterium spp., Pseudomonas spp., Ralstonia spp., Salmonella spp., S/w-gella spp., Staphylococcus spp., Vibrio spp., Xanthomonas spp. e Yersinia spp.
15. Método, de acordo com a reivindicação 1, em que o método é CARACTERIZADO pelo fato de que é eficaz para inibir patógenos de plantas selecionados dentre o grupo que consiste em Botrytis cinerea, Mucor piriformis, Fusarium sambucinum, Aspergillus brasiliensis e Peniciliium expansum.
16. Método, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que a câmara é vedada.
17. Dispositivo de aquecimento para realizar o método, conforme definido na reivindicação 1, em que o dispositivo de aquecimento é CARACTERIZADO pelo fato de que compreende: um elemento de aquecimento, uma câmara de aquecimento, uma fonte de alimentação; o composto antimicrobiano, e um ou mais orifícios.
18. Método de uso do dispositivo de aquecimento, conforme definido na reivindicação 17, em que o método é CARACTERIZADO pelo fato de que compreende: a) carregar o tratamento antimicrobiano que compreende o composto antimi-crobiano na câmara de aquecimento, b) ligar a fonte de alimentação para aquecer o elemento de aquecimento e a câmara de aquecimento, c) volatilizar o composto antimicrobiano em um vapor, d) liberar o vapor dos um ou mais orifícios do dispositivo de aquecimento na câmara, em que o vapor se solidifica mediante a liberação a partir do dispositivo de aquecimento para formar micropartículas.
19. Método, de acordo com a reivindicação 18, CARACTERIZADO pelo fato de que as micropartículas são sólidas.
20. Método, de acordo com a reivindicação 19, CARACTERIZADO pelo fato de que as micropartículas sólidas têm um tamanho de 2 mícrons ou menos.

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